Apostila 1 serie - 2 bimestre - ebook - Geografia (2024)

Colegio Estadual De Indiara

colégio estadual indiara 11/10/2024

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<p>Estado de Goiás</p><p>Secretaria de Estado da Educação</p><p>Superintendência de Ensino Médio</p><p>Gerência da Mediação Tecnológica</p><p>2023</p><p>ESTADO DE GOIÁS</p><p>SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO</p><p>Governador do Estado de Goiás</p><p>Ronaldo Ramos Caiado</p><p>Vice Governador do Estado de Goiás</p><p>Daniel Elias Carvalho Vilela</p><p>Secretária de Estado da Educação</p><p>Aparecida de Fátima Gavioli Soares Pereira</p><p>Secretária de Estado da Educação</p><p>Aparecida de Fátima Gavioli Soares Pereira</p><p>Diretoria Pedagógica</p><p>Márcia Rocha de Souza Antunes</p><p>Superintendente de Ensino Médio</p><p>Osvany da Costa Gundim Cardoso</p><p>Gerente de Mediação Tecnológica</p><p>Denise Cristina Bueno</p><p>Coordenadoras Pedagógicas de Mediação Tecnológica</p><p>Luciane Aparecida de Oliveira Rodrigues</p><p>Wanda Maria de Carvalho</p><p>ELABORARDORES/AS</p><p>Linguagens e suas Tecnologias</p><p>Daniela de Souza Ferreira Mesquita – Coordenadora de Área/Língua Portuguesa</p><p>Carlos César Higa – Mundo do Trabalho</p><p>Daniela Amâncio Cavallari – Língua Estrangeira - Inglês</p><p>Daniella Ferreira da Conceição – Língua Estrangeira - Espanhol</p><p>Ivair Alves de Souza – Língua Portuguesa</p><p>Luiz Carlos Silva Junior – Educação Física</p><p>Maria Caroline Guimarães Leite Logatti – Arte/Mundo do Trabalho</p><p>Matemática e suas Tecnologias</p><p>Luan de Souza Bezerra – Coordenador de Área</p><p>Luara Laressa Ferreira dos Santos Lima</p><p>Ciências Humanas e Sociais Aplicadas</p><p>Pedro Ivo Jorge de Faria – Coordenador de Área/História</p><p>Alejandro de Freitas Paulino Matos – Geografia</p><p>Bruno Martins Ferreira – Geografia</p><p>Carlos César Higa – Sociologia</p><p>Gustavo Henrique José Barbosa – Sociologia/Filosofia/Projeto de Vida</p><p>Ciências da Natureza e suas Tecnologias</p><p>Núbia Pontes Pereira – Coordenadora de Área / Biologia / Ciências</p><p>Francisco Rocha – Física / Ciências</p><p>George Fontenelle Costa – Física</p><p>Luiz Carlos Silva Júnior – Biologia</p><p>Rosimeire Silva de Carvalho – Química</p><p>Revisão</p><p>Daniela de Souza Ferreira Mesquita</p><p>Sônia Maria Leão Lima Santos</p><p>Designer Gráfico</p><p>Hugo Leandro de Leles Carvalho – Capa</p><p>EQUIPE GOIÁS TEC</p><p>TELEFONE: 3201-3253</p><p>E-MAIL: gmt@seduc.go.gov.br</p><p>© Copyright 2022 – Goiás Tec Ensino Médio ao Alcance de Todos</p><p>“Todos os direitos reservados”</p><p>Sumário</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS ............................................................................ 5</p><p>CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS .......................................................165</p><p>MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS ........................................................................ 237</p><p>CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS .............................................................253</p><p>PROJETO DE VIDA ..................................................................................................... 297</p><p>Linguagens e</p><p>suas Tecnologias</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>6</p><p>COMPONENTE CURRICULAR – ARTE</p><p>HABILIDADES DA BNCC OBJETIVOS DE</p><p>APRENDIZAGEM DO DC-GOEM</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO</p><p>DO DC-GOEM</p><p>(EM13LGG601) Apropriar-se</p><p>do patrimônio ar� sti co de dife-</p><p>rentes tempos e lugares, com-</p><p>preendendo a sua diversidade,</p><p>bem como os processos de legi-</p><p>ti mação das manifestações ar-</p><p>� sti cas na sociedade, desenvol-</p><p>vendo visão críti ca e histórica.</p><p>(GO-EMLGG601A) Compreen-</p><p>der a diversidade de manifesta-</p><p>ções ar� sti cas, analisando seus</p><p>contextos e práti cas em Artes</p><p>Visuais, Dança, Música ou Tea-</p><p>tro para validar sua importância</p><p>sócio-históricocultural.</p><p>Artes Visuais - As artes visuais como</p><p>manifestação ar� sti ca das diferentes</p><p>linguagens e formas. Práti cas das ar-</p><p>tes visuais encontradas em trabalhos</p><p>de arti stas em diversos contextos e</p><p>períodos. Aspectos sócio-históricos</p><p>e culturais representados nas artes</p><p>visuais.</p><p>Dança - A dança como manifestação</p><p>ar� sti ca, linguagem humana e/ou fe-</p><p>nômeno social. Dança: aspectos só-</p><p>ciohistórico-culturais consti tuti vos.</p><p>Práti cas culturais e corporais no uni-</p><p>verso da dança. Sujeitos, personali-</p><p>dades e/ou referências em dança.</p><p>Música - As diferentes sonoridades e</p><p>ritmos das manifestações ar� sti cas.</p><p>Elementos sócio-histórico-culturais,</p><p>observados em seus contextos e</p><p>práti cas. Formações musicais encon-</p><p>tradas nas manifestações culturais.</p><p>Identi dade e sujeitos: aspectos com-</p><p>posicionais e mercado de trabalho.</p><p>Teatro - Teatro: invenção humana e</p><p>construção histórica. Teatro: patri-</p><p>mônio material, imaterial, cultural e</p><p>ar� sti co. Teatro: sociedade e diversi-</p><p>dade cultural. Práti cas teatrais em di-</p><p>versos contextos e períodos: arti stas,</p><p>grupos e companhias teatrais e suas</p><p>produções ar� sti cas.</p><p>(GO-EMLGG601B) Examinar di-</p><p>ferentes espaços e tempos das</p><p>práti cas ar� sti cas, disti nguindo</p><p>seus contextos e práti cas em</p><p>Artes Visuais, Dança, Música ou</p><p>Teatro para valorizar os proces-</p><p>sos consti tuti vos de suas mani-</p><p>festações.</p><p>(GO-EMLGG601C) Investi gar</p><p>processos de legiti mação das</p><p>práti cas ar� sti cas, observando</p><p>seus contextos e práti cas em</p><p>Artes Visuais, Dança,Música ou</p><p>Teatro para avaliar o grau de de-</p><p>terminação e relevância destas</p><p>manifestações para a sociedade.</p><p>(GO-EMLGG601D) Explorar di-</p><p>versas formas e o conteúdo do</p><p>patrimônio ar� sti co, ressaltan-</p><p>do seus contextos e práti cas em</p><p>Artes Visuais, Dança, Música ou</p><p>Teatro para apreciar a totalidade</p><p>de suas manifestações.</p><p>(GO-EMLGG601E) Analisar as-</p><p>pectos sócio-histórico-culturais</p><p>consti tuti vos das manifestações</p><p>ar� sti cas, debatendo seus con-</p><p>textos e práti cas em Artes Vi-</p><p>suais, Dança, Música ou Teatro</p><p>para potencializar o desenvolvi-</p><p>mento de uma visão críti co-re-</p><p>fl exiva da realidade.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>7</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>O que é cultura e o que é arte? *</p><p>Cultura e arte são fenômenos diferentes que al-</p><p>gumas vezes podem ser confundidos. São dois con-</p><p>ceitos bem di� ceis de defi nir, embora sejam tema de</p><p>calorosos debates desde a Anti guidade.</p><p>Há diversos senti dos possíveis para a palavra “cul-</p><p>tura”, mas podemos defi ni-la como a maneira pela</p><p>qual uma sociedade se estrutura e como se comporta</p><p>– incluindo o que ela produz. A cultura é um fenômeno</p><p>integral, que abrange tudo o que uma coleti vidade é e</p><p>faz. Trata-se do patrimônio material e intelectual com-</p><p>parti lhado por um grupo social, recriado e transmiti do</p><p>no decorrer do tempo. A cultura engloba linguagem,</p><p>comportamento, símbolos, técnicas, objetos, ideias,</p><p>regras, crenças – todas as realizações materiais e ima-</p><p>teriais que se transmitem de geração em geração e se</p><p>produzem em cada indivíduo inserido em um grupo</p><p>social.</p><p>Cada cultura tem elementos específi cos, parti cu-</p><p>larmente aqueles que unem uma comunidade e seus</p><p>ancestrais, suas tradições, seus mortos. Entretanto,</p><p>aspectos culturais de um grupo social podem se difun-</p><p>dir para seus vizinhos ou mesmo para povos que vivem</p><p>em regiões distantes – por meio, por exemplo, da ati -</p><p>vidade comercial ou de redes de comunicação. Desse</p><p>modo, elementos de uma cultura acabam sendo assi-</p><p>milados por outra – o que contribui para transformar</p><p>a vida social de diferentes grupos. Por meio desse</p><p>processo, técnicas como a roda ou sistemas políti cos</p><p>como a democracia, que nasceram em determinada</p><p>cultura, puderam se universalizar.</p><p>É preciso ressaltar, porém, que as relações cultu-</p><p>rais na maioria das vezes são atravessadas por domi-</p><p>nações, confl itos e consequentemente são marcadas</p><p>por preconceitos e discriminações.</p><p>Com a revolução digital – que é bastante recente</p><p>se considerada a extensão da história da humanidade</p><p>-, o impacto da cultura que teve origem na Europa</p><p>ocidental sobre outras, e que já era grande, tornou-se</p><p>enorme – como podemos observar, por exemplo, em</p><p>determinados grupos nômades, que uti lizam meios</p><p>eletrônicos e digitais. Ao mesmo tempo, essa cultura</p><p>globalizada resultou em uma fascinação pelas culturas</p><p>locais.</p><p>A cultura digital propiciou, assim, novas formas de</p><p>arti culação entre pessoas de uma mesma sociedade</p><p>e de sociedades muito diferentes. Também facilitou</p><p>o aparecimento, no cenário ar� sti co, de novas vozes,</p><p>novos olhares, novos gestos, mais livres e menos pa-</p><p>dronizados.</p><p>Defi nir arte é bem mais complicado que defi nir</p><p>cultura. Alguns arti stas são reconhecidos por toda</p><p>escultores do</p><p>século V, autor da estátua Discóbolo (homem</p><p>arremessando disco) prezava pela glorifi cação</p><p>dos corpos atléti cos.</p><p>• Praxíteles, célebre por suas representações de</p><p>divindades humanizadas, com corpos esguios</p><p>e graciosos, pela lânguida pose em “S”, como</p><p>na estátua Hermes com Dionísio menino. Foi o</p><p>primeiro arti sta que esculpiu o nu feminino.</p><p>• Escopas, contemporâneo mais velho de Praxí-</p><p>teles, ganhou fama como escultor emocional.</p><p>Uma das suas melhores criações foi a estátua</p><p>de um religioso em êxtase, um adorador de Dio-</p><p>nísio, em estado de exaltação místi ca.</p><p>• Policleto, estabeleceu um manual chamado</p><p>Cânone, um sistema de relações matemáti cas</p><p>estabelecidas entre todas as partes do corpo,</p><p>no qual descrevia suas noções de beleza, das</p><p>proporções e conhecimentos do corpo humano.</p><p>Ele afi rmava que a cabeça seja a séti ma par-</p><p>te da altura total da fi gura, o pé três vezes o</p><p>comprimento da palma da mão, enquanto que</p><p>a perna, desde o pé até o joelho, deverá medir</p><p>seis palmos, e a mesma medida deverá haver</p><p>também entre o joelho e o centro do abdômen.</p><p>Para demonstrar com exati dão o seu cânone,</p><p>esculpiu uma estátua que chegou até nós em</p><p>inúmeras cópias romanas: o Doríforo, que sig-</p><p>nifi ca o portador de lança. O contraposto é uma</p><p>característi ca do período clássico, onde o corpo</p><p>da escultura dispõe-se a ¾, levemente torcidos,</p><p>com o peso assente numa das pernas e a outra</p><p>semifl exionada.</p><p>• Lisipo, últi mo dos grandes escultores da arte</p><p>helênica e arti sta predileto de Alexandre Mag-</p><p>no, ele introduziu na escultura qualidades ainda</p><p>mais fortes de realismo e individualismo. Repre-</p><p>sentava os homens “tal como se vêem” e “não</p><p>como são” (verdadeiros retratos). No século IV</p><p>a.C., ele introduziu que a altura ideal do corpo</p><p>humano deveria ter a medida de oito vezes o</p><p>tamanho da cabeça. Isto traduz-se no alonga-</p><p>mento e sinuosidade da fi gura humana, as fi gu-</p><p>ras são mais torcidas e precisam de apoio, por</p><p>exemplo, uma coluna ou um tronco de árvore.</p><p>Uma das manifestações ar� sti cas marcantes da</p><p>Grécia Anti ga é o Teatro, cuja origem tem caracte-</p><p>rísti cas que perduram até os nossos dias.</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>ARTE AFRICANA. Núcleo de apoio à pesquisa (NAP)</p><p>Brasil-África, USP. Disponível em: Acesso 29 mar. 2022.</p><p>ARTE AFRICANA. ÁFRICA-BRASIL. Disponível em:</p><p>Acesso 29 mar.</p><p>2022.</p><p>ARTE DA ÁFRICA. Portal da Cultura Afro-brasileira.</p><p>Disponível em: Acesso 29 mar. 2022.</p><p>ARTE GREGA. Arte na Anti guidade. História das Artes.</p><p>Disponível em: Acesso 29</p><p>mar. 2022.</p><p>LIMA, Isabelle. Arte indígena. Portal Amazônia, 2021.</p><p>Disponível em: Acesso</p><p>29 mar. 2022.</p><p>ESBELL, Jaider. Arte indígena contemporânea e o gran-</p><p>de mundo. Revista Select Art, 2018. Disponível em:</p><p>Acesso em: 29 mar. 2022.</p><p>POVOS INDÍGENAS no Brasil. O conceito de arte e os</p><p>índios. Disponível em: Acesso 29 mar. 2022.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>24</p><p>COMPONENTE CURRICULAR</p><p>EDUCAÇÃO FÍSICA</p><p>HABILIDADES DA BNCC(EM13LGG501) Selecionar e</p><p>uti lizar movimentos corporais de forma consciente</p><p>e intencional para interagir socialmente em práti cas</p><p>corporais, de modo a estabelecer relações constru-</p><p>ti vas, empáti cas, éti cas e de respeito às diferenças.</p><p>OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO DC-GOEM</p><p>• (GO-EMLGG501C) Reconhecer etapas de desen-</p><p>volvimento da dança, compreendendo o processo</p><p>histórico para estabelecer relações das diferenças</p><p>existentes entre as regiões brasileiras e das relações</p><p>construti vas, empáti cas, éti cas e de respeito.</p><p>• (GO-EMLGG501D) Analisar as característi cas das</p><p>danças compreendendo os elementos (ritmos, es-</p><p>paço, gestos) para recriar coleti vamente os movi-</p><p>mentos vinculados à sua práti ca.</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM</p><p>• Danças (danças de matrizes indígena, europeia e</p><p>africana, danças do contexto comunitário e regional</p><p>e/ou danças do Brasil e do mundo)</p><p>Aula 01 - Contexto histórico da dança</p><p>O movimento e o gesto são as formas elementares</p><p>e primiti vas da dança e consti tuem assim a primeira</p><p>forma de manifestação de emoções do homem e,</p><p>consequentemente, de sua exteriorização.</p><p>A dança é fruto da necessidade de expressão do</p><p>homem, representando, naquele período, todas as</p><p>formas de acontecimentos sociais: o nascimento, o</p><p>casamento, a colheita, a caça, festa do sol, da lua.</p><p>Dessa forma, a dança, para o homem primiti vo, estaria</p><p>totalmente ligada à magia.(FRANCO, NEIL; FERREIRA,</p><p>2016)</p><p>Quando o homem sai do seu estado primiti vo,</p><p>estado selvagem, e passa a outro padrão de vida que</p><p>é o de viver em sociedade, surge à organização do</p><p>trabalho para a sobrevivência comum, e esse trabalho</p><p>é a caça, a trituração de raízes, sementes, folhas etc.</p><p>Muitos desses trabalhos eram efetuados e regulados</p><p>por marcações rítmicas, como pancadas e gritos.</p><p>Assim a dança está presente em todo processo de</p><p>civilização e acompanha a evolução social, percebe-</p><p>-se com os professores de Educação Física que a tem</p><p>como conteúdo escolar, com as academias de alto</p><p>rendimento, com a mídia extremamente acessível. En-</p><p>fi m, conti nuará existi ndo expressão de movimentos e</p><p>senti mentos se houver compreensão histórica da arte</p><p>mais completa e anti ga do mundo. (SANTOS, 2016)</p><p>Ao longo da história da dança variados modos</p><p>foram propostos acerca do uso da música, do uso</p><p>do espaço, de temáti cas místi cas, etéreas ou étnicas.</p><p>Cada criador(a) ou professor(a) tem seu próprio modo</p><p>de criar ou dar aulas, entretanto, de modo geral, há</p><p>característi cas de uma época. Houve períodos em que</p><p>a dança era concebida como combinação de passos</p><p>já existentes, sendo buscada a repeti ção, a mais fi el</p><p>possível, deles. O público era entendido como um</p><p>receptor passivo de uma dança que era para entre-</p><p>tenimento, para distrair, ou seja, uma dança para não</p><p>se refl eti r ou pensar... como se possível não pensar.</p><p>Houve também momentos na história em que se bus-</p><p>cou o não formalismo, o não entretenimento e a não</p><p>padronização de um modelo ideal de corpo que dança.</p><p>Houve ainda a adoção da improvisação, fosse na sala</p><p>de ensaio e/ou aula para se criar coreografi a ou na</p><p>própria cena do palco e o público chamado a ser mais</p><p>parti cipati vo. (RENGEL; SHAFFNER; OLIVEIRA, 2016)</p><p>A dança tem história e essa história acompanha</p><p>a evolução das artes visuais, da música e do teatro.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>25</p><p>Dança Primiti va</p><p>A dança nasceu associada às práti cas mágicas do</p><p>homem, com o desenvolvimento da civilização, o rito</p><p>separou-se da dança.</p><p>O homem dançava pela sobrevivência, dançava</p><p>para a natureza em busca de mais alimentos, água</p><p>e em forma de agradecimento. A dança era quase</p><p>um insti nto e esses acontecimentos registrados nas</p><p>paredes de cavernas em forma de desenhos, fi caram</p><p>conhecidos como arte rupestre.</p><p>O homem primiti vo pintava nas paredes das gru-</p><p>tas, cavernas e galerias subterrâneas cenas de caça e</p><p>rituais que representavam a caçada. Pareciam acredi-</p><p>tar ser possíveis, pela representação pictórica, alcan-</p><p>çar determinados objeti vos, como abater um animal,</p><p>por exemplo.</p><p>Extraído de: h� p://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/</p><p>conteudo/conteudo.php?conteudo=102 dia 31/05/2021</p><p>Danças Milenares</p><p>Egito: a dança no anti go Egito era ritualísti ca e</p><p>ti nha característi cas sagradas. Dançava-se para os</p><p>Deuses, em casamentos e funerais.</p><p>Grécia: a dança originou-se de rituais religiosos,</p><p>os gregos acreditavam no seu poder mágico, assim</p><p>os vários deuses gregos eram cultuados de diferen-</p><p>tes maneiras. As danças preparavam fi sicamente os</p><p>guerreiros e sempre eram feitas em grupos. A dança</p><p>era muito difundida na Grécia Anti ga, importante no</p><p>teatro, a dança se manifestava por meio do</p><p>coro.</p><p>Roma: a dança entra em decadência, pois nunca</p><p>foi privilegiada e só vai recuperar sua importância no</p><p>Renascimento.</p><p>Idade Média: nesse período, a dança, como todos</p><p>os outros movimentos ar� sti cos, sofreu um retroces-</p><p>so. A dança, pelo fato de se uti lizar do corpo como</p><p>expressão, foi considerada profana, porém, conti nuou</p><p>sendo prati cada pelos camponeses.</p><p>HABILIDADES DA BNCC(EM13LGG501) Selecionar e</p><p>uti lizar movimentos corporais de forma consciente</p><p>e intencional para interagir socialmente em práti cas</p><p>corporais, de modo a estabelecer relações constru-</p><p>ti vas, empáti cas, éti cas e de respeito às diferenças.</p><p>OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO DC-GOEM</p><p>• (GO-EMLGG501C) Reconhecer etapas de desen-</p><p>volvimento da dança, compreendendo o processo</p><p>histórico para estabelecer relações das diferenças</p><p>existentes entre as regiões brasileiras e das relações</p><p>construti vas, empáti cas, éti cas e de respeito.</p><p>• (GO-EMLGG501D) Analisar as característi cas das</p><p>danças compreendendo os elementos (ritmos, es-</p><p>paço, gestos) para recriar coleti vamente os movi-</p><p>mentos vinculados à sua práti ca.</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM</p><p>• Danças (danças de matrizes indígena, europeia e</p><p>africana, danças do contexto comunitário e regional</p><p>e/ou danças do Brasil e do mundo)</p><p>Aula 02 - Contexto histórico da dança II</p><p>Dança no Brasil</p><p>As histórias da dança no Brasil e do Brasil são dois</p><p>universos que começam, aos poucos, a se tocar. Se a</p><p>dança cênica neste País já se desenvolve há muito, a</p><p>pesquisa sobre sua história e a iniciati va de preservar</p><p>seus registros ainda são bastante jovens.</p><p>Um dos pioneiros, nesse senti do, é o bailarino e</p><p>pesquisador Eduardo Sucena, que lançou, ainda em</p><p>1988, o seu livro A dança teatral no Brasil, ainda hoje</p><p>um marco em nossa historiografi a de dança. Outros</p><p>tantos, como Antônio José Faro, seguiram sua trilha.</p><p>E ti midamente a história da dança brasileira começou</p><p>a ser contada.</p><p>De lá para cá, muita coisa vem mudando. Novas</p><p>pesquisas, sobretudo no âmbito acadêmico, vêm sen-</p><p>do desenvolvidas, e essa história encontrou em dis-</p><p>sertações e teses nova e pro� cua possibilidade de ser</p><p>abordada. Nesse percurso, o que se pode comemorar</p><p>é que tais pesquisadores desenvolvem suas pesqui-</p><p>sas sobre a dança em seu ambiente, compondo um</p><p>grande mapa histórico da dança neste País. (PEREIRA;</p><p>MEYER; NORA, 2008)</p><p>A história da dança no Brasil remonta as primeiras</p><p>expressões ar� sti cas presenciadas. Alguns relatos pro-</p><p>duzidos pela Companhia de Jesus (Jesuítas) que veio</p><p>ao país no século XVI, que indicavam que os povos</p><p>indígenas já faziam apresentações de dança. Nesse</p><p>senti do, pode-se dizer que a dança indígena foi a pio-</p><p>neira no Brasil.</p><p>A manifestação era carregada de aspectos religio-</p><p>sos, fazendo parte dos rituais em diversas ocasiões</p><p>como, por exemplo, para celebrar acontecimentos</p><p>como forma de agradecimento, marcar etapas da</p><p>puberdade, espantar doenças, festejos fúnebres, ri-</p><p>tos de passagem.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>26</p><p>Imagem extraída de: h� ps://cimi.org.br/2020/01/raoni-e-45-</p><p>povos-indigenas-lancam-manifesto-pela-vida-2/ dia 31/05/2021</p><p>Esses momentos sempre foram acompanhados de</p><p>instrumentos musicais, marcações rítmicas, máscaras,</p><p>imagens, elementos muito importantes durante os ri-</p><p>tuais. Atualmente, a toré e o kuarup ainda são prati ca-</p><p>das durante os encontros dos povos indígenas. Extra-</p><p>ído de: h� ps://www.educamaisbrasil.com.br/enem/</p><p>artes/historia-da-danca-no-brasil dia 31/05/2021</p><p>No Brasil a dança tem muitas expressões. Na cul-</p><p>tura popular, temos as danças indígenas e folclóricas.</p><p>Já as formas mais eruditas, foram introduzidas por</p><p>renomados bailarinos europeus por volta dos anos</p><p>1930 com as primeiras escolas de balé.</p><p>A dança é uma linguagem universal, um meio de</p><p>expressão importante desde épocas remotas, assim</p><p>como a música.</p><p>Essa manifestação ar� sti ca consiste em uma co-</p><p>ordenação estéti ca de movimentos corporais, com-</p><p>binando os elementos plásti cos, os grandes gestos</p><p>ou posturas corporais em composição coerente e</p><p>dinâmica.</p><p>Extraído de: h� ps://www.todamateria.com.br/historia-da-</p><p>danca-no-brasil/ dia 31/05/2021.</p><p>Ati vidades Complementares</p><p>Questão 01 – Prefeitura de Manaus 2018 - Dançar</p><p>ultrapassa o limite de executar movimentos, é tam-</p><p>bém viver, expressar, refl eti r e produzir simbologias.</p><p>Por isso, um ensino da dança, essencialmente numa</p><p>proposta curricular escolar, que englobe uma visão de</p><p>totalidade passa necessariamente por suas:</p><p>a) Possibilidades expressivas e de linguagem não verbal</p><p>b) Considerações amplas e vagas</p><p>c) Funções uti litárias e formação profi ssional</p><p>d) Categorias hegemônicas e exclusivas.</p><p>Imagem: Surgimento</p><p>na Pré-História aon-</p><p>de sua uti lização era</p><p>voltada para rituais</p><p>realizados pelo ho-</p><p>mem. h� ps://br.pin-</p><p>terest.com/</p><p>Questão 02 – Podemos afi rmar que a história da dança</p><p>no Brasil contempla as seguintes característi cas EX-</p><p>CETO:</p><p>a) A manifestação era carregada de aspectos religiosos</p><p>b) Momentos sempre foram acompanhados de ins-</p><p>trumentos musicais, marcações rítmicas, máscaras,</p><p>imagens, elementos muito importantes</p><p>c) A dança tem muitas expressões. Na cultura popular,</p><p>temos as danças indígenas e folclóricas.</p><p>d) Alguns relatos produzidos pela Companhia de Jesus</p><p>(Jesuítas) que veio ao país no século XVI.</p><p>e) A dança originou-se de rituais religiosos, os brasi-</p><p>leiros acreditavam no seu poder mágico, assim os</p><p>vários deuses eram cultuados de diferentes ma-</p><p>neiras.</p><p>HABILIDADES DA BNCC(EM13LGG501) Selecionar e</p><p>uti lizar movimentos corporais de forma consciente</p><p>e intencional para interagir socialmente em práti cas</p><p>corporais, de modo a estabelecer relações constru-</p><p>ti vas, empáti cas, éti cas e de respeito às diferenças.</p><p>OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO DC-GOEM</p><p>• (GO-EMLGG501G) Uti lizar a experiência de dan-</p><p>çar, de forma profi ciente e autônoma, apreciando</p><p>as formas singulares de realização para recriar a</p><p>concepção de dança como forma de lazer.</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM</p><p>• Danças (danças de matrizes indígena, europeia e</p><p>africana, danças do contexto comunitário e regional</p><p>e/ou danças do Brasil e do mundo)</p><p>Aula 03 - Dança e suas relações com a di-</p><p>versidade</p><p>Eu, você, vivemos numa sociedade plural, a qual</p><p>abarca, por exemplo, diferentes relações socioeco-</p><p>nômicas, culturais, políti cas, ambientais, comunica-</p><p>cionais, corporais, étnicas, religiosas e de gênero. A</p><p>escola é um dos ambientes que é atravessado pela di-</p><p>versidade cultural, por disti ntas identi dades, culturas</p><p>(social, cien� fi ca, ar� sti ca, fi losófi ca) e experiências.</p><p>Entretanto, geralmente, a escola, em seus currículos,</p><p>traz uma perspecti va monocultural (conhecimentos</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>27</p><p>hegemônicos, metodologias tradicionais, professor</p><p>como transmissor do conhecimento, permanência</p><p>das desigualdades sociais etc.), o que torna mais</p><p>complexa a tarefa de mediar as relações presentes</p><p>nesse contexto social.</p><p>A escola é um espaço de produção cultural, que</p><p>apresenta consensos e dissensos, a parti r dos</p><p>encontros e confrontos entre disti ntas singulari-</p><p>dades e modos de subjeti vação dos sujeitos que</p><p>a compõem (professores, estagiários, alunos,</p><p>gestores, merendeira, seguranças, pais etc.).</p><p>Assim, modos de subjeti vação, aponta a ne-</p><p>cessidade de compreendermos os disti ntos pro-</p><p>cessos de consti tuição dos sujeitos, com suas</p><p>individualidades e modos de estar no mundo.</p><p>(EDUARDO OLIVEIRA et al., 2018).</p><p>Organização das Nações Unidas para Educação,</p><p>a Ciência e a Cultura (UNESCO), estabelece a</p><p>“Convenção Sobre a Proteção e Promoção da</p><p>Diversidade das Expressões Culturais”, a qual</p><p>é assinada por mais de 100 países, incluindo o</p><p>Brasil. Esse documento reconhece a diversida-</p><p>de cultural como uma característi ca essencial</p><p>da humanidade e aponta que a diversidade</p><p>deve “fl orescer em um ambiente de democra-</p><p>cia, tolerância, justi ça social e mútuo respeito</p><p>entre povos e culturas” (UNESCO, 2005).</p><p>Os Parâmetros Curriculares Nacionais abordam o</p><p>tema ressaltando a importância da heterogenei-</p><p>dade notável em sua composição populacional, o</p><p>Brasil desconhece a si mesmo. Na relação do País</p><p>consigo mesmo, é comum prevalecerem vários</p><p>estereóti pos, tanto regionais quanto em relação</p><p>a grupos étnicos, sociais e culturais. (PCNs, BRA-</p><p>SIL, 1997, pág. 20)</p><p>Refl eti r sobre a dança como “uma manifestação</p><p>ar� sti ca que tem presença marcante na cultura</p><p>popular brasileira” implica colocá-la nesse cam-</p><p>po de discussão no qual a cultura popular se faz e</p><p>refaz. No caso da dança, os estudos que buscam</p><p>tratar de temáti cas populares com efeti va preo-</p><p>cupação de pesquisa assentam-se no desafi o de</p><p>colocar em cena essas expressões “quase silen-</p><p>ciadas” (BRASILEIRO, 2010)</p><p>HABILIDADES DA BNCC(EM13LGG501) Selecionar e</p><p>uti lizar movimentos corporais de forma consciente</p><p>e intencional para interagir socialmente em práti cas</p><p>corporais, de modo a estabelecer relações constru-</p><p>ti vas, empáti cas, éti cas e de respeito às diferenças.</p><p>OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO DC-GOEM</p><p>• (GO-EMLGG501F) Relacionar os aspectos das dan-</p><p>ças com saúde, lazer e trabalho, desenvolvendo va-</p><p>lores, ati tudes, afeti vidade, confi ança, criati vidade,</p><p>sensibilidade para promover ati tudes colaborati vas</p><p>e de inclusão.</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM</p><p>• Danças (danças de matrizes indígena, europeia e</p><p>africana, danças do contexto comunitário e regional</p><p>e/ou danças do Brasil e do mundo)</p><p>Aula 04 - Dança e suas relações com a di-</p><p>versidade II</p><p>As festas da cultura popular brasileira são reco-</p><p>nhecidas por terem um papel importante na conso-</p><p>lidação das identi dades sociais. Além das festas car-</p><p>navalescas, a festa junina, a natalina, a da produção</p><p>agrícola de regiões, as de ordem religiosa (com santos</p><p>e orixás), as de homenagens cívicas, entre outras, ga-</p><p>nham visibilidade ao longo dos anos e incorporam-se</p><p>aos modos de ser dessa população. Isso que parece</p><p>parte fundamental da formação humana, suas festas e</p><p>as variadas manifestações nelas inseridas, está quase</p><p>totalmente ausente da literatura acadêmica dos cur-</p><p>sos de formação. (BRASILEIRO, 2010)</p><p>As danças brasileiras surgiram da fusão da cultura</p><p>europeia, africana e árabe aliada às manifestações</p><p>oriundas do próprio país. A dança é uma expressão</p><p>ar� sti ca considerada um elemento fundamental para</p><p>a cultura local e, sobretudo, mundial. No Brasil, mui-</p><p>tas ti veram grande destaque e se tornaram atrações</p><p>populares, como as danças folclóricas, por exemplo.</p><p>As danças brasileiras são datadas em diferentes</p><p>períodos e estão difundidas em cada região do país.</p><p>As mais conhecidas nacional e internacionalmente são</p><p>o Samba e o Frevo. Por conta dessa grande gama de</p><p>movimentos ar� sti cos o Guia Enem reuniu as prin-</p><p>cipais danças brasileiras. Extraído de: h� ps://www.</p><p>educamaisbrasil.com.br/enem/educacao-fi sica/dan-</p><p>cas-brasileiras dia 31/06/2021</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>28</p><p>Danças Folclóricas</p><p>As danças folclóricas são fortes elementos ar� s-</p><p>ti cos que contribuem para o acervo cultural do país.</p><p>Elas são baseadas, principalmente, em tradições e cos-</p><p>tumes próprias das regiões. Realizada de diferentes</p><p>maneiras de acordo com o estado, ela pode ser feita</p><p>em pares ou em grupos e a forma original de dançar</p><p>e cantar permanece prati camente a mesma.</p><p>No país, as danças brasileiras de caráter folclórico</p><p>receberam infl uências dos povos africanos, árabes,</p><p>indígenas e europeus. As religiões, sobretudo a Igreja</p><p>Católica, teve forte infl uência no surgimento de perso-</p><p>nagens e contos da história brasileira. Uma das carac-</p><p>terísti cas marcantes das danças brasileiras folclóricas</p><p>são as músicas simples e os personagens chamati vos.</p><p>Ati vidades Complementares</p><p>Questão 03 – Prefeitura de Massaranduba - SC 2020</p><p>- “O movimento é a base da dança, assim, o fenôme-</p><p>no corporal que a música traz, por meio do ritmo,</p><p>poderá se traduzir na __________________ de cada</p><p>aluno, para que seja ati ngido o objeti vo principal que</p><p>é mover o aluno durante as aulas de maneira mais</p><p>coordenada” (VERDERI, 2009).</p><p>Assinale a alternati va que completa corretamente a</p><p>lacuna dessa citação:</p><p>a) expressão corporal</p><p>b) liberdade de movimento</p><p>c) experiência transcendente</p><p>d) percepção do corpo</p><p>e) experiências de recriação</p><p>Questão 04 – A Organização das Nações Unidas para</p><p>Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em rela-</p><p>ção à diversidade reconhecem: (Marque a alternati va</p><p>correta)</p><p>a) a modos de subjeti vação e aponta a necessidade</p><p>de compreendermos os disti ntos processos de</p><p>consti tuição dos sujeitos, com suas individualida-</p><p>des e modos de estar no mundo.</p><p>b) a diversidade cultural como uma característi ca es-</p><p>sencial da humanidade e aponta que a diversidade</p><p>deve “fl orescer em um ambiente de democracia,</p><p>tolerância, justi ça social e mútuo respeito entre</p><p>povos e culturas”.</p><p>c) refl eti r sobre a dança como “uma manifestação</p><p>ar� sti ca que tem presença marcante na cultura</p><p>popular brasileira”.</p><p>d) a dança como uma expressão ar� sti ca considerada</p><p>um elemento fundamental para a cultura local e,</p><p>sobretudo, mundial.</p><p>HABILIDADES DA BNCC(EM13LGG501) Selecionar e</p><p>uti lizar movimentos corporais de forma consciente</p><p>e intencional para interagir socialmente em práti cas</p><p>corporais, de modo a estabelecer relações constru-</p><p>ti vas, empáti cas, éti cas e de respeito às diferenças.</p><p>OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO DC-GOEM</p><p>• (GO-EMLGG502C) Examinar característi cas estéti -</p><p>cas, histórico-culturais, valores, objeti vos e técnicas</p><p>presentes nas danças urbanas, compreendendo sua</p><p>evolução para valorizar a diversidade cultural.</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM</p><p>• Danças (danças de matrizes indígena, europeia e</p><p>africana, danças do contexto comunitário e regional</p><p>e/ou danças do Brasil e do mundo)</p><p>Aula 05 - Danças Folclóricas e regionais</p><p>As danças folclóricas representam um conjunto de</p><p>danças sociais, peculiares de cada estado brasileiro,</p><p>oriundas de anti gos rituais mágicos e religiosos. As</p><p>danças folclóricas possuem diversas funções como</p><p>a comemoração de datas religiosas, homenagens,</p><p>agradecimentos, saudações às forças espirituais etc.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>29</p><p>PRINCIPAIS DANÇAS FOLCLÓRICAS</p><p>No Brasil, o folclore brasileiro possui muitas dan-</p><p>ças que representam as tradições e as culturas de</p><p>determinada região. No país, as danças folclóricas</p><p>surgiram da fusão das culturas europeia, indígena</p><p>e africana. Elas são celebradas em festas populares</p><p>caracterizadas por músicas, fi gurinos e cenários re-</p><p>presentati vos. Confi ra abaixo as principais danças</p><p>folclóricas brasileiras:</p><p>SAMBA DE RODA</p><p>Esti lo musical caracterizado por elementos da</p><p>cultura afro-brasileira. Surgiu no estado da Bahia, no</p><p>século XIX. É uma variante mais tradicional do samba.</p><p>Os dançarinos dançam numa roda ao som de músicas</p><p>acompanhadas por palmas e cantos. Chocalho, pan-</p><p>deiro, viola, atabaque e berimbau são os instrumentos</p><p>musicais mais uti lizados.</p><p>MARACATU</p><p>O maracatu é um ritmo musical com dança � pico</p><p>da região pernambucana. Reúne uma interessante</p><p>mistura de elementos culturais afro-brasileiros, indí-</p><p>genas e europeus. Possui uma forte característi ca re-</p><p>ligiosa. Os dançarinos representam personagens (du-</p><p>ques, duquesas, embaixadores, rei e rainha). O cortejo</p><p>é acompanhado por uma banda com instrumentos de</p><p>percussão (tambores, caixas, taróis e ganzás).</p><p>FREVO</p><p>Este esti lo pernambucano de carnaval é uma es-</p><p>pécie de marchinha muito acelerada que, ao contrário</p><p>de outras músicas de carnaval, não possui letra, sen-</p><p>do simplesmente tocada por uma banda que segue</p><p>os blocos carnavalescos enquanto os dançarinos se</p><p>divertem dançando. Os dançarinos de frevo são, ge-</p><p>ralmente, um pequeno guarda-chuva colorido como</p><p>elemento coreográfi co.</p><p>BUMBA MEU BOI</p><p>Esta dança folclórica, conhecida em outras regi-</p><p>ões brasileiras como boi-bumbá, é � pica do norte e</p><p>do nordeste. O bumba meu boi possui uma origem</p><p>diversifi cada, pois apresenta traços das culturas: es-</p><p>panhola, portuguesa, africana e indígena. Além disso,</p><p>o bumba meu boi é uma dança na qual a representa-</p><p>ção teatral é um fator marcante,</p><p>posto que a história</p><p>da vida e da morte do boi é declamada enquanto os</p><p>personagens realizam suas danças.</p><p>JONGO</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>30</p><p>Dança folclórica de origem africana, em alguns</p><p>lugares conhecida pelo nome “caxambu”. O jongo é</p><p>uma dança da zona rural, acompanhada de instrumen-</p><p>tos de percussão, e muitas vezes considerada uma</p><p>variante do samba.</p><p>BAIÃO</p><p>Ritmo musical, com dança, � pico da região nor-</p><p>deste do Brasil. Os instrumentos usados nas músicas</p><p>de baião são: triângulo, viola, acordeom e fl auta doce.</p><p>A dança ocorre em pares (homem e mulher) com mo-</p><p>vimentos parecidos com o do forró (dança com corpos</p><p>colados). O grande representante do baião foi Luiz</p><p>Gonzaga.</p><p>CATIRA</p><p>Também conhecida como cateretê, é uma dança</p><p>caracterizada pelos passos, bati das de pés e palmas</p><p>dos dançarinos. Ligada à cultura caipira, é � pica da re-</p><p>gião interior dos estados de São Paulo, Paraná, Minas</p><p>Gerais, Goiás e Mato Grosso. O instrumento uti lizado</p><p>é a viola, tocada, geralmente, por um par de músicos.</p><p>A cati ra ou cateretê é uma dança folclórica, presente</p><p>em vários estados brasileiros. Há controvérsias em</p><p>relação à sua origem, entretanto, acredita-se que a</p><p>cati ra contém infl uência indígena, africana, espanhola</p><p>e portuguesa. Ela apresenta muitos elementos ligados</p><p>à cultura caipira, sendo caracterizada pelo fi gurino</p><p>dos dançarinos que acompanham o som das violas.</p><p>QUADRILHA</p><p>É uma dança � pica da época de festa junina. Há</p><p>um animador que vai anunciando frases e marcando</p><p>os momentos da dança. Os dançarinos (casais) usam</p><p>vesti dos com roupas � picas da cultura caipira (cami-</p><p>sas e vesti dos xadrezes, chapéu de palha) e fazem</p><p>uma coreografi a especial. A dança é bem animada,</p><p>com muitos movimentos e coreografi as. As músicas</p><p>de festa junina mais conhecidas são: Capelinha de</p><p>Melão, Pula Fogueira e Cai, Cai balão.</p><p>(MANGARATIBA; LAZER, [s.d.])</p><p>Construção do por� olio</p><p>Sugestão 1 – O estudante</p><p>pode fazer um resumo das</p><p>aulas assisti das em seu ca-</p><p>derno e apresentar para seu</p><p>mediador(a) como forma de</p><p>avaliação</p><p>Sugestão 2 – O estudante</p><p>poderá escolher uma dança � pica da sua região, e a</p><p>parti r de um vídeo gravado e enviado ao mediador(a)</p><p>reproduzir esta dança, com música e roupas � picas.</p><p>Dica 1 minuto de vídeo.</p><p>Sugestão 03 – A parti r de mapas mentais o estudante</p><p>pode levantar os principais tópicos estudados e en-</p><p>tregar para seu mediador(a).</p><p>O mediador e mediadora deverá levar em conside-</p><p>ração</p><p>1. Criati vidade</p><p>2. Organização</p><p>3. Conteúdo apresentado</p><p>4. Parti cipação do estudante</p><p>5. Prazo de entrega</p><p>HABILIDADES DA BNCC(EM13LGG501) Selecionar e</p><p>uti lizar movimentos corporais de forma consciente</p><p>e intencional para interagir socialmente em práti cas</p><p>corporais, de modo a estabelecer relações constru-</p><p>ti vas, empáti cas, éti cas e de respeito às diferenças.</p><p>OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO DC-GOEM</p><p>• (GO-EMLGG501A) Identi fi car os princípios téc-</p><p>nicos e táti cos dos esportes de marca, de campo,</p><p>de arremesso e taco, sinteti zando essas semelhan-</p><p>ças em uma nova práti ca, aplicando em diferentes</p><p>contextos para estabelecer relações construti vas,</p><p>empáti cas, éti cas e de respeito às diferenças, além</p><p>de apreciar a práti ca como entretenimento.</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM</p><p>• Esportes (esportes de marca, esportes de preci-</p><p>são, esportes de invasão, esportes técnico-combi-</p><p>natórios, esportes de campo e taco, esportes de</p><p>rede/parede, esportes de invasão e/ou esportes</p><p>de combate).</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>31</p><p>Aula 06 – Jogos Olímpicos</p><p>A arqueologia registra a presença de competi ções</p><p>e jogos desde 2600 a.C.. Os jogos são elementos uni-</p><p>versais em todas as culturas humanas. O jogo Real</p><p>de Ur, Senet, e Mancala são alguns dos mais anti gos</p><p>exemplares. O jogo do tavolado é o mais anti go jogo</p><p>ao qual há referência, em Portugal.</p><p>Os jogos de tabuleiro, especifi camente, foram</p><p>inventados e jogados em quase todas as partes do</p><p>mundo. Somente entre os aborígenes australianos e</p><p>os esquimós não se encontraram jogos de tabuleiro.</p><p>Desde o século X aC. os jogos de cartas têm fasci-</p><p>nado a humanidade. Desde as simples ti ras de papel</p><p>nascidas no oriente às cartas que se tornaram conhe-</p><p>cidas na Europa a parti r do século XVI, as cartas se</p><p>tornaram um fenômeno universal.</p><p>OS JOGOS OLÍMPICOS</p><p>Os Jogos Olímpicos, no formato que conhece-</p><p>mos, foram disputados pela primeira vez em 1896</p><p>na cidade de Atenas, na Grécia. Mas a origem da</p><p>Olimpíada vem da Anti guidade, época em que a</p><p>competi ção signifi cava um período de trégua num</p><p>mundo recheado de guerras e confl itos.</p><p>Só podiam parti cipar dos Jogos Olímpicos ci-</p><p>dadãos nascidos em alguma das cidades-estados</p><p>que formavam a Grécia Anti ga. Eram proibidos de</p><p>competi r os estrangeiros, chamados de bárbaros,</p><p>os escravos e as mulheres.</p><p>Assim como acontece nos dias de hoje, os Jogos</p><p>eram disputados de quatro em quatro anos, perío-</p><p>do a que se dá o nome de Olimpíada. A competi ção</p><p>sempre foi marcada pela celebração de uma tré-</p><p>gua entre as cidades-estados gregas, que viviam em</p><p>confl ito. Mas diferente dos tempos atuais, apenas</p><p>o campeão era premiado.</p><p>PAZ ENTRE AS CIDADES-ESTADO</p><p>Dois meses antes de cada edição, uma espécie</p><p>de Senado Olímpico decretava a trégua, que era</p><p>comunicada por mensageiros escolhidos entre os</p><p>cidadãos de Élis, reino responsável pela organização</p><p>dos Jogos. A parti r deste momento, atletas, juízes,</p><p>arti stas e familiares podiam viajar em segurança</p><p>e ti nha direito a um mês de preparação para as</p><p>competi ções.</p><p>Fonte: olimpiadatododia.com.br/curiosidades-olimpicas/</p><p>237903-jogos-olimpicos-da-grecia-anti ga</p><p>Fonte: h� ps://pt.wikipedia.org/wiki/Jogo</p><p>Um pouco de história</p><p>Era Moderna</p><p>Atenas foi a cidade que sediou a primeira olimpía-</p><p>da da Era Moderna, em abril de 1896, com delegações</p><p>de 14 países. Ao todo, 241 atletas competi ram em</p><p>nove modalidades.</p><p>Desde essa época, os Jogos Olímpicos passaram</p><p>a ser realizados de quatro em quatro anos, à exceção</p><p>de 1914 e 1918 e 1939 e 1945, quando ocorreram a</p><p>Primeira e Segunda Guerra Mundial, respecti vamente.</p><p>Jogos Olímpicos de Inverno</p><p>O evento esporti vo começou a ser realizado em</p><p>1924 como “Semana Internacional dos Desportos de</p><p>Inverno”. Dois anos depois, ganhou o status de Jogos</p><p>Olímpicos. Eles também ocorrem a cada quatro anos,</p><p>mas são contemplados apenas esportes que envolvem</p><p>gelo ou neve, tais como Biathlon, Curling, Hóquei no</p><p>gelo, Esqui e Pati nação.</p><p>Fonte: h� ps://mundoeducacao.uol.com.br/educacao-fi sica/os-</p><p>jogos-olimpicos.htm dia 12/02/2021</p><p>HABILIDADES DA BNCC(EM13LGG501) Selecionar e</p><p>uti lizar movimentos corporais de forma consciente</p><p>e intencional para interagir socialmente em práti cas</p><p>corporais, de modo a estabelecer relações constru-</p><p>ti vas, empáti cas, éti cas e de respeito às diferenças.</p><p>OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO DC-GOEM</p><p>• (GO-EMLGG501A) Identi fi car os princípios téc-</p><p>nicos e táti cos dos esportes de marca, de campo,</p><p>de arremesso e taco, sinteti zando essas semelhan-</p><p>ças em uma nova práti ca, aplicando em diferentes</p><p>contextos para estabelecer relações construti vas,</p><p>empáti cas, éti cas e de respeito às diferenças, além</p><p>de apreciar a práti ca como entretenimento.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>32</p><p>• (GO-EMLGG501B) Enumerar os espaços de in-</p><p>fraestrutura (quadras, praças, galpões, páti os),</p><p>discriminando os que possuem condições dentro</p><p>e fora da escola para organizar práti cas corporais</p><p>em condições seguras para a comunidade.</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM</p><p>• Esportes (esportes de marca, esportes de preci-</p><p>são, esportes de invasão, esportes técnico-combi-</p><p>natórios, esportes de campo e taco, esportes de</p><p>rede/parede, esportes de invasão e/ou esportes</p><p>de combate).</p><p>Aula 07 – Futsal</p><p>O futsal, também conhecido como futebol de</p><p>salão, teve origem em Montevidéu, no Uruguai, em</p><p>1934. O esporte surgiu a parti r da tentati va do seu</p><p>idealizador, Juan Carlos Ceriani Gravier, em criar uma</p><p>modalidade que misturasse futebol, handebol, bas-</p><p>quete e polo aquáti co.</p><p>Na década de 30, o Uruguai</p><p>era considerado uma</p><p>grande potência do futebol. Em 1930, o país foi a pri-</p><p>meira sede da Copa do Mundo de Futebol, quando se</p><p>consagrou campeão. Dentro desse contexto, surgem</p><p>vários nomes do esporte como o argenti no Juan Carlos</p><p>Ceriani Gravier.</p><p>Gravier formou-se como Secretário Geral da YMCA</p><p>e Professor de Educação Física e Esporte em Buenos</p><p>Aires, na Argenti na. Por volta de 1930, como membro</p><p>da Associação Cristã de Moços (ACM), criou futsal,</p><p>mas como o nome “Indoor Football”, cuja tradução</p><p>literal é “futebol no interior”.</p><p>História do futsal no Brasil</p><p>O futsal de Gravier chegou ao Brasil em 1935 atra-</p><p>vés dos professores João Lotufo e Asdrubal Monteiro,</p><p>que se graduaram no Insti tuto Técnico da Federação</p><p>Sulamericana das ACM. No país, o esporte fi cou mais</p><p>conhecido como futebol de salão.</p><p>Nos anos seguintes, os professores perceberam a</p><p>necessidade de modifi car algumas regras no esporte</p><p>no Brasil. E em 1950, chegaram ao modelo atual, com</p><p>limite de cinco jogadores e as marcações na quadra.</p><p>Com objeti vo de uniformizar as regras do futsal,</p><p>em 1957 foi criado por Sylvio Pacheco o Conselho</p><p>Técnico de Assessores de Futebol de Salão. A enti dade</p><p>também foi responsável por conciliar divergências e</p><p>dirigir os desti nos do futsal no Brasil.</p><p>Consequentemente, surgiram no país outras enti -</p><p>dades. Em 1954 foram criadas a Federações Metropo-</p><p>litana e Mineira de Futebol; em 1955, as Federações</p><p>Paulista, Cearense, Paranaense, Gaúcha e Baiana de</p><p>Futebol de Salão.</p><p>No ano posterior, em 1956 foi fundada a Federação</p><p>Catarinense, 1957 a Norte Rio Grandense e 1959 a Ser-</p><p>gipana. Nas décadas seguintes todos estados possuíam</p><p>enti dades próprias, tal ponto fortaleceu o futsal no país.</p><p>Fonte: h� ps://www.educamaisbrasil.com.br/enem/</p><p>educacao-fi sica/futsal</p><p>A insti tuição responsável pelo futsal no brasil é</p><p>Confederação Brasileira de Futebol de Salão.</p><p>HABILIDADES DA BNCC(EM13LGG501) Selecionar e</p><p>uti lizar movimentos corporais de forma consciente</p><p>e intencional para interagir socialmente em práti cas</p><p>corporais, de modo a estabelecer relações constru-</p><p>ti vas, empáti cas, éti cas e de respeito às diferenças.</p><p>OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO DC-GOEM</p><p>• (GO-EMLGG501A) Identi fi car os princípios téc-</p><p>nicos e táti cos dos esportes de marca, de campo,</p><p>de arremesso e taco, sinteti zando essas semelhan-</p><p>ças em uma nova práti ca, aplicando em diferentes</p><p>contextos para estabelecer relações construti vas,</p><p>empáti cas, éti cas e de respeito às diferenças, além</p><p>de apreciar a práti ca como entretenimento.</p><p>• (GO-EMLGG502B) Compreender o desempenho</p><p>relacionado ao gênero no esporte, identi fi cando as</p><p>diferenças biológicas existentes que determinam</p><p>esses aspectos, para estabelecer relações constru-</p><p>ti vas, empáti cas, éti cas e de respeito às diferenças</p><p>em diversos contextos.</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM</p><p>• Esportes (esportes de marca, esportes de preci-</p><p>são, esportes de invasão, esportes técnico-combi-</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>33</p><p>natórios, esportes de campo e taco, esportes de</p><p>rede/parede, esportes de invasão e/ou esportes</p><p>de combate).</p><p>Aula 08 – Basquetebol</p><p>O basquetebol é um esporte coleti vo criado nos</p><p>Estados Unidos e prati cado em todo o mundo. Seu</p><p>nome (basketball) está relacionado com dois de seus</p><p>elementos principais: a cesta (em inglês, basket) e a</p><p>bola (ball).</p><p>Desde sua criação até os dias de hoje, o basquete</p><p>se desenvolveu muito. Algumas regras mudaram e o</p><p>basquete é hoje, segundo o site especializado Total</p><p>Sportek, o segundo esporte mais popular do mundo</p><p>(atrás apenas do futebol).</p><p>Origem do Basquete</p><p>O basquete foi inventado nos Estados Unidos da</p><p>América no início de dezembro de 1891 na Associação</p><p>Cristã de Moços (YMCA) de Springfi eld, Massachuse� s,</p><p>pelo professor canadense James Naismith (1861-1940).</p><p>O professor buscava um esporte intenso que pu-</p><p>desse ser prati cado pelos alunos dentro do ginásio</p><p>por conta do inverno rigoroso e da chuva no norte</p><p>dos Estados Unidos.</p><p>O professor prendeu então dois cestos de pêsse-</p><p>go no alto de uma parede e as equipes ti nham que</p><p>encestar a bola. O professor Naismith mediu a altura</p><p>das cestas e registrou 3,05 metros, essa altura é a</p><p>mesma até hoje.</p><p>O professor Naismith e seu jogadores da Universidade do Kansas</p><p>(1899)</p><p>O Basquete no Brasil</p><p>O Brasil foi um dos primeiros países do mundo a</p><p>conhecer o esporte. Em 1896, um professor america-</p><p>no chamado Augusto Shaw foi convidado para lecio-</p><p>nar no Colégio Mackenzie em São Paulo e introduziu</p><p>o jogo no país.</p><p>Os primeiros torneios de basquete aconteceram</p><p>em 1912 e o primeiro clube a adotar a modalidade foi</p><p>o América do Rio de Janeiro, no ano seguinte.</p><p>A primeira liga de basquete aconteceu em 1919,</p><p>também no Rio de Janeiro, e foi vencida pelo Flamen-</p><p>go. Já a primeira seleção brasileira convocada para</p><p>um torneio ocorreu em 1922. O Brasil disputou jogos</p><p>contra a Argenti na e o Uruguai e sagrou-se campeão.</p><p>O Brasil foi campeão mundial por três vezes: em</p><p>1959 e 1963, com a equipe masculina, e em 1994</p><p>com a equipe feminina comandada por Magic Paula,</p><p>Hortência e Janeth.</p><p>Oscar Schmidt, o maior jogador brasileiro de todos</p><p>os tempos, é o detentor da marca de maior pontuador</p><p>da história do esporte com incríveis 49.737 pontos.</p><p>Foi campeão do Pan-americano de Indianápolis,</p><p>em 1987. Essa foi a primeira derrota do ti me ameri-</p><p>cano em casa.</p><p>Fonte: todamateria.com.br/historia-do-basquete/</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>34</p><p>HABILIDADES DA BNCC(EM13LGG501) Selecionar e</p><p>uti lizar movimentos corporais de forma consciente</p><p>e intencional para interagir socialmente em práti cas</p><p>corporais, de modo a estabelecer relações constru-</p><p>ti vas, empáti cas, éti cas e de respeito às diferenças.</p><p>OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO DC-GOEM</p><p>• (GO-EMLGG501A) Identi fi car os princípios téc-</p><p>nicos e táti cos dos esportes de marca, de campo,</p><p>de arremesso e taco, sinteti zando essas semelhan-</p><p>ças em uma nova práti ca, aplicando em diferentes</p><p>contextos para estabelecer relações construti vas,</p><p>empáti cas, éti cas e de respeito às diferenças, além</p><p>de apreciar a práti ca como entretenimento.</p><p>• (GO-EMLGG503G) Selecionar informações sobre</p><p>os bene� cios referentes a práti ca de ati vidades e</p><p>exercícios � sicos, organizando momentos de divul-</p><p>gação através de diversas mídias (folhetos, redes</p><p>sociais, rádio escola etc.) para promover saúde,</p><p>bem-estar e integração da comunidade na escolar.</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM</p><p>• Esportes (esportes de marca, esportes de preci-</p><p>são, esportes de invasão, esportes técnico-combi-</p><p>natórios, esportes de campo e taco, esportes de</p><p>rede/parede, esportes de invasão e/ou esportes</p><p>de combate).</p><p>Aula 08 – Voleibol</p><p>O vôlei foi criado em 1895, pelo americano</p><p>William G. Morgan, então diretor de educação � sica</p><p>da Associação Cristã de Moços (ACM) na cidade de</p><p>Holyoke, em Massachuse� s, nos Estados Unidos. O</p><p>primeiro nome deste esporte que viria se tornar um</p><p>dos maiores do mundo foi mintone� e.</p><p>Naquela época, o esporte da moda era o basque-</p><p>tebol, criado apenas quatro anos antes, mas que ti vera</p><p>uma rápida difusão. Era, no entanto, um jogo muito</p><p>cansati vo para pessoas de idade. Por sugestão do pas-</p><p>tor Lawrence Rinder, Morgan idealizou um jogo menos</p><p>fati gante para os associados mais velhos da ACM e</p><p>colocou uma rede semelhante à de tênis, a uma altura</p><p>de 1,98 metros, sobre a qual uma câmara de bola de</p><p>basquete era bati da, surgindo assim o jogo de vôlei.</p><p>A primeira bola usada era muito pesada e, por</p><p>isso, Morgan solicitou à fi rma A.G. Spalding & Brothers</p><p>a fabricação de uma bola para o referido esporte. No</p><p>início, o mintone� e fi cou restrito à cidade de Holyoke</p><p>e ao ginásio onde Morgan era diretor. Um ano mais</p><p>tarde, numa conferência no Springfi eld’s College, en-</p><p>tre diretores de educação � sica dos EUA, duas equipes</p><p>de Holyoke fi zeram uma demonstração e assim o jogo</p><p>começou a se difundir por Springfi eld e outras cidades</p><p>de Massachusse� s e Nova Inglaterra.</p><p>Em Springfi eld, o Dr. A.T. Halstead sugeriu que o</p><p>seu nome fosse trocado</p><p>para volley ball, tendo em</p><p>vista que a idéia básica do jogo era jogar a bola de</p><p>um lado para outro, por sobre a rede, com as mãos.</p><p>Em 1896, foi publicado o primeiro arti go sobre</p><p>o volley ball, escrito por J.Y. Cameron na edição do</p><p>“Physical Educati on” na cidade de Búfalo, Nova Iorque.</p><p>Este arti go trazia um pequeno resumo sobre o jogo</p><p>e de suas regras de maneira geral. No ano seguinte,</p><p>estas regras foram incluídas ofi cialmente no primeiro</p><p>handbook ofi cial da Liga Atléti ca da Associação Cristã</p><p>de Moços da América do Norte.</p><p>O volley ball foi rapidamente ganhando novos</p><p>adeptos, crescendo verti ginosamente no cenário</p><p>mundial ao decorrer dos anos. Em 1900, o esporte</p><p>chegou ao Canadá (primeiro país fora dos Estados Uni-</p><p>dos), sendo posteriormente desenvolvido em outros</p><p>países, como na China, Japão (1908), Filipinas (1910),</p><p>México entre outros países europeus, asiáti cos, afri-</p><p>canos e sul-americanos.</p><p>Na América do Sul, o primeiro país a conhecer o</p><p>volley ball foi o Peru, em 1910, através de uma missão</p><p>governamental que ti nha a fi nalidade de organizar a</p><p>educação primária do país.</p><p>O primeiro campeonato sul-americano foi patro-</p><p>cinado pela Confederação Brasileira de Desportos</p><p>(CBD), com o apoio da Federação Carioca de Volley</p><p>Ball e aconteceu no ginásio do Fluminense, no Rio,</p><p>entre 12 e 22 de setembro de 1951, sendo campeão</p><p>o Brasil, no masculino e no feminino.</p><p>Fonte: fpv.com.br/historia_volleyball.asp</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>35</p><p>HABILIDADES DA BNCC(EM13LGG501) Selecionar e</p><p>uti lizar movimentos corporais de forma consciente</p><p>e intencional para interagir socialmente em práti cas</p><p>corporais, de modo a estabelecer relações constru-</p><p>ti vas, empáti cas, éti cas e de respeito às diferenças.</p><p>OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO DC-GOEM</p><p>12. (GO-EMLGG501A) Identi fi car os princípios téc-</p><p>nicos e táti cos dos esportes de marca, de campo,</p><p>de arremesso e taco, sinteti zando essas semelhan-</p><p>ças em uma nova práti ca, aplicando em diferentes</p><p>contextos para estabelecer relações construti vas,</p><p>empáti cas, éti cas e de respeito às diferenças, além</p><p>de apreciar a práti ca como entretenimento.</p><p>13. (GO-EMLGG503G) Selecionar informações so-</p><p>bre os bene� cios referentes a práti ca de ati vidades</p><p>e exercícios � sicos, organizando momentos de di-</p><p>vulgação através de diversas mídias (folhetos, re-</p><p>des sociais, rádio escola etc.) para promover saúde,</p><p>bem-estar e integração da comunidade na escolar.</p><p>14. (GO-EMLGG503J) Compreender os ti pos de</p><p>lesões, analisando nas práti cas esporti vas aquelas</p><p>mais comuns para empregar medidas de prevenção</p><p>antes e durante as ati vidades � sicas e esporti vas.</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM</p><p>15. Esportes (esportes de marca, esportes de pre-</p><p>cisão, esportes de invasão, esportes técnico-com-</p><p>binatórios, esportes de campo e taco, esportes de</p><p>rede/parede, esportes de invasão e/ou esportes</p><p>de combate).</p><p>Aula 10 – Handebol</p><p>O handebol foi criado pelo em 1919 pelo atleta</p><p>e professor de educação � sica alemão Karl Schelenz</p><p>(1890-1956).</p><p>Nesse ano, ele e outros parceiros de trabalho</p><p>reformularam um esporte para defi cientes visuais</p><p>chamado de torball.</p><p>Karl Schelenz, criador do handebol</p><p>História</p><p>Desde sua criação, o handebol tal qual o conhe-</p><p>cemos hoje sofreu algumas modifi cações. O local de</p><p>jogo, por exemplo, era ao ar livre (em gramados) e os</p><p>espaços eram menores.</p><p>Agora, o esporte é executado em quadras fecha-</p><p>das de 40 por 20 metros. Além disso, no início o han-</p><p>debol era um jogo exclusivo para mulheres.</p><p>Mais tarde e com sua inclusão nos esportes olím-</p><p>picos, ele passou a ser jogado por ambos os sexos.</p><p>Como foi criado por um alemão, ele começou a ser</p><p>jogado em Berlim, na Alemanha durante a primeira</p><p>guerra mundial.</p><p>No entanto, não demorou muito para que ele se</p><p>difundisse pela Europa e ainda, para outras partes</p><p>do mundo.</p><p>Outro fator que o diferencia de sua origem é pelo</p><p>número de jogadores. Quando foi criado, ele conti -</p><p>nha um total de 22 jogadores, ou seja, 11 em cada</p><p>equipe. Hoje o número foi reduzido para 14 no total</p><p>(7 jogadores em cada equipe).</p><p>No fi nal dos anos 30 o handebol passou a ser um</p><p>esporte ofi cial Jogos Olímpicos de Berlim. Nesse mo-</p><p>mento, o jogo ainda era disputado por duas equipes</p><p>de 11 jogadores cada.</p><p>Com as novas mudanças (jogadores e espaço),</p><p>ele passou a fazer parte dos jogos olímpicos a parti r</p><p>de 1972.</p><p>Além disso, o esporte se espalhou pelo mundo e</p><p>atualmente encontramos diversas competi ções que</p><p>ocorrem a nível nacional e internacional. Merece</p><p>destaque o Campeonato Mundial de Handebol nas</p><p>categorias feminina e masculina.</p><p>Em 1999 foi fundada a Federação Internacional</p><p>de Handebol com sede na Basileia, Suíça. Esse órgão</p><p>é responsável pelo esporte a nível mundial.</p><p>Nos dias de hoje, o handebol é prati cado em mais</p><p>de 180 países do mundo.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>36</p><p>Handebol no Brasil</p><p>No Brasil, o handebol pas-</p><p>sou a ser reconhecido a parti r</p><p>dos anos 30. Em 1940 foi fun-</p><p>dada em São Paulo a Federa-</p><p>ção Paulista de Handebol. Esse</p><p>momento foi um importante</p><p>passo para a consolidação do</p><p>esporte no país.</p><p>Imagem fonte: h� ps://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/</p><p>noticia/2022-01/handebol-brasileiro-estreia-no-sul-centro-</p><p>americano-contra-o-paraguai</p><p>Em 1979 foi fundada a Confederação Brasileira</p><p>de Handebol (CBHb) com sede na cidade de Aracaju</p><p>(Sergipe). Esse órgão é responsável pelos eventos de</p><p>handebol que ocorrem no país.</p><p>Fonte: todamateria.com.br/handebol/</p><p>Referências Bibliográfi cas</p><p>BRASILEIRO, L. T. A dança é uma manifestação ar� s-</p><p>ti ca que tem presença marcante na cultura popular</p><p>brasileira. Pro-Posições, v. 21, n. 3, p. 135–153, 2010.</p><p>EDUARDO OLIVEIRA, C. et al. Dança como Mediação</p><p>Educacional para Diversidade e Ações AArmati vas I</p><p>Licenciatura em Dança Dança como Mediação Edu-</p><p>cacional para Diversidade e Ações AArmati vas I. 2018.</p><p>FRANCO, NEIL; FERREIRA, N. V. C. Evolução da dança</p><p>no contexto histórico: aproximações iniciais com o</p><p>tema. Repertório, v. 26, n. 1, p. 266–272, 2016.</p><p>MANGARATIBA, P. M. D. E.; LAZER, E. E. Prefeitura</p><p>municipal de mangarati ba secretaria municipal de</p><p>educação, esporte e lazer superintendência de en-</p><p>sino. [s.d.].</p><p>PEREIRA, R.; MEYER, S.; NORA, S. Histórias em Mo-</p><p>vimentos: biografi as e registros em dança. [s.l: s.n.].</p><p>RENGEL, L. P.; SHAFFNER, C. P.; OLIVEIRA, E. Dança ,</p><p>Corpo E Contemporaneidade. p. 42, 2016.</p><p>SANTOS, T. N. D. G. F. DE L. a Historia Da Dança. GEPEF/</p><p>LAPEF - UEL, v. 4, n. 3, p. 57–71, 2016.</p><p>UNESCO. Convenção Sobre a Proteção e Promoção da</p><p>Diversidade das Expressões Culturais. Paris: UNESCO,</p><p>2005.</p><p>BRASIL. PCN, pluralidade cultural. 1997.</p><p>Sites</p><p>h� ps://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/</p><p>historia-da-danca-no-brasil</p><p>h� ps://www.todamateria.com.br/historia-da-danca-</p><p>-no-brasil/</p><p>h� p://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/</p><p>conteudo.php?conteudo=102</p><p>h� p://www.vale.com/brasil/pt/aboutvale/news/pa-</p><p>ginas/dia-mundial-da-diversidade-cultural-conheca-</p><p>-resultados-de-acoes-da-fundacao-vale.aspx</p><p>h� ps://www.educamaisbrasil.com.br/enem/educa-</p><p>cao-fi sica/dancas-brasileiras</p><p>h� ps://olimpiadatododia.com.br/curiosidades-olim-</p><p>picas/237903-jogos-olimpicos-da-grecia-anti ga</p><p>h� ps://mundoeducacao.uol.com.br/educacao-fi sica/</p><p>os-jogos-olimpicos.htm</p><p>h� ps://www.educamaisbrasil.com.br/enem/educa-</p><p>cao-fi sica/futsal</p><p>h� ps://www.todamateria.com.br/historia-do-bas-</p><p>quete/</p><p>h� ps://www.fpv.com.br/historia_volleyball.asp</p><p>h� ps://www.todamateria.com.br/handebol/</p><p>Imagens</p><p>h� ps://www.clipartkey.com/</p><p>h� ps://pt.vecteezy.com/</p><p>h� ps://cimi.org.br/2020/01/raoni-e-45-povos-indige-</p><p>nas-lancam-manifesto-pela-vida-2/</p><p>h� ps://br.pinterest.com/</p><p>h� ps://prezi.com/p/o� syurhlkkz/diversidade-cultu-</p><p>ral/</p><p>h� ps://stock.adobe.com/br/search?k=frevo</p><p>h� ps://pt.vecteezy.com/arte-vetorial/515094-bum-</p><p>ba-meu-boi-bulls-vector</p><p>h� ps://sme.goiania.go.gov.br/conexaoescola/ensi-</p><p>no_fundamental/arte-cati ra-uma-danca-tradicional/</p><p>h� ps://pt.wikipedia.org/wiki/Jogo</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>37</p><p>COMPONENTE CURRICULAR – LÍNGUA</p><p>ESTRANGEIRA MODERNA</p><p>- INGLÊS</p><p>CLASS 01 (AULA 01)</p><p>INGLÊS EM TODA PARTE</p><p>Habilidade(s):</p><p>(EM13LGG401) Empregar nas interações sociais, a</p><p>variedade e o esti lo de língua adequados à situação</p><p>comunicati va, ao/ à interlocutor/a e ao gênero do</p><p>discurso,respeitando os usos das línguas por esse/a</p><p>interlocutor/a e sem preconceito linguísti co.</p><p>OBJETIVO DE ARPENDIZAGEM:</p><p>(GO-EMLGG401B) Identi fi car o vocabulário dos</p><p>objetos de conhecimento, fazendo exercícios de</p><p>compreensão auditi va, leitura e interpretação de</p><p>textos diversos [scanning] para ampliar a percep-</p><p>ção do conteúdo em ati vidades de práti cas guiadas</p><p>que envolvem o desenvolvimento das habilidades</p><p>recepti vas (compreensão auditi va e leitora).</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM</p><p>Diálogos. Dados pessoais. Formas verbais no pre-</p><p>sente do indicati vo/simples. Perfi l em redes sociais.</p><p>Simple Present. Present Conti nuous.Simple</p><p>Como temos visto até agora o Simple Present é</p><p>usado para falar de eventos que acontecem no pre-</p><p>sente.</p><p>O Present Conti nuous é usado para expressar uma</p><p>situação que está em progresso, ou seja, uma ação</p><p>que ainda está acontecendo.</p><p>Em português é o equivalente à “ando”, “endo”</p><p>e “indo”.</p><p>Ex: Comendo = Eating</p><p>Veja esse trecho da música “Witness” de Katy</p><p>Perry</p><p>We’re all just looking for connecti on</p><p>Yeah, we all want to be seen</p><p>I’m looking for someone who speaks my language</p><p>Someone to ride this ride with me</p><p>Can I get a witness? (Witness)</p><p>Will you be my witness? (Witness)</p><p>I’m just looking for a witness in all of this</p><p>Looking for a witness to get me through this</p><p>Disponível em h� ps://www.letras.mus.br/katy-perry/</p><p>witness-2/traducao.htmlv06/02/2023</p><p>A estrutura do Present Conti nuous é composta</p><p>pelo verbo to be + verbo principal com -ing.</p><p>Ex:</p><p>We’re all just looking for connecti on.</p><p>=</p><p>We are all just looking for connecti on.</p><p>Uma boa maneira de identi fi car o present conti -</p><p>nuous é procurar por expressões temporais que são</p><p>recorrentes, entre as quais se destacam: now, at the</p><p>moment, at presente, just, already e sti ll.</p><p>Ex:</p><p>We’re all just looking for connecti on.</p><p>Com base nessas informações responda as ques-</p><p>tões a seguir.</p><p>ACTIVITIES (ATIVIDADES)</p><p>1. Vamos prati car as técnicas de scanning e skimming</p><p>do texto, circule as palavras cognatas, passe um</p><p>traço embaixo dos verbos no simple present e</p><p>dois traços em baixo nos verbos no present con-</p><p>ti nuous.</p><p>Hi, Ben!</p><p>How are you? I’m on holiday in Spain with my</p><p>family. We’re staying in Malgrat de Mar. It’s a nice</p><p>town at the seaside. We’re living in a great hotel. I love</p><p>the food. I eat delicious seafood every day. Today is</p><p>“The Fruit Day” and I’m eati ng melons, bananas and</p><p>oranges. Yummy! Do you like melons, Ben?</p><p>In the morning we always go to the beach. I enjoy</p><p>sunbathing and swimming in the water. We are on</p><p>the beach now. My parents are swimming, my baby</p><p>brother is building a sandcastle. I’m not swimming at</p><p>the moment, because I’m writi ng to you J. And what</p><p>are you doing?</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>38</p><p>There are many shops in Malgrat de Mar. My mum</p><p>goes shopping all the ti me. My dad and my brother</p><p>don’t like shopping but I don’t mind. I o� en help mum</p><p>with bags and souvenirs.</p><p>Guess what!? Today in the a� ernoon we’re going</p><p>to a waterpark. I’m so happy! My dad is very excited.</p><p>He loves waterslides.</p><p>Where are you? Are you having fun?</p><p>Write soon!</p><p>Jess.</p><p>O meio digital hoje permite que acessem informa-</p><p>ções do mundo todo em tempo real e até no conforto</p><p>do celular, pesquisar sites, blogs, músicas em inglês</p><p>pode dar um UP nos seus estudos.</p><p>2. Com base nessa leitura preliminar responda o que</p><p>se pede:</p><p>2.1. Que ti po de texto é esse? Que fi nalidade ele</p><p>tem? A quem é dirigido?</p><p>2.2. Que informações vocês conseguem identi fi car</p><p>no texto?</p><p>3. Na ati vidade anterior você localizou os verbos</p><p>no present conti nuous com dois traços, mas se</p><p>prestar bem atenção o texto tem palavras termi-</p><p>nadas com ing que não representam o present</p><p>conti nuous, transcreva essas palavras no quadro</p><p>conforme o modelo:</p><p>morning manhã</p><p>Assim como no portgugês o inglês tem seus “Ar-</p><p>ti cles” e seu uso é muito parecido com os nossos ar-</p><p>ti gos.</p><p>Uti lizamos “the” quando queremos especifi car</p><p>algo, como vemos no texto quando o character Ben</p><p>diz:</p><p>I love the food. - Eu amo a comida.</p><p>Se escrevemos a frase sem o the</p><p>I love food. - Eu amo comida.</p><p>Nota a diferença entre os dois casos?</p><p>Na frase seguinte:</p><p>Today is “The Fruit Day” and I’m eati ng melons,</p><p>bananas and oranges.</p><p>Hoje é “O dia da fruta” e eu estou comendo me-</p><p>lões, bananas e laranjas.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>39</p><p>veja sem the Arti cle:</p><p>Today is “Fruit Day” and I’m eati ng melons, bana-</p><p>nas and oranges.</p><p>Hoje é “dia de fruta” e eu estou comendo melões,</p><p>bananas e laranjas.</p><p>Observe que sem the Arti cle a frases deixam de</p><p>ser sobre coisas específi cas e se tornam sobre situ-</p><p>ações gerais.</p><p>Quem ama the food - ama um ti po específi co de</p><p>comida, no caso do texto a comida que experimen-</p><p>tou durante “holiday in Spain” quem ama food, sem</p><p>o arti cle the, ama comida em geral. Toda e qualquer</p><p>comida.</p><p>Além do arti go “the” em inglês ainda temos “a”</p><p>e “an”.</p><p>“A” e “an” são duas formas do mesmo arti go e</p><p>é uti lizado para coisas que podem ser contadas. No</p><p>inglês eles não equivalem nem a masculino nem a</p><p>feminino podendo ser usados em ambas situações,</p><p>apenas no portugês ao traduzir fazemos a equivalên-</p><p>cia aos nossos arti gos um, uma, uns, umas.</p><p>Uti lizamos “a” na frente de palavras iniciadas com</p><p>consoantes e “an” na frente de palavras iniciadas com</p><p>vogais.</p><p>Arti cle: “A”</p><p>Exemplos:</p><p>A book = Um livro</p><p>A car = Um carro</p><p>A woman = Uma mulher</p><p>A man = Um homem</p><p>Arti cle: “An” =</p><p>Exemplos:</p><p>An envelope = Um envelope</p><p>An animal = Um animal</p><p>An apple = Uma maçã</p><p>An avocado = Um abacate</p><p>Veja o uso dos arti cles no trecho destacado da</p><p>música de Kate Parry</p><p>We’re all just looking for connecti on</p><p>Yeah, we all want to be seen</p><p>I’m looking for someone who speaks my language</p><p>Someone to ride this ride with me</p><p>Can I get a witness? (Witness)</p><p>Will you be my witness? (Witness)</p><p>I’m just looking for a witness in all of this</p><p>Looking for a witness to get me through this</p><p>Disponível em h� ps://www.letras.mus.br/katy-perry/</p><p>witness-2/traducao.htmlv06/02/2023</p><p>Can I get a witness?</p><p>Posso obter uma testemunha?</p><p>I’m just looking for a witness in all</p><p>Eu só estou procurando uma testemunha em</p><p>tudo.</p><p>Ou no diálogo do personagem Ben.</p><p>How are you? I’m on holiday in Spain with my</p><p>family. We’re staying in Malgrat de Mar. It’s a nice</p><p>town at the seaside. We’re living in a great hotel.</p><p>Na frase:</p><p>It’s a nice town at the seaside.</p><p>É uma bela/boa cidade à beira-mar.</p><p>Embora o arti go esteja perto da palavra nice ele</p><p>se refere à cidade que é um termo contável. É uma</p><p>cidade entre várias possíveis.</p><p>4. Complete com o arti go correto (a, an, the):</p><p>Barbara spent her holidays at ………. seaside.</p><p>My cousin never drinks ………… tea with milk.</p><p>Johnny went to ……….. zoo with his parents. He</p><p>saw many animals there. There were ………..gira-</p><p>ff es and dolphins too.</p><p>My mum lit ………. candles at night.</p><p>Once upon …… ti me there was …….. li� le girl who</p><p>found ……. huge mushroom in the country.</p><p>Rose feeds ………chickens and ……….rabbits in …….</p><p>farm.</p><p>5. Neste outro trecho da música de Katy Perry “Wit-</p><p>ness” faltam as palavras que estão no quadro.</p><p>Coloque cada palavra em seu espaço correspon-</p><p>dente.</p><p>looking / a / everything / anything / And</p><p>want / language / a /you / witness</p><p>I’m just__________ for ____ witness in all of this</p><p>Looking for a witness to get me through this</p><p>When you tell me___________, and there’s no</p><p>holes</p><p>You can scroll through _________, you’ve got the</p><p>codes</p><p>Nothing to hide, it’s all in their eyes</p><p>_____we just know, ooh</p><p>We’re all just looking for connecti on</p><p>Yeah, we all _____to be seen</p><p>I’m looking for someone who speaks my ________</p><p>Someone to ride this ride with me</p><p>Can I get ___witness? (Witness)</p><p>Will ____be my witness? (Witness)</p><p>I’m just looking for a _____in all of this</p><p>Looking for a witness to get me through this</p><p>6. Entre</p><p>as palavras do quadro da ati vidade 7 tem</p><p>alguma palavra terminada com ing que é um verbo</p><p>no present conti nuous?</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>40</p><p>8. No quadro, quais palavras são terminadas em ing</p><p>e não são verbos?</p><p>9. Na ati vidade 5 tem frases com arti cles, destaque</p><p>duas.</p><p>CLASS 02 (AULA 02)</p><p>(EM13LGG401) Empregar nas interações sociais, a</p><p>variedade e o esti lo de língua adequados à situação</p><p>comunicati va, ao/ à interlocutor/a e ao gênero do</p><p>discurso,respeitando os usos das línguas por esse/a</p><p>interlocutor/a e sem preconceito linguísti co.</p><p>OBJETIVO DE ARPENDIZAGEM:</p><p>(GO-EMLGG401B) Identi fi car o vocabulário dos</p><p>objetos de conhecimento, fazendo exercícios de</p><p>compreensão auditi va, leitura e interpretação de</p><p>textos diversos [scanning] para ampliar a percep-</p><p>ção do conteúdo em ati vidades de práti cas guiadas</p><p>que envolvem o desenvolvimento das habilidades</p><p>recepti vas (compreensão auditi va e leitora).</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM</p><p>Formas verbais no presente do indicati vo/simples.</p><p>Simple Present. Present Conti nuous. interpretação</p><p>de textos diversos [scanning] para ampliar a percep-</p><p>ção do conteúdo em ati vidades de práti cas guiadas</p><p>que envolvem o desenvolvimento das habilidades</p><p>recepti vas</p><p>QUANDO USAR O SIMPLE PRESENT?</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>41</p><p>EXEMPLO(S):</p><p>Fato, verdade: The sun is yellow. (O sol é amarelo).</p><p>Estado emocional: Juliana is sad today. (Juliana</p><p>está triste hoje).</p><p>Frequência, roti na, hábito: They never do the</p><p>dishes (eles nunca lavam as louças).</p><p>Observe o texto do blog “Deliciously Ella” O blog</p><p>comparti lha ideias incríveis de refeições e experi-</p><p>ências culinárias com alimentos à base de plantas e</p><p>ingredientes não processados. Inspirou milhões de</p><p>leitores ingleses a cuidar melhor de seus corpos. O</p><p>texto é construído em simple present.</p><p>ACTIVITIES (ATIVIDADES)</p><p>1. Sobre o texto “Blueberry Pancakes” Localize e</p><p>circule os verbos no simple present.</p><p>2. Observe a frase afi rmati va;</p><p>These blueberry pancakes are the ulti mate we-</p><p>ekend breakfast and take no ti me at all to make.</p><p>Reescreva a frase substi tuindo blueberry pancakes</p><p>pelo que normalmente você come no café da ma-</p><p>nhã.</p><p>3. Leia a receita das “American Fluff y pancakes”</p><p>Disponível em: h� ps://deliciouslyella.com/recipes/</p><p>american-fl uff y-pancakes/ 07/03/2023</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>42</p><p>4. Ma rque a alternati va correta.</p><p>A) O texto está no formato story e é uma receita</p><p>dividida em duas partes, uma no simple present</p><p>e uma no present conti nuous.</p><p>B) O texto está no formato story e é uma receita</p><p>e por indicar o modo de preparo é escrita com os</p><p>verbos predominante no simple present.</p><p>C) O texto está no formato story e é uma receita</p><p>e por indicar o modo de preparo é escrita com os</p><p>verbos predominante no present conti nuous.</p><p>D) O texto está no formato story e é uma receita</p><p>e por indicar o modo de preparo é escrita sem</p><p>nenhum verbo.</p><p>E) O texto está no formato story e é uma receita</p><p>e por indicar o modo de preparo é escrita com os</p><p>verbos predominante no simple past.</p><p>5. A receita apresentada é tradicional de uma outra</p><p>cultura, mas tem diversas palavras cognatas. Lo-</p><p>calize essas palavras:</p><p>6. Na frase: Once the pancake starts to cook, sprinkle</p><p>some fresh blueberries on top and cook for 3-5</p><p>minutes unti l the bo� om feels cooked.</p><p>A) O verbo start, está na conjugado na terceira</p><p>pessoa no simple present: “It starts” por isso o</p><p>“s” no fi m da palavra.</p><p>B) A palavra sprinkle não está no simple present.</p><p>C) As palavras cook e cooked não são o mesmo</p><p>verbo.</p><p>D) A palavra cooked está errada porque aparece</p><p>com ed no fi nal.</p><p>E) A frase está errada porque aparece o mesmo</p><p>verbo uma vez no simple present (cook) e no sim-</p><p>ple past (cooked).</p><p>CLASS 03 (AULA 03)</p><p>(EM13LGG401) Empregar nas interações sociais, a</p><p>variedade e o esti lo de língua adequados à situação</p><p>comunicati va, ao/ à interlocutor/a e ao gênero do</p><p>discurso, respeitando os usos das línguas por esse/a</p><p>interlocutor/a e sem preconceito.</p><p>HABILIDADE: (EM13LP06) Analisar efeitos de senti -</p><p>do decorrentes de usos expressivos da linguagem,</p><p>da escolha de determinadas palavras ou expressões</p><p>e da ordenação, combinação e contraposição de pa-</p><p>lavras, dentre outros, para ampliar as possibilidades</p><p>de construção de senti dos e de uso críti co de língua.</p><p>OBJETIVO DE ARPENDIZAGEM:</p><p>(GO-EMLP06B) Analisar as funções da linguagem</p><p>como recursos expressivos da língua, consideran-</p><p>do as diversas situações textuais para conhecer as</p><p>intencionalidades comunicati vas.</p><p>(GO-EMLGG401B) Identi fi car o vocabulário dos</p><p>objetos de conhecimento, fazendo exercícios de</p><p>compreensão auditi va, leitura e interpretação de</p><p>textos diversos [scanning] para ampliar a percep-</p><p>ção do conteúdo em ati vidades de práti cas guiadas</p><p>que envolvem o desenvolvimento das habilidades</p><p>recepti vas (compreensão auditi va e leitora).</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM</p><p>Analisar efeitos de senti do decorrentes de uso do</p><p>simple present na forma afi rmati va Elementos da</p><p>comunicação. Funções da linguagem com o verbo</p><p>to do.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>43</p><p>FORMA AFIRMATIVA</p><p>Os verbos no presente simples em frases afi rmati -</p><p>vas não se uti liza o auxiliar do/does. Por isso quando</p><p>ele aparece na frase:</p><p>Linda does theater. - Linda faz teatro.</p><p>O verbo to do está atuando como verbo principal.</p><p>Enquanto na frase:</p><p>Don’t you want to eat pizza. - Você não quer co-</p><p>mer pizza.</p><p>Temos o verbo to do, verbo to want e verbo to eat.</p><p>E nesse caso o to do serve como auxiliar dos demais</p><p>verbos para gerar um efeito de negação.</p><p>Na frase:</p><p>Do you want to eat pizza? - Você quer comer pi-</p><p>zza?</p><p>Temos o verbo to do, verbo to want e verbo to eat.</p><p>E nesse caso o to do serve como auxiliar dos demais</p><p>verbos para formular uma pergunta.</p><p>Observe outros exemplos:</p><p>I watch TV every day. (Eu assisto TV todos os dias).</p><p>Simple Present</p><p>AFFIRMATIVE</p><p>Verb to read</p><p>Singular I</p><p>You</p><p>Watch tv</p><p>Watch tv</p><p>He</p><p>She</p><p>It</p><p>Watches tv</p><p>Watches tv</p><p>Watches tv</p><p>Plural We</p><p>You</p><p>They</p><p>Watch tv</p><p>Watch tv</p><p>Watch tv</p><p>Para as formas negati vas o verbo to do pode as-</p><p>sumir as formas contraídas don’t e doesn’t.</p><p>Observação: O verbo to do não é usado como</p><p>verbo auxiliar quando o verbo principal da frase for</p><p>“to be” ou quando houver a presença de outro verbo</p><p>auxiliar e um verbo modal.</p><p>Exemplos do verbo to do (auxiliar):</p><p>Simple Present</p><p>NEGATIVE</p><p>Verb to watch (assisti r)</p><p>Singular I</p><p>You</p><p>Don’t watch TV</p><p>every day</p><p>Don’t Watch TV</p><p>every day</p><p>He</p><p>She</p><p>It</p><p>Doesn’t watch tv</p><p>Doesn’t watch tv</p><p>Doesn’t watch tv</p><p>Plural We</p><p>You</p><p>They</p><p>Don’t watch TV</p><p>every day</p><p>Don’t Watch TV</p><p>every day</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>44</p><p>Observação: Ao uti lizar o verbo to do na terceira</p><p>pessoa do singular no simple present em frases ne-</p><p>gati vas e interrogati vas o verbo principal perderá a</p><p>par� cula “s”; “ies”, “es” da sua conjugação e o auxiliar</p><p>receberá a par� cula “es”</p><p>Na interrogati va: o verbo to do será empregado</p><p>antes do sujeito, exemplos :</p><p>Simple Present</p><p>INTERROGATIVE</p><p>Verb to watch (assisti r)</p><p>Singular Do</p><p>Do</p><p>I watch TV?</p><p>you watch TV?</p><p>Does</p><p>Does</p><p>Does</p><p>he watch TV</p><p>she watch TV?</p><p>it read a book?</p><p>Plural Do</p><p>Do</p><p>Do</p><p>we watch TV?</p><p>you watch TV?</p><p>they watch TV?</p><p>ACTIVITIES (ATIVIDADES)</p><p>Leia o texto para responder às questões:</p><p>Disponível em:h� ps://www.canva.com/design/</p><p>DAFcicesCLo/ixt63Ms0OXAvy1IM1R9UUA/</p><p>view?utm_content=DAFcicesCLo&utm_</p><p>campaign=designshare&utm_medium=link&utm_</p><p>source=publishsharelink&mode=preview em 07/03/20123</p><p>1. O texto é uma postagem de mídia social inti tulada</p><p>Dos and Don’ts for Self Confi dent. Com base nos</p><p>usos do verbo to do marque a alternati va correta.</p><p>A) A tradução correta do � tulo é: O que fazer para</p><p>autoconfi ança.</p><p>B) A tradução correta do � tulo é: O que não fazer</p><p>para autoconfi ança.</p><p>C) A tradução correta do � tulo é: O que fazer e o</p><p>que não fazer para autoconfi ança.</p><p>D) A tradução correta do � tulo é: O que ter e o</p><p>que não ter para autoconfi ança.</p><p>E) A tradução correta do � tulo é: O que ser e o</p><p>que não ser para autoconfi ança.</p><p>2. No texto temos 4 perguntas com o verbo to do.</p><p>Refaça as perguntas trocando o you por he ou she</p><p>e ajustando o verbo.</p><p>3. No texto temos 4 frases na forma negati va com o</p><p>verbo to do. Refaça as frases trocando o you por</p><p>he ou she e ajustando o verbo.</p><p>4. Translate the sentences below into English, using</p><p>the verb to do.</p><p>Você assiste Ne� lix?</p><p>Ex:Do you watch Netf lix?</p><p>Ela ouve musica? (to listen)</p><p>Ele limpa o quarto?</p><p>Eles estudam inglês? (to study)</p><p>Eu canto bem? (to sing)</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>45</p><p>CLASS 04 (AULA 04)</p><p>(EM13LGG401) Empregar nas interações sociais, a</p><p>variedade e o esti lo de língua adequados à situação</p><p>comunicati va, ao/ à interlocutor/a e ao gênero do</p><p>discurso, respeitando os usos das línguas por esse/a</p><p>interlocutor/a e sem preconceito.</p><p>(EM13LP31) Compreender criti camente</p><p>textos de divulgação cien� fi ca orais, escritos e mul-</p><p>ti ssemióti cos de diferentes áreas do conhecimento,</p><p>identi fi cando sua organização tópica e a hierarqui-</p><p>zação das informações, identi fi cando e descartando</p><p>fontes não confi áveis e problemati zando enfoques</p><p>tendenciosos ou superfi ciais.</p><p>OBJETIVO DE ARPENDIZAGEM:</p><p>(GO-EMLGG401B) Identi fi car o vocabulário dos</p><p>objetos de conhecimento, fazendo exercícios de</p><p>compreensão auditi va, leitura e interpretação de</p><p>textos diversos [scanning] para ampliar a percep-</p><p>ção do conteúdo em ati vidades de práti cas guiadas</p><p>que envolvem o desenvolvimento das habilidades</p><p>recepti vas (compreensão auditi va e leitora).</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM</p><p>Analisar efeitos de senti do decorrentes de uso do</p><p>simple present e Present Conti nuous. Elementos</p><p>da comunicação. Funções da linguagem, formas</p><p>afi rmati va e interrogati va.</p><p>Sua formação é composta da seguinte maneira:</p><p>Sujeito + verbo to be + verbo com -ing + com-</p><p>plemento</p><p>EXEMPLO:</p><p>She is watching TV.</p><p>Além de observar a terminação verbal (ing) uma</p><p>boa maneira de identi fi car o present conti nuous é pro-</p><p>curar por expressões temporais que são recorrentes,</p><p>entre as quais se destacam: now, at the moment, at</p><p>present, just, already e sti l.</p><p>Exemplo: What are you doing now? I’m studying</p><p>for our math test on Monday.</p><p>Deve-se prestar atenção à ortografi a dos verbos</p><p>que terminam em -ing. Veja os casos em que são ne-</p><p>cessárias mudanças:</p><p>→ Verbos de uma sílaba que terminam em conso-</p><p>ante + vogal + consoante — deve-se dobrar a últi ma</p><p>consoante e acrescentar -ing</p><p>Stop (parar) – stopping</p><p>Run (correr) – running</p><p>Get (pegar) – ge� ng</p><p>Dig (cavar) – digging</p><p>Exceto com verbos que terminam em -w ou -x:</p><p>Fix (consertar) – fi xing</p><p>Mix (misturar) – mixing</p><p>Snow (nevar) – snowing</p><p>→ Verbos com duas sílabas se a últi ma for tônica</p><p>— deve-se dobrar a consoante também (CVC):</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>46</p><p>Prefer (preferir) – preferring</p><p>Begin (iniciar) – beginning</p><p>→Verbos que terminam em -e — deve-se reti rar</p><p>a terminação e acrescentar -ing:</p><p>Make (fazer) – making</p><p>Dance (dançar) – dancing</p><p>Live (viver) – living</p><p>Write (escrever) – writi ng</p><p>→ Verbos que terminam em -ie — deve-se subs-</p><p>ti tuir a terminação por y + -ing:</p><p>Lie (menti r) – lying</p><p>Die (morrer) – dying</p><p>ACTIVITIES (ATIVIDADES)</p><p>Leia o texto para responder as questões:</p><p>Disponível em: h� ps://handluggageonly.</p><p>co.uk/2023/03/02/arriving-on-land-in-antarcti ca/</p><p>07/03/2023</p><p>1. Localize no texto palavras que indicam o present</p><p>conti nuous.</p><p>2. Sobre o texto marque a alternati va correta:</p><p>A) O texto é um relato de experiência por isso não</p><p>uti liza o present conti nous.</p><p>B) O texto não é um relato de experiência por isso</p><p>uti liza o present conti nous.</p><p>C) O texto é um relato de experiência e o uso do</p><p>present conti nuos demonstra que a ação inicia no</p><p>tempo presente, mas conti nua por um periodo de</p><p>tempo.</p><p>D) O texto é um relato de experiência e o simple</p><p>present deveria ser usado no lugar do present</p><p>conti nuous.</p><p>E) O texto é um relato de experiência e não deveria</p><p>ter palavras terminadas com ing.</p><p>3. Além dos verbos no present conti nuous existe al-</p><p>guma outra expressão temporal no texto? Qual ou</p><p>quais?</p><p>4. Produza um parágrafo relatando uma experiência</p><p>pessoal com pelo menos um verbo no present</p><p>conti nuous e pelo menos uma dessas expressões:-</p><p>now, at the moment, at present, just, already e</p><p>sti l.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>47</p><p>Outro exemplo é: How are you doing?ou no po-</p><p>pular “how you doin” Que pode ser traduzido literal-</p><p>mente como o que você está fazendo e normalmente</p><p>é uti lizado no mesmo senti do de “Como vai?” “Como</p><p>você está?</p><p>A expressão how is it going? ou ainda how is gon-</p><p>na? Que pode ser traduzida “como você está indo?”</p><p>também pode ser usada da mesma forma na fala in-</p><p>formal.</p><p>E essas perguntas feitas no present conti nuous</p><p>podem ser respondidas:</p><p>I’m doing ok / Estou bem</p><p>I’m doing alright / Estou bem</p><p>I’m doing great / Estou óti mo (a)</p><p>I’m doing fi ne / Estou bem</p><p>I’m good / Estou bem.</p><p>CLASS 05 (AULA 05)</p><p>(EM13LGG401) Empregar nas interações sociais, a</p><p>variedade e o esti lo de língua adequados à situação</p><p>comunicati va, ao/ à interlocutor/a e ao gênero do</p><p>discurso, respeitando os usos das línguas por esse/a</p><p>interlocutor/a e sem preconceito linguísti co.</p><p>OBJETIVO DE ARPENDIZAGEM:</p><p>(GO-EMLGG401B) Identi fi car o vocabulário dos</p><p>objetos de conhecimento, fazendo exercícios de</p><p>compreensão auditi va, leitura e interpretação de</p><p>textos diversos [scanning] para ampliar a percep-</p><p>ção do conteúdo em ati vidades de práti cas guiadas</p><p>que envolvem o desenvolvimento das habilidades</p><p>recepti vas (compreensão auditi va e leitora).</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM</p><p>Análise linguísti ca/semióti ca focando o uso dos Ar-</p><p>ti cle the, a, an. Ampliar a percepção do conteúdo</p><p>em ati vidades de práti cas guiadas que envolvem o</p><p>desenvolvimento das habilidades recepti vas.</p><p>Além do arti cle “the”, que é uti lizado quando</p><p>queremos especifi car exatamente de que substanti vo</p><p>estamos falando.”</p><p>Temos ainda:</p><p>“a/an” que são uti lizados quando tratamos de for-</p><p>ma genérica a respeito do substanti vo para nomes</p><p>contáveis.</p><p>“I want to buy a book.”</p><p>“Give me an apple please.”</p><p>a - é uti lizado na frente de consoantes.</p><p>an - é uti lizado na frente de vogais.</p><p>É importante ressaltar que o arti go não estará pre-</p><p>sente caso haja algum outro determinante do ti po</p><p>any, some, my, her, his, their, our, your, this, that,</p><p>these, those:</p><p>ACTIVITIES (ATIVIDADES)</p><p>Observe o uso dos arti gos na postagem reti rada do</p><p>site Deliciously Ella.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>48</p><p>1. Na frase: Deliciously ella is a plant-based food &</p><p>wellness pla� orm sharing delicious ways to feel</p><p>be� er.</p><p>A) “a plant-based” pode ser traduzido como “o</p><p>projeto baseado” - sendo o um arti go indefi nido.</p><p>B) “a plant-based” pode ser traduzido como “pro-</p><p>jeto baseado” - sendo que a não tem valor de</p><p>arti go nesse caso.</p><p>C) “a plant-based” pode ser traduzido como “um</p><p>projeto baseado” - em que o arti go funciona como</p><p>um determinante especifi cando que é um projeto</p><p>dentre outros.</p><p>D) “a plant-based” pode ser traduzido como “o</p><p>projeto baseado” em que o arti go funciona como</p><p>um determinante especifi cando que é um projeto</p><p>dentre outros.</p><p>E) “a plant-based” pode ser traduzido como “um</p><p>projeto baseado” em que o arti go não funciona</p><p>como um determinante especifi cando que é um</p><p>projeto dentre outros.</p><p>2. Complete com o arti go correto a frase: Starti ng</p><p>from _____ recipe website, _____ business has</p><p>evolved into a restaurant.</p><p>3. Sobre o uso dos arti gos a e the:</p><p>A) Na frase: “Starti ng from _____ recipe website,</p><p>_____ business has evolved into a restaurant” uti -</p><p>liza-se “an” que pode ser traduzido como um/</p><p>uma no primeiro espaço em branco e “a” que tem</p><p>o mesmo signifi cado no segundo.</p><p>B) Na frase: “Starti ng from _____ recipe website,</p><p>_____ business has evolved into a restaurant” uti -</p><p>liza-se “a” que pode ser traduzido como um/uma</p><p>no primeiro espaço em branco e “an” que tem o</p><p>mesmo signifi cado no segundo.</p><p>C) Na frase: “Starti ng from _____ recipe website,</p><p>_____ business has evolved into a</p><p>restaurant” uti -</p><p>liza-se “a” que pode ser traduzido como um/uma</p><p>no primeiro e no segundo espaço em branco.</p><p>D) Na frase: “Starti ng from _____ recipe websi-</p><p>te, _____ business has evolved into a restaurant”</p><p>uti liza-se “a” que pode ser traduzido como um/</p><p>uma no primeiro espaço em branco e “the” que</p><p>pode ser traduzido como o/a.</p><p>E) Na frase: “Starti ng from _____ recipe website,</p><p>_____ business has evolved into a restaurant” uti -</p><p>liza-se “the ” que pode ser traduzido como o/a</p><p>no primeiro espaço em branco e “the” que pode</p><p>ser traduzido como um/uma.</p><p>4. Complete com “A” ou “AN”:</p><p>A) ______ range</p><p>B) ______ app</p><p>C) ______ collecti on</p><p>D) ______ podcast</p><p>E) ______ growing</p><p>5. Como se traduz o � tulo do post: About us?</p><p>6. Segundo o texto, o que é o Deliciously ella?</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>49</p><p>Leia a conti nuação do post reti rado do site Deliciously</p><p>Ella:</p><p>7. Segundo o texto:</p><p>A) What happened a year a� er the character star-</p><p>ted recipes on deliciouslyella.com?</p><p>B) What was the character’s fi rst commercial ven-</p><p>ture?</p><p>C) According to the text, what was the big surpri-</p><p>se?</p><p>LASS 06 (AULA 06)</p><p>(EM13LGG401) Empregar nas interações sociais, a</p><p>variedade e o esti lo de língua adequados à situação</p><p>comunicati va, ao/ à interlocutor/a e ao gênero do</p><p>discurso, respeitando os usos das línguas por esse/a</p><p>interlocutor/a e sem preconceito linguísti co.</p><p>OBJETIVO DE ARPENDIZAGEM:</p><p>(GO-EMLGG401B) Identi fi car o vocabulário dos</p><p>objetos de conhecimento, fazendo exercícios de</p><p>compreensão auditi va, leitura e interpretação de</p><p>textos diversos [scanning] para ampliar a percep-</p><p>ção do conteúdo em ati vidades de práti cas guiadas</p><p>que envolvem o desenvolvimento das habilidades</p><p>recepti vas (compreensão auditi va e leitora).</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM</p><p>Análise linguísti ca/semióti ca focando nos graus</p><p>comparati vos. Empregar graus comparati vos nas</p><p>interações sociais, a variedade e o esti lo de língua</p><p>adequados à situação comunicati va</p><p>Comparati ve of equality:</p><p>Form: AS __(adjecti ve)__ AS</p><p>Affi rmati ve: Woman is as capable as man.</p><p>Negati ve: Gregory is not as capable as Alfred.</p><p>Comparati ve of inferiority:</p><p>Form: Less __(adjecti ve)__than</p><p>Men are less energeti c than women.</p><p>Comparati ve of superiority:</p><p>Short Adjecti ves: adjecti ve + “er” + than</p><p>*Add “-er”, ex: old = older.</p><p>Excepti ons:</p><p>*When the adjecti ves end in “e”, only add “r”. Ex:</p><p>nice = nicer.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>50</p><p>*When the adjecti ves end in “y” and there is a</p><p>consonant before the “y”, change the “y” to “i” and</p><p>add “er”. Ex: pre� y = pretti er.</p><p>* When one-syllable adjecti ves end in consonant,</p><p>vowel, consonant (cvc), double the last consonant and</p><p>add “er”. Ex: thin = thinner.</p><p>Long Adjecti ves:</p><p>*Use more + adjecti ve + than</p><p>Ex: Women today are more independent than</p><p>they were in the past.</p><p>Superlati ve:</p><p>We use the Superlati ve to compare one thing/per-</p><p>son/animal to many other things/people/animals etc.</p><p>Superlati ve of Inferiority:</p><p>Form: the least + adjecti ve</p><p>Ex: This is the least diffi cult lesson in the book.</p><p>Superlati ve of Superiority:</p><p>Short Adjecti ves: the adjecti ve + “est” Add “-est”,</p><p>ex: old = oldest.</p><p>EXCEPTIONS:</p><p>*When the adjecti ves end in “e”, only add “st”.</p><p>Ex: nice = nicest.</p><p>* When the adjecti ves end in “y” and there is a</p><p>consonant before the “y”, change the</p><p>“y”to “i” and add “est”. Ex: pre� y = pretti est.</p><p>* When one-syllable adjecti ves end in consonant,</p><p>vowel, consonant (cvc), double the last consonant and</p><p>add “est”.</p><p>Ex: thin = thinnest.</p><p>Ex: She is the youngest girl in her family.</p><p>B) Long Adjecti ves: the most + adjecti ve</p><p>Ex: The suff rage� e was one of the most signifi cant</p><p>feminist movements.</p><p>ACTIVITIES (ATIVIDADES)</p><p>Leia o texto:</p><p>Adapdado de: h� ps://worldofwanderlust.com/a� er-10-</p><p>years-of-travel-these-are-the-best-airplane-essenti als-</p><p>worth-buying/ 08/03/2023</p><p>1. Segundo o texto:</p><p>A) Sobre o que se trata a lista apresentada no</p><p>story?</p><p>B) Localize na frase “Water Bo� le: One of the</p><p>easiest ways to feel be� er a� er a long-haul fl ight</p><p>is to ensure you don’t get dehydrated.” Os termos</p><p>comparati vos e diga qual o grau comparati vo da</p><p>frase.</p><p>C) Localize na frase “Memory Foam Travel Pillow:</p><p>A memory foam neck pillow is the best choice.”</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>51</p><p>Os termos comparati vos e diga qual o grau com-</p><p>parati vo da frase.</p><p>2. Leia o texto</p><p>Disponível em fonte:htt p://ti tacbcosta.blogspot.</p><p>com/2012/07/sugestao-de-texto-para-trabalhar.html</p><p>acesso 10/02/2023 9:25</p><p>2. Fazer comparações sobre a forma � sica, altura ou</p><p>inteligência pode ser cruel com a outra pessoa.</p><p>Escreva uma frase como se você fosse a Jenny se</p><p>desculpando com as meninas que aparecem no</p><p>texto. Você pode usar palavras como Sorry, ou I</p><p>make a Mistake. (eu cometi um erro)</p><p>3. Observe a últi ma estrofe do poema. Nele o verbo</p><p>to do está na forma negati va. Você concorda com</p><p>as afi rmações das frases dessa últi ma estrofe? Re-</p><p>escreva trocando o negati vo pelo afi rmati vo</p><p>CLASS 07 (AULA 07)</p><p>(EM13LGG401) Empregar nas interações sociais, a</p><p>variedade e o esti lo de língua adequados à situação</p><p>comunicati va, ao/ à interlocutor/a e ao gênero do</p><p>discurso, respeitando os usos das línguas por esse/a</p><p>interlocutor/a e sem preconceito linguísti co.</p><p>OBJETIVO DE ARPENDIZAGEM:</p><p>(GO-EMLGG401B) Identi fi car o vocabulário dos</p><p>objetos de conhecimento, fazendo exercícios de</p><p>compreensão auditi va, leitura e interpretação de</p><p>textos diversos [scanning] para ampliar a percep-</p><p>ção do conteúdo em ati vidades de práti cas guiadas</p><p>que envolvem o desenvolvimento das habilidades</p><p>recepti vas (compreensão auditi va e leitora).</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO DO DC-GOEM</p><p>Análise linguísti ca/semióti ca focando nos no uso</p><p>dos tempos verbais simple present e Present Con-</p><p>ti nuous, graus comparati vos e uso de arti cles.</p><p>Empregar cada um deles nas interações sociais, a</p><p>variedade e o esti lo de língua adequados à situação</p><p>comunicati va.</p><p>Revisão:</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>52</p><p>O Present Conti nuous é usado para expressar uma</p><p>situação que está em progresso, ou seja, uma ação</p><p>que ainda está acontecendo.</p><p>Em português é o equivalente à “ando”, “endo”</p><p>e “indo”.</p><p>Sua formação é composta da seguinte maneira:</p><p>Sujeito + verbo to be + verbo com -ing + com-</p><p>plemento</p><p>Ex: Comendo = Eating</p><p>She is watching TV.</p><p>Além de observar a terminação verbal (ing) uma</p><p>boa maneira de identi fi car o present conti nuous é pro-</p><p>curar por expressões temporais que são recorrentes,</p><p>entre as quais se destacam: now, at the moment, at</p><p>present, just, already e sti l.</p><p>Exemplo: What are you doing now? I’m studying</p><p>for our math test on Monday.</p><p>ACTIVITIES (ATIVIDADES)</p><p>Leia o texto:</p><p>1. O texto pode ser considerado um texto com pre-</p><p>sent conti nuous? Quais palavras comprovam sua</p><p>resposta ?</p><p>2. Sobre a frase: Deliciously ella is a plant-based food</p><p>& wellness pla� orm sharing delicious ways to feel</p><p>be� er.</p><p>A) Qual o sujeito da frase?</p><p>B) Deliciously ella é uma plataforma de alimentos</p><p>e bem-estar à base de plantas que comparti lha</p><p>maneiras deliciosas de se senti r como?</p><p>C) Passe a frase “Starti ng from a recipe website”</p><p>para o simple present?</p><p>3. Com base no quadro:</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>53</p><p>Uti lize o grau comparati vo para os objetos a se-</p><p>guir:</p><p>A) House (big):</p><p>Exemplo: My house is bigger than my mother’s</p><p>house.</p><p>My grandma’s house is the biggest in the family</p><p>B) book (important):</p><p>C) cell phone (Modern):</p><p>D) story (short):</p><p>E) Study (valuable):</p><p>4. Uti lize o verbo to do no present conti nuous:</p><p>A) homework:</p><p>Exemplo: I am doing my homework.</p><p>B) something:</p><p>C) cake recipe:</p><p>5. Leia esse trecho da música “Witness” de Katy Per-</p><p>ry e complete os espaços em branco com present</p><p>conti nuous.</p><p>We’re all just ______(look) for connecti on</p><p>Yeah, we all want to be seen</p><p>I’m ______(look) for someone who speaks my</p><p>language</p><p>Someone to ride this ride with me</p><p>Can I get a witness? (Witness)</p><p>Will you be my witness? (Witness)</p><p>I’m just ______(look) for a witness</p><p>a</p><p>humanidade como tais. Ninguém questi ona se as pe-</p><p>ças escritas por Shakespeare (c. 1564-1616), as telas</p><p>pintadas por Van Gogh (1853-1890) ou as músicas</p><p>compostas por Villa-Lobos (1887-1959) são arte. Se</p><p>lançarmos um olhar para a História, constataremos</p><p>que algumas obras ti veram tamanha força, infl uen-</p><p>ciaram de tal modo a produção de outros arti stas e</p><p>comportamentos da sociedade no decorrer do tempo,</p><p>que se tornaram modelos do que seria a “grande arte”.</p><p>Nas últi mas décadas, no entanto, os modelos, em</p><p>especial aqueles provenientes de países da Europa</p><p>ocidental, têm sido questi onados, e a criati vidade e</p><p>a diversidade passaram a guiar a ati vidade ar� sti ca</p><p>ao redor do mundo. Hoje entendemos a arte como</p><p>um processo que se manifesta de formas bem varia-</p><p>das em todas as comunidades. Mais importante que</p><p>louvar uma grande arte é instaurar ou esti mular um</p><p>processo ar� sti co em um grupo social, por exemplo,</p><p>em uma vizinhança ou na escola.</p><p>Uma estratégia para nos envolvermos com arte</p><p>é fruí-la, observá-la, escutá-la e tentar alcançar uma</p><p>compreensão do contexto em que foi concebida, em</p><p>uma espécie de diálogo apaixonado. Quanto mais pró-</p><p>ximos esti vermos de uma obra, mais sensibilizados</p><p>fi caremos para apreciá-la.</p><p>De maneira geral, o conceito de arte na cultura</p><p>ocidental tem se ampliado. Assim, algo que não era</p><p>considerado arte há cinquenta anos agora pode ser</p><p>visto como tal. Isso porque os próprios arti stas têm</p><p>questi onado os critérios que poderiam defi nir o que</p><p>é arte.</p><p>CULTURAS INDÍGENAS</p><p>Arte indígena: Identi fi que elementos da cultura que</p><p>ultrapassa gerações</p><p>Por ISABELLE LIMA - ISABELLE.LIMA@AMAZONSAT.</p><p>COM.BR</p><p>Portal Amazônia - 14/09/2021</p><p>Repassada por gerações, a arte indígena conta a</p><p>história de seu povo e representa simbologias, tradi-</p><p>ções e rituais.</p><p>No Brasil, há uma diversidade de povos indígenas</p><p>e cada um possui suas tradições, lendas e aspectos</p><p>culturais. A cultura indígena, muitas vezes representa-</p><p>da através da arte, faz parte da história do país, desde</p><p>antes da colonização. Um dos aspectos dessa arte, é</p><p>que ela é repassada através das gerações, o que marca</p><p>a importância da tradição para os povos indígenas.</p><p>Máscaras, cerâmicas, pinturas corporais, plumas</p><p>e cestarias fazem parte do dia a dia desses povos.</p><p>Objetos feitos através de elementos encontrados na</p><p>natureza como sementes, cipó, palha, penas, fi bras de</p><p>plantas, dentre outras coisas, reforçam a conexão e</p><p>preservam a proximidade dos povos com a natureza.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>8</p><p>1. Cerâmica indígena</p><p>Com diversas funcionalidades, a cerâmica é um</p><p>dos elementos mais uti lizados justamente por sua</p><p>versati lidade: pode ser uti lizada tanto para decora-</p><p>ção quanto para utensílios domésti cos, como jarros,</p><p>panelas e vasilhas para armazenar coisas. Geralmente,</p><p>é produzida pelas mulheres e não uti lizam a roda de</p><p>oleiro. Para deixá-las mais ar� sti cas, criam padrões</p><p>gráfi cos próprios da tribo.</p><p>Uma das cerâmicas mais conhecidas é a marajo-</p><p>ara. Criada na Ilha de Marajó, no Pará, é considera-</p><p>da uma das produções de cerâmicas mais anti gas do</p><p>Brasil e até hoje, os indígenas mantém a produção.</p><p>Foto: Reprodução/Ubá Brasil</p><p>2. Pintura corporal</p><p>A pintura corporal pode estar relacionada às fun-</p><p>ções sociais dos indivíduos na tribo, ao gênero, idade e</p><p>até à família. Muito uti lizada em rituais de passagem,</p><p>celebrações e outros momentos específi cos daquela</p><p>tribo.</p><p>As ti ntas uti lizadas são obti das através da extração</p><p>de óleos de sementes de fl ores e outros elementos</p><p>encontrados na natureza.</p><p>Foto: Reprodução/Terravista</p><p>3. Plumas</p><p>Como a pintura corporal, a arte da plumagem</p><p>também identi fi ca grupos sociais dentro das tribos</p><p>indígenas e é uti lizada em rituais. Geralmente produ-</p><p>zidos por homens, a confecção passa por um ritual:</p><p>primeiro tem a caça, depois passa pela tapiragem (que</p><p>é a colorização das plumas), pelo corte e por fi m pela</p><p>amarração.</p><p>Servem também para ornamentar máscaras, co-</p><p>lares, braçadeiras, brincos, pulseiras e cocares, que</p><p>são feitos de penas e de caudas de aves.</p><p>Foto: Divulgação Portal Amazônia</p><p>4. Cestarias</p><p>Assim como a cerâmica, a confecção de cestas</p><p>serve também para o armazenamento e transporte</p><p>de alimentos e recentemente, passaram a ser uti liza-</p><p>das como itens de decoração. Feito, principalmente</p><p>por mulheres, e a parti r de folhas de árvore, palhas,</p><p>junco e folhas de palmeiras, existem alguns ti pos de</p><p>formatos de cestas, os mais comuns são:</p><p>- Cestos-coadores - para coar líquidos;</p><p>- Cestos-tamises - para peneirar farinha;</p><p>- Cestos-recipientes - para guardar diferentes ma-</p><p>teriais;</p><p>- Cestos-cargueiros - para transportar cargas.</p><p>Foto: Reprodução/Coleti vo Cultural - Cidade e Cultura</p><p>5. Máscaras</p><p>Em geral o uso de máscaras nas etnias indígenas</p><p>é carregado com simbologias de seres sobrenaturais</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>9</p><p>como antepassados e espíritos da fl oresta. Algumas</p><p>etnias uti lizam as máscaras em seus rituais como uma</p><p>maneira de levar alegria e bons senti mentos às enti da-</p><p>des espirituais que ti veram confl itos com os indígenas</p><p>em tempos passados.</p><p>Foto: Reprodução/Acervo do Museu de Arte Indígena</p><p>Arte indígena contemporânea e o grande mundo</p><p>Por Jaider Esbell, Revista Select</p><p>Publicado em 22/01/2018</p><p>Não há como falar em arte indígena contempo-</p><p>rânea sem falar dos indígenas, sem falar de direito à</p><p>terra e à vida.</p><p>Obras da coleção It Was Amazon (2016), de Jaider Esbell (Fotos:</p><p>Marcelo Camacho)</p><p>Ao longo deste texto devemos passear por ter-</p><p>ritórios disti ntos do pensar e logo nos remeter ao</p><p>pensar extrapolado. Para maior senti do, começamos</p><p>a nossa abordagem por ressignifi car conceitos bási-</p><p>cos. Antes, devo dizer que, como autor, me construo</p><p>de representati vidade; e a socialização desse pensa-</p><p>mento compreende bem mais que a minha posição</p><p>individual sobre tão vasto universo. Não há como falar</p><p>em arte indígena contemporânea sem falar dos indí-</p><p>genas, sem falar de direito à terra e à vida. Há mesmo</p><p>que se explicar o porquê de chamarmos arte indígena</p><p>contemporânea e não ao contrário. Na história da li-</p><p>teratura especializada sobre arte contemporânea pro-</p><p>duzida no Brasil, não temos autores arti stas indígenas.</p><p>Nesse senti do, o componente novo surpreende por</p><p>seu protagonismo histórico. Convidamos a um inteiro</p><p>desconstruir para outros preenchimentos.</p><p>Reestruturação conceitual</p><p>Indígena e arte são de origem comum e indissoci-</p><p>ável. Aceitar essa sentença adianta o entendimento. O</p><p>sistema de arte é algo paralelo e hoje eles se tocam,</p><p>envolvendo-se para além das percepções dos espe-</p><p>cialistas. A arte indígena contemporânea seria então o</p><p>que se consegue conceber na junção de valores sobre</p><p>o mesmo tema arte e sobre a mesma ideia de tem-</p><p>po, o contemporâneo, tendo o indígena arti sta como</p><p>peça central. Um componente trans-tempo histórico</p><p>e trans-geográfi co é requerido. Falamos de ideia de</p><p>país, mas a arte entre os indígenas hoje brasileiros</p><p>vem desde antes de tudo isso.</p><p>A imagem sugere o encontro da relação de valo-</p><p>res que têm os indígenas brasileiros (sic) com a arte</p><p>e com os valores do sistema clássico europeu. Uma</p><p>leitura corriqueira é percebida: como é o encontro,</p><p>ou como é o acesso da arte indígena contemporânea</p><p>ao sistema de arte geral?</p><p>Refazendo o caminho da pergunta, ressignifi ca-</p><p>mos as respostas. Entende-se com essa pergunta</p><p>que o sistema de arte seja algo que realmente não</p><p>compreende, no senti do de não conter, a arte dos</p><p>indígenas. Percebe-se também que o sistema de arte</p><p>de natureza ocidental não vê, não percebe e não faz</p><p>qualquer relação com seu próprio paralelo: o sistema</p><p>de arte indígena, digamos assim. O sistema de arte</p><p>europeu desconhece e, portanto, não reconhece que</p><p>entre os indígenas há um sistema de arte próprio, com</p><p>senti dos e dimensões próprios.</p><p>A arte indígena contemporânea seria essa for-</p><p>ça-poder de atração, ou mesmo atracação. Uso um</p><p>termo-metodologia empregado pelos europeus e que</p><p>ainda hoje é uti lizado para atrair aquele intocável</p><p>in all of this</p><p>______(look) for a witness to get me through this</p><p>Disponível em h� ps://www.letras.mus.br/katy-perry/</p><p>witness-2/traducao.htmlv06/02/2023</p><p>Referências bibliográfi cas</p><p>MURPHY, R. Essenti al Grammar in Use. Cambridge:</p><p>Cambridge University Press, 1998.</p><p>The Advanced Learner’s Dicti onary of Current English.</p><p>Oxford: OUP.</p><p>CAMPOS, Giovana Teixeira. Manual compacto de gra-</p><p>máti ca da língua inglesa. São Paulo: Rideel, 2010.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>54</p><p>COMPONENTE CURRICULAR</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>TEMA: COMUNICAÇÃO EM AÇÃO</p><p>HABILIDADE: (EM13LP06) Analisar efeitos de senti -</p><p>do decorrentes de usos expressivos da linguagem,</p><p>da escolha de determinadas palavras ou expres-</p><p>sões e da ordenação, combinação e contraposi-</p><p>ção de palavras, dentre outros, para ampliar as</p><p>possibilidades de construção de senti dos e de uso</p><p>críti co de língua.</p><p>OBJETIVO DE ARPENDIZAGEM: (GO-EMLP06B)</p><p>Analisar as funções da linguagem como recursos</p><p>expressivos da língua, considerando as diversas</p><p>situações textuais para conhecer as intencionali-</p><p>dades comunicati vas.</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO: Gêneros discursivos</p><p>(poemas, contos, crônicas, ti ras, charges, diários,</p><p>propagandas, classifi cados, receitas, reportagens).</p><p>Elementos da comunicação. Funções da linguagem.</p><p>FUNÇÕES DA LINGUAGEM</p><p>As funções da linguagem são formas de uti lização</p><p>da linguagem segundo a intenção do falante.</p><p>Elas são classifi cadas em seis ti pos: função refe-</p><p>rencial, função emoti va, função poéti ca, função fáti ca,</p><p>função conati va e função metalinguísti ca.</p><p>Função Referencial ou Denotati va</p><p>Também chamada de função informati va, a fun-</p><p>ção referencial tem como objeti vo principal informar,</p><p>referenciar algo.</p><p>Voltada para o contexto da comunicação, esse</p><p>ti po de texto é escrito na terceira pessoa (singular</p><p>ou plural) enfati zando seu caráter impessoal.</p><p>Como exemplos de linguagem referencial pode-</p><p>mos citar os materiais didáti cos, textos jornalísti cos</p><p>e cien� fi cos. Todos eles, por meio de uma linguagem</p><p>denotati va, informam a respeito de algo, sem envolver</p><p>aspectos subjeti vos ou emoti vos à linguagem.</p><p>Exemplo de função referencial</p><p>Matéria disponível em: h� ps://ti nyurl.com/GEPROMLPIV1080. Acesso em: 08 maio 2023. Adaptada by: Ivair Alves.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>55</p><p>Função Emoti va ou Expressiva</p><p>Também chamada de função expressiva, na função emoti va o emissor tem como objeti vo principal trans-</p><p>miti r suas emoções, senti mentos e subjeti vidades por meio da própria opinião.</p><p>Esse ti po de texto, escrito em primeira pessoa, está voltado para o emissor, uma vez que possui um caráter</p><p>pessoal.</p><p>Como exemplos podemos destacar: os textos poéti cos, as cartas, os diários. Todos eles são marcados pelo</p><p>uso de sinais de pontuação, por exemplo, reti cências, ponto de exclamação etc.</p><p>Exemplo de função emoti va</p><p>Função Poéti ca</p><p>A função poéti ca é característi ca das obras literárias que possui como marca a uti lização do senti do cono-</p><p>tati vo das palavras.</p><p>Nessa função, o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será transmiti da por meio da escolha</p><p>das palavras, das expressões, das fi guras de linguagem. Por isso, aqui o principal elemento comunicati vo é a</p><p>mensagem.</p><p>Note que esse ti po de função não pertence somente aos textos literários. Também encontramos a função</p><p>poéti ca na publicidade ou nas expressões coti dianas em que há o uso frequente de metáforas (provérbios,</p><p>anedotas, trocadilhos, músicas).</p><p>Exemplo de função poéti ca</p><p>Função Fáti ca</p><p>A função fáti ca tem como objeti vo estabelecer ou interromper a comunicação de modo que o mais im-</p><p>portante é a relação entre o emissor e o receptor da mensagem. Aqui, o foco reside no canal de comunicação.</p><p>Esse ti po de função é muito uti lizada nos diálogos, por exemplo, nas expressões de cumprimento, sauda-</p><p>ções, discursos ao telefone etc.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>56</p><p>Exemplo de função fáti ca</p><p>— Consultório do Dr. João, bom dia!</p><p>— Bom dia! Precisava marcar uma consulta para</p><p>o próximo mês, se possível.</p><p>— Hum, o Dr. tem vagas apenas para a segunda</p><p>semana. Entre os dias 7 e 11, qual a sua preferência?</p><p>— Dia 8 está óti mo.</p><p>Função Conati va ou Apelati va</p><p>Também chamada de apelati va, a função conati va</p><p>é caracterizada por uma linguagem persuasiva que</p><p>tem o intuito de convencer o leitor. Por isso, o grande</p><p>foco é no receptor da mensagem.</p><p>Essa função é muito uti lizada nas propagandas,</p><p>publicidades e discursos políti cos, de modo a infl uen-</p><p>ciar o receptor por meio da mensagem transmiti da.</p><p>Esse ti po de texto costuma se apresentar na se-</p><p>gunda ou na terceira pessoa com a presença de verbos</p><p>no imperati vo e o uso do vocati vo.</p><p>Exemplos de função conati va</p><p>1. Vote em mim!</p><p>2. Entre. Não vai se arrepender!</p><p>3. É só até amanhã. Não perca!</p><p>Disponível em: h� ps://ti nyurl.com/GEPROMLPI1180 . Acesso em:</p><p>07 mar. 2023.</p><p>Função Metalinguísti ca</p><p>A função metalinguísti ca é caracterizada pelo uso</p><p>da metalinguagem, ou seja, a linguagem que se refe-</p><p>re a ela mesma. Dessa forma, o emissor explica um</p><p>código uti lizando o próprio código.</p><p>Um texto que descreva sobre a linguagem textual</p><p>ou um documentário cinematográfi co que fala sobre</p><p>a linguagem do cinema são alguns exemplos.</p><p>Nessa categoria, os textos metalinguísti cos que</p><p>merecem destaque são as gramáti cas e os dicionários.</p><p>Exemplos de função metalinguísti ca</p><p>Escrever é uma forma de expressão gráfi ca. Isto</p><p>defi ne o que é escrita, bem como exemplifi ca a função</p><p>metalinguísti ca.</p><p>Disponível em: h� ps://ti nyurl.com/GEPROMLPI948 . Acesso em:</p><p>09 maio 2022.</p><p>PRATICANDO</p><p>AT IVIDADE 1 (SEDUC-MA)</p><p>TE XTO 1</p><p>A VIOLÊNCIA NA SOCIEDADE BRASILEIRA</p><p>Além de ser um constrangimento � sico ou moral,</p><p>a violência é um ato vergonhoso que acontece dia-</p><p>riamente, em todos os lugares do Brasil e no mundo.</p><p>Ninguém sai mais à rua seguro de que vai voltar ao</p><p>seu lar, muitas pessoas morrem e deixam famílias em</p><p>sofrimento, por causa de um assalto, uma bala perdida</p><p>ou outra causa de violência. Ao andar pelas ruas, nin-</p><p>guém mais confi a em ninguém, todos ao se aproximar</p><p>de qualquer pessoa já fi cam preocupadíssimos, sem-</p><p>pre achando que irão ser assaltados ou coisa pior(...).</p><p>Disponível em:. Acesso em: 10 de</p><p>junho de 2019.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>57</p><p>TEXTO 2</p><p>Disponível em: . Acesso em</p><p>30/06/2019.</p><p>Os textos 1 e 2 diferenciam-se, quanto ao</p><p>1. gênero textual.</p><p>2. tema abordado.</p><p>3. objeti vo do tema.</p><p>4. nível de linguagem.</p><p>5. público a que se desti nam.</p><p>ATIVIDADE 2</p><p>O texto 1 “A violência na sociedade brasileira” tem</p><p>a função de</p><p>1. estabelecer uma críti ca sobre o assunto.</p><p>2. convencer ao interlocutor a posicionar-se sobre o</p><p>assunto.</p><p>3. informar ao interlocutor sobre o assunto.</p><p>4. interromper a comunicação sobre o assunto.</p><p>5. referir-se a própria linguagem explicando o assunto.</p><p>ATIVIDADE 3 (SEDUC-MA)</p><p>Texto 1</p><p>NO MEIO DO CAMINHO</p><p>Carlos Drummond de Andrade</p><p>No meio do caminho ti nha uma pedra</p><p>ti nha uma pedra no meio do caminho</p><p>ti nha uma pedra no meio do caminho</p><p>ti nha uma pedra.</p><p>Nunca me esquecerei desse acontecimento</p><p>na vida de minhas reti nas tão fati gadas.</p><p>Nunca me esquecerei</p><p>que no meio do caminho ti nha uma pedra</p><p>ti nha uma pedra no meio do caminho</p><p>no meio do caminho ti nha uma pedra.</p><p>Disponível em:. Acesso em: 25 jan.2019.</p><p>Texto 2</p><p>Disponível em: . Acesso em: 23 fev. 2019.</p><p>Os textos 1 e 2 têm em comum o/a</p><p>1. ti pologia textual.</p><p>2. gênero textual.</p><p>3. assunto abordado.</p><p>4. linguagem uti lizada.</p><p>5. função de linguagem.</p><p>SUGESTÃO PARA TRABALHO EM GRUPO</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>55% DO PÚBLICO-ALVO AINDA NÃO TOMOU</p><p>A VACINA CONTRA A GRIPE EM SÃO LUÍS</p><p>Meta é vacinar 286 mil pessoas na capital mara-</p><p>nhense. Campanha vai até o dia 31 de maio. Cerca de</p><p>55% do público-alvo ainda não foi</p><p>imunizado durante</p><p>a campanha de vacinação contra a gripe em São Luís.</p><p>A campanha vai até 31 de maio e busca imunizar ao</p><p>menos 90% - equivalente a 286 mil pessoas - dos gru-</p><p>pos prioritários contra infl uenza, que são:</p><p>1. Gestantes</p><p>2. Crianças de 6 meses a menores de 6 anos</p><p>3. Puérperas (até 45 dias após o parto)</p><p>4. Pessoas com 60 anos ou mais</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>58</p><p>5. Trabalhadores da saúde</p><p>6. Professores de escolas públicas e privadas</p><p>7. Povos indígenas</p><p>8. Portadores de doenças crônicas não transmis-</p><p>síveis e outras condições clínicas especiais</p><p>9. Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob me-</p><p>didas socioeducati vas</p><p>10. População privada de liberdade e os funcio-</p><p>nários do sistema prisional</p><p>11. Policiais civis e militares, bombeiros e mem-</p><p>bros ati vos das Forças Armadas</p><p>Disponível em: h� ps://g1.globo.com/ma/maranhao/</p><p>noti cia/2019/05/18/55percent-do-publico-alvo- ainda-</p><p>nao-tomou-a-vacina-contra-a-gripe-em-sao-luis.ghtml.</p><p>Acesso em: 10 de junho de 2019.</p><p>SAIBA MAIS</p><p>TRABALHO EM GRUPO</p><p>Grupo “A”:</p><p>Sugestão:</p><p>Organizar em uma folha de papel, uma descrição</p><p>da informação presente no texto lido que julga-</p><p>ram ser principal. Primeiramente, irão escrever no</p><p>papel para, na outra etapa, apresentar oralmente</p><p>para todos da turma.</p><p>Grupo “B”: organizar a simulação de uma mini</p><p>dramati zação de que estão recebendo um convite.</p><p>Sugestão:</p><p>Os estudantes estão passeando no shopping e são</p><p>informados da campanha de vacinação e convida-</p><p>dos para ir tomar a vacina em um posto. No momen-</p><p>to da simulação do convite, devem ser pontuadas</p><p>as informações conti das no texto com o intuito de</p><p>sensibilizar os estudantes a irem a um posto de</p><p>saúde tomar a vacina contra a gripe.</p><p>Grupo “C”:</p><p>Sugestão:</p><p>Elaborar uma campanha publicitária de conscien-</p><p>ti zação sobre a importância da vacina.</p><p>ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM</p><p>CAÇA PALAVRAS - Procure as palavras que estão des-</p><p>tacadas (acentos e cedilha foram excluídos):</p><p>No início do nosso estudo, estudamos sobre a diferen-</p><p>ça entre textos: LITERARIO e não literário. São exem-</p><p>plos de textos literários: CONTO, CRONICA, FABULA,</p><p>LENDA, NOVELA, POEMA, ROMANCE. São exemplos</p><p>de textos não literários: ARTIGO, BULA, GUIAS DE</p><p>VIAGEM, NOTICIA, RECEITA, ANUNCIO PUBLICITARIO.</p><p>Também foi explicada a diferença entre CONOTACAO</p><p>e DENOTACAO. Na sequência, o estudo foi sobre o</p><p>TROVADORISMO, onde prevaleciam as CANTIGAS:</p><p>de AMIGO, AMOR, ESCARNIO, MALDIZER, que foram</p><p>reunidas em CANCIONEIRO, e havia também a PRO-</p><p>SA TROVADORESCA. Seguindo, estudou-se o HUMA-</p><p>NISMO, que marcou o início do RENASCIMENTO e da</p><p>BURGUESIA, e ti nha como característi cas o ANTROPO-</p><p>CENTRISMO, CIENTIFICISMO, RACIONALIDADE, entre</p><p>outras. O marco inicial foi a nomeação de Fernão Lo-</p><p>pes para cronista-mor da TORRE DO TOMBO, em 1418.</p><p>Na aula subsequente, o conteúdo foi CLASSICISMO,</p><p>um retorno aos clássicos. O escritor mais importante</p><p>desse período é Luiz Vaz de CAMOES, autor de Os</p><p>LUSIADAS. Agora iniciaremos o estudo da Literatura</p><p>Brasileira, que é dividida em era COLONIAL, LITERA-</p><p>TURA DE INFORMACAO, QUINHENTISMO, BARROCO</p><p>e ARCADISMO, e era nacional.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>59</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>60</p><p>HABILIDADE: (EM13LP40) Analisar o fenômeno da pós verdade discuti ndo as condições e os mecanis-</p><p>mos de disseminação de fake News e também exemplos, causas e consequências desse fenômeno e da</p><p>prevalência de crenças e opiniões sobre fatos, de forma a adotar ati tude críti ca em relação ao fenômeno</p><p>e desenvolver uma postura fl exível que permita rever crenças e opiniões quando fatos apurados as con-</p><p>tradisserem.</p><p>OBJETIVO DE ARPENDIZAGEM: (GO-EMLP40A) Relacionar procedimentos de checagem de fatos noti ciados</p><p>e demais informações veiculadas nos sistemas de comunicação e informação responsáveis pelo fenômeno</p><p>da pós-verdade, apurando a veracidade e identi fi cando os interesses implícitos nessas informações para</p><p>ampliar as possibilidades de construção de senti dos e de uso críti co da língua.</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO: Implícitos: subentendidos e pressupostos. Análise do discurso. Comparação</p><p>entre textos.</p><p>LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS: INFORMAÇÕES IMPLÍCITAS E EXPLÍCITAS</p><p>Leia a ti rinha a seguir.</p><p>EXPRESSÃO ORAL</p><p>Quem é a personagem?</p><p>Qual o tema abordado na ti rinha?</p><p>Quais as refl exões podemos extrair a parti r do tema abordado na ti rinha?</p><p>Você já teve a impressão de ler um texto e depreender dele</p><p>algumas informações que não estavam escritas? Pois é, essa si-</p><p>tuação é muito comum e ser capaz de perceber as informações</p><p>“escondidas”, subentendidas ou pressupostas nos textos consti tui</p><p>uma habilidade essencial de leitura.</p><p>A compreensão de implícitos é essencial para garanti r um bom</p><p>nível de leitura. Em várias situações, aquilo que não é dito, mas</p><p>apenas sugerido, importa muito mais do que aquilo que é dito</p><p>abertamente.</p><p>Informação implícita: É a informação subentendida (não está escrito no texto) que dependerá das carac-</p><p>terísti cas e conhecimento prévio da situação pelas pessoas envolvidas.</p><p>Informação explicita: É a informação literal que está escrita bem clara no texto.</p><p>Exemplo:</p><p>Graças a Deus, João parou de beber.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>61</p><p>A informação explicita é que João parou de beber.</p><p>As informações implícitas podem ser várias como:</p><p>o autor da frase viu de forma positi va ele parar de</p><p>beber, João bebia antes, João bebia demais, João era</p><p>um alcoólatra.</p><p>EXPLICITOS E IMPLÍCITOS</p><p>ATIVIDADES</p><p>1. Vamos começar analisando um texto. Imagine a</p><p>seguinte situação:</p><p>Um professor de matemáti ca encontra um ex-alu-</p><p>no. Depois de conversarem um pouco, o professor</p><p>pergunta:</p><p>― Quem está dando Matemáti ca para você este</p><p>ano?</p><p>E o aluno responde:</p><p>― O professor Edson.</p><p>― Ah. O Edson também é um bom professor.</p><p>Disponível em h� p://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/</p><p>Polissemia/729375.html</p><p>Repare que, ao ler esse texto, você pode ti rar al-</p><p>gumas “conclusões” que não aparecem escritas,</p><p>certo? Pois bem. Agora, responda:</p><p>a) Qual é a informação implícita presente no</p><p>texto?</p><p>b) Que palavra é responsável por veicular a in-</p><p>formação implícita?</p><p>c) Se o autor não ti vesse uti lizado essa palavra,</p><p>o senti do do texto seria o mesmo? Explique.</p><p>2. Agora, identi fi que quais informações implícitas</p><p>estão presentes em cada um dos textos a seguir</p><p>e circule a palavra que aponta para tais informa-</p><p>ções.</p><p>a) A professora ainda não entregou as notas das</p><p>provas.</p><p>b) O tempo conti nua chuvoso.</p><p>c) Todos ti raram 10 na prova, até o Sérgio.</p><p>d) Lourdes é a professora menos chata que eu</p><p>tenho.</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>Como um fi lho querido</p><p>Tendo agradado ao marido nas primeiras se-</p><p>manas de casados, nunca quis ela se separar da</p><p>receita daquele bolo. Assim, durante 40 anos, a</p><p>sobremesa louvada compôs sobre a mesa o al-</p><p>moço de domingo, e celebrou toda data em que</p><p>o júbilo se fi zesse necessário.</p><p>Por fi m, achando ser chegada a hora, convo-</p><p>cou ela o marido para o conciliábulo apartado no</p><p>quarto. E tendo decidido ambos, comovidos, pelo</p><p>ato solene, foi à esposa mais uma vez à cozinha</p><p>assar a massa açucarada, confeitar a super� cie.</p><p>Pronto o bolo, saíram juntos para levá-lo ao</p><p>tabelião, a fi m de que se lavrasse ato de adoção,</p><p>tornando- se ele legalmente incorporado à famí-</p><p>lia, com direito ao presti gioso sobrenome Silva, e</p><p>nome Hermógenes, que havia sido do avô.</p><p>(COLASANTI, Marina. Contos de amor rasgados. Rio de</p><p>Janeiro: Rocco, 1986. p.57.)</p><p>03. No conto “Como um fi lho querido”, a esposa e o</p><p>esposo foram ao tabelião com intuito de</p><p>1. regularizar a situação de um parente regis-</p><p>trando seu nome.</p><p>2. registrar o nome do fi lho querido que há 40</p><p>anos fazia parte da família, mas não ti nha re-</p><p>gistro.</p><p>3. lavrar o ato de adoção do bolo no tabelionato,</p><p>e assim, incorporá-lo à família como um fi lho</p><p>com direito ao sobrenome da família Silva.</p><p>4. lavrar o ato de adoção do fi lho querido para</p><p>que o mesmo recebesse o nome do seu avô</p><p>paterno, Hermógenes.</p><p>5. registrar a receita do bolo no tabelionato em</p><p>homenagem</p><p>ao avô paterno, o senhor Her-</p><p>mógenes.</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>O Feiti ço do sapo</p><p>Todo lugar sempre tem um doido. Piririca da</p><p>Serra tem Zoio. Ele é um sujeito cheio de ideias,</p><p>fi ca horas falando e anda pra cima e pra baixo,</p><p>numa bicicleta pra lá de doida, que só falta voar. O</p><p>povo da cidade conta mais de mil casos de Zoio e</p><p>acha que tudo acontece, coitado, por causa da sua</p><p>sincera mania de fazer “boas ações”. Outro dia,</p><p>Zoio estava passando em frente à casa de Carmela,</p><p>quando a ouviu cantar uma bela e triste canção.</p><p>Zoio parou e pensou: que pena, uma moça tão</p><p>bonita, de voz tão doce, fi car assim triste e sem</p><p>apeti te de tanto esperar um príncipe encantado.</p><p>Isto não era justo. Achou que poderia ajudar Car-</p><p>mela a realizar seu sonho e ti nha certeza de que</p><p>justamente ele era a pessoa certa para isso. Zoio</p><p>se pôs a imaginar como iria achar um príncipe</p><p>para Carmela. Pensou muito para encontrar uma</p><p>solução e fi nalmente teve uma grande ideia de</p><p>jerico: foi até a beira do rio, pegou um sapo verde</p><p>e colocou-o numa caixa bem na porta da casa dela.</p><p>(FURNARI, Eva. O feiti ço do sapo. São Paulo: Editora Áti ca,</p><p>2006, p. 4 e 5. Fragmento.)</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>62</p><p>04. (Adaptada) Colocar um sapo na porta da casa de</p><p>Carmela foi uma ideia de jerico porque essa ideia</p><p>é</p><p>(A) secreta.</p><p>(B) maldosa.</p><p>(C) perversa.</p><p>(D) absurda.</p><p>(E) boa.</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>O beija-fl or</p><p>O beija-fl or é um dos menores pássaros do</p><p>mundo, chega a medir apenas 5,5 cm de compri-</p><p>mento…</p><p>O beija-fl or faz seu ninho em forma de taças,</p><p>de construção delicada e ar� sti ca. O beija-fl or se</p><p>alimenta de néctar das fl ores e insetos. O voo do</p><p>beija-fl or é � pico…</p><p>O beija-fl or põe dois ovos minúsculos, arre-</p><p>dondados, de cor branca.</p><p>(O Estado de S. Paulo, Estadinho, 30/08/1997.)</p><p>05. Do trecho “O beija-fl or faz seu ninho em forma de</p><p>taças, de construção delicada e ar� sti ca”, pode- se</p><p>entender que o beija-fl or é</p><p>(A) original.</p><p>(B) emoti vo.</p><p>(C) habilidoso.</p><p>(D) compreensivo.</p><p>(E) descuidado.</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>Erro de português</p><p>Quando o português chegou</p><p>Debaixo de uma bruta chuva</p><p>Vesti u o índio</p><p>Que pena!</p><p>Fosse uma manhã de sol</p><p>O índio ti nha despido</p><p>O português.</p><p>Disponível em: h� ps://www.escritas.org/pt/t/7797/erro-</p><p>de-portugues . Acesso em: 10 maio 2022.</p><p>06. Na primeira estrofe, os versos “Quando o portu-</p><p>guês chegou/ Debaixo de uma bruta chuva/ Vesti u</p><p>o índio” está implícito que o</p><p>(A) índio estava no inverno.</p><p>(B) português era educado.</p><p>(C) índio era amistoso.</p><p>(D) português colonizou ao índio.</p><p>(E) português cuidou do índio.</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>NO MEIO DO CAMINHO</p><p>No meio do caminho ti nha uma pedra</p><p>Tinha uma pedra</p><p>No meio do caminho</p><p>Tinha uma pedra no meio do caminho ti nha uma</p><p>pedra.</p><p>Nunca me esquecerei desse acontecimento</p><p>Na vida de minhas reti nas tão fati gadas.</p><p>Nunca me esquecerei que no meio do caminho</p><p>ti nha uma pedra</p><p>Tinha uma pedra no meio do caminho</p><p>No meio do caminho ti nha uma pedra</p><p>ANDRADE, C. D. de. Uma pedra no meio do caminho:</p><p>Biografi a de um poema. Rio de Janeiro:Editora do Autor,</p><p>1967.</p><p>07. O verso “No meio do caminho ti nha uma pedra”,</p><p>infere-se que</p><p>(A) existem obstáculos ao longo da vida.</p><p>(B) a pedra impede nossa passagem.</p><p>(C) o caminho é feito de pedras.</p><p>(D) os olhos enxergam apenas pedras.</p><p>(E) a pedra existi a por causa das reti nas fati gadas.</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>O DRAMA DAS PAIXÕES PLATÔNICAS</p><p>NA ADOLESCÊNCIA</p><p>Bruno foi aprovado por três dos senti dos de</p><p>Camila: visão, olfato e audição. Por isso, ela preci-</p><p>sa conquistá-lo de qualquer maneira. Matriculada</p><p>no 8º ano, a garota está determinada a ganhar o</p><p>gato do 3º ano do Ensino Médio e, para isso, conta</p><p>com os conselhos de Tati , uma especialista na arte</p><p>da azaração. A tarefa não é simples, pois o moço</p><p>só tem olhos para Lúcia – justo a maior “crânio”</p><p>da escola. E agora, o que fazer? Camila entra em</p><p>dieta espartana e segue as leis da conquista ela-</p><p>boradas pela amiga.</p><p>Fonte: Revista Escola, março 2004, p. 63</p><p>08. No texto, pode se deduzir que Bruno</p><p>(A) chama a atenção das meninas.</p><p>(B) é mestre na arte de conquistar.</p><p>(C) pode ser conquistado facilmente.</p><p>(D) tem muitos dotes intelectuais.</p><p>(E) sabe sobre as leis da conquista.</p><p>Leia o texto abaixo.</p><p>Vaca Estrela e Boi Fubá</p><p>Quando era de tardezinha</p><p>Eu começava a aboiar</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>63</p><p>Ê, Vaca Estrela, ô, Boi Fubá.</p><p>Aquela seca medonha</p><p>Fez tudo se estropiar</p><p>Não nasceu capim no campo</p><p>Para o gado sustentar</p><p>Ê, Vaca Estrela, ô, Boi Fubá.</p><p>Hoje nas terras do sul</p><p>Longe do torrão natal</p><p>Quando eu vejo em minha frente</p><p>Uma boiada passar</p><p>As águas correm dos olhos</p><p>Começo logo a chorar.</p><p>[...]</p><p>Disponível em: Acesso em: 22 fev. 2010.</p><p>De acordo com esse texto, conclui-se que a onça</p><p>era</p><p>(A) humilde.</p><p>(B) ingrata.</p><p>(C) paciente.</p><p>(D) vingati va.</p><p>(E) agradecida.</p><p>11. (AvaliaBH). Leia o texto abaixo.</p><p>No ano 3000</p><p>No ano 3000</p><p>Os homens já vão ter</p><p>se cansado das máquinas</p><p>e as casas serão novamente românti cas.</p><p>O tempo vai ser usado sem pressa:</p><p>gerânios enfeitarão as janelas,</p><p>amigos escreverão longas cartas.</p><p>Cienti stas inventarão novamente o bonde, a char-</p><p>rete.</p><p>Pianos de cauda encherão as tardes de música</p><p>e a terra fl utuará no céu</p><p>muito mais leve, muito mais leve.</p><p>MURRAY, Roseana. Casas. Belo Horizonte: Formato, 1994,</p><p>p.14.</p><p>Na primeira estrofe, o eu lírico, ou seja, aquele</p><p>que se expressa no poema,</p><p>1. apresenta os objetos abandonados.</p><p>2. descreve as relações de amizade.</p><p>3. mostra os novos inventos.</p><p>4. prevê como será o mundo no futuro.</p><p>5. discute a agilidade do tempo.</p><p>(Equipe PIP). Leia o texto a seguir.</p><p>O IMPÉRIO DA VAIDADE</p><p>Você sabe por que a televisão, a publicida-</p><p>de, o cinema e os jornais defendem os músculos</p><p>torneados, as vitaminas milagrosas, as modelos</p><p>longilíneas e as academias de ginásti ca? Porque</p><p>tudo isso dá dinheiro. Sabe por que ninguém fala</p><p>do afeto e do respeito entre duas pessoas comuns,</p><p>mesmo meio gordas, um pouco feias, que fazem</p><p>piquenique na praia?</p><p>Porque isso não dá dinheiro para os nego-</p><p>ciantes, mas dá prazer para os parti cipantes. O</p><p>prazer é � sico, independentemente do � sico que</p><p>se tenha: namorar, tomar milk-shake, senti r o sol</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>64</p><p>na pele, carregar</p><p>o fi lho no colo, andar descalço,</p><p>fi car em casa sem fazer nada. Os melhores pra-</p><p>zeres são de graça - a conversa com o amigo, o</p><p>cheiro do jasmim, a rua vazia de madrugada – e</p><p>a humanidade sempre gostou de conviver com</p><p>eles. Comer uma feijoada com os amigos, tomar</p><p>uma caipirinha no sábado também é uma grande</p><p>pedida. Ter um momento de prazer é compensar</p><p>muitos momentos de desprazer. Relaxar, descan-</p><p>sar, despreocupar-se, desligar-se da competi ção,</p><p>da áspera luta pela vida - isso é prazer.</p><p>Mas vivemos num mundo onde relaxar e des-</p><p>ligar-se se tornou um problema. O prazer gratui-</p><p>to, espontâneo, está cada vez mais di� cil. O que</p><p>importa, o que vale, é o prazer que se compra e</p><p>se exibe, o que não deixa de ser um aspecto da</p><p>competi ção. Estamos submeti dos a uma cultura</p><p>atroz, que quer fazer-nos infelizes, ansiosos, neu-</p><p>róti cos. As fi lhas precisam ser Xuxas, as namora-</p><p>das precisam ser modelos que desfi lam em Paris,</p><p>os homens não podem assumir sua idade.</p><p>Não vivemos a ditadura do corpo, mas seu</p><p>contrário: um massacre da indústria e do comér-</p><p>cio. Querem que sintamos culpa quando nossa</p><p>silhueta fi ca um pouco mais gorda, não porque</p><p>querem que sejamos mais saudáveis - mas por-</p><p>que, se não fi carmos angusti ados, não faremos</p><p>mais regimes, não compraremos mais produtos</p><p>dietéti cos, nem produtos de beleza, nem roupas</p><p>e mais roupas. Precisam da nossa impotência, da</p><p>nossa insegurança, da nossa angústi a.</p><p>O único valor coerente que essa cultura apre-</p><p>senta é o narcisismo.</p><p>(LEITE, Paulo Moreira. O império da vaidade. Veja, 23 ago.</p><p>1995. p. 79)</p><p>12. O autor pretende infl uenciar os leitores para que</p><p>eles</p><p>(A) evitem todos os prazeres cuja obtenção de-</p><p>pende de dinheiro.</p><p>(B) excluam de sua vida todas as ati vidades in-</p><p>centi vadas pela mídia.</p><p>(C) sejam mais críti cos em relação ao incenti vo</p><p>do consumo pela mídia.</p><p>(D) fi quem mais em casa e voltem a fazer os pro-</p><p>gramas de anti gamente.</p><p>(E) se tornem adeptos da televisão, publicidade</p><p>e cinema.</p><p>HABILIDADE: (EM13LP06) Analisar efeitos de senti -</p><p>do decorrentes de usos expressivos da linguagem,</p><p>da escolha de determinadas palavras ou expressões</p><p>e da ordenação, combinação e contraposição de pa-</p><p>lavras, dentre outros, para ampliar as possibilidades</p><p>de construção de senti dos e de uso críti co de língua.</p><p>OBJETIVO DE ARPENDIZAGEM: (GO-EMLP06A)</p><p>Empregar os recursos linguísti cos de coesão (pre-</p><p>posições, conjunções, pronomes, advérbios), anali-</p><p>sando textos de diferentes gêneros discursivos para</p><p>permiti r a produção críti ca de relações lógico-dis-</p><p>cursivas em vários ti pos de possibilidades textuais.</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO: Argumentação. Vo-</p><p>zes do discurso. Polissemia. Fato e opinião.</p><p>Argumentação</p><p>Argumentação é um recurso da linguagem usada</p><p>na defesa de um ponto de vista acerca de um assunto</p><p>em situações de debate e discussão de ideias.</p><p>Os debates formais, ou mesmo os informais, exi-</p><p>gem uma óti ma capacidade argumentati va por parte</p><p>dos parti cipantes.</p><p>A argumentação é um processo linguísti co que</p><p>envolve a defesa de uma ideia ou ponto de vista por</p><p>parte de quem argumenta. Ela é usada em diversas</p><p>situações do coti diano, como em debates formais ou</p><p>informais ou mesmo em situações familiares.</p><p>Apesar de muito usual nas relações humanas, uma</p><p>boa argumentação pede melhor clareza na exposição</p><p>do raciocínio que embasará uma tese (ponto de vista)</p><p>a ser defendida, principalmente em sua composição</p><p>escrita. Em textos como o dissertati vo-argumentati vo</p><p>ou a carta argumentati va, o autor precisa, além do</p><p>conhecimento do gênero, saber fazer uso dos princi-</p><p>pais recursos linguísti cos e entender o contexto para</p><p>a escolha do ti po de argumentação mais adequado.</p><p>Resumo sobre argumentação</p><p>• A argumentação é um recurso linguísti co usado</p><p>para infl uenciar o leitor sobre um ponto de vista</p><p>ou uma opinião.</p><p>• Os operadores argumentati vos compõem a</p><p>construção linguísti ca dos argumentos, sendo</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>65</p><p>também conhecidos por dar linearidade e se-</p><p>quência no raciocínio.</p><p>• A argumentação pode ser feita pelos seguintes</p><p>ti pos: argumento de autoridade, argumento</p><p>histórico, argumento de exemplifi cação, argu-</p><p>mento de comparação e argumento de racio-</p><p>cínio lógico.</p><p>O que é argumentação</p><p>Argumentação consiste em uma ati vidade dis-</p><p>cursiva (falada ou escrita) uti lizada no intuito de in-</p><p>fl uenciar determinado interlocutor por meio de ar-</p><p>gumentos. Os argumentos demandam uma estrutura</p><p>composta por:</p><p>a) apresentação e organização de ideias;</p><p>b) estruturação do raciocínio em defesa de um</p><p>ponto de vista (tese).</p><p>A argumentação, nesses termos, pode ser en-</p><p>tendida como um processo em que, em diferentes</p><p>contextos, o indivíduo precisa defender uma tese e</p><p>persuadir o seu interlocutor.</p><p>Operadores argumentati vos</p><p>A argumentação apresenta, em sua construção,</p><p>um elemento linguísti co essencial em sua elabora-</p><p>ção: os operadores argumentati vos. Eles correspon-</p><p>dem a um conjunto de conjunções, advérbios e ex-</p><p>pressões de ligação que estabelecem uma diversidade</p><p>de relações.</p><p>Assim, a depender do ti po de relação que o ope-</p><p>rador argumentati vo estabelece, ele pode ser classi-</p><p>fi cado de maneira específi ca. Vejamos alguns dessas</p><p>relações postas em funcionamento:</p><p>• Junção: faz um acréscimo de argumentos em</p><p>favor ou contra uma conclusão. Os mais conhecidos</p><p>são: e; e nem; e também; como também; mas tam-</p><p>bém; tanto… como; além de; além disso; ainda etc.</p><p>Exemplo: Ele foi e não voltou.</p><p>• Oposição: faz uma relação de termos/frases/</p><p>orações com orientações opostas. Geralmente é re-</p><p>presentado por: mas; porém; contudo; todavia; en-</p><p>tretanto; no entanto etc. Exemplo: O governo fez altos</p><p>investi mentos em educação, mas o Brasil ainda ocupa</p><p>os piores lugares nos rankings internacionais.</p><p>• Causa: os enunciados se apresentam como cau-</p><p>sa ou explicação para que outro ocorra. Os principais</p><p>operadores são: porque; pois; como; por isso que; já</p><p>que; visto que; uma vez que etc.</p><p>Exemplo: Devemos racionar o consumo de água,</p><p>pois ela está em exti nção.</p><p>• Condição: apresenta um enunciado como sendo</p><p>condição para que outro ocorra. Os operadores mais</p><p>conhecidos são: se; caso; desde que; contanto que;</p><p>a menos que; a não ser que etc.</p><p>Exemplo: Desde que você estude, poderá ser</p><p>aprovado no exame.</p><p>• Comparação: uti lizada com frequência para se</p><p>estabelecer uma relação comparati va de igualdade,</p><p>superioridade ou inferioridade. Os conecti vos uti liza-</p><p>dos são: tão… quanto; tão menos… quanto; tão mais…</p><p>quanto; tanto quanto; menos… (do) que; mais … (do)</p><p>que.</p><p>Exemplo: As insti tuições são tão importantes</p><p>quanto as pessoas.</p><p>• Finalidade: constrói uma ideia de propósito por</p><p>meio dos seguintes operadores: para; a fi m de; com</p><p>o objeti vo de; com o intuito de; com o propósito de;</p><p>com a intenção de etc. Exemplo: A teoria foi desen-</p><p>volvida a fi m de explicar determinados fenômenos</p><p>nas relações sociais.</p><p>• Conclusão: corresponde ao fechamento de uma</p><p>ideia, envolvendo um raciocínio geral ou específi co</p><p>de uma questão apontada. Apresenta-se com os se-</p><p>guintes operadores: portanto; logo; então; assim; por</p><p>isso; por conseguinte; de modo que; em vista disso;</p><p>pois (após o verbo).</p><p>Exemplo: Foucault, portanto, defende a ideia de</p><p>uma sociedade construída por meio de uma série de</p><p>mecanismos de controle.</p><p>→ Videoaula sobre operadores argumentati vos</p><p>Tipos de argumentação</p><p>Existem várias formas de se construir a argumen-</p><p>tação em um texto. A seguir, listaremos os cinco ti pos</p><p>de argumentação mais uti lizados e conhecidos.</p><p>1) Argumento de autoridade: é quando se uti liza</p><p>uma personalidade de determinada área ou insti tui-</p><p>ção conceituada de pesquisa para reforçar as ideias</p><p>e persuadir o leitor sobre uma opinião.</p><p>Exemplo: Segundo pesquisa do Centro de Pes-</p><p>quisa em Macroeconomia das Desigualdades da Uni-</p><p>versidade de São Paulo (Made/USP), 1% dos homens</p><p>brancos ricos recebe mais do que todas as mulheres</p><p>negras do Brasil.</p><p>2) Argumento histórico: uti liza como forma de</p><p>comprovação uma série de</p><p>acontecimentos e fatos</p><p>históricos que remetem ao tema em discussão.</p><p>Exemplo: Os problemas de desigualdade social</p><p>no país nos remetem às práti cas racistas herdadas</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>66</p><p>pelas insti tuições e pela população desde o período</p><p>escravista, com início no século XVI.</p><p>3) Argumento de exemplifi cação: pode apresen-</p><p>tar, por exemplo, narrati vas coti dianas para evidenciar</p><p>um problema e, assim, ajudar na fundamentação do</p><p>ponto de vista. Exemplo: A violência contra a mulher</p><p>pode ser percebida, em termos práti cos, por exemplo,</p><p>nas sucessivas agressões sofridas por Maria da Penha</p><p>durante o seu casamento; hoje, além de ela ser uma</p><p>ati vista pela causa, tem seu nome designando a lei de</p><p>proteção às mulheres.</p><p>4) Argumento de comparação: faz um comparati -</p><p>vo entre ideias disti ntas a fi m de construir um ponto</p><p>de vista apontando semelhanças ou diferenças entre</p><p>as noções comparadas. Exemplo: Na Finlândia, as me-</p><p>lhorias na educação passaram, nos últi mos 20 anos,</p><p>pelo menos, por uma sucessão de políti cas voltadas</p><p>para a valorização do professor e capacitação profi s-</p><p>sional. Já no Brasil, o piso nacional conti nua muito</p><p>abaixo da média nacional e há um défi cit na formação</p><p>de boa parte dos profi ssionais.</p><p>5) Argumento por raciocínio lógico: uma forma</p><p>de compor as ideias com base nas relações de causa</p><p>e efeito, gerando uma interpretação que pode ir de</p><p>encontro com a tese defendida. Exemplo: O aumen-</p><p>to da pena e da lógica puniti va no sistema penal em</p><p>outras regiões do globo não resultou em uma diminui-</p><p>ção da violência, logo, o aumento da pena e a maior</p><p>rigidez no sistema brasileiro devem gerar as mesmas</p><p>consequências.</p><p>Como fazer uma boa argumentação</p><p>Para desenvolver uma boa argumentação, é pre-</p><p>ciso ter defi nido, primeiramente, a tese ou o ponto</p><p>de vista a ser defendido. Em outros termos, é preciso</p><p>responder à seguinte questão: qual é a minha opinião</p><p>sobre o assunto?</p><p>Em segundo, com a tese defi nida, a argumentação</p><p>deve girar em torno dela. Assim, deve-se pensar na se-</p><p>guinte questão: quais são os argumentos que melhor</p><p>se encaixam e validam minha opinião? (Lembre-se,</p><p>aqui, dos ti pos de argumentação e quais estão mais</p><p>adequados ou você considera mais interessante de</p><p>serem usados).</p><p>As etapas anteriores correspondem ao processo</p><p>de planejamento da argumentação. No processo de</p><p>escrita, ou terceira etapa, o autor precisa conhecer o</p><p>formato em que o seu texto vai aparecer, ou seja, qual</p><p>gênero textual será usado. Trata-se de um debate?</p><p>Um texto dissertati vo-argumentati vo? Conhecer as</p><p>regras de construção do texto ajuda em uma melhor</p><p>elaboração da argumentação.</p><p>Em quarto, a argumentação precisa fechar o seu</p><p>ciclo retomando a tese inicial. É importante que o lei-</p><p>tor identi fi que que os argumentos uti lizados possuem</p><p>relação com o ponto de vista defendido pelo autor.</p><p>Por isso, a argumentação precisa ser linear e feita de</p><p>maneira lógica e estratégica, evitando confusões in-</p><p>terpretati vas por parte do leitor.</p><p>Com o projeto textual defi nido, é possível parti r</p><p>para a escrita. Nessa etapa, vale o domínio da es-</p><p>trutura do gênero textual e da linguagem a serem</p><p>uti lizadas. Os operadores argumentati vos são os ele-</p><p>mentos linguísti cos responsáveis, durante o processo</p><p>de produção textual, pela construção de uma boa ar-</p><p>gumentação. O uso inadequado dos operadores pode</p><p>resultar em um problema ou falha na argumentação,</p><p>tornando o seu texto confuso e incapaz de persuadir</p><p>o leitor.</p><p>Gêneros argumentati vos</p><p>A argumentação, enquanto recurso de linguagem,</p><p>pode ser usada em textos com característi cas disti n-</p><p>tas, apesar de manterem a ideia central de persuadir</p><p>o leitor. Como exemplos de texto argumentati vo, te-</p><p>mos a crônica argumentati va, a carta argumentati va,</p><p>o editorial e o texto dissertati vo-argumentati vo.</p><p>Como fazer um bom texto argumentati vo</p><p>A criação de um bom texto argumentati vo passa</p><p>pelas seguintes etapas:</p><p>• estudar os aspectos gramati cais perti nentes ao</p><p>desenvolvimento de um bom texto argumen-</p><p>tati vo;</p><p>• ter bom domínio sobre o tema, realizando pes-</p><p>quisas e coletando informações necessárias</p><p>para uma melhor preparação;</p><p>• compreender o gênero textual, isto é, sua es-</p><p>trutura e regras de formação;</p><p>• identi fi car o público — para quem você está</p><p>escrevendo? — e, com base nessa informação,</p><p>fazer as escolhas de acordo com o contexto;</p><p>• expor as ideias de forma linear e clara ao pú-</p><p>blico;</p><p>• marcar o posicionamento ou, em outras pa-</p><p>lavras, deixar explícito ao leitor qual é a tese</p><p>defendida.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>67</p><p>FUNÇÃO DA CONEXÇÃO CONECTIVOS</p><p>ADIÇÃO</p><p>e, além disso, não só..., mas também, depois, fi nalmente, seguidamente,</p><p>em primeiro lugar, em seguida, por um lado, por outro lado, adicional-</p><p>mente, ainda, mesmo modo, pela mesma razão, igualmente, também,</p><p>de novo etc.</p><p>OPOSIÇÃO Porém, contrariamente, em vez de, pelo contrário, por oposição, ainda</p><p>assim, mesmo assim, apesar de, contudo, no entanto, por outro lado etc.</p><p>CONCLUSÃO Logo, pois, assim, por isso, por conseguinte, portanto, enfi m, em conclusão,</p><p>concluíndo, em suma etc.</p><p>CONCESSÃO Apesar de, ainda que, embora, mesmo que, por mais que, se bem que,</p><p>ainda assim, mesmo assim...</p><p>DÚVIDA Talvez, é provável, é possível, provavelmente, porventura etc.</p><p>CERTEZA é evidente que, certamente, decerto, com toda a certeza, naturalmente,</p><p>evidentemente etc.</p><p>CAUSA pois, pois que, visto que, já que, porque, dado que, uma vez que, por causa</p><p>de, posto que, em virtude de, devido a, graças a etc.</p><p>EXEMPLIFICAÇÃO por exemplo, exemplifi cando, isto é, tal como, em outras palavras, em</p><p>parti cular etc.</p><p>COMPARAÇÃO da mesma maneira, da mesma forma, como, similarmente, correspon-</p><p>dentemente, assim como etc.</p><p>MOMENTO ENEM</p><p>ATIVIDADES</p><p>QUESTÃO 1</p><p>(Enem)</p><p>DIGA NÃO AO NÃO</p><p>Quem disse que alguma coisa é impossível?</p><p>Olhe ao redor. O mundo está cheio de coisas que,</p><p>segundo os pessimistas, nunca teriam acontecido.</p><p>“Impossível”.</p><p>“Imprati cável”.</p><p>“Não”.</p><p>E ainda assim, sim.</p><p>Sim, Santos Dumont foi o primeiro homem a decolar</p><p>a bordo de um</p><p>avião, impulsionado por um motor aeronáuti co.</p><p>Sim, Visconde de Mauá, um dos maiores empreen-</p><p>dedores do Brasil,</p><p>inaugurou a primeira rodovia pavimentada do país.</p><p>Sim, uma empresa brasileira também inovou no país.</p><p>Abasteceu o primeiro voo comercial brasileiro.</p><p>Foi a primeira empresa privada a produzir petróleo</p><p>na Bacia de Campos.</p><p>Desenvolveu um óleo combus� vel mais limpo, o OC</p><p>Plus.</p><p>O que é necessário para transformar o não em sim?</p><p>Curiosidade. Mente aberta. Vontade de arriscar.</p><p>E quando o problema parece insolúvel, quando o de-</p><p>safi o é muito</p><p>duro, dizer: vamos lá.</p><p>Soluções de energia para um mundo real.</p><p>(Jornal da ABI. Número 336, dez. De 2008 – adaptado)</p><p>O texto publicitário apresenta a oposição entre “im-</p><p>possível”, “imprati cável”, “não” e “sim, “sim”, “sim”.</p><p>Essa oposição, usada como um recurso argumentati -</p><p>vo, tem a função de</p><p>(A) minimizar a importância da invenção do avião por</p><p>Santos Dumont.</p><p>(B) mencionar os feitos de grandes empreendedores</p><p>da história do Brasil.</p><p>(C) ressaltar a importância do pessimismo para pro-</p><p>mover transformações.</p><p>(D) associar os empreendimentos da empresa petro-</p><p>lífera a feitos históricos.</p><p>(E) ironizar os empreendimentos rodoviários de Vis-</p><p>conde de Mauá no Brasil.</p><p>QUESTÃO 2</p><p>(Enem)</p><p>COM NICIGA, PARAR DE FUMAR FICA MUITO MAIS</p><p>FÁCIL.</p><p>1. Fumar aumenta o número de receptores do seu</p><p>cérebro que se ati vam com nicoti na.</p><p>2. Se você interrompe o fornecimento de uma vez, eles</p><p>enlouquecem e você sente os desagradáveis sintomas</p><p>da falta do cigarro.</p><p>3. Com seus adesivos transdérmicos, Niciga libera</p><p>nicoti na terapêuti ca de forma controlada no seu or-</p><p>ganismo, facilitando o processo de parar de fumar e</p><p>ajudando a sua força de vontade. Com Niciga, você</p><p>tem o dobro de chances de parar de fumar.</p><p>Para convencer o leitor, o anúncio emprega como re-</p><p>curso expressivo, principalmente,</p><p>(A) as rimas entre Niciga e nicoti na.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>68</p><p>(B) o uso de metáforas como</p><p>“força de vontade”.</p><p>(C) a repeti ção enfáti ca de termos semelhantes como</p><p>“fácil” e “facilidade”.</p><p>(D) a uti lização dos pronomes de segunda pessoa, que</p><p>fazem um apelo direto ao leitor.</p><p>(E) a informação sobre as consequências do consumo</p><p>do cigarro para amedrontar o leitor.</p><p>QUESTÃO 3</p><p>Principal investi gação sobre “black blocs” termina</p><p>sem acusar ninguém.</p><p>Folha de São Paulo – 25/01/2016</p><p>Dois anos e cerca de 300 testemunhos depois, a princi-</p><p>pal investi gação sobre a táti ca de destruição dos “bla-</p><p>ck blocs” durante as manifestações de 2013 e 2014 em</p><p>São Paulo foi concluída sem um único indiciamento.</p><p>A cargo da Polícia Civil, o chamado “inquérito-mãe”</p><p>sobre o tema não teve êxito, segundo policiais e pro-</p><p>motores entrevistados, porque não conseguiu indivi-</p><p>dualizar as condutas criminosas.</p><p>Os investi gados foram arrolados pela suspeita de orga-</p><p>nização criminosa, que se confi gura pela associação de</p><p>três ou mais pessoas para a práti ca de crimes. Ainda</p><p>assim, faltaram elementos para responsabilizá-los e</p><p>uma argumentação jurídica sólida.</p><p>A no� cia, do ponto de vista de seus elementos cons-</p><p>ti tuti vos,</p><p>(A) apresenta argumentos contra o movimento “black</p><p>blocs”.</p><p>(B) informa sobre uma ação e o resultado dessa ação.</p><p>(C) dirige-se aos órgãos governamentais dos estados</p><p>envolvidos na referida operação.</p><p>(D) introduz um fato com a fi nalidade de incenti var</p><p>movimentos sociais.</p><p>(E) questi onar a táti ca de destruição dos “black blocs”.</p><p>QUESTÃO 4</p><p>Fomos treinados para o preconceito. Libertar-se</p><p>disso pode ser assustador – Leonardo Sakamoto –</p><p>16/01/2016</p><p>Deve ser assustador para uma pessoa que cresceu</p><p>no seio da tradicional família brasileira, foi educada</p><p>em escolas com métodos e conteúdos convencionais</p><p>e espiritualizada em igrejas e templos conservadores,</p><p>conviveu em espaços de socialização que não questi o-</p><p>nam o passado apenas o reafi rmam e, é claro, assisti u</p><p>a muita, muita TV, de repente, ser bombardeada com</p><p>novas “regras’’ e “normas’’ de vivência, diferentes da-</p><p>quelas com as quais está acostumada.</p><p>Ouvi um desabafo sincero do pai de uma amiga que</p><p>não entendia como as coisas estavam mudando as-</p><p>sim tão rápido. Ele reclamava que ti rar uma da cara</p><p>do “amigo que era mais gordinho’’ era só “coisa de</p><p>criança’’ e não bullying passível de punição. “A socie-</p><p>dade está fi cando muito chata’’, disse desconsolado.</p><p>Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como</p><p>práti cas de linguagem, assumindo funções específi cas,</p><p>formais e de conteúdo. Considerando o contexto em</p><p>que circula o arti go de opinião, seu objeti vo básico é:</p><p>(A) defi nir regras de comportamento social pautadas</p><p>no combate ao preconceito.</p><p>(B) infl uenciar o comportamento do leitor por meio</p><p>de apelos.</p><p>(C) defender a importância do conhecimento das vá-</p><p>rias condutas morais na sociedade.</p><p>(D) apresentar as diversas opiniões sobre as diferen-</p><p>ças sociais.</p><p>(E) ironizar determinada práti ca social em relação às</p><p>diferenças.</p><p>5- Leia o texto a seguir.</p><p>Coragem</p><p>“A pior coisa do mundo é a pessoa não ter cora-</p><p>gem na vida”. Pincei essa frase do relato de uma moça</p><p>chamada Florescelia, nascida no Ceará e que passou</p><p>(e vem passando) poucas e boas: a morte da mãe</p><p>quando ti nha dois anos, uma madrasta cruel, uma vida</p><p>sem porto fi xo, sem emprego fi xo, mas com sonhos</p><p>diversos que lhe servem de sustentação. Ela segue em</p><p>frente porque tem o combus� vel que necessitamos</p><p>para trilhar o longo caminho desde o nascimento até</p><p>a morte. Coragem.</p><p>Quando eu era pequena, achava que coragem era</p><p>o senti mento que designava o ímpeto de fazer coisas</p><p>perigosas, e por perigoso eu entendia, por exemplo,</p><p>andar de tobogã, aquela rampa alta e ondulada em</p><p>que a gente descia sentada sobre um saco de algodão</p><p>ou coisa parecida.</p><p>Por volta dos nove anos, decidi descer o tobogã,</p><p>mas na hora H, amarelei. Faltou coragem. Assim como</p><p>faltou também no dia em que meus pais resolveram</p><p>ir até a Ilha dos Lobos, em Torres, num barco de pes-</p><p>cador. No momento de subir no barco, desisti . Foram</p><p>meu pai, minha mãe, meu irmão, e eu retornei sozi-</p><p>nha, caminhando pela praia, até a casa da vó.</p><p>Muita coragem me faltou na infância: até para</p><p>colar durante as provas eu fi cava nervosa. Menti r para</p><p>pai e mãe, nem pensar. Ir de bicicleta até ruas muito</p><p>distantes de casa, não me atrevia. Travada desse jeito,</p><p>desconfi ava que meu futuro seria bem diferente do</p><p>das minhas amigas.</p><p>Até que cresci e segui medrosa para andar de he-</p><p>licóptero, escalar vulcões, descer corredeiras d’água.</p><p>No entanto, aos poucos fui descobrindo que mais</p><p>importante do que ter coragem para aventuras de</p><p>fi m de semana, era ter coragem para aventuras mais</p><p>defi niti vas, como a de mudar o rumo da minha vida</p><p>se preciso fosse.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>69</p><p>Coragem, mesmo, é preciso para terminar um</p><p>relacionamento, trocar de profi ssão, abandonar um</p><p>país que não atende nossos anseios, dizer não para</p><p>propostas lucrati vas, porém vampirescas, optar por</p><p>um caminho diferente do da boiada, confi ar mais na</p><p>intuição do que em esta� sti cas, arriscar-se a decep-</p><p>ções para conhecer o outro lado da vida convencional.</p><p>E, principalmente, coragem para enfrentar a própria</p><p>solidão e descobrir o quanto ela fortalece cada ser</p><p>humano.</p><p>Não subi no barco quando criança – e não gosto</p><p>de barcos até hoje. Vi minha família sair em expedi-</p><p>ção pelo mar e voltei sozinha pela praia, uma criança</p><p>ainda, caminhando em meio ao povo, acreditando que</p><p>era medrosa. Mas o que parecia medo era a coragem</p><p>me dando as boas-vindas, me acompanhando naque-</p><p>le recuo solitário, quando aprendi que toda escolha</p><p>requer ousadia.</p><p>MEDEIROS, Marta. A graça das coisas. Porto Alegre – RS:</p><p>L&PM, 2014. p.90-91 (adaptado).</p><p>Nota-se no texto uma exposição subjeti va sobre o</p><p>conceito de coragem. Nessa exposição, como a co-</p><p>ragem foi defi nida? JUSTIFIQUE com elementos do</p><p>texto.</p><p>HABILIDADE: (EM13LP06) Analisar efeitos de senti -</p><p>do decorrentes de usos expressivos da linguagem,</p><p>da escolha de determinadas palavras ou expressões</p><p>e da ordenação, combinação e contraposição de pa-</p><p>lavras, dentre outros, para ampliar as possibilidades</p><p>de construção de senti dos e de uso críti co de língua.</p><p>OBJETIVO DE ARPENDIZAGEM: (GO-EMLP06B)</p><p>Analisar as funções da linguagem como recursos</p><p>expressivos da língua, considerando as diversas</p><p>situações textuais para conhecer as intencionali-</p><p>dades comunicati vas.</p><p>(GO-EMLP06A) Empregar os recursos linguísti cos</p><p>de coesão (preposições, conjunções, pronomes,</p><p>advérbios), analisando textos de diferentes gêne-</p><p>ros discursivos para permiti r a produção críti ca de</p><p>relações lógico-discursivas em vários ti pos de pos-</p><p>sibilidades textuais.</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO: Argumentação. Vo-</p><p>zes do discurso. Gêneros discursivos (poemas, con-</p><p>tos, crônicas, ti ras, charges, diários, propagandas,</p><p>classifi cados, receitas, reportagens). Modalização.</p><p>TEXTOS ARGUMENTATIVOS</p><p>É um ti po textual que consiste na defesa de uma</p><p>ideia por meio de argumentos, opinião e explicações</p><p>fundamentadas.</p><p>Este ti po de texto tem como objeti vo central a for-</p><p>mação de opinião do leitor. Assim, ele é caracterizado</p><p>por tentar convencer ou persuadir o interlocutor da</p><p>mensagem através da argumentação.</p><p>Ao produzirmos um texto, o nosso foco principal</p><p>deve ser a função social que ele tem, ou seja, devemos</p><p>tentar entender as razões que nos levam a produzir</p><p>determinado ti po de texto. No caso dos textos argu-</p><p>mentati vos, devemos ter em mente que a principal</p><p>função é: defesa de posicionamento.</p><p>Estrutura do texto dissertati vo-argumentati vo</p><p>Introdução – Na introdução deve ser mencionado</p><p>o tema central que será abordado no texto de modo</p><p>a situar o interlocutor.</p><p>Desenvolvimento – Todas as ideias mencionadas</p><p>na introdução devem ser desenvolvidas de forma opi-</p><p>nati va e argumentati va nessa parte do texto, cuja di-</p><p>mensão deve compreender cerca de 50% do mesmo.</p><p>Conclusão - A conclusão deve ser uma síntese</p><p>do problema abordado, mas com considerações que</p><p>expressam o resultado do que foi pensado</p><p>ao longo</p><p>do texto.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>70</p><p>A impessoalização da linguagem</p><p>A impessoalização da linguagem é uma técnica</p><p>muito uti lizada nos textos do ti po dissertati vo-argu-</p><p>mentati vo, servindo para eliminar marcas de subjeti -</p><p>vidade do discurso.</p><p>Você já deve saber que uma das característi cas</p><p>principais do texto dissertati vo-argumentati vo é a</p><p>impessoalidade da linguagem. Para escrever textos</p><p>de uma maneira mais formal, às vezes é necessário</p><p>impessoalizá-los, isto é, omiti r os agentes do discurso</p><p>para ocultar nossa opinião pessoal e as diversas vozes</p><p>que compõem um texto. Esse ti po de postura serve</p><p>para atenuar a dialogia e contribuir para uma posição</p><p>impessoal sobre determinados assuntos.</p><p>Quer um exemplo? Imaginemos a seguinte situa-</p><p>ção: Você vai prestar algum concurso ou vesti bular e</p><p>o tema da redação é “A redução da maioridade penal:</p><p>você concorda?”. Provavelmente você deve ter uma</p><p>opinião formada sobre o tema, o que não signifi ca,</p><p>no entanto, que você precise redigir a defesa de seu</p><p>ponto de vista na primeira pessoa. Pode ser que você</p><p>tenha passado por alguma experiência pessoal que</p><p>justi fi que o desenvolvimento de seu raciocínio, mas</p><p>ainda assim é preciso deixar a narrati vização de lado</p><p>e optar por elementos que afastem as emoções e as</p><p>questões pessoais de seu texto.</p><p>Gramati calmente, há várias maneiras para que</p><p>você alcance a impessoalização da linguagem do seu</p><p>texto. Para que você entenda melhor sobre o assunto,</p><p>o Brasil Escola preparou algumas dicas de redação</p><p>que certamente irão facilitar esse processo. Vamos</p><p>lá? Boa leitura e bons estudos!</p><p>• Dica 1: Generalizar o sujeito, colocando-o no</p><p>plural</p><p>Essa é uma maneira efi ciente de distanciar-se das</p><p>emoções e da subjeti vidade em um texto dissertati vo-</p><p>-argumentati vo. Para isso, você deverá evitar o discur-</p><p>so na primeira pessoa (eu) e adotar o uso da primeira</p><p>e da terceira pessoa do plural (nós e eles): expressões</p><p>como cienti stas reconhecem, nossas conclusões e</p><p>procuramos demonstrar são menos pessoais do que</p><p>reconheço, minha conclusão e procurei demonstrar.</p><p>• Dica 2: Ocultar o agente</p><p>Expressões do ti po: é importante, é preciso, é in-</p><p>dispensável, é urgente contribuem com o propósito da</p><p>neutralidade, pois ocultam o agente da oração. Para</p><p>quem é importante? Para quem é preciso? Para quem</p><p>é indispensável? Para quem é urgente? As perguntas</p><p>fi cam sem respostas porque não é possível defi nir o</p><p>agente com clareza, o que neutraliza o discurso, além</p><p>de deixá-lo mais objeti vo.</p><p>• Dica 3: Opte por um agente inanimado</p><p>Essa é outra maneira efi ciente de impessoalizar</p><p>a linguagem do texto. Ao optar por um agente inani-</p><p>mado, a responsabilidade em relação à ação estará</p><p>diluída, já que não será possível identi fi car com pre-</p><p>cisão seu agente. Exemplos:</p><p>A diretoria da empresa indicou um novo coorde-</p><p>nador.</p><p>Os parlamentares votaram um projeto de lei.</p><p>O governo não entregou a obra.</p><p>• Dica 4: Uso gramati cal do sujeito indetermi-</p><p>nado</p><p>Ao adotar essa técnica, você não permiti rá que o</p><p>leitor identi fi que com precisão o agente da ação. Ela</p><p>é muito úti l principalmente quando, no texto, surgir</p><p>alguma informação da qual você desconhece a exata</p><p>procedência:</p><p>Aprende-se na escola a importância da preserva-</p><p>ção da natureza.</p><p>Acreditava-se que o Brasil erradicaria a miséria</p><p>e a pobreza.</p><p>Fala-se muito sobre o problema da violência.</p><p>• Dica 5: Uso da voz passiva</p><p>Empregar a voz passiva é uma outra maneira que</p><p>contribui bastante para a impessoalização do discurso.</p><p>Isso acontece porque, ao uti lizarmos a voz ati va, apre-</p><p>sentamos um agente explícito, enquanto na voz passi-</p><p>va esse agente poderá estar oculto. Veja os exemplos:</p><p>As novas descobertas sobre a cura da AIDS fo-</p><p>ram realizadas em centros de estudo e laboratórios</p><p>cubanos.</p><p>Está sendo comprovada a importância da escrita</p><p>à mão no processo de aprendizado.</p><p>RECORDANDO</p><p>Conecti vos são palavras ou expressões que inter-</p><p>ligam as frases, períodos, orações, parágrafos, permi-</p><p>ti ndo a sequência de ideias.</p><p>Esse papel é desempenhado, sobretudo, pelas</p><p>conjunções, palavras invariáveis usadas para ligar os</p><p>termos e orações em um período. Além disso, alguns</p><p>advérbios e pronomes também podem exercer essa</p><p>função.</p><p>FUNÇÃO DA</p><p>CONEXÇÃO</p><p>CONECTIVOS</p><p>ADIÇÃO</p><p>e, além disso, não só..., mas tam-</p><p>bém, depois, fi nalmente, segui-</p><p>damente, em primeiro lugar, em</p><p>seguida, por um lado, por outro</p><p>lado, adicionalmente, ainda, mes-</p><p>mo modo, pela mesma razão,</p><p>igualmente, também, de novo etc.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>71</p><p>OPOSIÇÃO Porém, contrariamente, em vez</p><p>de, pelo contrário, por oposição,</p><p>ainda assim, mesmo assim, apesar</p><p>de, contudo, no entanto, por outro</p><p>lado etc.</p><p>CONCLUSÃO Logo, pois, assim, por isso, por con-</p><p>seguinte, portanto, enfi m, em con-</p><p>clusão, concluíndo, em suma etc.</p><p>CONCESSÃO Apesar de, ainda que, embora,</p><p>mesmo que, por mais que, se bem</p><p>que, ainda assim, mesmo assim...</p><p>DÚVIDA Talvez, é provável, é possível, pro-</p><p>vavelmente, porventura etc.</p><p>CERTEZA é evidente que, certamente, de-</p><p>certo, com toda a certeza, natural-</p><p>mente, evidentemente etc.</p><p>CAUSA pois, pois que, visto que, já que,</p><p>porque, dado que, uma vez que,</p><p>por causa de, posto que, em virtu-</p><p>de de, devido a, graças a etc.</p><p>EXEMPLIFICAÇÃO por exemplo, exemplifi cando, isto</p><p>é, tal como, em outras palavras,</p><p>em parti cular etc.</p><p>COMPARAÇÃO da mesma maneira, da mesma for-</p><p>ma, como, similarmente, corres-</p><p>pondentemente, assim como etc.</p><p>MOMENTO ENEM</p><p>PRATICANDO</p><p>O ENEM 2021 apresentou o se-</p><p>guinte tema: “Invisibilidade e re-</p><p>gistro civil: garanti a de acesso à</p><p>cidadania no Brasil”</p><p>Leia o texto a seguir. (Redação nota 1000, Fernanda</p><p>Quaresma, 20 anos - Iguaracy (PE).</p><p>Vamos analisar o texto de acordo com as ati vidades</p><p>propostas a seguir.</p><p>Em “Vidas secas”, obra literária do modernista</p><p>Graciliano Ramos, Fabiano e sua família vivem uma</p><p>situação degradante marcada pela miséria. Na trama,</p><p>os fi lhos do protagonista não recebem nomes, sen-</p><p>do chamados apenas como o “mais velho” e o “mais</p><p>novo”, recurso usado pelo autor para evidenciar a</p><p>desumanização do indivíduo. Ao sair da fi cção, sem</p><p>desconsiderar o contexto histórico da obra, nota-se</p><p>que a problemáti ca apresentada ainda percorre a atu-</p><p>alidade: a não garanti a de cidadania pela invisibilida-</p><p>de da falta de registro civil. A parti r desse contexto,</p><p>não se pode hesitar – é imprescindível compreender</p><p>os impactos gerados pela falta de identi fi cação ofi cial</p><p>da população.</p><p>Com efeito, é níti do que o defi citário registro civil</p><p>repercute, sem dúvida, na persistente falta de per-</p><p>tencimento como cidadão brasileiro. Isso acontece,</p><p>porque, como já estudado pelo historiador José Murilo</p><p>de Carvalho, para que haja uma cidadania comple-</p><p>ta no Brasil é necessária a coexistência dos direitos</p><p>sociais, políti cos e civis. Sob essa óti ca, percebe-se</p><p>que, quando o pilar civil não é garanti do – em outras</p><p>palavras, a não efeti vação do direito devido à falta do</p><p>registro em cartório –, não é possível fazer com que a</p><p>cidadania seja alcançada na sociedade. Dessa forma,</p><p>da mesma maneira que o “mais novo” e o “mais velho”</p><p>de Graciliano Ramos, quase 3 milhões de brasileiros</p><p>conti nuam por ser invisibilizados: sem nome ofi cial,</p><p>sem reconhecimento pelo Estado e, por fi m, sem a</p><p>dignidade de um cidadão.</p><p>Além disso, a falta do senti mento de cidadania na</p><p>população não registrada refl ete, também, na manu-</p><p>tenção de uma sociedade historicamente excludente.</p><p>Tal questão ocorre, pois, de acordo com a análise da</p><p>antropóloga brasileira Lilia Schwarcz, desd e a Inde-</p><p>pendência do Brasil, não há a formação de um ideal</p><p>de coleti vidade – ou seja, de uma “Nação” ao invés</p><p>de, meramente, um “Estado”. Com isso, o caráter de</p><p>desigualdade social e exclusão do diferente se man-</p><p>tém, sobretudo, no que diz respeito às pessoas que não</p><p>ti veram acesso ao registro ofi cial, as quais, frequen-</p><p>temente, são obrigadas a lidar com situações humi-</p><p>lhantes por parte do restante da sociedade: das mais</p><p>diversas discriminações</p><p>até o fato de não poderem</p><p>ter qualquer outro documento se, antes, não ti verem</p><p>sua identi fi cação ofi cial.</p><p>Portanto, ao entender que a falta de cidadania</p><p>gerada pela invisibilidade do não registro está direta-</p><p>mente ligada à exclusão social, é tempo de combater</p><p>esse grave problema. Assim, cabe ao Poder Executi vo</p><p>Federal, mais especifi camente o Ministério da Mulher,</p><p>da Família e dos Direitos Humanos, ampliar o acesso</p><p>aos cartórios de registro civil. Tal ação deverá ocorrer</p><p>por meio da implantação de um Projeto Nacional de</p><p>Incenti vo à Identi dade Civil, o qual irá arti cular, junto aos</p><p>gestores dos municípios brasileiros, campanhas, divul-</p><p>gadas pela mídia socialmente engajada, que expliquem</p><p>sobre a importância do registro ofi cial para garanti a da</p><p>cidadania, além de instruções para realizar o processo,</p><p>a fi m de miti gar as desigualdades geradas pela falta</p><p>dessa documentação. Afi nal, assim como os meninos em</p><p>“Vidas secas”, toda a população merece ter a garanti a</p><p>e o reconhecimento do seu nome e identi dade.</p><p>ATIVI DADES</p><p>01. A tese apresentada na dissertação é</p><p>A) “Vidas secas”, obra literária do modernista Gra-</p><p>ciliano Ramos, Fabiano e sua família vivem uma</p><p>situação degradante marcada pela miséria.”</p><p>B) “Na trama, os fi lhos do protagonista não recebem</p><p>nomes, sendo chamados apenas como o “mais</p><p>velho” e o “mais novo”</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>72</p><p>C) “a não garanti a de cidadania pela invisibilidade</p><p>da falta de registro civil é uma problemáti ca que</p><p>persiste na atualidade.”</p><p>D) “A parti r desse contexto, não se pode hesitar – é</p><p>imprescindível compreender os impactos gerados</p><p>pela falta de identi fi cação ofi cial da população.”</p><p>E) “é níti do que o defi citário registro civil repercute,</p><p>sem dúvida, na persistente falta de pertencimento</p><p>como cidadão brasileiro.”</p><p>02. No trecho “...é níti do que o defi citário registro</p><p>civil repercute, sem dúvida, na persistente falta de</p><p>pertencimento como cidadão brasileiro.” Nota-se a</p><p>impessoalização a parti r da</p><p>A) generalização do sujeito, colocando-o no plural.</p><p>B) ocultação do agente.</p><p>C) opção por um agente inanimado.</p><p>D) Uti lização gramati cal do sujeito indeterminado.</p><p>E) Uti lização da voz passiva.</p><p>03. No trecho “Além disso, a falta do senti mento de</p><p>cidadania na população não registrada refl ete, tam-</p><p>bém, na manutenção de uma sociedade historicamen-</p><p>te excludente.” Os conecti vos destacados estabelecem</p><p>à argumentação uma ideia de</p><p>A) explicação.</p><p>B) alternância.</p><p>C) exclusão.</p><p>D) acréscimo.</p><p>E) conclusão.</p><p>04. No trecho, “Portanto, ao entender que a falta de</p><p>cidadania gerada pela invisibilidade do não registro</p><p>está diretamente ligada à exclusão social, é tempo de</p><p>combater esse grave problema.” A palavra destacada</p><p>estabelece a ideia de</p><p>A) explicação.</p><p>B) alternância.</p><p>C) exclusão.</p><p>D) acréscimo.</p><p>E) conclusão.</p><p>05. No trecho “...desde a Independência do Brasil,</p><p>não há a formação de um ideal de coleti vidade – ou</p><p>seja, de uma “Nação” ao invés de, meramente, um</p><p>“Estado”. Em relação ao termo, “ou seja”, pode-se</p><p>afi rmar que seu signifi cado</p><p>A) nega o que foi apresentado anteriormente, indi-</p><p>cando uma não contradição no decorrer do texto.</p><p>B) marca uma relação de reti fi cação, distorcendo o</p><p>enunciado anterior.</p><p>C) estabelece a progressão textual, ampliando o con-</p><p>teúdo semânti co do enunciado.</p><p>D) delimita a relação entre os enunciados do texto,</p><p>ocasionando uma redução de senti do à informa-</p><p>ção posterior.</p><p>E) introduz um argumento que produz efeitos de sen-</p><p>ti dos contrários, alterando a informação anterior.</p><p>HABILIDADE: Selecionar obras do repertório ar� s-</p><p>ti co-literário contemporâneo à disposição segundo</p><p>suas predileções, de modo a consti tuir um acervo</p><p>pessoal e dele se apropriar para se inserir e intervir</p><p>com autonomia e criti cidade no meio cultural.</p><p>OBJETIVOS DE ARPENDIZAGEM: (GO-EMLP51A)</p><p>Analisar o processo de desenvolvimento da arte</p><p>brasileira como fundamento da identi dade ar� sti ca,</p><p>considerando o Romanti smo e suas gerações (prosa</p><p>e poesia) e a relação do indivíduo e sua cultura</p><p>como elementos fundamentais de mudança social</p><p>para inserir com autonomia no meio cultural.</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO: C onstrução com-</p><p>posicional dos textos literários. Práti cas de leitura</p><p>branca e dramáti ca de textos literários das mais</p><p>diferentes ti pologias e manifestações literárias. Re-</p><p>cursos linguísti cos e semióti cos que operam nos</p><p>textos pertencentes aos gêneros literários. TDICs.</p><p>PESQUISAR FILMES SOBRE ROMANTISMO.</p><p>Romanti smo: Característi cas e Contexto Histórico</p><p>O romanti smo é um movimento ar� sti co e cul-</p><p>tural que privilegia as emoções, a subjeti vidade e o</p><p>individualismo.</p><p>Contrário ao objeti vismo e as tradições clássicas</p><p>de perfeição, ele apresenta uma visão de mundo cen-</p><p>trada no ser humano com destaque para as sensações</p><p>humanas e a liberdade de pensamento.</p><p>O romanti smo surgiu na Europa no século XVIII</p><p>no contexto da revolução industrial e do iluminismo,</p><p>movimento intelectual e fi losófi co baseado na razão.</p><p>Ele durou até meados do século XIX, quando começa</p><p>o realismo.</p><p>Rapidamente, esse esti lo chegou a outros países</p><p>inspirando diversos campos da arte: literatura, pintu-</p><p>ra, escultura, arquitetura e música.</p><p>No Brasil, o movimento românti co começa em me-</p><p>ados do século XIX, anos depois da independência do</p><p>país (1822) com a publicação da obra Suspiros poéti -</p><p>cos e saudades, de Gonçalves de Magalhães, em 1836.</p><p>Principais característi cas</p><p>Na literatura, as principais característi cas do ro-</p><p>manti smo são:</p><p>1. Oposição ao modelo clássico;</p><p>2. Estrutura do texto em prosa, longo;</p><p>3. Desenvolvimento de um núcleo central;</p><p>4. Narrati va ampla refl eti ndo uma sequência de</p><p>tempo;</p><p>5. O indivíduo passa a ser o centro das atenções;</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>73</p><p>6. Surgimento de um público consumidor (folhe-</p><p>ti m);</p><p>7. Uso de versos livres e versos brancos;</p><p>8. Exaltação do nacionalismo, da natureza e da</p><p>pátria;</p><p>9. Idealização da sociedade, do amor e da mulher;</p><p>10. Criação de um herói nacional;</p><p>11. Senti mentalismo e supervalorização das emo-</p><p>ções pessoais;</p><p>12. Subjeti vismo e egocentrismo;</p><p>13. Saudades da infância;</p><p>14. Fuga da realidade.</p><p>Romanti smo no Brasil</p><p>No Brasil, duas publicações são consideradas o</p><p>marco inicial do Romanti smo literário. Ambas foram</p><p>lançadas em Paris, por Gonçalves de Magalhães, no</p><p>ano de 1836: a “Revista Niterói” e o livro de poesias</p><p>“Suspiros poéti cos e saudades”.</p><p>No país, o movimento foi dividido em três fases,</p><p>ou gerações:</p><p>Primeira geração românti ca (1836 a 1852): gera-</p><p>ção nacionalista-indianista.</p><p>Segunda geração românti ca (1853 a 1869): gera-</p><p>ção ultrarromânti ca.</p><p>Terceira geração românti ca (1870 a 1880): geração</p><p>condoreira.</p><p>Disponível em: h� ps://ti nyurl.com/GEPROMLPI952 .</p><p>Acesso em: 11 maio 2022.</p><p>Elementos da Narrati va</p><p>Os elementos da narrati va são essenciais numa</p><p>narração que, por sua vez, é um relato dos aconteci-</p><p>mentos e ações de seus personagens.</p><p>Podemos citar como exemplos de textos narrati -</p><p>vos um romance, uma novela, uma fábula, um conto</p><p>etc.</p><p>A estrutura da narrati va é dividida em: apresen-</p><p>tação, desenvolvimento, clímax e desfecho.</p><p>Enredo</p><p>O enredo é o tema ou o assunto da história que</p><p>pode ser contada de maneira linear ou não linear.</p><p>Narrador</p><p>O narrador, também chamado de foco narrati vo,</p><p>representa a “voz do texto”. Dependendo de como</p><p>atuam na narração, eles são classifi cados em três ti pos:</p><p>Narrador Personagem</p><p>O narrador personagem parti cipa da história como</p><p>um personagem da trama. Ele pode ser o personagem</p><p>principal, ou mesmo um secundário.</p><p>Narrador Observador</p><p>O próprio nome já indica que esse ti po de narra-</p><p>dor conhece a história de modo que observa e relata</p><p>os fatos.</p><p>Narrador Onisciente</p><p>O narrador onisciente é aquele que conhece toda</p><p>a história. Diferente do narrador observador, que con-</p><p>ta os fatos por sua óti ca, esse sabe tudo sobre os</p><p>outros personagens, inclusive seus pensamentos e</p><p>ideias.</p><p>Tempo</p><p>Toda narração tem um tempo que determina o</p><p>período em que a história se</p><p>passa.</p><p>Espaço</p><p>O espaço da narrati va é o local onde ela se de-</p><p>senvolve. Ele pode ser � sico ou mesmo psicológico.</p><p>Disponível em: h� ps://www.todamateria.com.br/</p><p>elementos-da-narrati va/ . Acesso em: 11 maio 2022.</p><p>As vozes de um texto</p><p>Todo texto traz a voz daquele que enuncia, que</p><p>fala, mesmo quando sua presença não está textual-</p><p>mente marcada por um “Na minha opinião”, “Para</p><p>mim”, “Eu acho que”. As escolhas lexicais (verbos,</p><p>substanti vos, adjeti vos) e a organização textual já dão</p><p>indícios da caracterização, da formação e da opinião</p><p>do enunciador.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>74</p><p>h� ps://encrypted-tbn0.gstati c.com/images?q=tbn:ANd9GcTPVCVQ3ToxKPYD6YyaCMyl8qT20h-F8FeKpw&usqp=CAU</p><p>Tipos de discurso</p><p>Discurso direto</p><p>A produção se dá de forma integral, na qual os diálogos são retratados sem a interferência do narrador.</p><p>Trata-se de uma transcrição fi el da fala dos personagens, que, para introduzi-las, o narrador uti liza-se de alguns</p><p>sinais de pontuação, aliados ao emprego de alguns verbos de elocução, tais como: dizer, perguntar, responder,</p><p>indagar, exclamar, ordenar, entre outros.</p><p>A � tulo de exemplifi cação, apoiemo-nos no seguinte exemplo:</p><p>“Maurício saudou, com silenciosa admiração, esta minha vida avisada malícia. E imediatamente, para</p><p>meu príncipe:</p><p>- Há três anos que não te vejo Jacinto... Como tem sido possível, neste Paris que é um aldeola, e que tu</p><p>atravancas?”</p><p>Queirós, Eça de. A cidade e as serras. São Paulo: Hedra, 2006</p><p>Discurso indireto</p><p>O mesmo ocorre quando o narrador, ao invés de retratar as falas de forma direta, as reproduz mediante o</p><p>atributo de suas próprias palavras, colocando-se na condição de intermediário frente à ocorrência.</p><p>Observaremos a seguir um quadro em que são relatadas as mudanças ocorridas na passagem do discurso</p><p>direto para o indireto, enfati zando as parti cularidades relacionadas a tempos verbais, advérbios e pronomes.</p><p>Discurso direto Discurso indireto</p><p>Uso da primeira pessoa do discurso Terceira pessoa</p><p>Verbo no presente do indicati vo Emprego do pretérito imperfeito do indicati vo</p><p>Verbo no pretérito perfeito Pretérito mais que perfeito</p><p>Futuro do presente Futuro do pretérito</p><p>Modo imperati vo Pretérito imperfeito do subjunti vo</p><p>Adjuntos adverbiais: aqui, cá, aí Adjuntos adverbiais: ali, lá</p><p>Ontem O dia anterior</p><p>Amanhã O dia seguinte</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>75</p><p>Discurso indireto livre</p><p>Como anteriormente mencionado, nesta modali-</p><p>dade, as formas direta e indireta fundem-se por meio</p><p>de um processo em que o narrador insere discreta-</p><p>mente a fala ou os pensamentos do personagem em</p><p>sua fala. Embora ele não parti cipe da história, insta-</p><p>la-se dentro de suas personagens, confundindo sua</p><p>voz com a delas.</p><p>Observemos um fragmento extraído do romance</p><p>Madame Bovary, do escritor francês Gustave Flaubert,</p><p>publicado em 1857:</p><p>“Olhava-a, abria-a e chegava mesmo a</p><p>aspirar-lhe o perfume do forro, misto de ver-</p><p>bena e de fumo. A quem pertenceria?... Ao</p><p>Visconde. Era talvez presente da amante.”</p><p>MOMENTO ENEM</p><p>ATIVIDADES</p><p>(UEA 2015) Leia o trecho de Iracema, de José de Alen-</p><p>car, para responda as ati vidades 01 a 03.</p><p>O Pajé vibrou o maracá* e saiu da cabana, porém</p><p>o estrangeiro não fi cou só.</p><p>Iracema voltara com as mulheres chamadas para</p><p>servir o hóspede de Araquém e os guerreiros vindos</p><p>para obedecer-lhe.</p><p>– Guerreiro branco, disse a virgem, o prazer em-</p><p>bale tua rede durante a noite e o Sol traga luz a teus</p><p>olhos, alegria à tua alma.</p><p>E, assim dizendo, Iracema ti nha o lábio trêmulo</p><p>e úmida a pálpebra.</p><p>– Tu me deixas? perguntou Marti m.</p><p>– As mais belas mulheres da grande taba conti go</p><p>fi cam.</p><p>– Para elas a fi lha de Araquém não devia ter con-</p><p>duzido o hóspede à cabana do Pajé.</p><p>– Estrangeiro, Iracema não pode ser tua serva. É</p><p>ela que guarda o segredo da jurema e o mistério do</p><p>sonho.</p><p>Sua mão fabrica para o Pajé a bebida de Tupã.</p><p>O guerreiro cristão atravessou a cabana e sumiu-</p><p>-se na treva.</p><p>* maracá: chocalho indígena usado em cerimônias</p><p>religiosas e guerreiras.</p><p>01. C ondizente com a estéti ca do Romanti smo brasi-</p><p>leiro, Iracema é um romance que:</p><p>A) descreve o início da colonização do Brasil pelos</p><p>portugueses, sendo estes recebidos de maneira</p><p>extremamente hosti l pelos nati vos.</p><p>B) narra a história do amor impossível entre uma</p><p>índia e um branco que, por não se consumar, ter-</p><p>mina com a trágica morte dos protagonistas.</p><p>C) retrata a vida das comunidades indígenas do Brasil</p><p>do século XIX, a parti r do esforço de se descrever</p><p>o homem brasileiro de maneira críti ca e realista.</p><p>D) evidencia a preferência pela descrição de aspectos</p><p>psicológicos das personagens, em detrimento de</p><p>detalhes � sicos, que não têm relevância na obra.</p><p>E) reconstrói a história do Brasil sob uma ópti ca ide-</p><p>alizante, em que o índio representa a fi gura do he-</p><p>rói nobre e completamente integrado à natureza.</p><p>02. No fragmento da obra, pode-se considerar que</p><p>quando ao discurso temos</p><p>A) discurso direto.</p><p>B) discurso indireto.</p><p>C) discurso indireto livre.</p><p>D) ausência do discurso.</p><p>E) ausência de narrador.</p><p>03. A obra Iracema de José de Alencar tem como ca-</p><p>racterísti ca ao Romanti smo</p><p>A) idealização da mulher.</p><p>B) nostalgia e saudosismo.</p><p>C) indianismo heroico.</p><p>D) escapismo da realidade.</p><p>E) engajamento social.</p><p>Leia o texto a seguir e responda as ati vidades 04 4 05.</p><p>Canção do exílio</p><p>Minha terra tem palmeiras,</p><p>Onde canta o Sabiá;</p><p>As aves, que aqui gorjeiam,</p><p>Não gorjeiam como lá.</p><p>Nosso céu tem mais estrelas,</p><p>Nossas várzeas têm mais fl ores,</p><p>Nossos bosques têm mais vida,</p><p>Nossa vida mais amores.</p><p>Em cismar, sozinho, à noite,</p><p>Mais prazer eu encontro lá;</p><p>Minha terra tem palmeiras,</p><p>Onde canta o Sabiá.</p><p>Minha terra tem primores,</p><p>Que tais não encontro eu cá;</p><p>Em cismar –sozinho, à noite–</p><p>Mais prazer eu encontro lá;</p><p>Minha terra tem palmeiras,</p><p>Onde canta o Sabiá.</p><p>Não permita Deus que eu morra,</p><p>Sem que eu volte para lá;</p><p>Sem que disfrute os primores</p><p>Que não encontro por cá;</p><p>Sem qu’inda aviste as palmeiras,</p><p>Onde canta o Sabiá.</p><p>De Primeiros cantos (1847) Gonçalves Dias</p><p>Disponível em: h� ps://ti nyurl.com/GEPROMLPIV949</p><p>.Acesso em: 09 maios 2022.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>76</p><p>04. No poema “Canção do Exílio” o eu lírico de forma</p><p>ufânica, manifesta em relação ao Brasil</p><p>1. descrença patrióti ca.</p><p>2. tristeza em relação à sua Pátria.</p><p>3. recusa enaltecer as belezas da Pátria.</p><p>4. amor exagerado à Pátria.</p><p>5. desgosto patrióti co.</p><p>Releia a quarta estrofe de canção do exílio.</p><p>“Não permita Deus que eu morra,</p><p>Sem que eu volte para lá;</p><p>Sem que disfrute os primores</p><p>Que não encontro por cá;”</p><p>05. Nesta estrofe há uma an� tese representada pelos</p><p>advérbios “lá” e “cá, (Brasil x Portugal), indicando que</p><p>o autor faz uma</p><p>1. alusão sobre os lugares.</p><p>2. comparação entre os lugares.</p><p>3. explicação sobre os lugares.</p><p>4. críti ca sobre os lugares.</p><p>5. negação sobre os lugares.</p><p>Leia o fragmento do Romance “A escrava Isaura” de</p><p>Bernardo Guimarães.</p><p>[...]</p><p>Só depois de casado Leôncio, que antes disso pou-</p><p>cas e breves estadas fi zera na casa paterna, começou</p><p>a prestar atenção à extrema beleza e às graças incom-</p><p>paráveis de Isaura. [...]</p><p>No dia seguinte ao da chegada dos mancebos às</p><p>oito horas da manhã, Isaura, que acabava de espa-</p><p>nejar os móveis e arranjar o salão, achava-se sentada</p><p>junto a uma janela e entreti nha-se a bordar, à espera</p><p>que seus senhores se levantassem para servir-lhes o</p><p>café. Leôncio e Henrique não tardaram em aparecer,</p><p>e parando à porta do salão puseram-se a contemplar</p><p>Isaura, que sem se aperceber da presença deles con-</p><p>ti nuava a bordar distraidamente.</p><p>--- Então, que te parece? – segredava Leôncio a</p><p>seu cunhado. – Uma escrava desta ordem não é um</p><p>tesouro inapreciável? Quem não diria, que é uma an-</p><p>daluza de Cádiz, ou uma napolitana? ...</p><p>--- Não é nada disso; mas é coisa melhor, respon-</p><p>deu Henrique maravilhado; é uma perfeita brasileira.</p><p>--- Qual brasileira! é superior a tudo quanto há.</p><p>Aqueles encantos e aquelas dezessete primaveras em</p><p>uma moça livre teriam feito virar o juízo a muita gen-</p><p>te boa. Tua irmã pretende, com instância,</p><p>que eu a</p><p>liberte, alegando que essa era a vontade de minha de-</p><p>funta mãe; mas nem tão tolo sou eu, que me desfaça</p><p>assim sem mais nem menos de uma joia tão preciosa.</p><p>Se minha mãe teve o capricho de cria-la com todo o</p><p>mimo e de dar-lhe uma primorosa educação, não foi</p><p>decerto para abandoná-la ao mundo, não achas? ...</p><p>Também meu pai parece que cedeu às instâncias do</p><p>pai dela, que é um pobre galego, que por aí anda, e</p><p>que pretende libertá-la; mas o velho pede por ela</p><p>tão exorbitante soma, que julgo nada dever recear</p><p>por esse lado. Vê lá, Henrique, se há nada que pague</p><p>uma escrava assim? ...</p><p>Disponível em: h� ps://armazemdetexto.blogspot.</p><p>com/2017/04/literatura-escrava-isaura-com-gabarito.html</p><p>. Acesso em: 22 maio 2022.</p><p>06. Pelo contexto da narrati va é possível entender</p><p>que Isaura é a</p><p>A) esposa de Leôncio.</p><p>B) fi lha de Leôncio.</p><p>C) escrava do pai de Leôncio.</p><p>D) empregada do pai de Leôncio.</p><p>E) irmã de Leôncio.</p><p>07. O romance a escrava Isaura é uma literatura que</p><p>aborda o contexto social no período do romanti smo</p><p>caracterizado como o período</p><p>A) nacionalista.</p><p>B) ultrarromânti co.</p><p>C) condoreiro.</p><p>D) saudosista.</p><p>E) idealizador.</p><p>08. Observe a Piada que segue e julgue V ou F:</p><p>A aula de Juquinha</p><p>Na aula sobre conjunções, a professora pede ao</p><p>menino que exemplifi que a diferença entre “portanto”</p><p>e “entretanto”.</p><p>Ele pensa um pouco, lembra-se do que aprendeu</p><p>e começa:</p><p>- Todo mundo me conhece onde moro, portanto</p><p>deveria ser chamado de Juquinha. Entretanto, como</p><p>aperto os botões do elevador quando desço e quando</p><p>subo, sou conhecido como “sacana do décimo andar”.</p><p>( ) O emprego das pessoas do discurso, ora na 2ª ora</p><p>na 3ª prejudica o efeito humorísti co da piada.</p><p>( ) O efeito humorísti co está apenas na fala de Juqui-</p><p>nha.</p><p>( ) Quando, na piada encontramos “Ele pensa um</p><p>pouco, lembra-se do que aprendeu e começa:” os</p><p>dois pontos (:) servem, nesse caso, marcam que</p><p>vai se iniciar uma fala.</p><p>( ) As conjunções empregadas na fala do persona-</p><p>gem, podem, respecti vamente ser substi tuídas</p><p>por Logo e Contudo.</p><p>A sequência CORRETA é:</p><p>A) VFVF</p><p>B) FVVV</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>77</p><p>C) FFVV</p><p>D) FVFV</p><p>E) FVVF</p><p>09. Leia o texto a seguir.</p><p>No texto, é correto afi rmar que a</p><p>1. pontuação não colabora para entendimento do</p><p>diálogo.</p><p>2. palavra “fogo” foi empregada em senti do fi gurado</p><p>em um discurso indireto.</p><p>3. a comunicação é caracterizada somente pela lin-</p><p>guagem não verbal.</p><p>4. a palavra “fogo” empregada no senti do denotati vo</p><p>em discurso direto.</p><p>5. pontuação é desnecessária neste texto para ter a</p><p>clareza do discurso direto.</p><p>HABILIDADE: (EM13LP42) Acompanhar, analisar</p><p>e discuti r a cobertura da mídia diante de aconte-</p><p>cimentos e questões de relevância social, local e</p><p>global, comparando diferentes enfoques e perspec-</p><p>ti vas, por meio do uso de ferramentas de curadoria</p><p>(como agregadores de conteúdo) e da consulta a</p><p>serviços e fontes de checagem e curadoria de in-</p><p>formação, de forma a aprofundar o entendimento</p><p>sobre um determinado fato ou questão, identi fi car</p><p>o enfoque preponderante da mídia e manter-se im-</p><p>plicado, de forma críti ca, com os fatos e as questões</p><p>que afetam a coleti vidade.</p><p>OBJETIVOS DE ARPENDIZAGEM: (GO-EMLP42A)</p><p>Examinar textos de diferentes gêneros do campo</p><p>jornalísti co e midiáti co, uti lizados com a fi nalida-</p><p>de de criar e mudar comportamentos e hábitos,</p><p>considerando o uso de novas tecnologias digitais</p><p>de checagem de informação e da web 2.0, para o</p><p>desenvolvimento de uma ati tude analíti ca e críti ca.</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO: Leitura. Escuta. Pro-</p><p>dução de textos (orais, escritos, multi ssemióti cos).</p><p>Análise linguísti ca/semióti ca. Práti cas ar� sti cas.</p><p>TEXTOS ARGUMENTATIVOS</p><p>FATO X OPINIÃO</p><p>O leitor precisa identi fi car e diferenciar o que é</p><p>fato e o que é opinião relati va a esse fato.</p><p>Compreenda cada um deles a seguir:</p><p>O fato é um acontecimento, uma ocorrência,</p><p>aquilo que acontece em decorrência de eventos</p><p>exteriores.</p><p>Veja o exemplo:</p><p>A médica prescreveu um remédio ao paciente.</p><p>A opinião é um ponto de vista a respeito de um</p><p>fato. Ela não é, portanto, um fato. Trata-se de um</p><p>julgamento pessoal, de um pensamento em relação</p><p>a algo, é uma maneira de pensar.</p><p>Veja o exemplo:</p><p>A médica prescreveu um remédio muito caro ao</p><p>paciente.</p><p>Observe nesse últi mo exemplo que a expressão</p><p>“muito caro” trata-se de uma opinião relati va ao fato</p><p>de a médica ter prescrito um remédio ao paciente.</p><p>Essa prescrição aconteceu, é um fato. Contudo, o au-</p><p>tor da frase tem uma opinião específi ca sobre o fato: o</p><p>remédio é muito caro. Outras pessoas podem ter opi-</p><p>niões diferentes a respeito desse mesmo fato, como:</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>78</p><p>A médica prescreveu um remédio de preço aces-</p><p>sível ao paciente.</p><p>ou</p><p>A médica prescreveu um remédio muito barato</p><p>ao paciente.</p><p>Observe nos dois exemplos anteriores que o fato</p><p>é o mesmo, mas as opiniões a respeito deles são bem</p><p>diferentes: no primeiro exemplo, a opinião é que o</p><p>preço do remédio é acessível e, no segundo, muito</p><p>barato.</p><p>ATIVIDADES</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>A raposa e as uvas</p><p>Num dia quente de verão, a raposa passeava por</p><p>um pomar. Com sede e calor, sua atenção foi captu-</p><p>rada por um cacho de uvas.</p><p>“Que delícia”, pensou a raposa, “era disso que eu</p><p>precisava para adoçar a minha boca”. E, de um salto,</p><p>a raposa tentou, sem sucesso, alcançar as uvas.</p><p>Exausta e frustrada, a raposa afastou-se da videira,</p><p>dizendo: “Aposto que estas uvas estão verdes.”</p><p>01. A frase que expressa uma opinião é</p><p>A) “a raposa passeava por um pomar.”</p><p>B) “sua atenção foi capturada por um cacho de uvas.”</p><p>C) “a raposa afastou-se da videira.”</p><p>D) “aposto que estas uvas estão verdes.”</p><p>E) “a raposa afastou da videira...”</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>As enchentes de minha infância</p><p>Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma</p><p>tamareira junto à varanda, mas eu invejava os que mo-</p><p>ravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos</p><p>para o rio. Como a casa dos Marti ns, como a casa dos</p><p>Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa</p><p>ti a, casa com varanda fresquinha dando para o rio.</p><p>Quando começavam as chuvas a gente ia toda</p><p>manhã lá no quintal deles ver até onde chegara a</p><p>enchente. As águas barrentas subiam primeiro até</p><p>a altura da cerca dos fundos, depois às bananeiras,</p><p>vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais</p><p>de uma vez, no meio da noite, o volume do rio cresceu</p><p>tanto que a família defronte teve medo</p><p>Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso</p><p>para nós era uma festa, aquela faina de arrumar camas</p><p>nas salas, aquela inti midade improvisada e alegre. Pa-</p><p>recia que as pessoas fi cavam todas contentes, riam</p><p>muito; como se fazia café e se tomava café tarde da</p><p>noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo</p><p>nosso porão, e me lembro que nós, os meninos, torcía-</p><p>mos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da</p><p>enchente, fi cávamos tristes de manhãzinha quando,</p><p>mal saltando da cama, íamos correndo para ver que</p><p>o rio baixara um palmo – aquilo era uma traição, uma</p><p>fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a</p><p>cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, ti nha caído</p><p>chuva muita, anunciava águas nas cabeceiras, então</p><p>dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez</p><p>crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior</p><p>de todas as enchentes.</p><p>BRAGA, Rubem. Ai de ti , Copacabana. 3. ed. Rio de Janeiro:</p><p>Editora do Autor, 1962. p. 157.</p><p>02. A expressão que revela uma opinião sobre o fato</p><p>“… vinham todos dormir em nossa casa”, é</p><p>A) “Às vezes chegava alguém a cavalo…”</p><p>B) “E às vezes o rio atravessava a rua…”</p><p>C) “e se tomava café tarde da noite!”</p><p>D) “Isso para nós era uma festa…”</p><p>E) “...íamos correndo para ver que o rio baixara...”</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>Adolescentes discutem maioridade penal</p><p>O suplemento jovem ati tude reuniu oito adoles-</p><p>centes, com idade entre 15 e 17 anos, para uma dis-</p><p>cussão sobre a maioridade penal. Todos se mostraram</p><p>a favor da redução.</p><p>O grupo acredita que, se um adolescente de 16</p><p>anos pode votar também pode responder por atos</p><p>sel-</p><p>vagem desconhecedor misterioso para um encontro</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>10</p><p>futuro decisivo. Colocamos um pote de mistério na</p><p>borda da fl oresta escura e esperamos que alguém ve-</p><p>nha buscar e paulati namente vá adquirindo confi ança</p><p>para um encontro pessoal à luz da arte maior. Vivemos</p><p>com a arte indígena contemporânea um real encontro</p><p>com o Brasil do momento em relação ao sistema de</p><p>arte prevalecente. Ao receber o convite para escrever</p><p>sobre o assunto para esta revista, eu não poderia co-</p><p>meçar com outra abordagem. Digo que isso signifi ca</p><p>um avanço dentro de uma lógica de resistência e de</p><p>uma lógica de legiti midade que a arte indígena obtém</p><p>por força própria. Minha contribuição é no senti do de</p><p>oferecer ao leitor-pesquisador uma visão panorâmica</p><p>do momento grandioso em que estamos envolvidos.</p><p>Hoje, no Brasil, posso bem representar o encontro</p><p>do sistema de arte entre os indígenas com o sistema</p><p>de artes global no contexto contemporâneo. Falo do</p><p>reconhecimento que tenho a parti r de minha identi -</p><p>dade indígena. Falo com a potência que tem a força</p><p>do meu trabalho. Falo desse boiar no agora com toda</p><p>essa conquista e parti lha abertas. Hoje sou um arti sta</p><p>reconhecido com prêmios. Hoje posso dizer que o sis-</p><p>tema de arte global já me absorveu. Hoje tenho tudo o</p><p>que precisa e a que se propõe a indústria cultural. Hoje</p><p>escrevo a parti r de uma experiência de vivência pro-</p><p>fi ssional nos Estados Unidos, além de experimentar</p><p>a função de galerista. A exposição midiáti ca máxima</p><p>de um trabalho ar� sti co em ambientes polivalentes</p><p>me dá surpreendente vantagem. Atuar na internet e</p><p>ir pessoalmente ao encontro do povo me possibilita</p><p>ler realidades e estrati fi cá-las em possibilidades de</p><p>análises sobre um Brasil em si, um Brasil em relação</p><p>à América Lati na e em relação ao planeta.</p><p>Nessa leitura de realidade atual, a arte entre os in-</p><p>dígenas representa em sua máxima capacidade o aces-</p><p>so ao mundo complementar que representa a falta de</p><p>senti do que há no mundo moderno, no mundo-força</p><p>que dominou e em que se evidencia o colapso. A arte</p><p>indígena contemporânea nesse senti do está para muito</p><p>além das molduras e estruturas. A arte indígena contem-</p><p>porânea purifi ca-se fi ltrando em si mesma com a força</p><p>da espiritualidade, seu núcleo. A arte indígena encosta</p><p>na arte geral enquanto sistemas próprios, mas elas não</p><p>se fundem nem se confundem totalmente, a priori.</p><p>Os propósitos da arte indígena contemporânea</p><p>vão muito além do assimilar e usufruir de estruturas</p><p>econômicas, icônicas e midiáti cas. A arte indígena</p><p>contemporânea é, sim, um caso específi co de em-</p><p>poderamento no campo cosmológico de pensar a</p><p>humanidade e o meio ambiente.</p><p>O elemento colonizador</p><p>Como pensar a arte indígena em contato com a</p><p>ideia de cultura brasileira? Arte e indígenas é um pas-</p><p>sar performáti co ao longo do tempo e da geografi a</p><p>e para esses senti dos temos de abordar o elemento</p><p>colonizador.</p><p>O indígena aparece primeiro nas cartas enviadas</p><p>para a Europa, logo após a chegada dos primeiros</p><p>navios. Ele aparece em representações de arti stas</p><p>europeus numa cena de primeira missa. Assim é o</p><p>encontro do sistema de artes europeu com os arti stas</p><p>selvagens. Para os nati vos, a arte sempre será outra</p><p>coisa além. O indígena é posto a cantar na catequese,</p><p>é posto a ilustrar documentos de pesquisadores das</p><p>mais diversas áreas do conhecimento. Sobre esses</p><p>arti stas pouco é falado.</p><p>Devemos atender a um senti do a mais. Quando</p><p>a arte indígena encontra o sistema de arte global, a</p><p>assinatura do arti sta ou do coleti vo de arti stas é reque-</p><p>rida. É requerido algo emoldurável para o que nunca</p><p>caberá em molduras. Esse atributo de valor infl uencia</p><p>e faz toda a diferença no contexto contemporâneo.</p><p>O tempo passa e o senti do da arte entre os in-</p><p>dígenas sofre severas infl uências da colonização.</p><p>Aqui devemos pensar o conceito de arte indígena</p><p>contemporâneo como algo estendido para todas as</p><p>realidades que temos hoje no Brasil. Como pensar</p><p>esse conceito sem compreender e aceitar que ainda</p><p>hoje nas fl orestas remotas da Amazônia brasileira há</p><p>“tribos selvagens” sem qualquer contato com essa</p><p>ideia de mundo? Que, entre elas, a arte tem seu sen-</p><p>ti do próprio?</p><p>Em certo ponto, sinto-me em atuação performá-</p><p>ti ca para além do fi gurati vo. Não seria exatamente</p><p>uma total abstração, mas um senti do corpóreo e bem</p><p>defi nido para o que é exigido da arte indígena con-</p><p>temporânea para o tempo agora.</p><p>A arte indígena contemporânea chega em ícones</p><p>corporifi cados e depurados em uma trajetória de re-</p><p>presentação até um estado pleno de identi dade cos-</p><p>mo-consciente. De Chico da Silva, arti sta mesti ço, já</p><p>temos mais energia que em Tarsila do Amaral. Nossa</p><p>literatura já não é mais tão colonizada e hoje somos</p><p>vistos como autores em salões nobres. Não é possível</p><p>concluir este texto sem abordar Macunaíma e logo</p><p>chamá-los para conhecer meu avô Makuniamî. Aqui</p><p>temos outro paralelo multi dimensional para todos</p><p>que se aventurarem a abordar um assunto tão alheio</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>11</p><p>como a arte indígena contemporânea. A consciência</p><p>de um buscar além das referências habituais.</p><p>Desenhando a políti ca</p><p>Defi niti vamente, a juventude indígena arti sta do</p><p>Brasil vem com todas as forças a que acessam ao en-</p><p>tregarem seus talentos sem reservas a uma sabedoria</p><p>maior. Hoje surgimos desenhando a políti ca tão bem</p><p>ilustrada por Ailton Krenak em sua performance de</p><p>pintar o rosto com jenipapo no Palácio do Planalto, ao</p><p>defender o indígena na Consti tuição de 1988. A arte</p><p>indígena contemporânea vem juntamente com tudo</p><p>o que há de tecnologia. O livro de Davi Kopenawa</p><p>Yanomami – A Queda do Céu – é uma bíblia. Temos</p><p>o Coleti vo Maku, com exposição na Fundação Carti er,</p><p>em Paris. No salão da Bienal de Arte Naïf do Sesc</p><p>Piracicaba-SP, o maior do País, temos Carmézia Emi-</p><p>liano como a mulher arti sta mais premiada. Carmézia</p><p>é indígena Makuxi e está totalmente absorvida pelo</p><p>sistema de arte internacional. Embora seja grande em</p><p>seu fazer, a arti sta é pouco conhecida e mesmo a arte</p><p>naïf conti nua em uma posição periférica em relação ao</p><p>eixo do sistema. Em 2016, ti vemos três arti stas indíge-</p><p>nas indicados ao Prêmio PIPA. Desse feito temos eu,</p><p>Jaider Esbell, como vencedor do Prêmio PIPA Online</p><p>2016 e Arissana Pataxó em segundo lugar. Também foi</p><p>indicado Ibã Sales Hunikuin representando o Coleti vo</p><p>Maku. Essas evidências são pontos fundamentais para</p><p>todos os atentos que buscam estar a par desse encon-</p><p>tro de sistemas. Devo dizer que meu atuar ecoa para</p><p>um senti do da arte que puxamos para nós indígenas</p><p>em relação ao grande mundo. Fazemos políti ca de</p><p>resistência declarada com a arte em contexto contem-</p><p>porâneo aberto. Em contexto fechado, ressignifi camos</p><p>nossas estruturas culturais e sociais com arte e espi-</p><p>ritualidade em um mútuo alimentar de energias para</p><p>compor a grande urgência de sustentar o céu acima</p><p>de nossas cabeças.</p><p>3. CULTURAS AFRICANAS</p><p>A expressão “arte africana” pode parecer muito</p><p>redutora e limitar uma extensa produção de centenas</p><p>de sociedades, reinos e culturas da África tradicional.</p><p>Mas essa expressão nos permite sempre lembrar que</p><p>as artes das sociedades da África foram, antes, rotu-</p><p>ladas no singular, depois de terem sido chamadas de</p><p>“arte primiti va” ou “selvagem”.</p><p>“Isso quer dizer que, ao mesmo tempo que</p><p>plural, trata-se de uma arte única diante do</p><p>mundo, mas que foi minimizada diante das</p><p>ideologias que se vêm construindo desde o</p><p>renascimento europeu, que culminaram na</p><p>escravidão nas Américas e na colonização</p><p>do conti nente africano, e que ameaçam até</p><p>hoje a aceitação das diferenças individuais e</p><p>coleti vas e do pluralismo cultural em todo o</p><p>mundo.” (2015, USP)</p><p>Ao dizermos “artes da África” (no plural), em vez</p><p>de “arte africana”, podemos estar enfati zando: a África</p><p>tem Arte. Isso de certa forma minimiza o modo como</p><p>tem sido tratada a produção estéti ca dos africanos até</p><p>nossos dias: como objeto cien� fi co. Sob o lema “co-</p><p>nhecer</p><p>criminosos. Porém, concordaram que essa medida</p><p>não irá resolver todos os problemas.</p><p>Eles discuti ram sobre a superlotação dos presí-</p><p>dios, o aumento do tempo da pena para jovens em</p><p>confl ito com a lei e acham que os presídios adultos</p><p>devem ser separados dos juvenis.</p><p>Se preocupam também com o que adolescentes</p><p>com menos de 16 anos sejam recrutados por adultos</p><p>para prati car crimes, mas acreditam que esses ado-</p><p>lescentes teriam mais medo de cometer crimes, para</p><p>não seguir o exemplo dos jovens com mais de 16 anos</p><p>que vão presos.</p><p>Além disso, eles não concordam que os pais sejam</p><p>responsabilizados pelos atos dos fi lhos. Na opinião de</p><p>Ana Luiza Santana, de 15 anos, melhorar a qualidade</p><p>de educação no Brasil deveria ser a principal preocu-</p><p>pação dos políti cos.</p><p>Jornal dia, MG</p><p>0 3. ATIVIDADES DISCURSIVAS:</p><p>(Pode-se também desenvolver um trabalho em grupo</p><p>a parti r das ati vidades propostas e organizar uma roda</p><p>de conversa sobre o assunto)</p><p>a) Escreva um parágrafo, tendo como tema: Juven-</p><p>tude brasileira.</p><p>b) A impunidade de menores gera mais violência?</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>79</p><p>c) As punições atuais para menores são muito bran-</p><p>das no Brasil?</p><p>d) Em sua opinião o mais efi ciente é educar ou punir?</p><p>e) Em sua opinião reduzir a maioridade penal afas-</p><p>tará crianças e adolescentes do crime?</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>Disponível em: h� ps://ti nyurl.com/GEPROMLPI953 . Acesso em:</p><p>11 maio 2022.</p><p>04 . Sobre a charge podemos considerar que se trata</p><p>de uma</p><p>A) informação sobre menores infratores.</p><p>B) críti ca sobre a impunidade sobre menores infra-</p><p>tores.</p><p>C) refl exão sobre os menores em estado de rua.</p><p>D) alegoria aos pais e menores delinquentes.</p><p>E) campanha sobre como combater a criminalidade</p><p>juvenil.</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>Disponível em: h� ps://ti nyurl.com/GEPROMLPI954 .</p><p>Acesso em: 11 maio 2022.</p><p>05. O cartum apresenta de forma irônica uma críti ca</p><p>sobre</p><p>A) crianças órfãs.</p><p>B) falta de creches para crianças.</p><p>C) autoritarismo às crianças.</p><p>D) redução da maior idade penal.</p><p>E) crianças abandona pelos pais.</p><p>Leia o texto a seguir. (Adaptado)</p><p>Juventude em busca de</p><p>senti do e função da escola</p><p>Na contramão das equivocadas perspecti vas</p><p>acerca do universo escolar e, por consequência, da</p><p>juventude brasileira é que se posiciona a abordagem</p><p>do documentário “Pro dia nascer feliz”.</p><p>De fato, pouco se fala de maneira comprometi da</p><p>sobre a situação da educação no país e, menos ainda,</p><p>da condição do jovem. Além destes aspectos, o docu-</p><p>mentário mira no contexto da vida e oportunidades</p><p>sob a ópti ca do próprio jovem, pois é nele que encon-</p><p>tramos importantes subsídios para esta análise. [...] A</p><p>escola é uma das principais áreas de socialização do</p><p>jovem, espaço de convivência e diálogo acessível aos</p><p>estudantes. Desta forma, o seu âmbito está sujeito a</p><p>vários confl itos, bem como os presentes em outros</p><p>meios sociais. É, por exemplo, o caso da violência (e</p><p>existem casos relatados no fi lme quanto a isso).</p><p>É interessante pontuar, inicialmente, quanto à for-</p><p>ma com que o jovem se enxerga, uma vez que esta</p><p>refl exão relaciona-se decisivamente com a consti tui-</p><p>ção da experiência escolar do mesmo. Observa-se que</p><p>o jovem carrega da sociedade um esti gma que não</p><p>é geral e constante, mas suti l e signifi cante. Esti gma</p><p>este calcado em sensos comuns como o de que todo</p><p>jovem é irresponsável, desocupado, inconsequente</p><p>ou, simplesmente, fúti l. Atente-se, então, que tais</p><p>concepções podem infl uenciar os jovens, levando-os</p><p>a se desvalorizarem e não se senti rem sujeitos atuan-</p><p>tes, pensantes e questi onadores de suas realidades.</p><p>Temos, então, como ponto de parti da a constatação</p><p>de que, algumas vezes, o próprio jovem se incom-</p><p>preende. [...]</p><p>No atual panorama capitalista no qual tudo pa-</p><p>rece estar sujeito à lógica da mercadoria, a escola</p><p>também não escapa. Isto se revela no fato de que</p><p>o ensino toma faces de algo unicamente necessário</p><p>para a inserção do indivíduo no mercado de trabalho,</p><p>tornando-os produti vos, geradores de renda e, enfi m,</p><p>consumidores. Em certa passagem do fi lme, isto fi ca</p><p>claro quando um pai afi rma que sua fi lha deve estudar</p><p>para ser alguém na vida. E, neste caso, ser alguém</p><p>signifi ca ter um emprego.</p><p>06. O texto opinati vo apresenta uma sequência argu-</p><p>mentati va. Qual sentença apresenta um fato sobre o</p><p>tema abordado?</p><p>A) Na contramão das equivocadas perspecti vas acer-</p><p>ca do universo escolar e, por consequência, ... é</p><p>que se posiciona a abordagem do documentário</p><p>“Pro dia nascer feliz”.</p><p>B) “...o documentário mira no contexto da vida e</p><p>oportunidades sob a ópti ca do próprio jovem...”</p><p>C) “Observa-se que o jovem carrega da sociedade um</p><p>esti gma que não é geral e constante, mas suti l e</p><p>signifi cante.”</p><p>D) “Temos, então, como ponto de parti da a consta-</p><p>tação de que, algumas vezes, o próprio jovem se</p><p>incompreende.”</p><p>E) “A escola é uma das principais áreas de sociali-</p><p>zação do jovem, espaço de convivência e diálogo</p><p>acessível aos estudantes.”</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>80</p><p>HABILIDADE: (EM13LP06) Analisar efeitos de senti -</p><p>do decorrentes de usos expressivos da linguagem,</p><p>da escolha de determinadas palavras ou expressões</p><p>e da ordenação, combinação e contraposição de pa-</p><p>lavras, dentre outros, para ampliar as possibilidades</p><p>de construção de senti dos e de uso críti co de língua.</p><p>OB JETIVO DE ARPENDIZAGEM: (GO-EMLP06A)</p><p>Empregar os recursos linguísti cos de coesão (pre-</p><p>posições, conjunções, pronomes, advérbios), anali-</p><p>sando textos de diferentes gêneros discursivos para</p><p>permiti r a produção críti ca de relações lógico-dis-</p><p>cursivas em vários ti pos de possibilidades textuais.</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO: Argumentação. Vo-</p><p>zes do discurso. Polissemia. Fato e opinião. Língua</p><p>Portuguesa: Gêneros discursivos (poemas, contos,</p><p>crônicas, ti ras, charges, diários, propagandas, clas-</p><p>sifi cados, receitas, reportagens). Elementos da co-</p><p>municação. Funções da linguagem. Modalização.</p><p>Elementos expressivos da linguagem teatral: voz,</p><p>movimentos, gestos e ações.</p><p>ADVÉRBIOS</p><p>O que são Advérbios?</p><p>Os advérbios são palavras que tem a qualidade</p><p>de modifi car um verbo, um adjeti vo ou até mesmo o</p><p>advérbio. Eles são fl exionados em grau (comparati vo</p><p>e superlati vo) e são separados em advérbios de:</p><p>Intensidade. Modo. Tempo. Lugar. Negação. Afi r-</p><p>mação. Dúvida.</p><p>Classifi cação dos Advérbios e exemplos</p><p>Veja como é a classifi cação dos advérbios e os</p><p>exemplos de cada ti po:</p><p>• Advérbio de Modo: assim, mal, depressa, bem,</p><p>devagar, palavras terminadas em mente, como</p><p>tristemente.</p><p>• Advérbio de Intensidade: pouco, muito, bas-</p><p>tante, depois, mais, menos, tão, entre outras.</p><p>• Advérbio de Lugar: aqui, lá, ali, atrás, dentro,</p><p>fora, além, entre outras.</p><p>• Advérbio de Tempo: agora, cedo, noite, tarde,</p><p>sempre, nunca, já, ainda etc.</p><p>• Advérbio de Dúvida: possivelmente, talvez,</p><p>provavelmente, entre outras.</p><p>• Advérbio de Afi rmação: claro, realmente, efe-</p><p>ti vamente, sim, entre outras.</p><p>• Advérbio de Negação: nunca, não, jamais, de</p><p>jeito nenhum, de modo algum, de forma ne-</p><p>nhuma etc.</p><p>Graus dos advérbios</p><p>Há dois graus do advérbio:</p><p>• Comparati vo: Pode ser de igualdade, como por</p><p>exemplo a frase “ Ela é tão genti l quanto o me-</p><p>nino”</p><p>• Superlati vo: Pode ser analíti co, como por exem-</p><p>plo a frase “Dormi muito tarde”, já o grau su-</p><p>perlati vo sintéti co contém a presença de um</p><p>sufi xo que mostra o grau, como “tardíssimo”.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>81</p><p>ATIVIDADES</p><p>1 – (UFV-MG) – Em todas as alternati vas há dois ad-</p><p>vérbios, exceto em:</p><p>(A) Ele permaneceu muito calado.</p><p>(B) Amanhã, não iremos ao cinema.</p><p>(C) O menino, ontem, cantou desafi nadamente.</p><p>(D) Tranquilamente, realizou-se, hoje, o jogo.</p><p>(E) Ela falou calma e sabiamente.</p><p>2 – (ITA-2003) – Leia o texto a seguir.</p><p>(…) As angústi as dos brasileiros em relação ao</p><p>português são de duas ordens. Para uma parte da</p><p>população, a que não teve acesso a uma boa escola e,</p><p>mesmo assim, conseguiu galgar posições, o problema</p><p>é sobretudo com a gramáti ca. É esse o público que</p><p>consome</p><p>avidamente os fascículos e livros do pro-</p><p>fessor Pasquale, em que as regras básicas do idioma</p><p>são apresentadas de forma clara e bem-humorada.</p><p>Para o segmento que teve oportunidade de estudar</p><p>em bons colégios, a principal difi culdade é com cla-</p><p>reza. É para sati sfazer a essa demanda que um novo</p><p>ti po de profi ssional surgiu: o professor de português</p><p>especializado em adestrar funcionários de empresas.</p><p>Anti gamente, os cursos dados no escritório eram de</p><p>gramáti ca básica e se desti navam principalmente a</p><p>secretárias. De uns tempos para cá, eles passaram</p><p>a atender primordialmente gente de nível superior.</p><p>Em geral, os professores que atuam em fi rmas são</p><p>acadêmicos que fazem esse ti po de trabalho esporadi-</p><p>camente para ganhar um dinheiro extra. “É fascinante,</p><p>porque deixamos de viver a teoria para enfrentar a</p><p>língua do mundo real”, diz Antônio Suárez Abreu, li-</p><p>vre-docente pela Universidade de São Paulo (…)</p><p>(JOÃO GABRIEL DE LIMA. Falar e escrever, eis a questão.</p><p>Veja, 7/11/2001, n. 1725)</p><p>O adjeti vo “principal” (em a principal difi culdade é</p><p>com clareza) permite inferir que a clareza é apenas</p><p>um elemento dentro de um conjunto de difi culdades,</p><p>talvez o mais signifi cati vo. Semelhante inferência pode</p><p>ser realizada pelos advérbios</p><p>(A) avidamente, principalmente, primordialmente.</p><p>(B) sobretudo, avidamente, principalmente.</p><p>(C) avidamente, anti gamente, principalmente.</p><p>(D) sobretudo, principalmente, primordialmente.</p><p>(E) principalmente, primordialmente, esporadica-</p><p>mente.</p><p>3 – (CTA/Computação-SP) – Assinale a alternati va em</p><p>que “meio” funciona como advérbio.</p><p>(A) Achei-o meio triste.</p><p>(B) Só quero meio metro.</p><p>(C) Parei no meio da avenida.</p><p>(D) Comprei um metro e meio.</p><p>(E) Descobri o meio de acertar</p><p>4 – (PUC-SP) – Assinale a alternati va em que somen-</p><p>te advérbios foram acrescentados à frase: “O tempo</p><p>passou.”</p><p>(A) O sofrido tempo não passou muito rápido, infe-</p><p>lizmente.</p><p>(B) O tempo passou bastante, majestoso.</p><p>(C) Realmente, o tempo passou depressa demais.</p><p>(D) Sim, o curto tempo já passou.</p><p>(E) O tempo passo, temos somente marcas do pas-</p><p>sado.</p><p>5 – (UNITAU-SP) – Indique a alternati va gramati cal-</p><p>mente incorreta</p><p>(A) A casa onde moro é excelente.</p><p>(B) Disseram-me por que chegaram tarde.</p><p>(C) Aonde está o livro?</p><p>(D) É bom o colégio donde saímos.</p><p>(E) O síti o aonde vais é pequeno.</p><p>6 – (NCE-UFRJ) – Em todos os advérbios terminados</p><p>em “–mente”, a seguir transcritos, vê-se claramente a</p><p>sua formação a parti r da forma feminina do adjeti vo,</p><p>exceto em:</p><p>(A) predominantemente.</p><p>(B) basicamente.</p><p>(C) negati vamente.</p><p>(D) diariamente.</p><p>(E) humanamente.</p><p>7 – (UFABC) – Assinale a alternati va contendo palavras</p><p>que pertencem à mesma classe gramati cal.</p><p>(A) Provisoriamente; abaixo; não.</p><p>(B) Amor; ódio; esse.</p><p>(C) Apenas; nosso; dos.</p><p>(D) Grande; amarelas; igrejas.</p><p>(E) Depois; medrosas; de.</p><p>8 – (UNIFESP) – Dizer “só no fi m do mês recebe” é</p><p>diferente de “no fi m do mês recebe”, pois, no primeiro</p><p>caso, é fl agrante a ideia de</p><p>(A) intensidade.</p><p>(B) demora.</p><p>(C) tempo indefi nido.</p><p>(D) rapidez.</p><p>(E) probabilidade.</p><p>9 – (Mackenzie) – Imagina um relógio que só ti ves-</p><p>se pêndulo, sem mostrador, de maneira que não se</p><p>vissem as horas escritas. O pêndulo iria de um lado</p><p>para outro, mas nenhum sinal externo mostraria a</p><p>marcha do tempo. Tal foi aquela semana da Tijuca.</p><p>Considerado o parágrafo transcrito, é correto afi rmar:</p><p>(A) A forma verbal no imperati vo indica que o narra-</p><p>dor se dirige ao leitor tratando-o por “vós”.</p><p>(B) A expressão de maneira que expressa, no contex-</p><p>to, ideia de fi nalidade.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>82</p><p>(C) Em de maneira que não se vissem as horas escri-</p><p>tas, se o verbo “ver” fosse substi tuído por “poder</p><p>ver”, a correção gramati cal exigiria a forma “pu-</p><p>desse ver”.</p><p>(D) Se o segundo período fosse iniciado com Nenhum</p><p>sinal externo, para que se manti vesse o senti do</p><p>original, a conjunção a ser empregada seria “po-</p><p>rém”.</p><p>(E) Em Tal foi aquela semana da Tijuca, o termo des-</p><p>tacado é um advérbio.</p><p>10 – (UFC) – A opção em que há um advérbio expri-</p><p>mindo circunstância de tempo é</p><p>(A) Possivelmente viajarei para São Paulo.</p><p>(A) Maria ti nha aproximadamente 15 anos.</p><p>(C) As tarefas foram executadas concomitantemente.</p><p>(D) Os resultados chegaram demasiadamente atrasados.</p><p>(E) Indubitavelmente irei.</p><p>11 – (Mackenzie) – Leia o texto a seguir.</p><p>Os encantos da genti l cantora eram ainda real-</p><p>çados pela singeleza, e diremos quase pobreza do</p><p>modesto trajar. Um vesti do de chita ordinária azul-</p><p>-clara desenhava-lhe perfeitamente com encantadora</p><p>simplicidade o porte esbelto e a cintura delicada, e</p><p>desdobrando-se-lhe em roda em amplas ondulações</p><p>parecia uma nuvem, do seio da qual se erguia a can-</p><p>tora como Vênus nascendo da espuma do mar, ou</p><p>como um anjo surgindo dentre brumas vaporosas. (…)</p><p>Entretanto, abre-se suti lmente a corti na de cas-</p><p>sa de uma das portas interiores, e uma nova perso-</p><p>nagem penetra no salão. Era também uma formosa</p><p>dama ainda no viço da mocidade, bonita, bem feita</p><p>e elegante. (…) Mas com todo esse luxo e donaire de</p><p>grande senhora nem por isso sua beleza deixava de</p><p>fi car algum tanto eclipsada em presença das formas</p><p>puras e corretas, da nobre singeleza (…) da cantora.</p><p>Todavia Malvina era linda, encantadora mesmo, e</p><p>posto que vaidosa de sua formosura e alta posição,</p><p>transluzia-lhe nos grandes e meigos olhos azuis toda</p><p>a nati va bondade de seu coração.</p><p>Bernardo Guimarães</p><p>Assinale a alternati va correta.</p><p>(A) O advérbio ainda pressupõe que a graça da can-</p><p>tora era também realçada por outros detalhes.</p><p>(B) O adjeti vo nova indica a faixa etária da persona-</p><p>gem.</p><p>(C) A conjunção posto que pode ser substi tuída, sem</p><p>prejuízo do senti do original, por “já que”.</p><p>(D) A expressão nem por isso introduz ideia de con-</p><p>sequência.</p><p>(E) A expressão parecia uma nuvem comprova que o</p><p>narrador prefere o uso de metáforas ao de com-</p><p>parações.</p><p>12 – (FGV) – “A práti ca de esportes é uma ati vidade</p><p>exclusivamente privati va dos sócios do clube.”</p><p>Nesta frase, o advérbio “exclusivamente” é supérfl uo</p><p>ou redundante, uma vez que a ideia que ele expressa</p><p>já está conti da no adjeti vo “privati va”. Esse ti po de</p><p>redundância pode ser apontado na seguinte expres-</p><p>são do texto:</p><p>(A) “desafi o nada trivial”.</p><p>(B) “bem escasso”.</p><p>(C) “técnicas narrati vas”.</p><p>(D) “projetos bem-sucedidos”.</p><p>(E) “vídeos interati vos”.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>83</p><p>HABILIDADE: (EM13LP33) Selecionar, elaborar e</p><p>uti lizar instrumentos de coleta de dados e infor-</p><p>mações (questi onários, enquetes, mapeamentos,</p><p>opinários) e de tratamento e análise dos conteúdos</p><p>obti dos, que atendam adequadamente a diferentes</p><p>objeti vos de pesquisa.</p><p>OBJETIVOS DE ARPENDIZAGEM: (GO-EMLP33A)</p><p>Uti lizar os aspectos metodológicos de análise e</p><p>pesquisa linguísti ca, a parti r do uso de período</p><p>simples e composto, regência, concordância, de-</p><p>senvolvendo a concepção críti ca do uso da língua</p><p>de acordo com a adaptação pela qual ela passa com</p><p>cada situação de uso para desenvolver a capacidade</p><p>de análise de conteúdos e seus objeti vos.</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO: Construção com-</p><p>posicional dos textos literários. Práti cas de leitura</p><p>branca e dramáti ca de textos literários das mais</p><p>diferentes ti pologias e manifestações literárias. Re-</p><p>cursos linguísti cos e semióti cos que operam nos</p><p>textos pertencentes aos gêneros literários.</p><p>GÊNERO DRAMÁTICO</p><p>O Gênero Dramáti co (ou teatral) faz parte de um</p><p>dos três gêneros literários, ao lado do gênero lírico</p><p>e épico.</p><p>No entanto, o gênero dramáti co, como o próprio</p><p>nome indica, são os textos literários feitos com o in-</p><p>tuito de serem encenados ou dramati zados. Do grego,</p><p>a palavra “drama” signifi ca “ação”.</p><p>Origem</p><p>Desde a Anti guidade o gênero dramáti co, origi-</p><p>nário na Grécia, eram textos teatrais encenados es-</p><p>sencialmente como culto aos deuses, os quais eram</p><p>representados nas festas religiosas.</p><p>Entre os principais autores do gênero dramáti co</p><p>(tragédia e comédia) na Grécia anti ga estão: Sófo-</p><p>cles (496-406 a.C.), Eurípedes (480-406 a.C.) e Ésquilo</p><p>(524-456</p><p>a.C.).</p><p>A encenação dos textos de gênero dramáti co ti nha</p><p>o objeti vo de despertar emoções na plateia, fenôme-</p><p>no chamado de “catarse”.</p><p>Principais Característi cas</p><p>• Encenação cênica (linguagem gestual e sono-</p><p>plasti a)</p><p>• Presença de diálogos e monólogos</p><p>• Predomínio do discurso em segunda pessoa (tu,</p><p>vós)</p><p>Estrutura Dramáti ca</p><p>Os autores desse ti po de texto são chamados de</p><p>dramaturgos, que junto aos atores (que encenam o</p><p>texto), são os emissores, e por sua vez, os receptores</p><p>são o público.</p><p>Assim, os textos dramáti cos, além de serem cons-</p><p>ti tuídos de personagens (protagonistas, secundárias</p><p>ou fi gurantes), são compostos pelo espaço cênico</p><p>(palco teatral e cenários) e o tempo.</p><p>Geralmente, os textos desti nados ao teatro pos-</p><p>suem uma estrutura interna básica, a saber:</p><p>1. Apresentação: faz-se a exposição tanto dos per-</p><p>sonagens quanto da ação a ser desenvolvida.</p><p>2. Confl ito: o momento em que surge as peripé-</p><p>cias da ação dramáti ca.</p><p>3. Desenlace: Momento de conclusão, encerra-</p><p>mento ou desfecho da ação dramáti ca.</p><p>Além da estrutura interna inerente ao texto dra-</p><p>máti co, tem-se a estrutura externa do gênero dramá-</p><p>ti co, tal qual os atos e cenas, de forma que o primeiro</p><p>corresponde à mudança dos cenários necessários para</p><p>a representação, enquanto o segundo, designa as mu-</p><p>danças (entrada ou saída) dos personagens. Observe</p><p>que cada cena corresponde a uma unidade da ação</p><p>dramáti ca.</p><p>Exemplos de Textos Dramáti cos</p><p>1. Tragédia: representação de acontecimentos</p><p>trágicos, geralmente com fi nais funestos. Os temas</p><p>explorados pela tragédia são derivados das paixões</p><p>humanas, do qual fazem parte personagens nobres</p><p>e heroicas, sejam deuses ou semideuses.</p><p>2. Comédia: representação de textos humorísti cos</p><p>que levam ao riso da plateia. São textos de caráter crí-</p><p>ti co, jocoso e sa� rico. A principal temáti ca dos textos</p><p>de comédia, envolvem ações coti dianas do qual fazem</p><p>parte personagens humanos estereoti pados.</p><p>3. Tragicomédia: união de elementos trágicos e</p><p>cômicos na representação teatral.</p><p>4. Farsa: surgida por volta do século XIV, a farsa</p><p>designa uma curta peça teatral de caráter críti co, for-</p><p>mada por diálogos simples e representada por perso-</p><p>nagens caricaturais em ações corriqueiras, cômicas,</p><p>burlescas.</p><p>5. Auto: surgido na Idade Média, os autos são</p><p>textos curtos de temáti ca cômica, os quais são geral-</p><p>mente formados por um único ato.</p><p>Linguagem Teatral</p><p>A linguagem teatral é aquela uti lizada nos textos</p><p>teatrais (ou dramáti cos), os quais são escritos para</p><p>serem representados. Os gêneros teatrais mais co-</p><p>nhecidos são a comédia, a tragédia e a tragicomédia.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>84</p><p>A dramaturgia é o nome uti lizado para as repre-</p><p>sentações teatrais e os dramaturgos são aqueles que</p><p>escrevem os textos para serem encenados por atores.</p><p>Máscaras da Tragédia e Comédia</p><p>Os textos teatrais são geralmente divididos em</p><p>atos e cenas, apresentam diálogos e ausência de nar-</p><p>rador.</p><p>Elementos da Linguagem Teatral</p><p>Em cada encenação teatral podemos considerar</p><p>alguns elementos essenciais, a saber:</p><p>1. Tempo: é classifi cado de três maneiras segundo</p><p>a função que exercem: tempo real, em que decorre</p><p>a narrati va; tempo dramáti co, tempo em que acon-</p><p>tecem os fatos da narrati va; e tempo da escrita, ou</p><p>seja, quando a obra foi produzida. Nesse senti do, a</p><p>obra teatral pode ter sido escrita no século XX (tempo</p><p>da escrita), mas abordar fatos do século XVII (tempo</p><p>dramáti co).</p><p>2. Espaço: corresponde ao local ou locais em que</p><p>decorrem os fatos. Nesse caso, podemos considerar o</p><p>espaço real (cênico) e o espaço psicológico. Assim, o</p><p>real seria o espaço � sico que se desenvolvem os fatos,</p><p>por exemplo, uma igreja, uma casa noturna, uma pra-</p><p>ça. Já o espaço psicológico refere-se aos pensamentos</p><p>dos personagens que envolvem a trama.</p><p>3. Personagens: são as pessoas que envolvem a</p><p>história, podendo ser protagonistas (principais) ou co-</p><p>adjuvantes (secundárias). Além disso, há os fi gurantes,</p><p>que possuem um papel terciário, ou seja, somente</p><p>aparecem para preencher uma lacuna no espaço, por</p><p>exemplo, as pessoas que estão sentadas num restau-</p><p>rante, porém não parti cipam da encenação.</p><p>4. Plateia: quando ocorrem as dramati zações te-</p><p>atrais há sempre uma plateia, ou seja, o público que</p><p>assiste à peça. Observe que os interlocutores são um</p><p>dos elementos fundamentais da linguagem teatral.</p><p>5. Cenário: o cenário corresponde ao conjunto de</p><p>elementos que transformam o espaço que acontecerá</p><p>a representação, por exemplo, a cozinha de uma casa,</p><p>a rua, a igreja. As pessoas especialistas em cenografi a,</p><p>são os cenógrafos.</p><p>6. Figurino: são as vesti mentas uti lizadas pelas</p><p>personagens em determinadas cenas. Os fi gurinistas</p><p>são especialistas em compor os fi gurinos dos arti stas</p><p>envolvidos. Por isso, os fi guristas estudam a história</p><p>da trama, os quais possuem muitos conhecimentos</p><p>históricos e culturais. Isso porque eles precisam co-</p><p>nhecer os elementos da moda no tempo da peça,</p><p>por exemplo, numa peça em que o tempo dramáti co</p><p>é o século XIX.</p><p>7. Iluminação: como parte do cenário, tem-se a</p><p>iluminação cênica. É um elemento essencial realiza-</p><p>dos pelos produtores (iluminadores) responsáveis por</p><p>projetaram as luzes nos espaços e nas personagens,</p><p>além de criarem efeitos de luz, desde contrastes de</p><p>luz e sombra.</p><p>8. Sonoplasti a: além da iluminação, as encena-</p><p>ções teatrais envolvem a sonoplasti a, ou seja, o uso</p><p>de sons, seja uma música, um ruído, as falas, dentre</p><p>outros. O sonorizador é a pessoa responsável pela</p><p>sonoplasti a cênica.</p><p>ATIVIDADES</p><p>01. (Enem – 2009) - Gênero dramáti co é aquele em</p><p>que o arti sta usa como intermediária entre si e o pú-</p><p>blico a representação. A palavra vem do grego drao</p><p>(fazer) e quer dizer ação. A peça teatral é, pois, uma</p><p>composição literária desti nada à apresentação por</p><p>atores em um palco, atuando e dialogando entre si. O</p><p>texto dramáti co é complementado pela atuação dos</p><p>atores no espetáculo teatral e possui uma estrutura</p><p>específi ca, caracterizada: 1) pela presença de persona-</p><p>gens que devem estar ligados com lógica uns aos ou-</p><p>tros e à ação; 2) pela ação dramáti ca (trama, enredo),</p><p>que é o conjunto de atos dramáti cos, maneiras de ser</p><p>e de agir das personagens encadeadas à unidade do</p><p>efeito e segundo uma ordem composta de exposição,</p><p>confl ito, complicação, clímax e desfecho; 3) pela situ-</p><p>ação ou ambiente, que é o conjunto de circunstâncias</p><p>fí sicas, sociais, espirituais em que se situa a ação; 4)</p><p>pelo tema, ou seja, a ideia que o autor (dramaturgo)</p><p>deseja expor, ou sua interpretação real por meio da</p><p>representação.</p><p>COUTINHO, A. Notas de teoria literária. Rio de Janeiro:</p><p>Civilização Brasileira, 1973. (Adaptado.)</p><p>Considerando o texto e analisando os elementos que</p><p>consti tuem um espetáculo teatral, conclui-se que:</p><p>1. a criação do espetáculo teatral apresenta-se como</p><p>um fenômeno de ordem individual, pois não é</p><p>possível sua concepção de forma coleti va.</p><p>2. o cenário onde se desenrola a ação cênica é con-</p><p>cebido e construído pelo cenógrafo de modo au-</p><p>tônomo e independente do tema da peça e do</p><p>trabalho interpretati vo dos atores.</p><p>3. o texto cênico pode originar-se dos mais variados</p><p>gêneros textuais, como contos, lendas, romances,</p><p>poesias, crônicas, no� cias, imagens e fragmentos</p><p>textuais, entre outros.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>85</p><p>4. o corpo do ator na cena tem pouca importância na</p><p>comunicação teatral, visto que o mais importante</p><p>é a expressão verbal, base da comunicação cênica</p><p>em toda a trajetória do teatro até os dias atuais.</p><p>5. a iluminação e o som de um espetáculo cênico</p><p>independem do processo de produção/recepção</p><p>do espetáculo teatral, já que se trata de linguagens</p><p>ar� sti cas diferentes, agregadas posteriormente à</p><p>cena teatral.</p><p>02. Leia o poema narrati vo de Manuel Bandeira:</p><p>POEMA TIRADO DE UMA NOTÍCIA DE JORNAL</p><p>João Gostoso era carregador de feira-livre e morava</p><p>no morro da Babilônia num barracão sem número.</p><p>Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro</p><p>Bebeu</p><p>Cantou</p><p>Dançou</p><p>Depois se ati rou na Lagoa Rodrigo de Freitas e</p><p>morreu afogado.</p><p>De acordo com as suas característi cas, o poema pode</p><p>ser classifi cado como um texto</p><p>1. lírico.</p><p>2. épico</p><p>3. narrati vo.</p><p>4. dramáti co.</p><p>03. São característi cas do gênero dramáti co:</p><p>I. Representa senti mentos e emoções a parti r da ex-</p><p>pressão individual e subjeti va. Nos textos dramáti -</p><p>cos há a predominância de pronomes e verbos na 1ª</p><p>pessoa e a exploração da musicalidade das palavras.</p><p>II. Nos textos dramáti cos o poeta despoja-se do seu</p><p>“eu” senti mental para ati rar-se na direção dos acon-</p><p>tecimentos que o rodeiam. O amor é uma temáti ca,</p><p>mas na narrati va dramáti ca ele é abordado em epi-</p><p>sódios isolados.</p><p>III. Os textos dramáti cos são produzidos para serem</p><p>representados, pois a voz narrati va está entregue às</p><p>personagens, que contam a história por meio de diá-</p><p>logos ou monólogos sem mediação do narrador.</p><p>IV. O auto, a comédia, a tragédia, a tragicomédia e a</p><p>farsa integram-se ao gênero dramáti co.</p><p>1. III e IV estão corretas.</p><p>2. I e III estão corretas.</p><p>3. I e II estão corretas.</p><p>4. I e IV estão corretas.</p><p>5. II, III e IV estão corretas.</p><p>04. Leia os fragmentos a seguir para responder à</p><p>questão:</p><p>I.</p><p>De tudo, meu amor serei atento</p><p>Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto</p><p>Que mesmo em face do maior encanto</p><p>Dele se encante mais meu pensamento.</p><p>Soneto de fi delidade, Vinícius de Moraes</p><p>II.</p><p>“Canta, ó Musa, a ira de Aquiles, fi lho de Peleu,</p><p>que incontáveis males trouxe às hostes dos aqueus.</p><p>Muitas almas de heróis desceram à casa de Hades</p><p>e seus corpos foram presa dos cães e das aves de</p><p>rapina,</p><p>enquanto se fazia a vontade de Zeus,</p><p>a parti r do dia em que se desavieram o fi lho de Atreu,</p><p>rei dos homens, e Aquiles, semelhante aos deuses.”</p><p>A ilíada, de Homero</p><p>III.</p><p>DESDÊMONA - Quem está aí? Otelo?</p><p>OTELO - Sim, Desdêmona.</p><p>DESDÊMONA - Não vindes para o leito, meu senhor?</p><p>OTELO - Desdêmona, rezastes esta noite?</p><p>DESDÊMONA - Oh, decerto, senhor!</p><p>OTELO - Se vos lembrardes de alguma falta não per-</p><p>doada ainda pelo céu e sua graça,</p><p>cuidai logo de tê-la redimida.</p><p>DESDÊMONA - O meu senhor! Que pretendeis dizer</p><p>com isso?</p><p>OTELO - Bem; fazei o que vos disse e sede breve. Pas-</p><p>sarei nesse em meio; não desejo</p><p>trucidar-vos o espírito manchado. Não pelo céu! Não</p><p>vos matarei a alma.</p><p>Otelo, William Shakespeare.</p><p>IV.</p><p>Diz que era uma velhinha que sabia andar de lam-</p><p>breta. Todo dia ela passava na fronteira montada na</p><p>lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O</p><p>pessoal da alfândega - tudo malandro velho - começou</p><p>a desconfi ar da velhinha.</p><p>Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco</p><p>atrás, o fi scal da alfândega mandou ela parar. A ve-</p><p>lhinha parou e então o fi scal perguntou assim pra ela:</p><p>- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui</p><p>todo dia com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora</p><p>leva nesse saco?</p><p>A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe res-</p><p>tavam e mais os outros, que ela adquirira no odon-</p><p>tólogo, e respondeu:</p><p>- É areia.</p><p>A velhinha contrabandista, Sérgio Porto - Stanislaw</p><p>Ponte Preta.</p><p>Os fragmentos acima representam, respecti vamente,</p><p>os seguintes gêneros:</p><p>1. épico – lírico – dramáti co – narrati vo.</p><p>2. lírico – épico – dramáti co – narrati vo.</p><p>3. narrati vo – dramáti co – épico – lírico.</p><p>4. lírico – épico – narrati vo – dramáti co.</p><p>5. dramáti co – narrati vo – lírico – épico.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>86</p><p>HABILIDADE: (EM13LP42) Acompanhar, analisar e discuti r a cobertura da mídia diante de acontecimentos</p><p>e questões de relevância social, local e global, comparando diferentes enfoques e perspecti vas, por meio</p><p>do uso de ferramentas de curadoria (como agregadores de conteúdo) e da consulta a serviços e fontes de</p><p>checagem e curadoria de informação, de forma a aprofundar o entendimento sobre um determinado fato</p><p>ou questão, identi fi car o enfoque preponderante da mídia e manter-se implicado, de forma críti ca, com os</p><p>fatos e as questões que afetam a coleti vidade.</p><p>OBJETIVO DE ARPENDIZAGEM: (GO-EMLP42A) Examinar textos de diferentes gêneros do campo jornalísti co</p><p>e midiáti co, uti lizados com a fi nalidade de criar e mudar comportamentos e hábitos, considerando o uso</p><p>de novas tecnologias digitais de checagem de informação e da web 2.0, para o desenvolvimento de uma</p><p>ati tude analíti ca e críti ca.</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO: Linguagem do gênero discursivo. Coesão sequencial, seleção lexical, subs-</p><p>tanti vos abstratos e vocati vos. Análise do discurso. Comparação entre textos.</p><p>ORALIDADE</p><p>Leia os textos a seguir.</p><p>TEXTO I</p><p>Disponível em: h� ps://ti nyurl.com/GEPROMLPI955 . Acesso em: 11 maio 2022.</p><p>ANALISANDO O CONTEXTO.</p><p>a) Qual é o tema abordado?</p><p>b) O que o garoto quis dizer em “algumas propagandas são doidas!”</p><p>c) Qual a conclusão do garoto sobre o impacto dos meios de comunicação de massa?</p><p>TEXTO II</p><p>Disponível em: h� ps://ti nyurl.com/GEPROMLPI956 . Acesso em: 11 maio 2022.</p><p>ANALISANDO O CONTEXTO</p><p>a) É comum as pessoas presentearem e serem presenteadas com livros?</p><p>b) É possível afi rmar que a leitura amplia o conhecimento do leitor?</p><p>c) Como é o hábito de leitura dos estudantes?</p><p>PARA REFLETIR</p><p>As ti rinhas estudadas apresentam coesão? Há coerência nas ti rinhas quanto ao assunto abordado e a</p><p>forma que foram abordados?</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>87</p><p>Coesão e Coerência</p><p>A Coesão e a Coerência são mecanismos funda-</p><p>mentais na construção textual.</p><p>Para que um texto seja efi caz na transmissão da</p><p>sua mensagem é essencial que faça senti do para o</p><p>leitor.</p><p>Além disso, deve ser harmonioso, de forma a que</p><p>a mensagem fl ua de forma segura, natural e agradável</p><p>aos ouvidos.</p><p>Coesão Textual</p><p>A coesão é resultado da disposição e da correta</p><p>uti lização das palavras que propiciam a ligação entre</p><p>frases, períodos e parágrafos de um texto. Ela colabora</p><p>com sua organização e ocorre por meio de palavras</p><p>chamadas de conecti vos.</p><p>É a conexão linguísti ca que permite a amarração</p><p>das ideias dentro de um texto.</p><p>Bem uti lizada, a coesão permite a efi ciência na</p><p>transmissão da mensagem ao interlocutor e, por con-</p><p>sequência, o entendimento.</p><p>Dentro do texto, a coesão pode ser compreendida</p><p>pelas relações linguísti cas, como os advérbios, pro-</p><p>nomes, o emprego de conecti vos, sinônimos, dentre</p><p>outros.</p><p>Para ser melhor empregada, a coesão necessita de</p><p>recursos, como palavras e expressões que têm como</p><p>objeti vo estabelecer a interligação entre os segmentos</p><p>do texto. Esses recursos são chamados de elementos</p><p>de coesão.</p><p>Quando o texto é incoerente, prejudica o processo</p><p>de comunicação.</p><p>Mecanismos de Coesão</p><p>A coesão pode ser obti da através de alguns me-</p><p>canismos: anáfora e catáfora.</p><p>A anáfora e a catáfora se referem à informação</p><p>expressa no texto e, por esse moti vo, são qualifi cadas</p><p>como endofóricas.</p><p>Enquanto a anáfora retoma um componente, a</p><p>catáfora o antecipa, contribuindo com a ligação e a</p><p>harmonia textual.</p><p>Algumas Regras</p><p>Confi ra abaixo algumas regras que garantem a</p><p>coesão textual:</p><p>Referência</p><p>• Pessoal: uti lização de pronomes pessoais e pos-</p><p>sessivos. Exemplo: João e Maria casaram. Eles são pais</p><p>de Ana e Beto. (Referência pessoal anafórica)</p><p>• Demonstrati va: uti lização de pronomes de-</p><p>monstrati vos e advérbios. Exemplo: Fiz todas as ta-</p><p>refas, com exceção desta: arquivar a correspondência.</p><p>(Referência demonstrati va catafórica)</p><p>• Comparati va: uti lização de comparações através</p><p>de semelhanças.</p><p>Exemplo: Mais um dia igual aos outros… (Refe-</p><p>rência comparati va endofórica)</p><p>Substi tuição</p><p>Substi tuir um elemento (nominal, verbal, frasal)</p><p>por outro é uma forma de evitar as repeti ções.</p><p>Exemplo: Vamos à prefeitura amanhã, eles irão</p><p>na próxima semana.</p><p>Observe que a diferença entre a referência e a</p><p>substi tuição está expressa especialmente no fato de</p><p>que a substi tuição acrescenta uma informação nova</p><p>ao texto.</p><p>No caso de “João e Maria casaram. Eles são pais</p><p>de Ana e Beto”, o pronome pessoal referencia</p><p>as pessoas João e Maria, não acrescentando in-</p><p>formação adicional ao texto.</p><p>Elipse</p><p>Um componente textual, quer seja um nome,</p><p>um verbo ou uma frase, pode ser omiti do através</p><p>da</p><p>elipse.</p><p>Exemplo: Temos ingressos a mais para o concerto.</p><p>Você os quer?</p><p>(A segunda oração é percep� vel mediante o con-</p><p>texto. Assim, sabemos que o que está sendo oferecido</p><p>são ingressos para o concerto.)</p><p>Conjunção</p><p>A conjunção liga orações estabelecendo relação</p><p>entre elas.</p><p>Exemplo: Nós não sabemos quem é o culpado,</p><p>mas ele sabe. (adversati va)</p><p>Coesão Lexical</p><p>A coesão lexical consiste na uti lização de palavras</p><p>que possuem senti do aproximado ou que pertencem</p><p>a um mesmo campo lexical. São elas: sinônimos, hi-</p><p>perônimos, nomes genéricos, entre outros.</p><p>Exemplo: Aquela escola não oferece as condições</p><p>mínimas de trabalho. A insti tuição está literalmente</p><p>caindo aos pedaços.</p><p>Coesão Sequencial</p><p>A coesão sequencial é um recurso que colabora</p><p>com a evolução textual apontando a passagem do</p><p>tempo.</p><p>Trata-se de um mecanismo coesivo que acontece</p><p>por meio de marcadores verbais e conecti vos os quais</p><p>indicam essa progressão ao longo do texto.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>88</p><p>Dessa maneira, a coesão sequencial colabora com</p><p>a estrutura textual uma vez que auxilia na arti culação</p><p>das palavras e frases dentro de um texto. Por sua vez,</p><p>se não for uti lizada de maneira correta, prejudicará o</p><p>entendimento do texto.</p><p>Além da coesão sequencial, temos a “coesão refe-</p><p>rencial” que acontece por meios de elementos textu-</p><p>ais chamados de “referentes”. Estes são retomados no</p><p>texto e, da mesma forma que a sequencial, colabora</p><p>com a arti culação das frases e dos parágrafos.</p><p>Exemplos</p><p>Para compreender melhor o conceito de coesão</p><p>sequencial, leia o trecho abaixo extraído da obra O</p><p>Corti ço de Aluísio Azevedo.</p><p>“João Romão foi, dos treze aos vinte e cinco anos,</p><p>empregado de um vendeiro que enriqueceu entre</p><p>as quatro paredes de uma suja e obscura taverna</p><p>nos refolhos do bairro do Botafogo; e tanto econo-</p><p>mizou do pouco que ganhara nessa dúzia de anos,</p><p>que, ao reti rar-se o patrão para a terra, lhe deixou,</p><p>em pagamento de ordenados vencidos, nem só a</p><p>venda com o que estava dentro, como ainda um</p><p>conto e quinhentos em dinheiro. Proprietário e</p><p>estabelecido por sua conta, o rapaz ati rou-se à</p><p>labutação ainda com mais ardor, possuindo-se de</p><p>tal delírio de enriquecer, que afrontava resignado</p><p>as mais duras privações. Dormia sobre o balcão da</p><p>própria venda, em cima de uma esteira, fazendo</p><p>travesseiro de um saco de estopa cheio de palha.”</p><p>Nesse caso, essa evolução na narrati va é carac-</p><p>terizada por marcadores verbais que determinam a</p><p>passagem do tempo no texto.</p><p>João Romão foi... enriqueceu... economizou...</p><p>ganhara... reti rar-se... estava... estabelecido... ati rou-</p><p>-se... possuindo-se... afrontava... dormia...</p><p>Por esse moti vo, a coesão sequencial é o elemen-</p><p>to que organiza os fatos do tempo no texto. E, como</p><p>é feita por marcadores verbais, é estabelecida pelas</p><p>conjugações no pretérito perfeito, pretérito mais-que-</p><p>-perfeito e o pretérito imperfeito do indicati vo.</p><p>A coesão sequencial também atua com o uso de</p><p>conecti vos. Sem ela, o texto não é linear e a mensa-</p><p>gem pode não ser compreendida.</p><p>“Não obstante, ao lado dele a crioula roncava,</p><p>de papo para o ar, gorda, estrompada de serviço,</p><p>tresandando a uma mistura de suor com cebola</p><p>crua e gordura podre. Mas João Romão nem dava</p><p>por ela; só o que ele via e senti a era todo aquele</p><p>voluptuoso mundo inacessível vir descendo para</p><p>a terra, chegando-se para o seu alcance, lenta-</p><p>mente, acentuando-se.”</p><p>“Houve um silêncio, no qual o desgraçado parecia</p><p>arrancar de dentro uma frase que, no entanto, era</p><p>a única ideia que o levava a dirigir-se à mulher.</p><p>Afi nal, depois de coçar mais vivamente a cabeça,</p><p>gaguejou com a voz estrangulada de soluços:”</p><p>Nos trechos acima, também extraídos da obra O</p><p>Corti ço, notamos a presença de diversos conecti vos</p><p>que permitem a sequência de ideias no texto. Essa</p><p>ligação ocorre por meio do uso de conjunções, ad-</p><p>vérbios e pronomes.</p><p>Os termos “não obstante”, “mas” e, “no entanto,”</p><p>estabelecem uma relação de oposição e têm o objeti -</p><p>vo de opor ideias ou conceitos num período.</p><p>Já o “e” estabelece uma relação de adição uma</p><p>vez que acrescenta algo ao texto. Por fi m, o termo</p><p>“afi nal” indica uma relação de temporalidade onde</p><p>possui o objeti vo de situar o leitor na sucessão dos</p><p>acontecimentos ou das ideias.</p><p>Tipos de Coesão Textual</p><p>Coesão Referencial</p><p>É o vínculo que existe entre palavras, orações e</p><p>as diferentes par� culas do texto por meio de um re-</p><p>ferente.</p><p>Nesse ti po de coesão, os termos coneti vos ou co-</p><p>esivos anunciam ou retomam as frases, sequências e</p><p>palavras que indicam conceitos e fatos.</p><p>Isso pode ocorrer através da anáfora ou catáfo-</p><p>ra. A anáfora faz referência a uma informação que já</p><p>fora mencionada no texto. Ou seja, ela retoma um</p><p>componente textual, e também pode ser chamada</p><p>de elemento anafórico.</p><p>A catáfora, por sua vez, antecipa um componente</p><p>textual, sendo chamada de elemento catafórico.</p><p>Os principais mecanismos da coesão referencial</p><p>ocorrem por meio da elipse e reiteração. Exemplo de</p><p>coesão referencial por elipse:</p><p>Vamos à praia no domingo. Você nos acompanha?</p><p>Entenda: neste ti po de coesão, um elemento do</p><p>texto é reti rado e evita a repeti ção. Vamos à praia no</p><p>domingo. Você nos acompanha (à praia)?</p><p>Exemplo de coesão por reiteração:</p><p>Aprendizado é dedicação. Aprendizado é plantar</p><p>o conhecimento todos os dias.</p><p>Entenda: neste ti po de coesão é possível repeti r</p><p>o elemento lexical ou mesmo usar sinônimos.</p><p>Coesão Sequencial</p><p>É a maneira como os fatos se organizam no tempo</p><p>do texto. Para isto, são uti lizadas relações semânti cas</p><p>que ligam as orações e os parágrafos à medida em que</p><p>o texto é descrito.</p><p>A coesão sequencial pode ocorrer por justaposi-</p><p>ção ou conexão.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>89</p><p>Exemplo de coesão sequencial por justaposição:</p><p>Ricardo é, com certeza, a melhor escolha. Além disso, conhece os meandros da empresa. Entenda: a</p><p>coesão sequencial por justaposição ocorre para dar sequência ao texto no ordenamento temporal, espacial</p><p>e de assunto.</p><p>Elementos coesivos</p><p>Também chamados de elementos de coesão, os elementos coesivos têm como função fazer uma ligação</p><p>lógica entre palavras e/ou frases de um texto ou de evitar que determinadas palavras que já foram mencio-</p><p>nadas sejam repeti das.</p><p>Classifi cação do</p><p>elemento coesivo</p><p>Exemplos de elementos coesivos Frase de exemplo</p><p>Adição ademais, ainda mais, ainda por cima, além disso, e,</p><p>outrossim, por outro lado, nem, não só... mas tam-</p><p>bém, não apenas... como também, não só... bem</p><p>como, também, etc.</p><p>Ele tem um dom natural para</p><p>cantar, mas também é muito</p><p>esforçado.</p><p>Afi rmação sim, certamente, com certeza, decerto, efeti vamente,</p><p>indubitavelmente, inquesti onavelmente, por certo,</p><p>realmente, seguramente, sem dúvida, etc.</p><p>Eles realmente cumpriram</p><p>com o prometi do.</p><p>Alternati va já... já, nem... nem, ou... ou, ora... ora, quer... quer,</p><p>seja ... seja, etc.</p><p>Quer você queira, quer não,</p><p>falarei com a diretora.</p><p>Causa assim, como, com efeito, como resultado, dado que,</p><p>de fato, de tal forma que, de tal sorte que, em virtude</p><p>de, já que, logo, pois, por causa de, por conseguinte,</p><p>por consequência, por isso, porquanto, porque,</p><p>portanto, que, tão, uma vez que, visto que,</p><p>Ela teve uma crise de alergia</p><p>por causa do pelo do cachor-</p><p>ro.</p><p>Certeza certamente, com toda a certeza, decerto, indubita-</p><p>velmente, inquesti onavelmente, inegavelmente, por</p><p>certo, sem dúvida</p><p>Decerto foi uma fatalidade.</p><p>C o m p a r a ç ã o ;</p><p>conformidade</p><p>à medida que, à proporção que, assim como, assim</p><p>também, bem como, como, como se, conforme, con-</p><p>soante, da mesma forma, da mesma maneira que, do</p><p>mesmo modo, do mesmo modo que, igualmente, não</p><p>só... como, tal qual, tal como, tal que, tanto quanto,</p><p>À medida que a data da via-</p><p>gem se aproximava, mais ner-</p><p>vosos fi cavam.</p><p>Conclusão assim, dessa forma, dessa maneira, em resumo, em</p><p>síntese, em suma, logo, por isso, por consequência,</p><p>portanto</p><p>Contou que sua avó ti nha</p><p>deixado de atender seus te-</p><p>lefonemas. Logo, deixou de</p><p>procurá-la.</p><p>Condição a menos que, a não</p><p>ser que, caso, contanto que, com</p><p>tal que, desde que, eventualmente, exceto se, salvo</p><p>se, se, sem que, suposto que,</p><p>Posso ir com você ao teatro</p><p>contanto que você me dê ca-</p><p>rona de volta pra casa.</p><p>Dúvida a caso, é provável, não é certo, por ventura, possivel-</p><p>mente, provavelmente, quem sabe, se é que, talvez,</p><p>É provável que ele não venha</p><p>por causa da chuva.</p><p>Esclarecimento aliás, a saber, em outras palavras, isto é, ou me-</p><p>lhor, ou por outra, ou seja, ou antes, por exemplo,</p><p>quer dizer</p><p>Você pode usar uma imagem,</p><p>por exemplo, para ilustrar um</p><p>conceito.</p><p>Exclusão apenas, exceto, fora, menos, salvo, só, somente Todos aprovaram o nome</p><p>do bebê, exceto os avós.</p><p>Finalidade a fi m de, a fi m de que, com o fi m de, com o intuito</p><p>de, com o propósito de, com o objeti vo de, para que</p><p>Estou poupando dinheiro</p><p>a fi m de viajar para visitar a</p><p>minha família.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>90</p><p>Exemplos:</p><p>1. Estou juntando dinheiro, pois quero comprar</p><p>um celular novo.</p><p>2. Carlos está cansado. Ele trabalhou muitas horas</p><p>hoje.</p><p>No exemplo 1, a palavra “pois” é um elemento</p><p>coesivo. Ela estabelece ligação entre as frases “es-</p><p>tou juntando dinheiro” e “quero comprar um celular</p><p>novo” e preserva a coesão (conexão de ideias).</p><p>No exemplo 2, o elemento coesivo “ele” evita</p><p>que a palavra “Carlos” seja repeti da. Os elementos</p><p>coesivos podem ser divididos em duas classifi cações:</p><p>• elementos coesivos sequenciais ou de conti nui-</p><p>dade</p><p>• elementos coesivos referenciais</p><p>Elementos coesivos sequenciais</p><p>Os elementos coesivos sequenciais, também cha-</p><p>mados de conecti vos, são usados para estabelecer</p><p>ligações lógicas entre frases. Eles são responsáveis</p><p>por fazer com que a conexão de ideias de um texto</p><p>faça senti do.</p><p>Durante um processo de criação de texto, não</p><p>basta apenas usar elementos coesivos para conectar</p><p>frases, mas sim saber qual elemento coesivo é ade-</p><p>quado para cada situação.</p><p>Observe a frase abaixo:</p><p>“Comprei uma mala maior, isto é, preciso levar</p><p>muitas coisas.”</p><p>Essa frase não faz qualquer senti do, não é mes-</p><p>mo? Isso acontece pois o elemento coesivo “isto é” é</p><p>usado para ilustrar, exemplifi car, e não para indicar a</p><p>causa de algo. Uma alternati va para escrever a frase</p><p>corretamente seria: “Comprei uma mala maior por-</p><p>que preciso levar muitas coisas.”</p><p>Confi ra abaixo uma tabela de conecti vos para re-</p><p>dação, que vai ajudar você a redigir os seus textos de</p><p>forma efi ciente.</p><p>Elementos coesivos referenciais</p><p>Os elementos coesivos referenciais são uti lizados</p><p>para fazer referência a palavras ou locuções que já</p><p>foram mencionadas em um discurso.</p><p>Assim, contribuem para que o texto fi que fl uído</p><p>e sem repeti ções. Observe as frases abaixo e veja tais</p><p>elementos destacados:</p><p>• Tom Jobim é considerado um ícone da MPB.</p><p>Juntamente com Vinícius de Moraes, o com-</p><p>positor escreveu “Garota de Ipanema”.</p><p>• Faz três anos que não vejo a Paula. Ela mora</p><p>em outra cidade. (“Ela” = “Paula”)</p><p>• Camila foi morar sozinha no Canadá. Sempre</p><p>soube que minha prima era uma mulher inde-</p><p>pendente. (“Camila” = “minha prima”)</p><p>• Alok é um brasileiro famoso mundialmente. O</p><p>DJ é conhecido por sua dedicação às causas</p><p>humanitárias. (“Alok” = DJ”)</p><p>Coerência Textual</p><p>A Coerência é a relação lógica das ideias de um</p><p>texto que decorre da sua argumentação - resultado</p><p>especialmente dos conhecimentos do transmissor da</p><p>mensagem.</p><p>Um texto contraditório e redundante ou cujas</p><p>ideias iniciadas não são concluídas, é um texto inco-</p><p>erente. A incoerência compromete a clareza do dis-</p><p>curso, a sua fl uência e a efi cácia da leitura.</p><p>Assim a incoerência não é só uma questão de</p><p>conhecimento, decorre também do uso de tempos</p><p>verbais e da emissão de ideias contrárias.</p><p>Exemplos:</p><p>• O relatório está pronto, porém o estou fi nali-</p><p>zando até agora. (processo verbal acabado e</p><p>inacabado)</p><p>• Ele é vegetariano e gosta de um bife muito mal</p><p>passado. (os vegetarianos são assim classifi ca-</p><p>dos pelo fato de se alimentar apenas de vege-</p><p>tais)</p><p>Fatores de Coerência</p><p>São inúmeros os fatores que contribuem para a</p><p>coerência de um texto, tendo em vista a sua abran-</p><p>gência. Vejamos alguns:</p><p>Conhecimento de Mundo</p><p>É o conjunto de conhecimento que adquirimos ao</p><p>longo da vida e que são arquivados na nossa memória.</p><p>São os chamados frames (rótulos), esquemas</p><p>(planos de funcionamento, como a roti na alimentar:</p><p>café da amanhã, almoço e jantar), planos (planejar</p><p>algo com um objeti vo, tal como jogar um jogo), scripts</p><p>(roteiros, tal como normas de eti queta).</p><p>Exemplo: Peru, Panetone, frutas e nozes. Tudo a</p><p>postos para o Carnaval!</p><p>Uma questão cultural nos leva a concluir que a</p><p>oração acima é incoerente. Isso porque “peru, pa-</p><p>netone, frutas e nozes” (frames) são elementos que</p><p>pertencem à celebração do Natal e não à festa de</p><p>carnaval.</p><p>Inferências</p><p>Através das inferências, as informações podem</p><p>ser simplifi cadas se parti mos do pressuposto que os</p><p>interlocutores parti lham do mesmo conhecimento.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>91</p><p>Exemplo: Quando os chamar para jantar não es-</p><p>queça que eles são indianos. (ou seja, em princípio,</p><p>esses convidados não comem carne de vaca)</p><p>Fatores de contextualização</p><p>Há fatores que inserem o interlocutor na mensa-</p><p>gem providenciando a sua clareza, como os � tulos de</p><p>uma no� cia ou a data de uma mensagem.</p><p>Exemplo:</p><p>— Está marcado para às 10h.</p><p>— O que está marcado para às 10h? Não sei sobre</p><p>o que está falando.</p><p>Informati vidade</p><p>Quanto maior informação não previsível um texto</p><p>ti ver, mais rico e interessante ele será. Assim, dizer o</p><p>que é óbvio ou insisti r numa informação e não desen-</p><p>volvê-la, com certeza desvaloriza o texto.</p><p>Exemplo: O Brasil foi colonizado por Portugal.</p><p>MOMENTO ENEM</p><p>(Enem-2010) – Leia o texto a seguir.</p><p>O Flamengo começou a parti da no ataque, enquanto</p><p>o Botafogo procurava fazer uma forte marcação no</p><p>meio-campo e tentar lançamentos para Victor Simões,</p><p>isolado entre os zagueiros rubro-negros. Mesmo com</p><p>mais posse de bola, o ti me dirigido por Cuca ti nha</p><p>grande difi culdade de chegar à área alvinegra por</p><p>causa do bloqueio montado pelo Botafogo na frente</p><p>da sua área.</p><p>No entanto, na primeira chance rubro-negra, saiu o</p><p>gol. Após cruzamento da direita de Ibson, a zaga alvi-</p><p>negra rebateu a bola de cabeça para o meio da área.</p><p>Kléberson apareceu na jogada e cabeceou por cima do</p><p>goleiro Renan. Ronaldo Angelim apareceu nas costas</p><p>da defesa e empurrou para o fundo da rede quase</p><p>que em cima da linha: Flamengo 1 a 0.</p><p>Disponível em: h� p://momentodofutebol.blogspot.com</p><p>(adaptado).</p><p>01. O texto, que narra uma parte do jogo fi nal do</p><p>Campeonato Carioca de futebol, realizado em 2009,</p><p>contém vários conecti vos, sendo que</p><p>(A) após é conecti vo de causa, já que apresenta o</p><p>moti vo de a zaga alvinegra ter rebati do a bola de</p><p>cabeça.</p><p>(B) enquanto tem um signifi cado alternati vo, porque</p><p>conecta duas opções possíveis para serem aplica-</p><p>das no jogo.</p><p>(C) no entanto tem signifi cado de tempo, porque</p><p>ordena os fatos observados no jogo em ordem</p><p>cronológica de ocorrência.</p><p>(D) mesmo traz ideia de concessão, já que “com mais</p><p>posse de bola”, ter difi culdade não é algo natural-</p><p>mente esperado.</p><p>(E) por causa de indica consequência, porque as</p><p>tentati vas de ataque do Flamengo moti varam o</p><p>Botafogo a fazer um bloqueio.</p><p>02. (Enem-2011) – Leia o texto a seguir.</p><p>Culti var um esti lo de vida saudável é extremamen-</p><p>te importante para diminuir o risco de infarto, mas</p><p>também de problemas como morte súbita e derra-</p><p>me. Signifi ca que manter uma alimentação saudável</p><p>e prati car ati vidade � sica regularmente já reduz, por</p><p>si só, as chances de desenvolver vários problemas.</p><p>Além disso, é importante para o controle da pressão</p><p>arterial, dos níveis de colesterol e de glicose no san-</p><p>gue. Também ajuda a diminuir o estresse e aumentar</p><p>a capacidade � sica, fatores que, somados, reduzem</p><p>as chances de infarto. Exercitar-se, nesses casos, com</p><p>acompanhamento médico e moderação, é altamente</p><p>recomendável.</p><p>ATALIA, M. Nossa vida. Época . 23 mar. 2009.</p><p>As ideias veiculadas no texto se</p><p>organizam estabele-</p><p>cendo relações que atuam na construção do senti do.</p><p>A esse respeito, identi fi ca-se, no fragmento, que</p><p>(A) a expressão “Além disso” marca uma sequencia-</p><p>ção de ideias.</p><p>(B) o conecti vo “mas também” inicia oração que ex-</p><p>prime ideia de contraste.</p><p>(C) o termo “como”, em “como morte súbita e derra-</p><p>me”, introduz uma generalização.</p><p>(D) o termo “Também” exprime uma justi fi cati va.</p><p>(E) o termo “fatores” retoma coesivamente “níveis</p><p>de colesterol e de glicose no sangue”.</p><p>3. (Enem-2013) – Leia o texto a seguir.</p><p>Gripado, penso entre espirros em como a palavra</p><p>gripe nos chegou após uma série de contágios entre</p><p>línguas. Parti u da Itália em 1743 a epidemia de gripe</p><p>que disseminou pela Europa, além do vírus propria-</p><p>mente dito, dois vocábulos virais: o italiano infl uenza e</p><p>o francês grippe. O primeiro era um termo derivado do</p><p>lati m medieval infl uenti a, que signifi cava “infl uência</p><p>dos astros sobre os homens”. O segundo era apenas a</p><p>forma nominal do verbo gripper, isto é, “agarrar”. Su-</p><p>põe-se que fi zesse referência ao modo violento como</p><p>o vírus se apossa do organismo infectado.</p><p>RODRIGUES. S. Sobre palavras. Veja, São Paulo, 30 nov.</p><p>2011.</p><p>Para se entender o trecho como uma unidade de sen-</p><p>ti do, é preciso que o leitor reconheça a ligação entre</p><p>seus elementos. Nesse texto, a coesão é construída</p><p>predominantemente pela retomada de um termo por</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>92</p><p>outro e pelo uso da elipse. O fragmento do texto em</p><p>que há coesão por elipse do sujeito é</p><p>(A) “[…] a palavra gripe nos chegou após uma série</p><p>de contágios entre línguas.”</p><p>(B) “Parti u da Itália em 1743 a epidemia de gripe […]”.</p><p>(C) “O primeiro era um termo derivado do lati m me-</p><p>dieval infl uenti a, que signifi cava ‘infl uência dos</p><p>astros sobre os homens’.”</p><p>(D) “O segundo era apenas a forma nominal do verbo</p><p>gripper […]”.</p><p>(E) “Supõe-se que fi zesse referência ao modo violento</p><p>como o vírus se apossa do organismo infectado.”</p><p>Leia o trecho extraído da música “Seja para mim” do</p><p>grupo musical Maneva. “Seja para mim o que você</p><p>quiser</p><p>Contanto que seja o meu amor</p><p>Estou indo te buscar, mas eu tô indo a pé Prende teu</p><p>cabelo porque tá calor”</p><p>04. Os termos em destaque estabelecem uma relação</p><p>de:</p><p>(A) condição e oposição</p><p>(B) contraste e conclusão</p><p>(C) causa e consequência</p><p>(D) intenção e conti nuação</p><p>(E) dúvida e condição</p><p>5. Leia o trecho da obra “Dom Casmurro” de Machado</p><p>de Assis, e indique os marcadores verbais que auxiliam</p><p>na coesão sequencial da narrati va, sublinhando-os.</p><p>“Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho</p><p>Novo, encontrei num trem da Central um rapaz aqui</p><p>do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cum-</p><p>primentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da lua</p><p>e dos ministros, e acabou recitando-me versos.”</p><p>(Enem-2011) Leia o texto a seguir.</p><p>Culti var um esti lo de vida saudável é extremamen-</p><p>te importante para diminuir o risco de infarto, mas</p><p>também de problemas como morte súbita e derra-</p><p>me. Signifi ca que manter uma alimentação saudável</p><p>e prati car ati vidade � sica regularmente já reduz, por</p><p>si só, as chances de desenvolver vários problemas.</p><p>Além disso, é importante para o controle da pressão</p><p>arterial, dos níveis de colesterol e de glicose no san-</p><p>gue. Também ajuda a diminuir o estresse e aumentar</p><p>a capacidade � sica, fatores que, somados, reduzem</p><p>as chances de infarto. Exercitar-se, nesses casos, com</p><p>acompanhamento médico e moderação, é altamente</p><p>recomendável.</p><p>ATALIA, M. Nossa vida. Época . 23 mar. 2009.</p><p>HABILIDADE: (EM13LGG703) Uti lizar diferentes lin-</p><p>guagens, mídias e ferramentas digitais em proces-</p><p>sos de produção coleti va, colaborati va e projetos</p><p>autorais em ambientes digitais.</p><p>OBJETIVO DE ARPENDIZAGEM: (GO-EMLGG703A)</p><p>Analisar formas contemporâneas de publicidade</p><p>em contexto digital, identi fi cando valores e repre-</p><p>sentações de situações, grupos e confi gurações so-</p><p>ciais veiculadas para potencializar a compreensão</p><p>da mensagem e ampliar ati tudes críti cas.</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO: Peças de campa-</p><p>nhas publicitárias e políti cas (cartazes, folhetos,</p><p>anúncios, propagandas em diferentes mídias, spots,</p><p>jingles).</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>Disponível em: h� ps://ti nyurl.com/GEPROMLPI958 .Acesso</p><p>.Acesso em: 12 maio 2022.</p><p>Ao observarmos esta campanha publicitária pode-</p><p>mos entender a possibilidade de recriação ao</p><p> Uti lizar as diferentes linguagens, mídias e fer-</p><p>ramentas de recriação.</p><p> Promover a intertextualidade a parti r da obra</p><p>“Criador e criatura” de Michelangelo.</p><p> Incorporar de novos elementos de comunica-</p><p>ção, o celular com fi nalidade de divulgação de</p><p>uma marca.</p><p>Intertextualidade: a relação entre textos</p><p>Você já ouviu falar sobre intertextualidade? De</p><p>maneira geral, a intertextualidade é a relação entre</p><p>textos. Sim, os textos se relacionam com outros tex-</p><p>tos. Contudo, essa relação pode acontecer de diversas</p><p>formas. Um texto pode “dialogar” com um ou mais</p><p>outros textos. Então, antes de você estudar sobre es-</p><p>sas relações, é necessário refl eti r a respeito do que</p><p>é texto.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>93</p><p>TEXTO – é o produto fi nal de toda enunciação, fei-</p><p>ta em que linguagem for. Ex: gráfi co, cartum, pintura,</p><p>fi lme, escultura, poema…</p><p>TEXTO VERBAL – é uma unidade linguísti ca con-</p><p>creta, percebida pela audição (na fala) ou pela visão</p><p>(na escrita), que tem unidade de senti do e intencio-</p><p>nalidade discursiva.</p><p>Os conceitos acima apresentam um conceito de</p><p>texto e de texto verbal. Perceba que texto vai além</p><p>de um aglomerado de palavras que produz senti do.</p><p>Texto é tudo aqui que signifi ca dentro de um processo</p><p>comunicati vo. Nesse senti do, uma pintura ou um fi lme</p><p>podem ser textos, porque eles ati ngem determinadas</p><p>intenções comunicati vas.</p><p>A intertextualidade acontece, portanto, quando</p><p>um determinado texto faz referência a outro, ou a</p><p>situação e/ou acontecimento pré-existente. Essa re-</p><p>ferência pode ser explicita ou implícita, ou seja, pode</p><p>aparecer escrita no texto ou subentendida, nas en-</p><p>trelinhas dele.</p><p>Intertextualidade explícita</p><p>• É clara e fácil de ser identi fi cada pelo leitor;</p><p>• Estabelece uma relação direta com o texto</p><p>original, ou seja, aquele em que o autor se</p><p>inspirou para fazer referência;</p><p>• O leitor não precisa fazer tanto esforço para</p><p>encontrar elementos do texto fonte;</p><p>• Não exige algum ti po de conhecimento prévio</p><p>do conteúdo.</p><p>Veja o exemplo a seguir:</p><p>h� ps://insti tucional.horti fruti .com.br/comunicacao/campanhas/</p><p>hollywood/ Acesso em 11.03.2021, às 18h02</p><p>Observe que a campanha publicitária da Horti fruti</p><p>dialoga explicitamente, isto é, de maneira bem clara,</p><p>com o fi lme Shrek. O formato e cor do chuchu aliado</p><p>à roupa do personagem do fi lme é uma clara relação</p><p>intertextual. O nome “Chuchurek” está escrito com a</p><p>mesma fonte e cor em que o nome do fi lme aparece</p><p>em sua divulgação, inclusive com as orelhas do ogro</p><p>acopladas na letra inicial do � tulo. Ao fundo da ima-</p><p>gem, temos o desenho de um castelo, que remete ao</p><p>castelo do fi lme. Ainda, os dizeres comuns no fi lme</p><p>“tão, tão distante” está presente nessa peça publici-</p><p>tária para promover o chuchu vendido no Horti fruti .</p><p>Intertextualidade implícita</p><p>• Pode ser di� cil de ser identi fi cada pelo leitor;</p><p>• Sua relação com o texto-base/original é indire-</p><p>ta, logo, pode não ser tão clara;</p><p>• Não é tão fácil encontrar elementos do texto-</p><p>-fonte;</p><p>• Exige um conhecimento prévio sobre o conteúdo.</p><p>Disponível em: h� ps://ti nyurl.com/GEPROMLPI957 Acesso em:</p><p>11 maio 2022. Acessado em: Acesso</p><p>em 11.03.2021, às 18h04</p><p>O exemplo acima é um pouco mais complexo, por-</p><p>que, para que se compreenda a relação intertextual, é</p><p>necessário que o leitor tenha um conhecimento sobre</p><p>determinado produto cultural, que é uma música da</p><p>cantora brasileira Rita Lee. No anúncio há um elemen-</p><p>to verbal que permite a retomada do texto fonte, mas</p><p>essa inferência depende de um conhecimento prévio</p><p>do leitor: se ele não souber</p><p>que há uma referência</p><p>à música “Mania de você”, da cantora Rita Lee, pro-</p><p>vavelmente o texto não será compreendido em sua</p><p>totalidade. Diferentemente do exemplo da Horti fruti ,</p><p>a propaganda da Nestlé não apresenta tantos elemen-</p><p>tos explícitos, sua relação com o texto base é mais</p><p>indireta e exige mais do leitor para que se compreenda</p><p>a mensagem de seu texto.</p><p>Veja os exemplos a seguir.</p><p>Meus oito anos</p><p>Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha</p><p>vida, Da minha infância querida</p><p>Que os anos não trazem mais! Que amor, que so-</p><p>nhos, que fl ores, Naquelas tardes fagueiras</p><p>À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais!</p><p>(Casimiro de Abreu)</p><p>(ABREU, Casimiro de. As Primaveras.</p><p>São Paulo: Áti ca, 2007.)</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>94</p><p>Meus oito anos</p><p>Oh que saudades que eu tenho Da aurora de mi-</p><p>nha vida</p><p>De minha infância querida Que os anos não tra-</p><p>zem mais Naquele quintal de terra</p><p>Da Rua de Santo Antônio Debaixo da bananeira</p><p>Sem nenhum laranjais (Oswald de Andrade)</p><p>(ANDRADE, Oswald de. Poesias reunidas. 5 ed. Rio de</p><p>Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.)</p><p>Perceba que os dois poemas acima estão se rela-</p><p>cionando. O segundo poema, de Oswald de Andrade,</p><p>retoma o texto-base de Casimiro de Abreu. Veja que</p><p>os quatro primeiros versos são iguais, mas os demais</p><p>mudam e o segundo poema traz uma ideia oposta ao</p><p>primeiro. Enquanto o eu lírico do primeiro poema ide-</p><p>aliza, romanti za a infância, o eu lírico da segunda é bem</p><p>realista, olha para a infância de maneira oposta. Inde-</p><p>pendente disso, os dois textos estão dialogando entre si.</p><p>Alguns ti pos de intertextualidade</p><p>Paráfrase: intertextualidade temáti ca, em que</p><p>o novo texto reafi rma outro, com estrutura e esti lo</p><p>próprios;</p><p>Paródia: ocorre a alteração temáti ca do texto</p><p>base, recorrendo a ironia e sáti ra, geralmente; Refe-</p><p>rência ou alusão: emprego de característi cas secun-</p><p>dárias do texto-fonte, em que o novo texto sugere</p><p>alguma interpretação, alude a algum acontecimento</p><p>ou personagem.</p><p>Leia os seguintes exemplos:</p><p>Você é muito narcisista!</p><p>(Alusão ao Narciso, personagem da mitologia gre-</p><p>ga conhecido por seu orgulho e beleza.)</p><p>Será que eu salguei a Santa Ceia para ser tão cri-</p><p>ti cado assim por você?</p><p>(Referência à ceia que Jesus Cristo realizou com</p><p>seus discípulos.)</p><p>ATIVIDADE / PESQUISA:</p><p>MÍDIAS INTEGRADAS</p><p>Observe o texto a seguir.</p><p>Disponível em: h� ps://ti nyurl.com/GEPROMLPI959 .Acesso em:</p><p>12 maio 2022.</p><p>Observe a uti lização das mídias e ferramentas de</p><p>recriação a parti r do App Top Imagens que possibi-</p><p>lita a reinvenção de imagens; permite você brincar</p><p>com a própria imagem. Neste caso o App teve como</p><p>base a obra Moraliza de Leonardo da Vinci, em que</p><p>percebemos a intertextualidade, incorporando novos</p><p>elementos: o celular, a coloração do cabelo e acessó-</p><p>rios como anel e colar.</p><p>Você percebeu que vemos relações intertextuais</p><p>diariamente. Elas estão presentes em histórias escri-</p><p>tas, em fi lmes, novelas, propagandas, músicas, pin-</p><p>turas, desenhos, conversas, nas redes sociais e em</p><p>tantos outros lugares. Sendo assim, agora é sua vez</p><p>de pesquisar relações entre textos acontecendo.</p><p>Siga as orientações.</p><p>1º Pesquise em suas redes sociais (Facebook,</p><p>Instagram, Twi� er, por exemplo) textos que indicam</p><p>alguma relação com outros textos.</p><p>2º Registre em seu caderno (ou ti re uma foto em</p><p>seu celular) esses textos que você encontrou. 3º Em</p><p>seguida, crie um texto que se relacione com algum</p><p>desses textos que você selecionou anteriormente.</p><p>4º Por fi m, refl ita: como eu construí o novo tex-</p><p>to? Quais elementos do texto-base estão presentes</p><p>no novo texto? Outras pessoas, ao lerem este texto,</p><p>compreenderão a relação intertextual?</p><p>QUESTÃO 2</p><p>Sobre o conceito de intertextualidade, podemos afi r-</p><p>mar:</p><p>I. Introdução de novos elementos no texto. Pode-se</p><p>também retomar esses elementos para introduzir</p><p>novos referentes;</p><p>II. Operação responsável pela manutenção do foco</p><p>nos objetos de discurso previamente introduzidos;</p><p>III. Elemento consti tuinte do processo de escrita e</p><p>leitura, trata-se das relações dialógicas estabelecidas</p><p>entre dois ou mais textos;</p><p>IV. Pode ocorrer de maneira implícita ou explícita;</p><p>V. Responsável pela conti nuidade de um tema e pelo</p><p>estabelecimento das relações semânti cas presentes</p><p>em um texto.</p><p>Estão corretas as proposições:</p><p>(A) Todas estão corretas.</p><p>(B) Apenas I, II e V estão corretas.</p><p>(C) Apenas III e IV estão corretas.</p><p>(D) III, IV e V estão corretas.</p><p>(E) I e II estão corretas.</p><p>QUESTÃO 3</p><p>(ENEM) Quem não passou pela experiência de estar</p><p>lendo um texto e defrontar-se com passagens já lidas</p><p>em outros? Os textos conversam entre si em um diá-</p><p>logo constante. Esse fenômeno tem a denominação</p><p>de intertextualidade. Leia os seguintes textos:</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>95</p><p>I. Quando nasci, um anjo torto Desses que vivem na</p><p>sombra</p><p>Disse: Vai Carlos! Ser “gauche” na vida.</p><p>(ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. Rio de</p><p>Janeiro: Nova Aguilar, 1964)</p><p>II. Quando nasci veio um anjo safado O chato dum</p><p>querubim</p><p>E decretou que eu tava predesti nado A ser errado</p><p>assim</p><p>Já de saída a minha estrada entortou Mas vou até o</p><p>fi m.</p><p>(BUARQUE, Chico. Letra e Música. São Paulo: Cia das</p><p>Letras, 1989)</p><p>III. Quando nasci um anjo esbelto Desses que tocam</p><p>trombeta, anunciou:</p><p>Vai carregar bandeira.</p><p>Carga muito pesada pra mulher Esta espécie ainda</p><p>envergonhada.</p><p>(PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara,</p><p>1986)</p><p>Adélia Prado e Chico Buarque estabelecem intertextu-</p><p>alidade, em relação a Carlos Drummond de Andrade,</p><p>por</p><p>(A) reiteração de imagens.</p><p>(B) oposição de ideias.</p><p>(C) falta de criati vidade.</p><p>(D) negação dos versos.</p><p>(E) ausência de recursos.</p><p>QUESTÃO 4</p><p>(UFRN 2012) Observe a capa de um livro reproduzida</p><p>abaixo:</p><p>A imagem é capa do livro Memórias Desmortas de Brás</p><p>Cubas, de Pedro Vieira. Editora Tarja Editorial</p><p>(A) uma metonímia.</p><p>(B) uma transcrição literal.</p><p>(C) uma paráfrase direta.</p><p>(D) um procedimento paródico.</p><p>(E) um plágio explícito.</p><p>QUESTÃO 5</p><p>Sobre a intertextualidade explícita, podemos afi rmar</p><p>que</p><p>(A) Ocorre de maneira velada, sem a citação expressa</p><p>do texto-fonte, cabendo ao leitor reati var infor-</p><p>mações em sua memória para perceber a inter-</p><p>textualidade.</p><p>(B) Ocorre, apenas, nos textos poéti cos, não sen-</p><p>do admiti da em outros gêneros, como o gênero</p><p>anúncio publicitário.</p><p>(C) Ocorre somente por meio de paráfrase e paródia</p><p>do texto-fonte.</p><p>(D) Trata-se de um plágio do texto-fonte, ou seja, uma</p><p>transcrição integral do texto-fonte.</p><p>(E) Ocorre a citação da fonte do intertexto, podendo</p><p>ser encontrada nas citações, nos resumos, rese-</p><p>nhas e traduções, além de estar presente também</p><p>em diversos anúncios publicitários.</p><p>HABILIDADE: (EM13LP42) Acompanhar, analisar</p><p>e discuti r a cobertura da mídia diante de aconte-</p><p>cimentos e questões de relevância social, local e</p><p>global, comparando diferentes enfoques e perspec-</p><p>ti vas, por meio do uso de ferramentas de curadoria</p><p>(como agregadores de conteúdo) e da consulta a</p><p>serviços e fontes de checagem e curadoria de in-</p><p>formação, de forma a aprofundar o entendimento</p><p>sobre um determinado fato ou questão, identi fi car</p><p>o enfoque preponderante da mídia e manter-se im-</p><p>plicado, de forma críti ca, com os fatos e as questões</p><p>que afetam a coleti vidade.</p><p>OBJETIVOS DE ARPENDIZAGEM: (GO-EMLP42A)</p><p>Examinar textos de diferentes gêneros do campo</p><p>jornalísti co e midiáti co, uti lizados com a fi nalida-</p><p>de de criar e mudar comportamentos e hábitos,</p><p>considerando o uso de novas tecnologias digitais</p><p>de checagem de informação e da web 2.0, para o</p><p>desenvolvimento de uma ati tude analíti ca e críti ca.</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO: Esti lo jornalísti co:</p><p>característi cas do gênero discursivo. Linguagem</p><p>do gênero discursivo. Estudo dos gêneros: no� cia,</p><p>reportagem, relato, sinopse, resenha, entrevista,</p><p>crônica, editorial. Éti ca e intencionalidade discur-</p><p>siva. Expressividade ar� sti ca, alienação e críti ca</p><p>social. Verdade nos discursos. Análise do discurso.</p><p>Comparação entre textos.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>96</p><p>TEXTO JORNALÍSTICO</p><p>Os</p><p>textos jornalísti cos são os textos veiculados</p><p>pelos jornais, revistas, rádio e televisão, os quais pos-</p><p>suem o intuito de comunicar e informar sobre algo.</p><p>Nos dias atuais, o texto jornalísti co é provavel-</p><p>mente o gênero textual mais lido, pois possui o maior</p><p>alcance nos diversos setores da sociedade.</p><p>Estrutura do Texto Jornalísti co</p><p>A composição de um texto jornalísti co é dividida</p><p>em:</p><p>1. Pauta: escolha do tema ou assunto.</p><p>2. Apuração: recolha das informações, dados e</p><p>verifi cação da veracidade dos fatos.</p><p>3. Redação: transformação das informações num</p><p>texto.</p><p>4. Edição: correção e revisão dos textos.</p><p>A Linguagem Jornalísti ca</p><p>A linguagem jornalísti ca é em prosa e deve ser</p><p>clara, simples, imparcial e objeti va de modo a expor</p><p>para o emissor as informações mais relevantes sobre</p><p>o tema.</p><p>O desenvolvimento textual baseado no critério</p><p>básico ao responder às perguntas:</p><p> “O quê?” (acontecimento, evento, fato ocorrido);</p><p> “Quem?” (qual ou quais personagens estão</p><p>envolvidos no acontecimento);</p><p> “Quando?” (horário em que ocorreu o fato);</p><p> “Onde?” (local que aconteceu o episódio);</p><p> “Como?” (modo que ocorreu o evento);</p><p> “Por quê?” (qual a causa do evento).</p><p>No tocante à sua estrutura gramati cal, normal-</p><p>mente o texto jornalísti co apresenta frases curtas e</p><p>ideias sucintas, as quais favorecem a objeti vidade do</p><p>texto. O jornal é um veículo portador de diferentes</p><p>gêneros textuais. Portanto, eles podem apresentar</p><p>uma linguagem conotati va (fi gurada), na medida em</p><p>que desenvolve os diversos ti pos de textos:</p><p> narrati vo;</p><p> descriti vo;</p><p> dissertati vo-opinati vo;</p><p> injunti vo;</p><p> expositi vo.</p><p>Texto Informati vo</p><p>Os textos informati vos são um dos gêneros mais</p><p>presentes nos textos jornalísti cos. Eles englobam as</p><p>produções textuais objeti vas em prosa, baseadas na</p><p>linguagem clara e direta (linguagem denotati va). Tem</p><p>como objeti vo principal transmiti r informações.</p><p>Gêneros Jornalísti cos</p><p> editorial;</p><p> no� cia;</p><p> reportagens;</p><p> entrevistas;</p><p> textos publicitários;</p><p> classifi cados;</p><p> arti gos;</p><p> crônicas;</p><p> resenhas;</p><p> charges;</p><p> cartas do leitor.</p><p>Exemplos de Textos Jornalísti cos</p><p>Medicamentos Genéricos</p><p>Os medicamentos genéricos estão identi fi cados</p><p>com a sigla MG nas embalagens. Eles são aprovados</p><p>pela INFARMED, que disponibiliza uma lista de medi-</p><p>camentos genéricos online. A cada medicamento é</p><p>atribuída uma A.I.M. (Autorização de Introdução no</p><p>Mercado) com um respeti vo número de registo. Se-</p><p>gundo a lei, estes medicamentos podem unicamente</p><p>ser comercializados depois do período de proteção de</p><p>patente do medicamento de referência ter expirado</p><p>(um período aproximado de 20 anos).</p><p>Medicamentos de Marca</p><p>Os medicamentos genéricos podem ter, no en-</p><p>tanto, substâncias não ati vas diferentes dos medica-</p><p>mentos originais, como corantes, açúcares e amidos,</p><p>podendo diferir em tamanho, sabor ou forma destes.</p><p>Apesar das substâncias ati vas (os chamados excipien-</p><p>tes) disti nguirem-se entre medicamentos de marca e</p><p>medicamentos genéricos, as diferenças não acusam</p><p>normalmente no efeito terapêuti co</p><p>Nem toda a medicação de marca tem um medi-</p><p>camento genérico equivalente.</p><p>Medicamentos Genéricos ou Medicamentos de</p><p>Marca?</p><p>Ao adquirir medicamentos genéricos mais bara-</p><p>tos, os utentes desfrutam de uma comparti cipação</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>97</p><p>igual ou superior à que já ti nham. Os utentes que</p><p>comprarem medicamentos mais caros, veem a sua</p><p>comparti cipação ser reduzida.</p><p>Pode simular na página da DECO os medicamentos</p><p>mais baratos entre medicamentos de marca e medi-</p><p>camentos genéricos.</p><p>Gênero Textual No� cia</p><p>A No� cia é um gênero textual jornalísti co e não</p><p>literário que está presente em nosso dia a dia, sendo</p><p>encontrada principalmente nos meios de comunica-</p><p>ção.</p><p>Trata-se, portanto de um texto informati vo sobre</p><p>um tema atual ou algum acontecimento real, veicu-</p><p>lada pelos principais meios de comunicação: jornais,</p><p>revistas, meios televisivos, rádio, internet, dentre</p><p>outros.</p><p>Característi cas da No� cia</p><p>As principais caraterísti cas do gênero textual no-</p><p>� cia são:</p><p> Texto de cunho informati vo;</p><p> Textos descriti vos e/ou narrati vos;</p><p> Textos relati vamente curtos;</p><p> Veiculado nos meios de comunicação;</p><p> Linguagem formal, clara e objeti va;</p><p> Textos com � tulos (principal e auxiliar);</p><p> Textos em terceira pessoa (impessoais);</p><p> Discurso indireto;</p><p> Fatos reais, atuais e coti dianos.</p><p>Estrutura e Exemplo de No� cia</p><p>Geralmente as no� cias seguem uma estrutura</p><p>básica classifi cada em:</p><p>Título Principal e Título Auxiliar</p><p>A no� cia é formada por dois � tulos, ou seja, um</p><p>principal, também chamado de Manchete, que sinteti -</p><p>za o tema que será abordado, e outro um pouco maior,</p><p>o qual auxilia o entendimento do � tulo principal, ou</p><p>seja, é um recorte do assunto que será explorado,</p><p>por exemplo:</p><p>Lide</p><p>Na linguagem jornalísti ca, a Lide corresponde à</p><p>introdução da no� cia, portanto, trata-se do primei-</p><p>ro parágrafo que responderá as perguntas: O Que?</p><p>Quem? Quando? Onde? Como? Porque?</p><p>Trata-se de um parágrafo em que todas as infor-</p><p>mações que estarão conti das na no� cia deverão apa-</p><p>recer. É uma ferramenta muito importante, visto que</p><p>desperta a atenção do leitor para a leitura da no� cia.</p><p>Segue abaixo um exemplo:</p><p>O Rio de Janeiro, sede dos jogos Olímpicos e Parao-</p><p>límpicos de 2016, vem se preparando para receber</p><p>milhões de turistas no maior evento esporti vo do</p><p>planeta. Os Jogos Olímpicos ocorrerão entre os dias</p><p>05 e 21 de agosto e os Jogos Paraolímpicos, que</p><p>contempla os atletas com necessidades especiais,</p><p>acontecerão de 7 a 18 de setembro.</p><p>Corpo da No� cia</p><p>Nessa parte, será apresentada a no� cia com descri-</p><p>ções mais detalhadas. Segue abaixo um exemplo:</p><p>Segundo a página ofi cial do “Rio 2016”, os Jogos</p><p>Olímpicos vão ocorrer durante 17 dias (05 e 21 de</p><p>agosto) em quatro regiões da Cidade Maravilhosa,</p><p>que totalizam 32 locais de competi ção: Copacaba-</p><p>na, Barra, Maracanã e Deodoro. As Modalidades</p><p>Olímpicas incluem 42 esportes, onde parti ciparão</p><p>10.500 atletas de 206 países. Duas novas modali-</p><p>dades foram inclusas nos jogos Olímpicos de 2016:</p><p>o Golfe e o Rugby.</p><p>Já os Jogos Paraolímpicos, desti nados para atletas</p><p>com necessidades especiais, acontecerão durante</p><p>11 dias (7 a 18 de setembro) nas mesmas regiões da</p><p>cidade (Copacabana, Barra, Maracanã e Deodoro),</p><p>que no total contemplam 20 locais de competi ção.</p><p>São 23 modalidades esporti vas, onde parti ciparão</p><p>4.350 atletas de 178 países. A novidade é a inclu-</p><p>são de duas novas modalidades: a Canoagem e o</p><p>Triatlo.</p><p>Gênero Textual Reportagem</p><p>O que é reportagem?</p><p>A reportagem é um gênero textual jornalísti co não</p><p>literário veiculado nos meios de comunicação: jornais,</p><p>revistas, televisão, internet, rádio, dentre outros.</p><p>Esse ti po de texto tem o intuito de informar, ao</p><p>mesmo tempo que prevê criar uma opinião nos lei-</p><p>tores. Portanto, ela possui uma função social muito</p><p>importante como formadora de opinião.</p><p>Embora a reportagem possa ser expositi va, infor-</p><p>mati va, descriti va, narrati va ou opinati va, ela não deve</p><p>ser confundida com a no� cia ou os arti gos opinati vos.</p><p>Assim, uma reportagem é expositi va e informati -</p><p>va, pois tem o propósito de expor informações sobre</p><p>um determinado assunto para informar o leitor.</p><p>Ela também pode ser descriti va e narrati va, uma</p><p>vez que descreve ações e incluem tempo, espaço e</p><p>personagens.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>98</p><p>Por fi m, a reportagem é também um texto opina-</p><p>ti vo, uma vez que apresenta juízos de valor sobre o</p><p>que está sendo discorrido.</p><p>Vale lembrar que o repórter é a pessoa que está</p><p>responsável por apresentar a reportagem que aborda</p><p>temas da sociedade em geral.</p><p>Principais característi cas da reportagem</p><p> Textos escritos em primeira e terceira pessoa;</p><p> Presença de � tulos;</p><p> Foco em temas sociais, políti cos, econômicos;</p><p> Linguagem simples, clara e dinâmica;</p><p> Discurso direto e indireto;</p><p> Objeti vidade e subjeti vidade;</p><p> Linguagem formal;</p><p> Textos assinados pelo autor.</p><p>Estrutura da reportagem</p><p>Embora apresente uma</p><p>estrutura similar à da no-</p><p>� cia, a reportagem é mais ampla e menos rígida na</p><p>estrutura textual.</p><p>Ela pode incluir as opiniões e interpretações do</p><p>autor, entrevistas e depoimentos, análises de dados e</p><p>pesquisa, causas e consequências, dados esta� sti cos,</p><p>dentre outros.</p><p>Estrutura básica da reportagem</p><p>A estrutura básica dos textos jornalísti cos é divi-</p><p>dida em três partes:</p><p>1. Título principal e secundário: as reportagens,</p><p>tal qual as no� cias, podem apresentar dois � tulos, um</p><p>principal e mais abrangente (chamado de Manchete),</p><p>e outro secundário (uma espécie de sub� tulo) e mais</p><p>específi co.</p><p>2. Lide: na linguagem jornalísti ca a lide correspon-</p><p>de aos primeiros parágrafos dos textos jornalísti cos,</p><p>os quais devem conter as informações mais importan-</p><p>tes que serão discorridas pelo autor. Portanto, a lide</p><p>pode ser considerada uma espécie de resumo, onde</p><p>as palavras-chave serão apontadas.</p><p>3. Corpo do texto: desenvolvimento do texto, sem</p><p>perder de vista o que foi apresentado na Lide. Nessa</p><p>parte, o repórter reúne todas as informações e as</p><p>apresenta num texto coeso e coerente.</p><p>Diferença entre reportagem e no� cia</p><p>Geralmente, as reportagens são textos mais lon-</p><p>gos, opinati vos e assinados pelos repórteres. Por esse</p><p>moti vo, a reportagem é um texto que precisa de mais</p><p>tempo para ser elaborado pelo repórter. Nela, se de-</p><p>senvolve um debate sobre um tema, de modo mais</p><p>abrangente que a no� cia.</p><p>Já as no� cias são textos relati vamente curtos e</p><p>impessoais que possuem o intuito de somente infor-</p><p>mar o leitor de um fato atual ocorrido.</p><p>Logo, podemos dizer que a no� cia faz parte do jor-</p><p>nalismo informati vo, enquanto as reportagens fazem</p><p>parte do chamado jornalismo opinati vo.</p><p>Texto Editorial</p><p>O texto editorial é um ti po de texto jornalísti co</p><p>que geralmente aparece no início das colunas. Dife-</p><p>rente dos outros textos que compõem um jornal, de</p><p>caráter informati vo, os editoriais são textos opinati -</p><p>vos.</p><p>Embora sejam textos de caráter subjeti vo, eles</p><p>podem apresentar certa objeti vidade. Isso porque são</p><p>os editoriais que apresentam os assuntos que serão</p><p>abordados em cada seção do jornal, ou seja, Políti ca,</p><p>Economia, Cultura, Esporte, Turismo, País, Cidade,</p><p>Classifi cados, entre outros.</p><p>Os textos são organizados pelos editorialistas, que</p><p>expressam as opiniões da equipe e, por isso, não rece-</p><p>bem a assinatura do autor. No geral, eles apresentam</p><p>a opinião do meio de comunicação (revista, jornal,</p><p>rádio, etc.).</p><p>Tanto nos jornais como nas revistas podemos en-</p><p>contrar os editoriais inti tulados como</p><p>“Carta ao Leitor” ou “Carta do Editor”.</p><p>Exemplos:</p><p>TEXTO I - Editorial de jornal</p><p>Protestos no Brasil e a Crise Econômica</p><p>Desde o ano passado nos deparamos com as</p><p>diversas manifestações que se espalham pelas ca-</p><p>pitais e cidades do país. Todas elas demostram a</p><p>insati sfação dos brasileiros com a políti ca, econo-</p><p>mia e os problemas sociais no geral.</p><p>O que mais ouvimos no café, no supermercado,</p><p>nas paragens de ônibus ou mesmo no trânsito são</p><p>frases do ti po: “Aonde vamos parar”, “Isso é culpa</p><p>do PT”, “Estamos afundando” “O preço das coisas</p><p>aumentam e nosso salário nunca”.</p><p>Essas frases proferidas pelos mais diversos ti -</p><p>pos de brasileiros nos indicam que a insati sfação e</p><p>a crise econômica cresce cada vez mais no país, e</p><p>os que tem possibilidades (mínima parcela) estão</p><p>deixando o Brasil para terem vidas melhores longe</p><p>da nação verde e amarelo. [...]</p><p>Sabemos que a chave para a solução dos pro-</p><p>blemas instaurados no país, de ordem social, polí-</p><p>ti ca e econômica tem somente uma alternati va: o</p><p>investi mento em políti cas públicas voltadas para</p><p>o desenvolvimento educati vo no país, sobretudo</p><p>da implementação de disciplinas que abordem as</p><p>questões sobre diversidade, pluralidade e gênero.</p><p>[...]</p><p>Disponível em: h� ps://brainly.com.br/tarefa/31491234.</p><p>Acesso em: 12 maio 2022.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>99</p><p>TEXTO II – Editorial de revista.</p><p>Editorial de revista</p><p>Neste mês de natal, celebramos o nascimento</p><p>do menino Jesus. Nada melhor que reunir a família</p><p>e curti r esse momento tão especial de encontro,</p><p>amor, compreensão e tolerância.</p><p>Por conta disso, a revista feminina nesse mês</p><p>apresenta um arti go sobre a “Origem e História do</p><p>Natal”, além de oferecer dicas de presentes nata-</p><p>linos para toda a família.</p><p>Ademais, você não deve perder as novidades</p><p>sobre a moda nesse verão e, ainda, fi car</p><p>alerta no arti go sobre os “Melhores Concelhos</p><p>para Economizar”.</p><p>Para além disso, apresentamos diversas dicas</p><p>de viagem para esse fi nal de ano em todas as regi-</p><p>ões do Brasil e muitas receitas natalinas práti cas,</p><p>rápidas e fáceis de preparar.</p><p>Aproveite o fi nal do ano para se diverti r com</p><p>toda a família e amigos e não se esqueça que o</p><p>espírito de natal deverá ser aproveitado para nos</p><p>tornar pessoas cada vez melhores.</p><p>Encha seu coração de tudo que há de melhor:</p><p>amor, alegria, compreensão, harmonia e tolerância.</p><p>Desejamos-lhes boa leitura e um feliz natal!</p><p>Equipe Revista Feminina</p><p>Disponível em: h� ps://brainly.com.br/tarefa/26830708</p><p>. Acesso em: 12 maio 2022.</p><p>Característi cas</p><p>Tal como vemos nos exemplos acima, as caracte-</p><p>rísti cas dos editoriais jornalísti cos que se destacam</p><p>são:</p><p> Caráter objeti vo e subjeti vo;</p><p> Linguagem simples e clara;</p><p> Textos dissertati vos-argumentati vos;</p><p> Temas da atualidade;</p><p> Textos relati vamente curtos.</p><p>ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM</p><p>Leia o texto a seguir:</p><p>Mudanças climáti cas estão tornando</p><p>ondas de calor cada vez mais intensas</p><p>As mudanças climáti cas tornaram mais intensas</p><p>as últi mas ondas de calor que casti garam diversos pa-</p><p>íses, mostram cienti stas ingleses. Em um estudo feito</p><p>em parceria com o centro de pesquisa internacional</p><p>World Weather A� ributi on (WWA), os especialistas</p><p>comprovaram que a elevação da temperatura global</p><p>também pode aumentar a frequência e intensidade</p><p>de inundações e secas em algumas regiões do mun-</p><p>do. [...]</p><p>O aumento das temperaturas também fez com</p><p>que as chuvas e inundações recordes na Alemanha e</p><p>na Bélgica, que deixaram mais de 200 mortos em julho</p><p>do ano passado, fossem nove vezes mais prováveis.</p><p>“A onda de calor que ati ngiu a Índia e o Paquistão, no</p><p>mês passado, ainda está sob análise”, informou O� o</p><p>à AFP. “Mas o quadro geral é bastante assustador”,</p><p>acrescentou o especialista.</p><p>Disponível em: h� ps://ti nyurl.com/GEPROMLPI960</p><p>.Acesso em: 12 maio 2022.</p><p>01. A mensagem principal do texto é sobre</p><p>(A) mudanças climáti cas intensifi cam as ondas de</p><p>calor.</p><p>(B) cienti stas ingleses descobrem as mudanças climá-</p><p>ti cas.</p><p>(C) parcerias com o centro de pesquisas internacio-</p><p>nais.</p><p>(D) aumento de inundações em algumas regiões do</p><p>mundo.</p><p>(E) mortes em inundações na Bélgica e Alemanha.</p><p>02. O texto tem a fi nalidade de</p><p>(A) opinar sobre as mudanças climáti cas.</p><p>(B) argumentar sobre o aquecimento global.</p><p>(C) informar sobre as mudanças climáti cas.</p><p>(D) discuti r sobre fenômenos naturais.</p><p>(E) refl eti r sobre questões climáti cas globais.</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>Disponível em: h� ps://ti nyurl.com/GEPROMLPI591</p><p>.Acesso em: 12 maio 2022.</p><p>03. Quanto ao gênero textual, temos um/uma</p><p>(A) no� cia, pois informa sobre as enchentes nas ci-</p><p>dades.</p><p>(B) ti rinha, pois ela narra sobre o drama das chuvas.</p><p>(C) editorial, pois opina sobre problemas sociais.</p><p>(D) cartum, pois de forma irônica aborda sobre as</p><p>enchentes.</p><p>(E) arti go de opinião, pois argumenta sobre as en-</p><p>chentes.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>100</p><p>TRABALHO EM GRUPO</p><p>Siga as orientações.</p><p>1º Pesquise e debata com seus colegas algum</p><p>problema local.</p><p>2º Registre em seu caderno de forma resumida</p><p>um esquema sobre o assunto tratado.</p><p>3º Em seguida, elabore um texto, levando em</p><p>consideração as característi cas do gênero textual re-</p><p>portagem.</p><p>4º Resuma o texto, escolha um represente do</p><p>grupo para gravar a reportagem. Após a conclusão</p><p>os vídeos podem ser comparti lhados na sala de aula,</p><p>redes sociais da escola e ou grupos de WhatsApp.</p><p>HABILIDADE: (EM13LP06) Analisar efeitos de senti -</p><p>do decorrentes de usos expressivos</p><p>para melhor dominar”, dizia-se que ela servia a</p><p>“rituais e sacri� cios selvagens” e que era feita apenas</p><p>de “ídolos toscos e disformes” — de “feti ches”. Mas,</p><p>se todas as sociedades - anti gas ou atuais - têm sua</p><p>arte, então por que a necessidade dessa ênfase? Antes</p><p>de mais nada, é importante percebemos que, mesmo</p><p>indiscriminada nos depósitos dos museus da Europa,</p><p>essa - que se convencionou um dia chamar de arte</p><p>africana - nunca deixou de resplandecer sua beleza e</p><p>vitalidade. Apesar da depreciação e preconceito com</p><p>que foi antes julgada, ela é, hoje, procurada pelos</p><p>grandes colecionadores e apreciadores internacionais</p><p>de arte. Além da produção dos arti stas modernos e</p><p>contemporâneos da África (aliás, muito pouco difun-</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>12</p><p>didos entre nós) são muitas as artes desse grande</p><p>conti nente, entre elas, as chamadas “tradicionais”. É a</p><p>essas criações, vindas de centenas de culturas que se</p><p>dá o nome de “arte africana” — como se fosse uma só!</p><p>Atualmente são reconhecidas suas técnicas milenares,</p><p>suas formas sofi sti cadas e suas “mãos-de-arti stas”. A</p><p>recente exposição das obras-primas da África trazi-</p><p>da ao Brasil pelo Museu Etnológico de Berlim tentou</p><p>mostrar que não há máscaras sem música nem dan-</p><p>ça, e que há um design digno de nota desde tempos</p><p>imemoriais na África. Pois, de fato, a arte africana é</p><p>plural e multi dimensional. Mas exposição nenhuma</p><p>jamais poderia recuperar a força das rochas, fontes e</p><p>matas que abrigavam estátuas, nem o ambiente dos</p><p>palácios, templos, altares em que se situavam. Forma-</p><p>vam conjunto com outras peças e seu entorno: eram</p><p>arquiteturais e espaciais, porém muitas não podiam</p><p>ser tocadas, nem ao menos vistas. E daí ti rarmos: nem</p><p>toda produção plásti ca da África era visual.</p><p>A arte africana não é primiti va nem estáti ca. Há</p><p>peças datadas desde o século V a.C. atestando uma</p><p>história da arte africana, mesmo que ainda não es-</p><p>crita por palavras. É certo que muitos dados estão</p><p>irremediavelmente perdidos: objetos foram destruí-</p><p>dos, queimados ou fragmentados ao gosto ocidental</p><p>e moral cristã; ateliês renomados foram exti ntos e</p><p>muitas produções interrompidas durante o período</p><p>colonial na África (1894-c.1960). Mesmo assim, as</p><p>peças dessa arte africana remanescente “falam” de</p><p>dentro de si e por si mesmas através de volumes, tex-</p><p>turas e materiais; veiculam um discurso estruturado</p><p>reservado aos anciãos, sábios e sacerdotes. Alguns</p><p>arti stas, como os do Reino de Benim, exerciam função</p><p>de escriba, descrevendo a história do reino por meio</p><p>de ícones fi gurati vos em placas de latão que teriam</p><p>recoberto as pilastras do palácio real.</p><p>O desenho de joias e as texturas entalhadas na</p><p>super� cie de certos objetos da arte africana também</p><p>consti tuem uma linguagem gráfi ca parti cular. São pa-</p><p>drões e modelos sinalizando origem e identi dade que</p><p>aparecem também na arquitetura, na tecelagem ou</p><p>na arte corporal. A arte africana é multi vocal.</p><p>Por exemplo, o tratamento do penteado dado a</p><p>estátuas e estatuetas pelos escultores revela, muitas</p><p>vezes, o elaborado trançado do cabelo das pessoas,</p><p>e, mesmo, a práti ca cultural, em algumas sociedades,</p><p>da modelagem paulati na do crânio dos que ti nham</p><p>status (caso dos mangbetu, do ex-Congo Belga, atual</p><p>República Democráti ca do Congo-RDC). É, para eles,</p><p>ao mesmo tempo, expressão do belo. Atribuía-se</p><p>signifi cado até às matérias-primas empregadas na</p><p>criação estéti ca — elas davam “força” à obra, acres-</p><p>cida, por fi m, quando ela ganhava um nome, uma</p><p>desti nação. Tornava-se, então, parte integrante da</p><p>vida coleti va. Por isso, diz-se que a arte africana é</p><p>uma “arte funcional”.</p><p>Bronze head from Ife, Briti sh Museum Objects in Focus,2010.</p><p>Cabeça desenterrada em 1938 em Ifé, junto com outras 12</p><p>A arte africana, porém, não é apenas “religiosa”</p><p>como se diz, mas sobretudo fi losófi ca. A evocação dos</p><p>mitos nas artes da África é um tributo às origens, ao</p><p>passado —, com vistas à perpetuação — no futuro</p><p>— da cultura, da sociedade, do território. E, assim,</p><p>essas artes “relatam” o tempo transcorrido; tocam</p><p>no problema da espacialidade e da oralidade.</p><p>Muitas esculturas, como a máscara kpelié dos</p><p>senufo, não é feita apenas para dançar, mas para</p><p>celebrar mitos. A estatueta feminina que vai no alto</p><p>do crânio da face esculpida de que se consti tui essa</p><p>máscara, parece estar gestando, prestes a dar à luz a</p><p>um fi lho. O interessante é que, em muitos exemplares</p><p>similares, essa forma superior da máscara kpelié não</p><p>é o de uma mulher, mas de um pássaro associado à</p><p>origem dessa cultura. Ela, assim como outras criações</p><p>estéti cas da África, constela aspectos da existência e</p><p>do cosmo, ou seja, tudo o que envolve a humanida-</p><p>de — o Homem em sua interioridade sensorial e na</p><p>sua relação com o mundo ao redor. E nisso, vemos</p><p>também que a arte africana é dual. É uma clara alusão</p><p>à consciência do Homem sobre a magnitude da Na-</p><p>tureza e de sua relação intrínseca com ela. Podemos</p><p>dizer que vem desse diálogo entre conti nente-conte-</p><p>údo, matéria-pensamento, espaço-energia - diálogo</p><p>que caracteriza a arte na África - o sopro que renova</p><p>a Arte Mundial.</p><p>África: cultura material e história</p><p>Para compreendermos a cultura material das so-</p><p>ciedades africanas, a primeira questão que se impõe</p><p>é a imagem que até hoje perdura da África, como se</p><p>até sua “descoberta”, fosse esse conti nente perdido na</p><p>obscuridade dos primórdios da civilização, em plena</p><p>barbárie, numa luta entre Homem e Natureza.</p><p>De fato, a história dos povos africanos é a mesma</p><p>de toda humanidade: a da sobrevivência material, mas</p><p>também espiritual, intelectual e ar� sti ca, o que fi cou</p><p>à margem da compreensão nas bases do pensamento</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>13</p><p>ocidental, como se a refl exão entre Homem e Cultura</p><p>fosse seu atributo exclusivo, e como se Natureza e</p><p>Cultura fossem fatores antagônicos.</p><p>Máscara kpelié dos senufo</p><p>E é isso que fez com que a distorção da imagem</p><p>do conti nente africano, ati ngisse também os povos</p><p>que ali habitavam. De acordo com as ciências do sé-</p><p>culo XIX, inspiradas no evolucionismo biológico de</p><p>Charles Darwin, povos como os africanos estariam</p><p>num estágio cultural e histórico correspondente aos</p><p>ancestrais da Humanidade. Dotados do alfabeto como</p><p>instrumento de dominação não apenas cultural, mas</p><p>econômica também, os europeus estavam em busca</p><p>de suas origens, senti ndo-se no vérti ce da pirâmide</p><p>do desenvolvimento humano e da História. Vem daí</p><p>as relações estabelecidas entre Raça e Cultura, cor-</p><p>roborando com essa distorção.</p><p>Por isso, a história da África, pelo menos antes do</p><p>contato com o mundo ocidental, em parti cular antes</p><p>da colonização, não pode ser compreendida tomando-</p><p>-se como referência a organização dominante adota-</p><p>da pelas sociedades ocidentais. Normalmente fi ca no</p><p>esquecimento, dado ao fato colonial, que não existe</p><p>uma África anterior, a que se convencionou chamar</p><p>África tradicional, diversa e independente, com suas</p><p>parti cularidades sociais, econômicas e culturais.</p><p>As sociedades ocidentais, assim chamadas por</p><p>oposição às não-ocidentais (não-europeias), se es-</p><p>truturaram fundamentalmente sob o modo de pro-</p><p>dução capitalista. Além disso, o modo de produção</p><p>dominante (não existe apenas um) numa sociedade</p><p>pode nos dizer muito sobre a vida dessa sociedade,</p><p>mas certamente não comporta explicações de todas</p><p>as dimensões de como os homens que a consti tuem</p><p>compreendem sua vida e modelam sua existência.</p><p>A degeneração da imagem das sociedades africa-</p><p>nas, de suas ciências, e de seus produtos é resultado</p><p>do projeto do Capitalismo, que difundiu a ideia de que</p><p>o conti nente africano é tórrido e cheio de tribos per-</p><p>didas na História e na Civilização. É resultado também</p><p>do etnocentrismo das ciências europeias do século</p><p>XIX. É necessário, pois, ver de que História e de que</p><p>Civilização se trata. E do ponto de vista histórico-e-</p><p>conômico, o imperialismo colonial na África é meio e</p><p>produto do Capital, uma das grandes invenções que</p><p>vem desde a era</p><p>da linguagem,</p><p>da escolha de determinadas palavras ou expressões</p><p>e da ordenação, combinação e contraposição de pa-</p><p>lavras, dentre outros, para ampliar as possibilidades</p><p>de construção de senti dos e de uso críti co de língua.</p><p>OBJETIVO DE ARPENDIZAGEM: (GO-EMLP06B)</p><p>Analisar as funções da linguagem como recursos</p><p>expressivos da língua, considerando as diversas</p><p>situações textuais para conhecer as intencionali-</p><p>dades comunicati vas.</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO: Vozes do discurso.</p><p>Gêneros discursivos (poemas, contos, crônicas,</p><p>ti ras, charges, diários, propagandas, classifi cados,</p><p>receitas, reportagens).</p><p>PESSOAS DO DISCURSO</p><p>Pessoa gramati cal</p><p>Existem três pessoas gramati cais no português:</p><p>primeira pessoa, segunda pessoa e terceira pessoa.</p><p>Variam em número, ocorrendo no singular e no plural,</p><p>e são representadas principalmente por pronomes</p><p>pessoais retos.</p><p>1. ª pessoa do singular: eu</p><p>2. ª pessoa do singular: tu</p><p>3. ª pessoa do singular: ele ou ela</p><p>1. ª pessoa do plural: nós</p><p>2. ª pessoa do plural: vós</p><p>3. ª pessoa do plural: eles ou elas</p><p>As pessoas gramati cais indicam a posição que uma</p><p>pessoa ocupa no discurso: se é falante, se é ouvinte</p><p>ou se é o objeto do discurso</p><p>a 1.ª pessoa é a pessoa que fala;</p><p>a 2.ª pessoa é a pessoa com quem se fala; a 3.ª</p><p>pessoa é a pessoa de quem se fala.</p><p>As pessoas gramati cais são também chamadas de</p><p>pessoas verbais ou pessoas do discurso.</p><p>Primeira pessoa gramati cal</p><p>A primeira pessoa gramati cal é a pessoa que fala,</p><p>sendo o falante, locutor ou emissor do discurso. No</p><p>singular indica que há apenas uma pessoa que fala</p><p>(eu). No plural indica que há pelo menos duas pessoas</p><p>que falam (nós).</p><p>• Eu comprei uma bicicleta.</p><p>• Nós compramos uma bicicleta.</p><p>Segunda pessoa gramati cal</p><p>A segunda pessoa gramati cal é a pessoa a quem se</p><p>fala, sendo o ouvinte, receptor ou interlocutor do dis-</p><p>curso. No singular indica que há apenas uma pessoa a</p><p>quem se fala (tu ou você). No plural indica que há pelo</p><p>menos duas pessoas a quem se fala (vós ou vocês).</p><p>• Tu compraste uma bicicleta.</p><p>• Vós comprastes uma bicicleta.</p><p>• Você comprou uma bicicleta.</p><p>• Vocês compraram uma bicicleta.</p><p>Você é um pronome de tratamento informal que</p><p>se refere à segunda pessoa do discurso, indicando</p><p>uma pessoa a quem se fala, mas que estabelece con-</p><p>cordância verbal com a terceira pessoa do discurso:</p><p>• você (2.ª pessoa) sabe (3.ª pessoa);</p><p>• você (2.ª pessoa) quer (3.ª pessoa);</p><p>• você (2.ª pessoa) pode (3.ª pessoa);</p><p>• você (2.ª pessoa) tem (3.ª pessoa).</p><p>Terceira pessoa gramati cal</p><p>A terceira pessoa gramati cal é a pessoa de quem</p><p>se fala, sendo o referente, o assunto ou objeto do</p><p>discurso. No singular indica que há apenas uma pes-</p><p>soa de quem se fala (ele ou ela). No plural indica que</p><p>há pelo menos duas pessoas de quem se fala (eles</p><p>ou elas).</p><p>• Ele comprou uma bicicleta.</p><p>• Ela comprou uma bicicleta.</p><p>• Eles compraram uma bicicleta.</p><p>• Elas compraram uma bicicleta.</p><p>Como identi fi car as pessoas gramati cais?</p><p>Além dos pronomes pessoais retos, as pessoas</p><p>verbais também podem ser defi nidas por outros pro-</p><p>nomes, como os pronomes pessoais oblíquos e os</p><p>pronomes possessivos, bem como pelas terminações</p><p>verbais, nomeadamente as desinências que indicam</p><p>o número e a pessoa a qual se refere a ação verbal</p><p>(desinência número pessoal).</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>101</p><p>Pronomes que defi nem as pessoas gramati cais</p><p>Desinências que defi nem as pessoas gramati cais</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>102</p><p>Discurso e Texto</p><p>Intertexto e discurso: O uso da linguagem permeia</p><p>todas as nossas ati vidades diárias. A linguagem é o ali-</p><p>cerce da nossa comunicação e a uti lizamos em nossas</p><p>conversas diárias, em propagandas, em anotações,</p><p>no registro de conhecimentos e fatos históricos, etc.</p><p>Intertexto e Discurso</p><p>Essa linguagem pode se apresentar como texto</p><p>e como discurso. Vem com a gente saber tudo sobre</p><p>este assunto para gabaritar as questões de língua por-</p><p>tuguesa no Enem e nos vesti bulares! É cada vez maior</p><p>o número de questões que exigem a interpretação de</p><p>textos não verbais pelos candidatos.</p><p>É preciso saber ‘ler’ e analisar imagens, gráfi cos,</p><p>gráfi cos, mapas e outras formas de representação não</p><p>verbal da linguagem. Confi ra agora um exemplo!</p><p>Análise de Texto e discurso:</p><p>A charge a seguir retrata uma reunião internacio-</p><p>nal sobre aquecimento global em Copenhague (leia</p><p>o boxe abaixo). Analise o texto e levante hipóteses.</p><p>Em seguida, responda ao questi onário logo abaixo.</p><p>1. Quem são as três personagens sentadas à</p><p>mesa? O que elas estão fazendo? Provavelmente são</p><p>representantes de países que parti cipam do encon-</p><p>tro; elas discutem como solucionar o problema do</p><p>aquecimento global.</p><p>2. Quem está assisti ndo ao debate? Provavel-</p><p>mente são jornalistas de todo o mundo, que fazem a</p><p>cobertura do evento.</p><p>3. Por que todos estão com fones de ouvido? Ex-</p><p>plique. Como se trata de um encontro internacional,</p><p>os fones de ouvido permitem a tradução simultânea</p><p>do que é falado.</p><p>O que foi a Convenção de Copenhague?</p><p>A Convenção de Copenhague, ocorrida em de-</p><p>zembro de 2009, em Copenhague, Dinamarca, foi o</p><p>15º encontro dos países signatários do acordo inter-</p><p>nacional que visa combater o aquecimento global.</p><p>Desde o início das ati vidades do acordo, fi rmado</p><p>no Rio de Janeiro, em 1992, o mais fru� fero encontro</p><p>do grupo foi o de 1997, que elaborou o protocolo de</p><p>Kyoto.</p><p>• Servindo bebidas, o garçom diz: “Acabou o</p><p>gelo”. Considerando o contexto e os papéis</p><p>sociais dos envolvidos no ato comunicati vo,</p><p>responda:</p><p>1. Por que todos fi cam desconcertados com a</p><p>afi rmação do garçom? Porque, no contexto –</p><p>uma discussão sobre aquecimento global –, o</p><p>que mais se teme é justamente o fi m das regi-</p><p>ões frias do planeta.</p><p>2. Essa frase, dita em outro contexto comuni-</p><p>cati vo, causaria o mesmo mal-estar? Provavel-</p><p>mente não.</p><p>• Segundo o teórico russo Mikhail Bakhti n, o</p><p>senti do dos enunciados está diretamente vin-</p><p>culado à situação em que são produzidos. Jean,</p><p>o autor da charge, levou em conta esse dado</p><p>para criar humor? Por quê? Sim, pois o autor</p><p>joga com os papéis sociais e com o contexto.</p><p>• As pessoas levam susto com a afi rmação por-</p><p>que momentaneamente não percebem que é o</p><p>garçom quem está falando a frase, e não algum</p><p>representante do debate internacional.</p><p>A charge que você leu é um bom exemplo do uso</p><p>que se pode fazer da linguagem verbal e dos efeitos</p><p>de senti do criados em determinadas situações. Ela</p><p>retrata uma situação comunicati va em que as perso-</p><p>nagens interagem por meio da linguagem. O garçom,</p><p>que fala, é o locutor; as demais personagens são os</p><p>locutários. Nessa situação comunicati va, a fala cons-</p><p>ti tui o texto verbal.</p><p>Texto verbal é uma unidade linguísti ca concreta,</p><p>percebida pela audição (na fala) ou pela visão (na es-</p><p>crita), que tem unidade de senti do e intencionalidade</p><p>comunicati va.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>103</p><p>:</p><p>Conclusão da Análise de Texto da Charge:</p><p>Como você pôde notar na charge, o enunciado (a</p><p>fala) não é o único elemento responsável pela produ-</p><p>ção de senti do na interação verbal.</p><p>Além dos enunciados, há nas situações comu-</p><p>nicati vas outros elementos que também auxiliam</p><p>na construção do senti do: os papéis sociais que os</p><p>interlocutores desempenham (no caso da charge, o</p><p>papel de representantes dos países, o do garçom e</p><p>o de repórteres), a intenção do locutor (no caso, a</p><p>consciência do problema do aquecimento global), as</p><p>circunstâncias históricas ou sociais em que se dá a</p><p>comunicação (no caso, a convenção em Copenhague</p><p>para propor soluções e medidas para frear o aqueci-</p><p>mento global), etc.</p><p>Por outro lado, se considerarmos que Jean, o au-</p><p>tor, é o locutor do texto e que o texto pertence ao</p><p>gênero charge, então percebemos que a intenção do</p><p>locutor e a fi nalidade central do texto são criar humor</p><p>e diverti r.</p><p>A esse conjunto de fatores que formam a situa-</p><p>ção na qual o texto é produzido chamamos contexto</p><p>discursivo. E ao conjunto da ati vidade comunicati va,</p><p>ou seja, à reunião de texto e contexto discursivo, cha-</p><p>mamos</p><p>discurso.</p><p>Discurso é a ati vidade comunicati va – consti tuída</p><p>de texto e contexto discursivo (quem fala, com quem</p><p>fala, com que fi nalidade, etc) – capaz de gerar senti do</p><p>desenvolvida entre interlocutores.</p><p>ATIVIDADES</p><p>Questão 01 (ENEM 2010)</p><p>MOSTRE QUE SUA MEMÓRIA É MELHOR DO QUE A</p><p>DE COMPUTADOR E GUARDE ESTA CONDIÇÃO: 12X</p><p>SEM JUROS.</p><p>Revista Época. N° 424, 03 jul. 2006.</p><p>Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como</p><p>práti cas de linguagem, assumindo funções específi cas,</p><p>formais e de conteúdo. Considerando o contexto em</p><p>que circula o texto publicitário, seu objeti vo básico é</p><p>(A) defi nir regras de comportamento social pautadas</p><p>no combate ao consumismo exagerado.</p><p>(B) infl uenciar o comportamento do leitor, por meio</p><p>de apelos que visam à adesão ao consumo.</p><p>(C) defender a importância do conhecimento de infor-</p><p>máti ca pela população de baixo poder aquisiti vo.</p><p>(D) facilitar o uso de equipamentos de informáti ca</p><p>pelas classes sociais economicamente desfavore-</p><p>cidas.</p><p>(E) questi onar o fato de o homem ser mais inteligente</p><p>que a máquina, mesmo a mais moderna.</p><p>Questão 02 (ENEM 2010) Câncer 21/06 a 21/07</p><p>O eclipse em seu signo vai desencadear mudanças</p><p>na sua autoesti ma e no seu modo de agir. O corpo</p><p>indicará onde você falha – se anda engolindo sapos, a</p><p>área gástrica se ressenti rá. O que fi cou guardado virá</p><p>à tona, pois este novo ciclo exige uma “desintoxica-</p><p>ção”. Seja comedida em suas ações, já que precisará</p><p>de energia para se recompor. Há preocupação com a</p><p>família, e a comunicação entre os irmãos trava. Lem-</p><p>bre-se: palavra preciosa é palavra dita na hora certa.</p><p>Isso ajuda também na vida amorosa, que será testada.</p><p>Melhor conter as expectati vas e ter calma, avalian-</p><p>do as próprias carências de modo maduro. Senti rá</p><p>vontade de olhar além das questões materiais – sua</p><p>confi ança virá da inti midade com os assuntos da alma.</p><p>Revista Cláudia. Nº 7, ano 48, jul. 2009.</p><p>O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais,</p><p>seu contexto de uso, sua função específi ca, seu ob-</p><p>jeti vo comunicati vo e seu formato mais comum rela-</p><p>cionam-se com os conhecimentos construídos socio-</p><p>culturalmente. A análise dos elementos consti tuti vos</p><p>desse texto demonstra que sua função é:</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>104</p><p>(A) vender um produto anunciado.</p><p>(B) informar sobre astronomia.</p><p>(C) ensinar os cuidados com a saúde. (D)expor a opi-</p><p>nião de leitores em um jornal.</p><p>(E) aconselhar sobre amor, família, saúde, trabalho.</p><p>Questão 03</p><p>Leia o texto a seguir para responder à questão:</p><p>A outra noite</p><p>Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite,</p><p>uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui.</p><p>Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo</p><p>e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em</p><p>cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua</p><p>cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade</p><p>eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho,</p><p>alvas, uma paisagem irreal.</p><p>Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer</p><p>aproveitou o sinal fechado para voltar-se para mim:</p><p>– O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir</p><p>sua conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima?</p><p>Confi rmei: sim, acima da nossa noite preta e en-</p><p>lamaçada e torpe havia uma outra – pura, perfeita</p><p>e linda.</p><p>– Mas, que coisa…</p><p>Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar</p><p>o céu fechado de chuva. Depois conti nuou guiando</p><p>mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador</p><p>ou pensava em outra coisa.</p><p>– Ora, sim senhor…</p><p>E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse</p><p>um “boa noite” e um “muito obrigado ao</p><p>senhor” tão sinceros, tão veementes, como se eu</p><p>lhe ti vesse feito um presente de rei.</p><p>Rubem Braga</p><p>Analisando as principais característi cas do texto lido,</p><p>podemos dizer que seu gênero predominante é:</p><p>(A) Conto.</p><p>(B) Poesia.</p><p>(C) Prosa.</p><p>(D) Crônica.</p><p>(E) Diário.</p><p>Questão 04</p><p>Parti ndo do pressuposto de que um texto estrutura-se</p><p>a parti r de característi cas gerais de um determinado</p><p>gênero, identi fi que os gêneros descritos a seguir:</p><p>I. Tem como principal característi ca transmiti r a opi-</p><p>nião de pessoas de destaque sobre algum assunto de</p><p>interesse. Algumas revistas têm uma seção dedicada</p><p>a esse gênero;</p><p>II. Caracteriza-se por apresentar um trabalho voltado</p><p>para o estudo da linguagem, fazendo-o de maneira</p><p>parti cular, refl eti ndo o momento, a vida dos homens</p><p>através de fi guras que possibilitam a criação de ima-</p><p>gens;</p><p>III. Gênero que apresenta uma narrati va informal liga-</p><p>da à vida coti diana. Apresenta certa dose de lirismo e</p><p>sua principal característi ca é a brevidade;</p><p>IV. Linguagem linear e curta, envolve poucas persona-</p><p>gens, que geralmente se movimentam em torno de</p><p>uma única ação, dada em um só espaço, eixo temáti co</p><p>e confl ito. Suas ações encaminham-se diretamente</p><p>para um desfecho;</p><p>V. Esse gênero é predominantemente uti lizado em</p><p>manuais de eletrodomésti cos, jogos eletrônicos, re-</p><p>ceitas, rótulos de produtos, entre outros.</p><p>São, respecti vamente:</p><p>(A) texto instrucional, crônica carta, entrevista e carta</p><p>argumentati va.</p><p>(B) carta, bula de remédio, narração, prosa, crônica.</p><p>(C) entrevista, poesia, crônica, conto, texto instrucio-</p><p>nal.</p><p>(D) entrevista, poesia, conto, crônica, texto instrucio-</p><p>nal.</p><p>(E) texto instrucional, crônica entrevista, carta e carta</p><p>argumentati va.</p><p>HABILIDADE: (EM13LP33) Selecionar, elaborar e</p><p>uti lizar instrumentos de coleta de dados e infor-</p><p>mações (questi onários, enquetes, mapeamentos,</p><p>opinários) e de tratamento e análise dos conteúdos</p><p>obti dos, que atendam adequadamente a diferentes</p><p>objeti vos de pesquisa.</p><p>OBJETIVO DE ARPENDIZAGEM: (GO-EMLP33A) Uti -</p><p>lizar os aspectos metodológicos de análise e pesqui-</p><p>sa linguísti ca, a parti r do uso de período simples e</p><p>composto, regência, concordância, desenvolvendo</p><p>a concepção críti ca do uso da língua de acordo com</p><p>a adaptação pela qual ela passa com cada situação</p><p>de uso para desenvolver a capacidade de análise</p><p>de conteúdos e seus objeti vos.</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO: Recursos linguísti cos</p><p>e semióti cos que operam nos textos pertencentes</p><p>aos gêneros digitais. Construção composicional dos</p><p>textos literários. Recursos linguísti cos e semióti cos</p><p>que operam nos textos pertencentes aos gêneros</p><p>literários. TDICs. Leitura, apreciação e interpretação</p><p>de obras ar� sti cas (quadros, música, performances,</p><p>espetáculos teatrais).</p><p>Gêneros digitais</p><p>“Caro Sr. Pott er, temos o prazer de infor-</p><p>mar que foi aceito para a Escola de Magia e</p><p>Bruxaria de Hogwarts. Todos os alunos devem</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>105</p><p>estar equipados com um caldeirão de esta-</p><p>nho, tamanho padrão dois, e podem trazer, se</p><p>quiserem, uma coruja, um gato ou um sapo.”</p><p>Disponível em: h� ps://exame.com/casual/10-cartas-</p><p>inesqueciveis-que-o-cinema-eternizou/ . Acesso em: 12</p><p>maio 2022.</p><p>O avanço tecnológico provocou alterações nos</p><p>meios de comunicação e também na linguagem, o</p><p>que deu origem aos gêneros digitais.</p><p>O advento da tecnologia mudou não apenas os</p><p>meios de comunicação, mas também a linguagem</p><p>O avanço tecnológico traz diversas novidades não</p><p>apenas para os meios de comunicação, mas também</p><p>para a linguagem. Você já parou para pensar o quanto</p><p>a comunicação passou por diversas transformações</p><p>graças ao advento da informáti ca? Se você pensa que</p><p>esse é um assunto apenas para estudiosos da linguís-</p><p>ti ca, você está enganado, até porque essas transfor-</p><p>mações estão mais próximas do que você imagina.</p><p>Sabemos que os gêneros textuais são incontáveis</p><p>e adaptáveis às diversas realidades e situações comu-</p><p>nicacionais. Sabemos também que eles podem ser</p><p>defi nidos graças a um conjunto de elementos fi xos,</p><p>embora sejam mais fl exíveis do que os ti pos textuais.</p><p>A verdade é que a comunicação na internet acabou</p><p>criando novos gêneros e alterando outros, compro-</p><p>vando que eles estão a serviço dos falantes e às ne-</p><p>cessidades de seu tempo. Se antes enviávamos cartas,</p><p>hoje enviamos e-mail, que nada mais é do que uma</p><p>adaptação virtual que dispensa o papel e a caneta.</p><p>Se em um passado não muito distante</p><p>enviávamos</p><p>mensagens de celular, hoje uti lizamos as redes sociais</p><p>para deixar um recado para nossos amigos. Contudo,</p><p>é importante observar que, embora os meios tenham</p><p>sido modernizados, a estrutura da comunicação e a</p><p>forma com a qual nos expressamos conti nuam se-</p><p>guindo parâmetros que estabelecem uma relação</p><p>dialógica com formas textuais preexistentes.</p><p>Até mesmo nas redes sociais somos capazes de</p><p>adequar os níveis de fala de acordo com a necessidade</p><p>e com o interlocutor.</p><p>Embora novos gêneros textuais estejam surgindo,</p><p>entre eles os gêneros digitais, é interessante notar</p><p>que eles podem ser defi nidos porque apresentam</p><p>elementos que possibilitam isso, além de preserva-</p><p>rem característi cas de gêneros já consagrados. Por</p><p>exemplo, ao escrever um e-mail, temos, ainda que</p><p>inconscientemente, a estrutura textual de uma carta</p><p>mentalmente preconcebida, pois é normal que inicie-</p><p>mos nosso texto uti lizando elementos de uma carta</p><p>tradicional, como a identi fi cação do remetente e a</p><p>despedida. Por isso, é incorreto pensar que a comu-</p><p>nicação virtual é uma verdadeira bagunça, que não</p><p>respeita ti pologias ou gêneros, tampouco os níveis</p><p>da linguagem.</p><p>Muitas pessoas relatam uma certa resistência à</p><p>comunicação virtual, como se esse fosse um espaço</p><p>desprovido de regras, sobretudo no que diz respeito</p><p>à linguagem, mas isso não é verdade. Somos falan-</p><p>tes habilidosos, sabemos quando e como uti lizar os</p><p>diferentes níveis de fala até mesmo nos ambientes</p><p>virtuais, compreendendo que há níveis disti ntos de</p><p>formalidade e informalidade. É importante observar</p><p>também que, assim como existe a intergenericida-</p><p>de no meio virtual, sobretudo no nível informal de</p><p>fala, ela também ocorre fora dele, pois o hibridismo</p><p>manifesta-se na linguagem oral, misturando traços</p><p>característi cos de fala e de escrita. A verdade é que</p><p>o mundo virtual e a comunicação estão intrinseca-</p><p>mente relacionados e certamente anti gos gêneros</p><p>serão adaptados e outros novos surgirão, o que nos</p><p>proporcionará novas e ricas descobertas para o campo</p><p>da linguagem.</p><p>Em uma defi nição simples, podemos dizer que o</p><p>gênero digital se dá com o casamento entre a comu-</p><p>nicação e a tecnologia. Posts de Facebook, Instagram</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>106</p><p>ou Twitt er confi guram gêneros digitais. Vlogs, memes,</p><p>gif e chats também.</p><p>Chats</p><p>Um bate papo em tempo real, conhecido pelas</p><p>redes sociais. Um dos mais famosos é o TweetChat,</p><p>no qual é possível produzir minicontos ou emiti r di-</p><p>versas opiniões, com um limite de 280 caracteres.</p><p>Atualmente, tem se usado muito o termo “thread”,</p><p>que na práti ca, é uma sequência de tuítes, mensagens</p><p>publicadas na rede social Twi� er, informando uma</p><p>situação ou mesmo contando uma história.</p><p>Podcasts</p><p>É como um programa de rádio, porém sua dife-</p><p>rença e vantagem é o conteúdo direcionado. Você</p><p>pode ouvir o que quiser, na hora que bem entender.</p><p>Basta acessar a plataforma onde ele está guardado</p><p>(iTunes ou SoundCloud, por exemplo) e clicar no Play.</p><p>É possível também baixar o episódio. Aí você pode</p><p>dar o Play, e ouvir a hora que quiser, no computador</p><p>ou no celular. Esse gênero contempla diversas áreas</p><p>do conhecimento. Um dos mais famosos no Brasil é o</p><p>Escriba Café, que com uma excelente produção, fala</p><p>de passagens históricas interessantes.</p><p>Gifs</p><p>É um formato de imagem de mapa de bits muito</p><p>usado para imagens fi xas e criar animações. É possível</p><p>produzir gifs com o Scratch, um so� ware livre de lin-</p><p>guagem de programação por blocos, fácil e interati vo.</p><p>Que tal criar gifs com seu fi lho? Ah, gifs com gati nhos</p><p>são muito populares na web.</p><p>Meme</p><p>O termo remete ao hu-</p><p>mor e é bastante conheci-</p><p>do e uti lizado no “mundo</p><p>da internet”, referindo-se</p><p>ao fenômeno de “viraliza-</p><p>ção” de uma informação.</p><p>Qualquer vídeo, imagem,</p><p>frase, ideia, música que se</p><p>espalhe entre vários usuários rapidamente, alcançan-</p><p>do muita popularidade, se enquadra na defi nição de</p><p>viralização. O meme pode ser um instrumento muito</p><p>poderoso para falar sobre um assunto. Memes, ima-</p><p>gens com frases engraçadas com Minions, como no</p><p>exemplo abaixo, são bastante comuns;</p><p>Currículo web</p><p>Essa é uma variação do currículo impresso. Sendo</p><p>uma plataforma digital, conta com ferramentas que</p><p>tornam possível a inclusão de documentos suplemen-</p><p>tares, fotos e, até mesmo, arquivos de voz e de vídeo.</p><p>Graphics Interchange Format (GIF)</p><p>GIF é uma sigla que já foi eleita “a palavra do ano”</p><p>pelos dicionários Oxford. A sigla remete tanto à estru-</p><p>tura do conteúdo quanto à extensão do arquivo digital.</p><p>Trata-se de uma montagem de imagens que se</p><p>sucedem automati camente, criando uma espécie de</p><p>vídeo curto.</p><p>Geralmente, os GIFs aliam textos verbais e não</p><p>verbais e tornam a comunicação rápida, efi ciente e</p><p>dinâmica.</p><p>Os arquivos em formato GIF tornaram-se popu-</p><p>lares porque são aceitos pela maioria dos programas</p><p>de edição e podem ser facilmente incluídos em redes</p><p>sociais, blogs, sites, entre outros espaços virtuais.</p><p>Fanfi cti on</p><p>Essa é a comunicação preferida entre fãs e afi cio-</p><p>nados de literatura e cinema. Fanfi cti on ou simples-</p><p>mente fanfi c é, na verdade, um novo gênero literário</p><p>desenvolvido por fãs de personagens de livros, qua-</p><p>drinhos, games, fi lmes ou séries, que escrevem seus</p><p>roteiros a parti r de narrati vas já existentes.</p><p>Traduzindo, uma fanfi c é uma história de fi cção</p><p>criada por fãs que se tornaram eles mesmo autores de</p><p>novas tramas e argumentos para seus heróis favoritos.</p><p>Esse gênero, portanto, não nasceu em ambientes</p><p>digitais, mas foi neles que se popularizou e se desen-</p><p>volveu. A imaginação desses autores apaixonados por</p><p>seus personagens não tem limites!</p><p>Vlog</p><p>Não é por acaso que vlog rima com blog. E sim,</p><p>você raciocinou corretamente: um gênero deriva do</p><p>outro!</p><p>A grande diferença está no formato da publicação,</p><p>já que o conteúdo do vlog é geralmente um vídeo</p><p>publicado sobre um tema e não um texto escrito.</p><p>O produtor de videoblogues ou simplesmente</p><p>vlogs é conhecido como vlogger ou vlogueiro. Os</p><p>vlogueiros costumam publicar seus vídeos regular-</p><p>mente, procurando com essa assiduidade gerar certa</p><p>expectati va entre seus seguidores que o acompanham</p><p>em canais pessoais ou em plataformas de comparti -</p><p>lhamento de vídeos como o Youtube.</p><p>Wiki</p><p>A característi ca mais marcante das wikis é permiti r</p><p>uma escrita colaborati va. Uma página wiki uti liza códi-</p><p>go aberto, ou seja, um código passível de ser editado.</p><p>Normalmente, todas as versões da página fi cam</p><p>gravadas no histórico, fazendo com que quaisquer</p><p>modifi cações sejam facilmente reverti das ou recu-</p><p>peráveis.</p><p>Trailer honesto</p><p>Assim como o trailer convencional, é um video-</p><p>clipe criado para anunciar um fi lme. No entanto, é</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>107</p><p>geralmente produzido por leigos ou fãs de cinema</p><p>e não pela indústria, o que faz com que os aspectos</p><p>negati vos prevaleçam nos comentários e cenas.</p><p>E-zine</p><p>É um fanzine, com característi cas de uma revista</p><p>temáti ca e periódica, porém, distribuído pelos melos</p><p>digitais (e-mail ou pela publicação em um site ou canal</p><p>de vídeos).</p><p>Gameplay</p><p>Vídeo que mostra um ou mais jogadores intera-</p><p>gindo com um determinado game. Ele explora todas</p><p>as possibilidades do jogo e, em geral, traz orientações</p><p>aos iniciantes.</p><p>Detonado</p><p>É uma variação do gameplay. Nesse caso, o vídeo</p><p>mostra um passo a passo que ensina a vencer cada</p><p>uma das etapas do jogo, geralmente com legendas de</p><p>texto ou texto e imagens (capturas de tela).</p><p>Pasti che</p><p>Caracteriza-se como um texto literário escrito con-</p><p>forme o esti lo de outro escritor consagrado. Porém,</p><p>a função não é criti car o original, justamente o que</p><p>diferencia o gênero da paródia. Um exemplo é o livro</p><p>Amor de Capitu, de Fernando Sabino, em que a histó-</p><p>ria do clássico de Machado de Assis Dom Casmurro é</p><p>recontada do ponto de vista da personagem Capitu.</p><p>Ciberpoema</p><p>Poemas construídos em meio digital, que suporta</p><p>animações e permite, em muitos casos, a interação</p><p>com a produção do autor e até a criação de novos</p><p>textos.</p><p>TRABALHO EM GRUPO</p><p>Siga</p><p>as orientações.</p><p>1º Pesquise sobre Ciberpoema, memes e outros con-</p><p>teúdos que viralizam na rede.</p><p>2º Reproduza no caderno o conteúdo pesquisado.</p><p>3º Comparti lhe no mural da escola; e ainda, produza</p><p>um mural virtual.</p><p>4º Comparti lhe no grupo de WhatsApp de sua turma</p><p>de sala de aula outros conteúdos: como vídeos etc.</p><p>HABILIDADE: (EM13LP40) Analisar o fenômeno da</p><p>pós verdade discuti ndo as condições e os meca-</p><p>nismos de disseminação de fake News e também</p><p>exemplos, causas e consequências desse fenôme-</p><p>no e da prevalência de crenças e opiniões sobre</p><p>fatos, de forma a adotar ati tude críti ca em relação</p><p>ao fenômeno e desenvolver uma postura fl exível</p><p>que permita rever crenças e opiniões quando fatos</p><p>apurados as contradisserem.</p><p>OBJETIVO DE ARPENDIZAGEM: (GO-EMLP40A)</p><p>Relacionar procedimentos de checagem de fatos</p><p>noti ciados e demais informações veiculadas nos</p><p>sistemas de comunicação e informação responsá-</p><p>veis pelo fenômeno da pós-verdade, apurando a</p><p>veracidade e identi fi cando os interesses implícitos</p><p>nessas informações para ampliar as possibilidades</p><p>de construção de senti dos e de uso críti co da língua.</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO: Linguagem do gê-</p><p>nero discursivo. As pessoas gramati cais e os papéis</p><p>sociais. Coesão sequencial, seleção lexical, subs-</p><p>tanti vos abstratos e vocati vos. Estudo dos gêne-</p><p>ros: no� cia, reportagem, relato, sinopse, resenha,</p><p>entrevista, crônica, editorial. Análise do discurso.</p><p>Comparação entre textos.</p><p>RELATO</p><p>Um relato é um conhecimento que se transmite,</p><p>geralmente de forma pormenorizada, sobre um de-</p><p>terminado assunto. O conceito, com origem no lati m</p><p>relātus, diz respeito aos contos e às narrações não</p><p>demasiado extensas.</p><p>Em suma, o objeti vo desse ti po de texto é trazer</p><p>a luz um acontecimento ou fato ou uma sequência</p><p>de acontecimentos. E são vários os ti pos de textos no</p><p>qual um relato pode ser inserido, como, por exemplo:</p><p>em diários, no� cias, notas informati vas, entre outros.</p><p>Posto isto, enquanto gênero literário, um relato é uma</p><p>forma narrati va cuja extensão é inferior à da novela.</p><p>Por isso, o autor de um relato deve sinteti zar o que</p><p>é mais relevante e enfati zar aquelas situações que</p><p>são essenciais para o desenvolvimento do mesmo. Se,</p><p>numa novela o escritor pode esmerar-se nas descri-</p><p>ções, num relato, deve apostar de modo a dar maior</p><p>impacto com uma quanti dade mínima de palavras.</p><p>Os relatos podem ser fi c� cios (como um conto ou</p><p>uma epopeia) ou pertencer ao mundo da não-fi cção</p><p>(como as no� cias jornalísti cas). Obviamente, escrever</p><p>(relatar) uma obra de fi cção não é o mesmo que infor-</p><p>mar acerca de um facto verídico. Seja como for, o esti lo</p><p>narrati vo do relato mantém-se em ambos os universos.</p><p>Na rádio e na televisão, os relatos são especial-</p><p>mente populares devido ao futebol. Trata-se de re-</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>108</p><p>portagens transmiti das em direto, narradas à medida</p><p>que o jogo vai avançando. Tudo vai sendo descrito</p><p>ao pormenor, dando a sensação ao ouvinte/espec-</p><p>tador de estar a assisti r presencialmente ao evento</p><p>em questão.</p><p>Convém destacar que o relato transcende a lite-</p><p>ratura e a palavra escrita. Quando uma pessoa conta</p><p>algo a outra, está a relatar uma situação, ou seja, a</p><p>construir um relato.</p><p>Em resumo, o objeti vo desse ti po de texto é trazer</p><p>a luz um acontecimento ou fato ou uma sequência de</p><p>acontecimentos. E são vários os ti pos de textos no</p><p>qual um relato pode ser inserido, como, por exemplo:</p><p>em diários, no� cias, notas informati vas, entre outros.</p><p>O relato possui muitas vertentes. Por isso, ainda</p><p>existem os conhecidos como “relatos pessoais”, quais</p><p>se trata de uma modalidade textual com o objeti vo</p><p>de narrar um acontecimento que marcou a vida de</p><p>uma pessoa.</p><p>Nesse caso, é a própria pessoa quem relata o que</p><p>lhe aconteceu. Ou seja, ele é quem protagoniza essa</p><p>história. E aqui há essa pessoa pode transmiti r seus</p><p>senti mentos e emoções a quem o lê.</p><p>Do mesmo modo que uma narração, um relato</p><p>pessoal possui elementos como tempo e espaço de-</p><p>fi nidos.</p><p>“Depois de sair de casa, estava eu preste a en-</p><p>trar no comboio, ouço um grito. Virei-me para ver</p><p>o que se estava a passar, vejo um homem a vir na</p><p>minha direção a correr com uma bolsa na mão e</p><p>uma mulher a gritar atrás dele. Aí, não pensei duas</p><p>vezes: fi z-lhe uma rasteira com a perna e o ladrão</p><p>acabou por cair. Por sorte, chegou logo a polícia e</p><p>algemou-o. Como forma de agradecimento, a se-</p><p>nhora ofereceu-me uns chocolates”: este pode ser</p><p>um exemplo para ilustrar um relato oral em que</p><p>uma pessoa transmite a outro indivíduo uma ex-</p><p>periência que vivenciou. Ou seja, um relato pessoal.</p><p>Há ainda o relato histórico que é um ti po de relato</p><p>que tem como objeti vo apresentar algum fato real que</p><p>ocorreu no passado, mediante o uso de documentos</p><p>e usando uma narração cronológica.</p><p>Os relatos ainda são usados para noti ciar sobre</p><p>algo comunicado por um políti co, por exemplo: o go-</p><p>vernador relatou que irá reformar as rodovias.</p><p>Em todo o momento o ser humano está a desen-</p><p>volver relatos. Já que são muitas as vezes em que se</p><p>está narrando um acontecimento.</p><p>Há diversos ti pos de relatos, uma vez que é a nar-</p><p>ração de um acontecimento, seja ele bom ou ruim. Por</p><p>isso é bem comum vermos relatos de viagens, relatos</p><p>da infância, relatos de trabalho, relatos de agressões,</p><p>entre outros.</p><p>Nós, enquanto seres eminentemente sociais,</p><p>somos contagiados pelo desejo de comparti lhar</p><p>fatos decorrentes da nossa vivência com alguém</p><p>em que podemos confi ar, seja um parente próximo</p><p>ou “aquele velho amigo”. Tais fatos tanto podem ser</p><p>alegres, tristes, trágicos, horripilantes ou cômicos,</p><p>o fato é que a todo o momento estamos relatando</p><p>sobre algo, embora às vezes passe despercebido.</p><p>Por se tratar de um procedimento corriqueiro, nem</p><p>sempre nos damos conta da referida ati tude.</p><p>Quando nos referimos ao ato de narrar, tão</p><p>logo nos remetemos à ideia de contar sobre algo,</p><p>e como tal, todo e qualquer acontecimento se per-</p><p>faz de determinados elementos, entre os quais po-</p><p>demos mencionar: personagens, tempo, narrador,</p><p>espaço enredo. Aspectos esses que nos parecem</p><p>bastante familiares, semelhantes a algum ti po tex-</p><p>tual que já norteia nossos conhecimentos, não é</p><p>verdade?</p><p>Pois bem, parecemos estar convictos de que</p><p>se trata de uma narração. Portanto, parti ndo desta</p><p>prerrogati va, temos que o relato, por se tratar de</p><p>um discurso condizente a experiências pessoais,</p><p>geralmente é narrado em 1ª pessoa, no qual os</p><p>verbos se encontram no presente ou no pretéri-</p><p>to, e a linguagem pode variar, podendo adquirir</p><p>um caráter tanto formal quanto informal. Tudo</p><p>dependerá do grau de inti midade existente entre</p><p>narrador e seus respecti vos interlocutores.</p><p>Tendo como foco o estudo do relato como gê-</p><p>nero, atentamos para o fato de que este pertence à</p><p>modalidade escrita da linguagem e, por assim dizer,</p><p>o caracterizamos como sendo um gênero no qual al-</p><p>guém conta fatos relacionados à sua vida, cuja função</p><p>é registrar as experiências pessoais no intento de que</p><p>estas possam servir como fonte de consulta ou apren-</p><p>dizado para outras pessoas.</p><p>Entretanto, o relato pode materializar-se pela</p><p>oralidade, tendo como público expectador um ou</p><p>mais ouvintes. Comumente, ao parti ciparmos de um</p><p>evento, no qual temos a oportunidade de assisti rmos</p><p>a palestras, seminários e conferências, percebemos</p><p>que o palestrante em um determinado momento alia</p><p>ao seu discurso fatos que envolvem sua trajetória co-</p><p>ti diana, os quais denotam verdadeiras lições de vida</p><p>e ensinamento.</p><p>Sendo assim, para que o relato possa se tornar</p><p>passível de constatação por várias pessoas, ele po-</p><p>derá ser gravado, seja em áudio ou vídeo e, poste-</p><p>riormente, ser transcrito e publicado por inúmeros</p><p>meios de comunicação, dentre estes, jornais, revistas,</p><p>livros, sites, entre outros, passando a se caracterizar</p><p>com documentos históricos de notável importância.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>109</p><p>Vamos ler um relato:</p><p>GENTE É BICHO E BICHO É GENTE</p><p>Querido diário, não tenho mais dúvida de</p><p>que</p><p>este mundo está virado ao avesso! Fui ontem à</p><p>cidade com minha mãe e você não faz ideia do que</p><p>eu vi. Uma coisa horrível, horripilante, escabrosa,</p><p>assustadora, triste, estranha, diferente, desuma-</p><p>na... E eu fi quei chateada.</p><p>Eu vi um homem, um ser humano, igual a nós,</p><p>remexendo na lata de lixo. E sabe o que ele es-</p><p>tava procurando? Ele buscava, no lixo, restos de</p><p>alimento. Ele procurava comida! Querido diário,</p><p>como pode isso? Alguém revirando uma lata cheia</p><p>de coisas imundas e reti rar dela algo para comer?</p><p>Pois foi assim mesmo, do jeiti nho que estou con-</p><p>tando. Ele colocou num saco de plásti co enorme</p><p>um montão de comida que um restaurante havia</p><p>jogado fora. Aarghh!!! Devia estar horrível!</p><p>Mas o homem parecia bastante sati sfeito por</p><p>ter encontrado aqueles restos. Na mesma hora,</p><p>querido diário, olhei assustadíssima para a ma-</p><p>mãe. Ela compreendeu o meu assombro. Virei para</p><p>ela e perguntei: “Mãe, aquele homem vai comer</p><p>aquilo?” Mamãe fez um “sim” com a cabeça e, em</p><p>seguida, conti nuou: “Viu, entende por que eu fi co</p><p>brava quando você reclama da comida?”.</p><p>É verdade! Muitas vezes, eu me recuso a comer</p><p>chuchu, quiabo, abobrinha e moranga. E larguei no</p><p>prato, duas vezes, um montão de repolho, que eu</p><p>odeio! Puxa vida! Eu me senti muito envergonhada!</p><p>Vendo aquela cena, ainda me lembrei do Pó,</p><p>nosso cachorro. Nem ele come uma comida igual</p><p>àquela que o homem buscou do lixo. Engraçado,</p><p>querido diário, o nosso cão vive bem melhor do</p><p>que aquele homem.</p><p>Tem alguma coisa errada nessa história, você</p><p>não acha?</p><p>Como pode um ser humano comer comida do</p><p>lixo e o meu cachorro comer comida limpinha?</p><p>Como pode, querido diário, bicho tratado como</p><p>gente e gente vivendo como bicho? Naquela noi-</p><p>te eu rezei, pedindo que Deus conserte logo este</p><p>mundo. Ele nunca falha. E jamais deixa de atender</p><p>os meus pedidos. Só assim, eu consegui adormecer</p><p>um pouquinho mais feliz.</p><p>(OLIVEIRA, Pedro Antônio. Gente é bicho e bicho é gen-</p><p>te. Diário da Tarde. Belo Horizonte, 16 out. 1999).</p><p>RELATO PESSOAL</p><p>O Relato Pessoal é uma modalidade textual que</p><p>apresenta uma narração sobre um fato ou aconteci-</p><p>mento marcante da vida de uma pessoa. Nesse ti po</p><p>de texto, podemos senti r as emoções e senti mentos</p><p>expressos pelo narrador.</p><p>Tal qual uma narração o relato pessoal apresenta</p><p>um tempo e espaços bem defi nidos donde o narrador</p><p>torna-se o protagonista da história.</p><p>Note que além de narrati vo, o relato pessoal pode</p><p>ser descriti vo, com a descrição do local, personagens</p><p>e objetos.</p><p>De acordo com o grau de inti midade entre os in-</p><p>terlocutores (emissor e o receptor), a linguagem uti -</p><p>lizada no relato pessoal pode ser formal ou informal.</p><p>Observe que o relato possui uma função comuni-</p><p>cati va muito importante na construção das subjeti vi-</p><p>dades podendo ser nas modalidades: escrito ou oral.</p><p>Os relatos pessoais podem ser divulgados pelos</p><p>meios de comunicação, por exemplo, jornal, revista,</p><p>livro, internet, redes sociais, dentre outros.</p><p>Relato Oral e Relato Escrito</p><p>Ainda que sejam textos que possuam a mesma</p><p>função comunicati va, ou seja, de relatar um episódio</p><p>relevante da vida do protagonista (narrador), os rela-</p><p>tos pessoais podem surgir de maneira oral ou escrita.</p><p>A grande diferença entre as duas modalidades é</p><p>certamente a linguagem empregada em cada uma</p><p>delas.</p><p>Enquanto no relato oral notamos a presença da</p><p>oralidade com uma linguagem mais descontraída, no</p><p>relato escrito, a linguagem formal é uti lizada seguindo</p><p>as normas da língua como concordâncias, pontuação,</p><p>ortografi a, dentre outros.</p><p>É possível que um relato oral seja transformado</p><p>em escrito por meio da técnica de transcrição da fala</p><p>do protagonista.</p><p>Nesse caso, faz se necessário organizar o texto</p><p>e incluir pontuação, concordância e nalguns casos,</p><p>substi tuir algumas expressões populares (por exem-</p><p>plo, gírias) que marcam oralidade do discurso.</p><p>Característi cas</p><p>As principais característi cas do relato pessoal são:</p><p> Textos narrados em 1ª pessoa;</p><p> Verbos no presente e em grande parte no pre-</p><p>térito (passado);</p><p> Caráter subjeti vo;</p><p> Experiências pessoais;</p><p> Presença de emissor e receptor;</p><p>Estrutura: Como Fazer um Relato Pessoal?</p><p>Ainda que não exista uma estrutura fi xa, para pro-</p><p>duzir um relato pessoal é essencial estarmos atentos a</p><p>alguns pontos, por exemplo: quem? (narrador que pro-</p><p>duz o relato), o que? (fato a ser narrado), quando? (tem-</p><p>po), onde? (local que ocorreu), como? (de que maneira</p><p>aconteceu o fato) e porquê? (qual o causador do fato):</p><p>• Título: ainda que não seja necessário em todos</p><p>os relatos, há alguns indicados com um � tulo</p><p>referente ao tema que será abordado.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>110</p><p>• Tema: primeiramente é importante delimitar</p><p>o tema (assunto) que será abordado no relato</p><p>pessoal, seja um evento que ocorreu, uma fase</p><p>da vida, uma conquista, uma superação, ou até</p><p>mesmo uma história triste.</p><p>• Introdução: pequeno trecho em que aparecem</p><p>as principais ideias que se quer relatar. Nessa</p><p>parte é possível encontrar o local, tempo e per-</p><p>sonagens que fazem parte da narrati va.</p><p>• Contexto: observe em que contexto se passa</p><p>o relato que será narrado. Fique atento a uti -</p><p>lização dos tempos verbais no presente e no</p><p>passado e ainda ao espaço (local) que ocorrem</p><p>os fatos.</p><p>• Personagens: observe no seu relato quais são</p><p>as pessoas envolvidas e de qual maneira deve-</p><p>mos mencioná-las no texto. Por exemplo se elas</p><p>são relevantes e fazem parte do acontecimento.</p><p>• Desfecho: após apresentar a sequência de fatos</p><p>(ordem dos acontecimentos), é extremamente</p><p>importante pensar numa conclusão para seu</p><p>relato, seja uma questão que surgiu com a es-</p><p>crita, ou mesmo uma sugestão para as pessoas</p><p>enfrentam tal problema.</p><p>Exemplos de Relato Pessoal</p><p>Segue abaixo exemplo de relato pessoal escrito:</p><p>Trecho de Relato Pessoal Escrito da Arti sta Plás-</p><p>ti ca Martha Cavalcanti Poppe</p><p>“Meu nome é Martha Cavalcanti Poppe, nome</p><p>de casada, eu nasci no dia 16 de abril de 1940 no</p><p>Rio de Janeiro. Meus pais se chamam Carmem Cor-</p><p>deiro Cavalcanti , de Pernambuco, e Fernando de</p><p>Lima Cavalcanti , também de Pernambuco, minha</p><p>família toda é de Pernambuco, eu é que nasci aqui</p><p>por acaso.</p><p>A família da minha mãe é Pernambuco, mas</p><p>ela ti nha origens mais ancestrais, cearenses, mas</p><p>a família toda era de Pernambuco, e do meu pai, o</p><p>meu pai era de uma família de usineiros pernam-</p><p>bucanos, e eles, quando vieram aqui para o Rio,</p><p>quando saíram de Recife vieram para o Rio para</p><p>tentar uma nova vida.</p><p>Nunca ti ve muito contato com os meus avós,</p><p>por causa das idades, minha relação era muito ín-</p><p>ti ma, muito ligada aos meus pais, e quando eu fi z</p><p>mais ou menos oito anos, desde seis anos de idade</p><p>que maior prazer sempre foi desenhar, eu comecei</p><p>a aprender a pintar com uma pintora impressionista</p><p>brasileira chamada Georgina de Albuquerque.</p><p>Quando eu fi z 17 anos é que eu fi quei muito,</p><p>fi quei interessada em fazer a Belas Artes e sempre</p><p>ti ve muito apoio dos pais em relação a isso, meu pai</p><p>era um desenhista, desenhava muito bem, a minha</p><p>mãe, ela bordava, costurava e também ti nha mui-</p><p>to talento para desenho, eles sempre foram muito</p><p>ligados a essa parte ar� sti ca.”</p><p>ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM</p><p>1. ENEM 2012</p><p>eu gostava muito de passeá... saí com as minhas cole-</p><p>gas... brincá na porta di casa di vôlei... andá de pati ns...</p><p>bicicleta... quando eu levava um tombo ou outro... eu</p><p>era a::... a palhaça da turma... ((risos))... eu acho que</p><p>foi uma das fases mais... assim... gostosas da minha</p><p>vida foi... essa fase de quinze... dos meus treze aos</p><p>dezessete anos...</p><p>A.P.S., sexo feminino, 38 anos, nível de ensino</p><p>fundamental. Projeto Fala Goiana, UFG, 2010 (inédito).</p><p>Um aspecto da composição estrutural que caracteriza</p><p>o relato pessoal de A.P.S. como modalidade falada</p><p>da língua é</p><p>(A) predomínio de linguagem informal entrecortada</p><p>por pausas.</p><p>(B) vocabulário regional desconhecido em outras va-</p><p>riedades do português.</p><p>(C) realização do plural conforme as regras da tradição</p><p>gramati cal.</p><p>(D) ausência de elementos</p><p>promotores de coesão</p><p>entre os eventos narrados.</p><p>(E) presença de frases incompreensíveis a um leitor</p><p>iniciante.</p><p>2. (Enem 2011)</p><p>No Capricho</p><p>O Adãozinho, meu cumpade, enquanto esperava</p><p>pelo delegado, olhava para um quadro, a pintura de</p><p>uma senhora. Ao entrar a autoridade e percebendo</p><p>que o cabôco admirava tal fi gura, perguntou: “Que</p><p>tal? Gosta desse quadro?” E o Adãozinho, com toda</p><p>a sinceridade que Deus dá ao cabôco da roça: “Mas</p><p>pelo amor de Deus, hein, dotô! Que muié feia! Parece</p><p>fi ote de cruis-credo, parente do deus-me-livre, mais</p><p>horríver que briga de cego no escuro.” Ao que o de-</p><p>legado não teve como deixar de confessar, um pouco</p><p>secamente: “É a minha mãe.” E o cabôco, em cima da</p><p>bucha, não perde a linha: “Mais dotô, inté que é uma</p><p>feiura caprichada.”</p><p>BOLDRIN. R. Almanaque Brasil de Cultura Popular. São</p><p>Paulo: Andreato Comunicação e Cultura. n. 62. 2004</p><p>(adaptado).</p><p>Por suas característi cas formais, por sua função e uso,</p><p>o texto pertence ao gênero.</p><p>(A) anedota, pelo enredo e humor característi cos.</p><p>(B) crônica, pela abordagem literária de fatos do co-</p><p>ti diano.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>111</p><p>(C) depoimento, pela apresentação de experiências</p><p>pessoais.</p><p>(D) relato, pela descrição minuciosa de fatos verídicos.</p><p>(E) reportagem, pelo registro impessoal de situações</p><p>reais.</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>BOTANDO PRA FORA</p><p>QUAL O LADO NEGATIVO DO MEU JEITO DE SER</p><p>E DO MEU OLHAR P/ O MUNDO?</p><p>Esta é uma pergunta que muita gente se faz quan-</p><p>do faz uma refl exão sobre sua própria imagem, seu</p><p>olhar para o mundo à volta, e indaga a si mesmo qual</p><p>o lado negati vo disso, ou seja, quando se depara com</p><p>uma crise e se perturba, ajuda questi onar sim qual o</p><p>lado negati vo disso?</p><p>O lado negati vo?</p><p>Em geral, não penso no negati vo, se ocorre, já</p><p>aconteceu, escapou. A minha espontaneidade, às ve-</p><p>zes é inconveniente, faço ou falo demais, ultrapassan-</p><p>do o limite do conveniente. Sempre é di� cil responder</p><p>coisas pessoais. A gente não pensa em si, a gente já é.</p><p>Pelo menos comigo se passa assim. O negati vo disso</p><p>é em situação social ou convencional, ou quando se</p><p>está tratando com empregados. Com amigos pode até</p><p>ser positi vo, pois é um livro aberto e passa confi ança.</p><p>Mas há negati vos sim, principalmente com os fi -</p><p>lhos, que fi cam incomodados em eu não ser o que eles</p><p>pensam que sou, ou contrastar com o que pensam que</p><p>eu sou e, tal situação é um desconforto para ambos os</p><p>lados. É frequente a contestação e o descontentamen-</p><p>to mútuo. Essa ati tude dos fi lhos, regra geral, impede</p><p>que eles conheçam a verdadeira personalidade da mãe,</p><p>que poderia ser muito positi va para eles, mas cortam,</p><p>não aceitam o conhecimento, já são donos anti gos de</p><p>“saber”. Mas eles vão me conhecer quando eu publicar</p><p>meu livro já escrito e em preparação para lançar.</p><p>Socialmente, o lado negati vo “disso” é que minhas</p><p>amizades são boas quando feitas, mas não têm conti -</p><p>nuidade do conviver social e amistosamente. Eu não sei</p><p>seguir as regras do outro. Aliás não sigo regras, o que</p><p>também é negati vo em parte, pois gera desorganização.</p><p>Negati vo também é que não saco logo o que o outro</p><p>pensa ou quer dizer, em parte, como se não respeitasse</p><p>e como se ignorasse o outro e este reclama ou se afasta.</p><p>Como meu fi lho reclamou, repreende isso em mim. Que</p><p>não dou bola para o que o outro falou, e que o que faz</p><p>ou fez. Aí eu discordo. Talvez para ele seja conveniente</p><p>pensar assim. Só não sei por quê. Mas vejo aí que o</p><p>problema passa a ser dele ou do outro, e não meu.</p><p>Outro lado negati vo meu é que o meu “isso’ ameaça</p><p>as pessoas. Só não sei por quê. Mas é o jeito que sou.</p><p>Como a questão é complicada, vou parar por aqui.</p><p>Será que as pessoas se detêm perguntando-se</p><p>“Qual o seu lado e negati vo no modo de ser e de</p><p>olhar para o mundo à sua volta?”</p><p>Mª Luiza Marti ns</p><p>03. Após a leitura do texto, responder, em duplas, as</p><p>perguntas a seguir.</p><p>a) Qual é o assunto do texto?</p><p>b) Em que pessoa o texto é narrado?</p><p>c) Caracterize a avó da narradora, de acordo com a</p><p>opinião dela, que relata o fato.</p><p>d) Que ti po de linguagem apresenta o texto?</p><p>e) Reti re do texto trechos que apresentam a opinião</p><p>da neta em relação à sua avó ou um fato que é</p><p>narrado.</p><p>HABILIDADE: (EM13LP51) Selecionar obras do re-</p><p>pertório ar� sti co-literário contemporâneo à dispo-</p><p>sição segundo suas predileções, de modo a cons-</p><p>ti tuir um acervo pessoal e dele se apropriar para</p><p>se inserir e intervir com autonomia e criti cidade</p><p>no meio cultural.</p><p>OBJETIVO DE ARPENDIZAGEM: (GO-EMLP51A)</p><p>Analisar o processo de desenvolvimento da arte</p><p>brasileira como fundamento da identi dade ar� sti ca,</p><p>considerando o Romanti smo e suas gerações (prosa</p><p>e poesia) e a relação do indivíduo e sua cultura</p><p>como elementos fundamentais de mudança social</p><p>para inserir com autonomia no meio cultural.</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO: Construção com-</p><p>posicional dos textos literários. Práti cas de leitura</p><p>branca e dramáti ca de textos literários das mais</p><p>diferentes ti pologias e manifestações literárias. Re-</p><p>cursos linguísti cos e semióti cos que operam nos</p><p>textos pertencentes aos gêneros literários. Leitura,</p><p>apreciação e interpretação de obras ar� sti cas (qua-</p><p>dros, música, performances, espetáculos teatrais).</p><p>HISTÓRIA DA LITERATURA BRASILEIRA: PE-</p><p>RÍODO COLONIAL</p><p>A história da literatura brasileira</p><p>é dividida considerando os diversos</p><p>movimentos ou escolas literárias.</p><p>Ao estudar determinada época li-</p><p>terária, percebe-se que há temas e</p><p>formas de se expressar comuns aos</p><p>vários autores daquele período.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>112</p><p>Os períodos da literatura brasileira</p><p>A literatura brasileira tem sua história dividida</p><p>em duas grandes eras, que acompanham a evolução</p><p>políti ca e econômica do país: a Era Colonial e a Era</p><p>Nacional, separadas por um período de transição, que</p><p>corresponde à emancipação políti ca do Brasil. As eras</p><p>apresentam subdivisões chamadas escolas literárias</p><p>ou esti los de época.</p><p>A Era Colonial tem início em 1.500, quando os</p><p>portugueses chegaram aqui e começaram a produzir</p><p>as primeiras obras escritas, que foram diários e docu-</p><p>mentos. A carta de Pero Vaz de Caminha é o marco</p><p>da literatura brasileira já que é considerada nossa</p><p>primeira produção literária. Dentro dessa Era, a qual</p><p>abrange o período em que o Brasil foi colônia de Por-</p><p>tugal, temos três escolas literárias: o Quinhenti smo</p><p>(de 1500, ano do descobrimento, a 1601), o Seiscen-</p><p>ti smo ou Barroco (de 1601 a 1768), o Setecenti smo</p><p>ou Arcadismo (de 1768 a 1836).</p><p>A Era Nacional, em 1808, com a chegada da Corte</p><p>Portuguesa, começa um período de transição que pas-</p><p>sa pela Proclamação da Independência, em 1822, até</p><p>se encerrar em 1836, quando tem início a fase literária</p><p>que perdura até hoje, por sua vez, envolve o Roman-</p><p>ti smo (de 1836 a 1881), o Realismo-Naturalismo e o</p><p>Parnasianismo (de 1881 a 1893), o Simbolismo (de</p><p>1893 a 1922), o Pré-Modernismo (de 1902 a 1922) e</p><p>o Modernismo (de 1922 a 1945). A parti r daí, o que</p><p>está em estudo é a contemporaneidade da literatura</p><p>brasileira.</p><p>QUINHENTISMO</p><p>RELEMBRANDO...</p><p> Nossa literatura tem</p><p>origem na Literatura de</p><p>nosso colonizador: Por-</p><p>tugal.</p><p> Quando Cabral “descobre” o Brasil inicia-se um</p><p>processo de colonização que entre seus objeti -</p><p>vos estava o de impor a nova língua: Português.</p><p> Então para podermos entender nossa literatura</p><p>(brasileira) precisamos analisar de onde vem</p><p>todo esse processo: Literatura Portuguesa.</p><p> Para defi nir a forma de estudo da literatura,</p><p>convencionou-se dividi-la em Períodos Literá-</p><p>rios ou Escolas Literárias, ou Esti los de Época.</p><p> Nas Escolas Literárias os autores têm uma apro-</p><p>ximação esti lísti ca e ideológica.</p><p>Era Colonial</p><p>• 1.500, portugueses</p><p>• A carta de Pero Vaz de Caminha</p><p>• Brasil foi colônia de Portugal</p><p>• Quinhenti smo</p><p>• Seiscenti smo ou Barroco</p><p>• Setecenti smo ou Arcadismo.</p><p>Era Nacional</p><p>• 1808, com a chegada da Corte Portuguesa</p><p>• período de transição que passa pela Proclama-</p><p>ção da Independência, em 1822, até se encerrar</p><p>em 1836</p><p>• Romanti smo (de</p><p>1836 a 1881)</p><p>• Realismo-Naturalismo e o Parnasianismo (de</p><p>1881 a 1893)</p><p>• Simbolismo (de 1893 a 1922)</p><p>• Pré-Modernismo (de 1902 a</p><p>1922)</p><p>• Modernismo (de 1922 a 1945)</p><p>• Contemporaneidade da lite-</p><p>ratura brasileira.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>113</p><p>Portugal</p><p>• Classicismo (retorno às formas e temas da</p><p>Anti guidade Clássica, ou seja, Grécia e Roma</p><p>anti gas).</p><p>• Contexto: Renascimento; Grandes Navegações;</p><p>Pensamento Humanista.</p><p>• 1527: Sá de Miranda – Medida Nova (soneto</p><p>decassílabo).</p><p>• Principais autores: Francisco de Sá de Miranda;</p><p>Luís Vaz de Camões; Bernardim Ribeiro; Anto-</p><p>nio Ferreira.</p><p>Característi cas</p><p> Imitação dos clássicos gregos e romanos;</p><p> Mitologia dos deuses, uso de musas como ins-</p><p>piração;</p><p> Racionalismo;</p><p> Universalismo;</p><p> Antropocentrismo;</p><p> Perfeição formal;</p><p> Pensamento humanista;</p><p> Diminuição da subjeti vidade: o que vale é a</p><p>obra, não o que sente ou pensa o autor. O au-</p><p>tor deve desaparecer perante a obra;</p><p> Separação das artes: os gêneros textuais não</p><p>se misturam, poesia lírica tem seu próprio mé-</p><p>todo e característi cas que não devem ser con-</p><p>fundidos com aqueles da poesia épica, ou da</p><p>dramaturgia.</p><p>Denominação genérica de todas as manifesta-</p><p>ções literárias ocorridas no Brasil durante o século</p><p>XVI, quando a cultura europeia foi introduzida no</p><p>país. Note que, nesse período, ainda não se trata de</p><p>literatura genuinamente brasileira, a qual revele vi-</p><p>são do homem brasileiro: trata-se de uma literatura</p><p>ocorrida no Brasil, ligada ao Brasil, mas que deno-</p><p>ta a visão, as ambições e as intenções do homem</p><p>europeu mercanti lista em busca de novas terras e</p><p>riquezas. As manifestações ocorridas se prenderam,</p><p>basicamente, à descrição da terra e do índio, ou a</p><p>textos escritos pelos viajantes, jesuítas e missionários</p><p>que aqui esti veram.</p><p>LITERATURA INFORMATIVA</p><p>A Carta de Caminha inaugura o que se convencio-</p><p>nou chamar de Literatura Informati va sobre o Brasil.</p><p>Este ti po de literatura, também conhecido como lite-</p><p>ratura dos viajantes ou literatura dos cronistas, como</p><p>consequência das Grandes Navegações, empenha-se</p><p>em fazer um levantamento da “terra nova”, de sua</p><p>fl oresta e fauna, de seus habitantes e costumes, que</p><p>se apresentaram muito diferentes dos europeus.</p><p>Daí ser uma literatura meramente descriti va e,</p><p>como tal, sem grande valor literário. A principal ca-</p><p>racterísti ca da carta é a exaltação da terra, resultante</p><p>do assombro do europeu diante do exoti smo e da</p><p>exuberância de um mundo tropical. Com relação à</p><p>linguagem, o louvor à terra transparece no uso exa-</p><p>gerado de adjeti vos.</p><p>Original da Carta de Caminha, a literatura infor-</p><p>mati va sati sfaz a curiosidade a respeito do Brasil nos</p><p>seus primeiros anos de vida, oferecendo o encanto</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>114</p><p>das narrati vas de viagem. Para os historiadores, os tex-</p><p>tos são fontes obrigatórias de pesquisa. Mais adian-</p><p>te, com o movimento modernista, esses textos foram</p><p>retomados pelos escritores brasileiros, como Oswald</p><p>de Andrade, como forma de denúncia da exploração</p><p>a que o país sofrera desde então. Veja os principais</p><p>documentos que compõem a nossa literatura infor-</p><p>mati va:</p><p>1. Carta do descobrimento (Pero Vaz de Caminha):</p><p>foi escrita no ano de 1500 e publicada pela primeira</p><p>vez em 1817.</p><p>2. Tratado da terra do Brasil (Pero de Magalhães</p><p>Gândavo): foi escrito por volta de 1570 e impresso</p><p>pela primeira vez em 1826.</p><p>3. História da Província de Santa Cruz, a que</p><p>vulgarmente chamamos Brasil (Pero de Magalhães</p><p>Gândavo): foi editado em 1576.</p><p>4. Diálogo sobre a conversão dos genti os (Padre</p><p>Manuel da Nóbrega): foi escrito em 1557 e impresso</p><p>em 1880.</p><p>5. Tratado descriti vo do Brasil (Gabriel Soares de</p><p>Sousa): escrito em 1587 e impresso por volta de 1839.</p><p>UMA ESCRITA PARA CONVERSÃO</p><p>Ao longo de seus estudos, vocês encontrarão mui-</p><p>tos textos literários brasileiros que tratam dos indí-</p><p>genas como personagens. Alguns autores do início</p><p>da colonização, entretanto, não objeti varam escre-</p><p>ver sobre os nati vos, mas para eles. Esses textos de</p><p>catequização, foram produzidos pelos religiosos que</p><p>para cá vieram em busca de “novas almas”, em pleno</p><p>processo de retomada da fé católica, proposto pela</p><p>Contrarreforma, na Europa.</p><p>Entre os missionários jesuítas que escreveram</p><p>durante o Quinhenti smo destaca-se o Padre José de</p><p>Anchieta (1534-1597). Embora suas produções te-</p><p>nham alcançado maior valor estéti co do que as escri-</p><p>tas pelas cronistas portugueses, nelas se percebe o</p><p>objeti vo bem claro: a catequese e o ensino. Procuran-</p><p>do ati ngir um público não letrado, Anchieta preocu-</p><p>pou-se em escrever seus textos de forma simples, de</p><p>modo a transmiti r ensinamentos básicos da Igreja aos</p><p>povos considerados pagãos. Declamadas ou encena-</p><p>das, essas produções dirigiam-se aos indígenas já</p><p>reunidos pelas missões jesuíti cas.</p><p>Além de Anchieta, outros padres, como o jesuíta</p><p>Manuela da Nóbrega (1517-1570), produziram obra</p><p>catequéti ca de relevo. Em 1549, Manuela da Nóbre-</p><p>ga escreveu uma carta em que expôs os confl itos</p><p>ocorridos em Salvador por</p><p>conta da chegada do pri-</p><p>meiro governador-geral do</p><p>país, Tomé de Sousa. Esse</p><p>documento é considerado</p><p>um marco da literatura je-</p><p>suíti ca.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>115</p><p>QUINHENTISMO</p><p>ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM ATIVIDADES</p><p>1. São característi cas da poesia do Padre José de An-</p><p>chieta:</p><p>(A) Tinha como principal objeti vo orientar os jovens</p><p>jesuítas que desembarcavam no Brasil com a mis-</p><p>são de catequizar os índios.</p><p>(B) No teatro de José de Anchieta estão presentes a</p><p>paródia, cujo objeti vo é fazer rir dos ti pos sociais</p><p>estereoti pados, e a preocupação didáti co-reli-</p><p>giosa, cuja intenção era transmiti r a doutrina da</p><p>Igreja Católica.</p><p>(C) função pedagógica; temáti ca religiosa; expressão</p><p>em redondilhas, o que permiti a que fossem can-</p><p>tadas ou recitadas facilmente.</p><p>(D) Em sua obra não é possível notar a predominân-</p><p>cia de uma temáti ca, porém, pode-se afi rmar que</p><p>essa não apresenta qualquer função pedagógica</p><p>ou catequéti ca.</p><p>(E) Seu talento dramáti co para criar personagens e</p><p>situações permiti u-lhe criar formas teatrais diver-</p><p>sas através da observação da sociedade.</p><p>2. (UFV) Leia a estrofe abaixo e faça o que se pede:</p><p>Dos vícios já desligados / nos pajés não crendo mais, /</p><p>nem suas danças rituais, / nem seus mágicos cuidados.</p><p>(ANCHIETA, José de. O auto de São Lourenço [tradução e</p><p>adaptação de Walmir Ayala] Rio de Janeiro: Ediouro[s.d.]</p><p>p. 110)</p><p>Assinale a afi rmati va verdadeira, considerando a es-</p><p>trofe acima, pronunciada pelos meninos índios em</p><p>procissão:</p><p>(A) Os meninos índios representam o processo de</p><p>aculturação em sua concretude mais visível, como</p><p>produto fi nal de todo um empreendimento do</p><p>qual parti ciparam com igual empenho a Coroa</p><p>Portuguesa e a Companhia de Jesus.</p><p>(B) A presença dos meninos índios representa uma</p><p>síntese perfeita e acabada daquilo que se conven-</p><p>cionou chamar de literatura informati va.</p><p>(C) Os meninos índios estão afi rmando os valores de</p><p>sua própria cultura, ao mencionar as danças ritu-</p><p>ais e as magias prati cadas pelos pajés.</p><p>(D) Os meninos índios são fi guras alegóricas cuja</p><p>construção como personagens atende a todos</p><p>os requintes da dramaturgia renascenti sta.</p><p>(E) Os meninos índios representam a revolta dos na-</p><p>ti vos contra a catequese trazida pelos jesuítas, de</p><p>quem querem libertar-se tão logo seja possível.</p><p>3. Cronológica e esti listi camente, a obra do Padre José</p><p>de Anchieta encontra-se dentro do</p><p>(A) Quinhenti smo.</p><p>(B) Barroco.</p><p>(C) Classicismo.</p><p>(D) Trovadorismo.</p><p>(E) Simbolismo.</p><p>4. (UFSM) Sobre a literatura produzida no primeiro sé-</p><p>culo da vida colonial brasileira, é correto afi rmar que:</p><p>(A) É formada principalmente de poemas narrati vos</p><p>e textos dramáti cos que visavam à catequese.</p><p>(B) Inicia com Prosopopeia, de Bento Teixeira.</p><p>(C) É consti tuída por documentos que informam acer-</p><p>ca da terra brasileira e pela literatura jesuíti ca.</p><p>(D) Os textos que a consti tuem apresentam evidente</p><p>preocupação ar� sti ca e pedagógica.</p><p>(E) Descreve com fi delidade e</p><p>sem idealizações a terra</p><p>e o homem, ao relatar as condições encontradas</p><p>no Novo Mundo.</p><p>5. (PUC-MG) No processo de colonização do Brasil</p><p>(sécs. XVI - XVIII), os jesuítas ti veram papel de desta-</p><p>que na difusão do catolicismo. Sobre eles é correto</p><p>afi rmar, exceto:</p><p>(A) Deti nham o monopólio da educação e, na segun-</p><p>da metade do século XVI, fundaram colégios na</p><p>cidade de Salvador e na Vila de São Vicente.</p><p>(B) Sua tarefa missionária era a catequização dos ín-</p><p>dios, convertendo-os à verdadeira fé e à recupe-</p><p>ração de fi éis.</p><p>(C) Construíram as missões para impedir a escravidão</p><p>dos indígenas pelos coloniais e manter o universo</p><p>de valores culturais dos índios.</p><p>(D) Foram expulsos de Portugal e das possessões colo-</p><p>niais pelo Marquês de Pombal, após 1750, devido</p><p>ao seu poder econômico e políti co.</p><p>(E) Vieram ao Brasil na colonização, cuja missão seria</p><p>salvar o nati vos em trabalho catequéti co.</p><p>6. (UFJF/MG) – “Quando chega a época do amanho</p><p>da terra e da sementeira, (...) o padre dá a cada índio</p><p>duas ou três juntas de boi para o amanho da roça (...).</p><p>Pois o padre chegou a um índio, que lhe parecia ser</p><p>o mais aplicado. Que ti nha ele feito dos bois, que o</p><p>padre ti nha lhe emprestado? (...) o coitado está com</p><p>fome, desatrela o zebruno e o abate. (...) Desta ma-</p><p>neira, o pobre boi do arado virou fumaça num único</p><p>almoço (...) Aos europeus isto parecerá incrível, mas</p><p>aqui entre nós é a pura verdade, que os índios deixam</p><p>estragar as espigas de milho maduras e amarelas, se</p><p>os padres não os ameaçam expressamente com 24</p><p>pancadas de sova como casti go. Casti gar desta ma-</p><p>neira paternal tem resultado extraordinário, também</p><p>entre os bárbaros mais selvagens, de sorte que nos</p><p>amam de verdade, como os fi lhos aos pais.”</p><p>(SEPP, Anton. (1655-1733). Viagem às missões jesuíti cas e</p><p>trabalhos apostólicos. São Paulo: Ed. Universidade de São</p><p>Paulo, 1972, p. 87.)</p><p>(A) passagem acima se refere ao trabalho que os je-</p><p>suítas desenvolviam junto aos índios do Brasil, nos</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>116</p><p>séculos XVI e XVII. Sobre esse contexto histórico,</p><p>aponte a alternati va correta:</p><p>(A) Os jesuítas desenvolveram a catequese junto aos</p><p>índios, como forma de escravizá- los, aplicando</p><p>constantes casti gos � sicos a quem não trabalhasse;</p><p>(B) Os jesuítas pregavam que os índios selvagens não</p><p>ti nham alma e que, portanto, era necessário con-</p><p>vertê-los ao catolicismo, como forma de torná-los</p><p>mais dóceis para serem escravizados pelos senho-</p><p>res de terras;</p><p>(C) As missões ti nham como orientação integrar os</p><p>índios nos princípios da civilização cristã, promo-</p><p>vendo a educação religiosa e para o trabalho;</p><p>(D) O trabalho das missões foi interrompido, pois não</p><p>alcançava resultados práti cos e muitos padres aca-</p><p>bavam adquirindo hábitos próprios dos índios, o</p><p>que contrariava os interesses da Igreja;</p><p>(E) Apesar de conseguirem muitos resultados positi -</p><p>vos nas ati vidades econômicas, pois casti gavam</p><p>os índios preguiçosos, no campo religioso não al-</p><p>cançaram resultados, sendo baixo o número de</p><p>índios que se converteram ao cristi anismo.</p><p>7. A Ordem Jesuíta foi claramente inspirada em sua</p><p>forma de organização nas estruturas militares da Ida-</p><p>de Moderna. Inclusive seu fundador foi um militar</p><p>ferido em combate, cujo nome era:</p><p>(A) José de Anchieta.</p><p>(B) Manoel da Nóbrega.</p><p>(C) António Vieira.</p><p>(D) Inácio de Loyola.</p><p>(E) Marquês de Pombal.</p><p>8. A Companhia de Jesus exerceu durante quase todo</p><p>o período colonial um importante papel na atuação</p><p>conjunta à Coroa Portuguesa no processo de coloni-</p><p>zação brasileira. Controlou a educação no período e</p><p>realizou a assimilação de algumas tribos indígenas à</p><p>nova sociedade que estava se consti tuindo. Porém,</p><p>em decorrência dos ideais iluministas e da infl uência</p><p>que exercia sobre alguns governantes do século XVIII,</p><p>a Companhia de Jesus foi suprimida dos territórios</p><p>portugueses:</p><p>(A) pelo Padre Antônio Vieira.</p><p>(B) pela Rainha Maria I.</p><p>(C) por d. João IV.</p><p>(D) pelo Marquês de Pombal.</p><p>(E) pelo papa Clemente XIV.</p><p>9. A Companhia de Jesus foi uma ordem religiosa fun-</p><p>dada por Inácio de Loyola no século XVI, que exerceu</p><p>forte infl uência em diversas áreas coloniais controla-</p><p>das por europeus entre os séculos XVI e XVIII. Apesar</p><p>de ter sido uma ordem religiosa muito próxima aos</p><p>clérigos poderosos do Vati cano, somente no século</p><p>XXI conseguiu fazer com que um de seus membros</p><p>se tornasse papa. Qual foi esse papa?</p><p>(A) João Paulo II.</p><p>(B) Bento XVI.</p><p>(C) Francisco I.</p><p>(D) João XXIII</p><p>(E) Pio XII.</p><p>10. Entende-se por literatura informati va no Brasil:</p><p>(A) a história dos jesuítas que aqui esti veram no sé-</p><p>culo XVI.</p><p>(B) as obras escritas com a fi nalidade de catequese</p><p>do indígena.</p><p>(C) os poemas do Padre José de Anchieta.</p><p>(D) os sonetos de Gregório de Matos.</p><p>(E) conjunto de relato de viajantes e missionários eu-</p><p>ropeus, sobre a natureza e o homem brasileiros.</p><p>11. Todas as alternati vas são corretas sobre o Padre</p><p>José de Anchieta, EXCETO:</p><p>(A) Foi o mais importante jesuíta em ati vidade no</p><p>Brasil do século XVI.</p><p>(B) Foi o grande orador sacro da língua portuguesa,</p><p>com seus sermões barrocos.</p><p>(C) Estudou o tupi-guarani, escrevendo uma carti lha</p><p>sobre a gramáti ca da língua dos nati vos.</p><p>(D) Escreveu tanto uma literatura de caráter informa-</p><p>ti vo como de caráter pedagógico.</p><p>(E) Suas peças apresentam sempre o duelo entre an-</p><p>jos e diabos.</p><p>12. “Poéti ca de Anchieta - Zuca Sardanga</p><p>Anchieta escrevia na areia, / E a maré levava... / An-</p><p>chieta escrevia na areia, / E a maré levava... / O bom</p><p>jesuíta havia assim criado / uma espécie de antecipa-</p><p>ção / do computador ...”</p><p>José de Anchieta faz parte de um período da história</p><p>cultural brasileira (século XVI) em que se destacaram</p><p>manifestações específi cas: a chamada “literatura in-</p><p>formati va” e a</p><p>“literatura jesuíti ca”. Assinale a alternati va que apre-</p><p>senta um excerto característi co desse período.</p><p>(A) Fazer pouco fruto a palavra de Deus no mundo</p><p>pode proceder de um de três princípios: ou da</p><p>parte do pregador, ou da parte do ouvinte, ou da</p><p>parte de Deus. (Pe. Antônio Vieira)</p><p>(B) Triste Bahia! ó quão dessemelhante / Estás e es-</p><p>tou do nosso anti go estado, / Pobre te vejo a ti ,</p><p>tu a mim empenhado, / Rica te vi eu já, tu a mim</p><p>abundante. (Gregório de Matos)</p><p>(C) Uma planta se dá também nesta Província, que</p><p>foi da ilha de São Tomé, com a fruita da qual se</p><p>ajudam muitas pessoas a sustentar a terra. (...) A</p><p>fruita dela se chama banana. (Pêro de Magalhães</p><p>Gândavo)</p><p>(D) Vós haveis de fugir ao som de padre-nossos, /</p><p>Frutos da carne infi el, seios, pernas e braços, /</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>117</p><p>E vós, múmias de cal, dança macabra de ossos!</p><p>(Alphonsus de Guimaraens)</p><p>(E) Os ritos semibárbaros dos Piagas, / Cultores de</p><p>Tupã e a terra virgem / Donde como dum trono</p><p>enfi m se abriram / Da Cruz de Cristo os piedosos</p><p>braços. (Gonçalves Dias)</p><p>13. Seu enredo trata da revolta índia de 1560, quando</p><p>os guerreiros da tribo, guiados por Aimbiré, se suble-</p><p>varam contra os portugueses. Conduzida em dois pla-</p><p>nos – o da guerra e o do amor –, a narrati va tem como</p><p>eixo a fi gura do padre Anchieta. Estamos falando de:</p><p>(A) A Confederação dos Tamoios, de Gonçalves de</p><p>Magalhães.</p><p>(B) O Uraguai, de José Basílio da Gama.</p><p>(C) Os Timbiras, de Gonçalves Dias.</p><p>(D) Guesa errante, de Sousândrade.</p><p>(E) Prosopopeia, de Bento Teixeira.</p><p>HABILIDADE: (EM13LP51) Selecionar obras do re-</p><p>pertório ar� sti co-literário contemporâneo à dispo-</p><p>sição segundo suas predileções, de modo a cons-</p><p>ti tuir um acervo pessoal e dele se apropriar para</p><p>se inserir e intervir com autonomia e criti cidade</p><p>no meio cultural.</p><p>OBJETIVO DE ARPENDIZAGEM: (GO-EMLP51A)</p><p>Analisar o processo de desenvolvimento da arte</p><p>brasileira como fundamento da identi dade ar� sti ca,</p><p>considerando o Romanti smo e suas gerações (prosa</p><p>e poesia) e a relação do indivíduo e sua cultura</p><p>como elementos fundamentais de mudança social</p><p>para inserir com autonomia no meio cultural.</p><p>OBJETOS DE CONHECIMENTO: Construção com-</p><p>posicional dos textos literários. Práti cas de leitura</p><p>branca e dramáti ca de textos literários das mais</p><p>diferentes ti pologias e manifestações literárias. Re-</p><p>cursos linguísti cos e semióti cos que operam nos</p><p>textos pertencentes aos gêneros literários. Leitura,</p><p>apreciação e interpretação de obras ar� sti cas (qua-</p><p>dros, música, performances, espetáculos teatrais).</p><p>BARROCO</p><p>Barroco é o nome de um esti lo de época surgido</p><p>no fi nal do século XVI, na Itália, e caracterizado por</p><p>forte infl uência religiosa, devido ao contexto histórico</p><p>marcado pela Reforma Protestante e pela Contrar-</p><p>reforma. No entanto, ao lado de tanta religiosidade,</p><p>havia também, na época, um forte apelo aos prazeres</p><p>sensoriais. Desse modo, o esti lo confi gura- se, basi-</p><p>camente, na aproximação dos opostos.</p><p>Portanto, são característi cas presentes em obras</p><p>de Gregório de Matos e Pe. António Vieira, os princi-</p><p>pais autores do Barroco brasileiro: culto ao contraste,</p><p>fusionismo, pessimismo, feísmo, culti smo, concepti s-</p><p>mo, além do uso de an� tese, paradoxo, hipérbole,</p><p>hipérbato e sinestesia.</p><p>Contexto histórico do Barroco</p><p>Devido ao confl ito entre católicos e protestantes,</p><p>o cristi anismo ganhou força no século XVI.</p><p>Dois fatos históricos, no século XVI, foram de</p><p>grande infl uência nas obras dos autores barrocos: a</p><p>Reforma Protestante e a Contrarreforma. Essa últi ma</p><p>ocorreu como uma reação diante da perda de fi éis</p><p>devido ao protestanti smo (luteranismo e calvinismo).</p><p>Característi cas do Barroco</p><p>O Barroco é um esti lo de época marcado pela opo-</p><p>sição e pelo confl ito, o que acaba revelando uma forte</p><p>angústi a existencial. Dessa forma, as obras literárias</p><p>dessa época apresentam visões opostas (aproximação</p><p>de opostos), tais como:</p><p> Antropocentrismo versus teocentrismo</p><p> Sagrado versus profano</p><p> Luz versus sombra</p><p> Fé versus razão</p><p> Juventude versus velhice</p><p>Além do culto ao contraste, o esti lo possui tam-</p><p>bém estas característi cas:</p><p> Fusionismo: fusão entre a visão medieval e a</p><p>renascenti sta;</p><p> An� tese e paradoxo: refl etem uma época de</p><p>contrastes;</p><p> Pessimismo: a felicidade, impossível na Terra,</p><p>só se realizaria no plano celesti al;</p><p> Feísmo: fascinação pela miséria humana, cruel-</p><p>dade, dor, podridão e morte;</p><p> Rebuscamento: ornamentação excessiva da</p><p>linguagem, atrelada a um apelo visual;</p><p> Hipérbole: exagero;</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>118</p><p> Sinestesia: apelo sensorial;</p><p> Culti smo ou gongorismo: jogo de palavras (si-</p><p>nônimos, antônimos, homônimos, trocadilhos,</p><p>fi guras de linguagem, hipérbatos);</p><p> Concepti smo ou quevedismo: jogo de ideias</p><p>(comparações e argumentação engenhosa);</p><p> Morbidez;</p><p> Senti mento de culpa;</p><p> Carpe diem: aproveitar o momento;</p><p> Emprego da medida nova: versos decassílabos;</p><p> Principais temáti cas: fragilidade humana, fu-</p><p>gacidade do tempo, críti ca à vaidade, contra-</p><p>dições do amor.</p><p>Barroco no Brasil</p><p>No Brasil, o Barroco (1601-1768) foi inaugura-</p><p>do pelo livro Prosopopeia (1601), de Bento Teixeira</p><p>(1561-1618). No entanto, os principais autores desse</p><p>esti lo no país são Gregório de Matos (1636-1696) e</p><p>Pe. António Vieira (1608-1697).</p><p>Pe. António Vieira</p><p>Pe. António Vieira é conhecido pelos seus sermões</p><p>concepti stas, com argumentação engenhosa. Seus</p><p>textos enaltecem a fé cristã e a monarquia portugue-</p><p>sa. Porém, foi perseguido pela Inquisição por defender</p><p>os cristãos-novos (judeus converti dos ao catolicismo).</p><p>Sua principal obra é Os sermões, de 1679.</p><p>Gregório de Matos</p><p>Gregório de Matos compôs suas poesias exploran-</p><p>do as mais diversas temáti cas, desde o amor à críti ca</p><p>social.</p><p>Gregório de Matos, conhecido também como</p><p>Boca do Inferno, é o representante máximo da po-</p><p>esia barroca brasileira. Sua poesia é assim dividida:</p><p>• Lírica ou fi losófi ca: temáti ca amorosa, oposição</p><p>entre espírito e matéria, fugacidade do tempo;</p><p>• Sacra: temáti ca religiosa, fragilidade humana</p><p>e medo da condenação divina;</p><p>• Sa� rica: críti ca social, econômica e políti ca.</p><p>ARCADISMO</p><p>O Arcadismo, também conhecido como Setecen-</p><p>ti smo ou Neoclassicismo, é o movimento que com-</p><p>preende a produção literária brasileira na segunda</p><p>metade do século XVIII. O nome faz referência à Ar-</p><p>cádia, região do sul da Grécia que, por sua vez, foi</p><p>nomeada em referência ao semideus Arcas (fi lho de</p><p>Zeus e Calisto). Denota-se, logo de início, as referên-</p><p>cias à mitologia grega que perpassa o movimento.</p><p>Contexto Histórico</p><p>Profundas mudanças no contexto histórico mun-</p><p>dial caracterizam o período, tais como a ascensão do</p><p>Iluminismo, que pressupunha o racionalismo, o pro-</p><p>gresso e as ciências. Na América do Norte, ocorre a</p><p>Independência dos Estados Unidos, em 1776, abrindo</p><p>caminho para vários movimentos de independência</p><p>ao longo de toda a América, como foi o caso do Brasil,</p><p>que presenciou inúmeras revoluções e inconfi dências</p><p>até a chegada da Família Real em 1808.</p><p>Nesse período, aconteceu também a Revolução</p><p>Francesa com a Queda da Basti lha, marco da história</p><p>moderna no Ocidente. Em consequência a burguesia</p><p>fi ca em ascensão, o que muda o público que conso-</p><p>me leitura. Outro grande momento foi a Revolução</p><p>Industrial, que põe em giro o maquinário e o capita-</p><p>lismo. Esses fatores infl uenciaram nas característi cas</p><p>do Arcadismo na Europa.</p><p>Nesse contexto, surgiu o Arcadismo, sugerindo</p><p>que tudo deve ser pensado e questi onado. A teoria é</p><p>que para tudo existe uma explicação através da razão.</p><p>Arcadismo em Portugal</p><p>O Arcadismo em Portugal começou em 1756 com</p><p>a fundação da Arcádia Lusitana e terminou em 1825,</p><p>com a publicação do poema “Camões”, de Almeida</p><p>Garre� , o qual inaugura uma nova fase: o Roman-</p><p>ti smo.</p><p>A Arcádia Lusitânia foi fundada pelos poetas Cruz</p><p>e Silva, Manuel Nicolau Esteves Negrão e Teotónio</p><p>Gomes de Carvalho exti nguindo-se em 1776. Em seu</p><p>lugar foi criada a Nova Arcádia, em 1790 em Lisboa.</p><p>O maior destaque na produção árcade portugue-</p><p>sa foram os poemas, sendo Bocage um dos maiores</p><p>representantes.</p><p>Característi cas do Arcadismo</p><p>O Barroco era totalmente rebuscado ligado ao</p><p>confl ito de senti mentos, exagero e religiosidade. Já</p><p>o Arcadismo oferta uma vida mais simples, com base</p><p>na natureza. Sendo assim o Concepti smo (esti lo Bar-</p><p>roco) representado pelo confl ito, excesso e o forte</p><p>traço religioso começou a se dissolver. Com o novo</p><p>esti lo, passou a ser evidenciado:</p><p>• Busca da simplicidade, da razão e do equilíbrio</p><p>• Inspiração na natureza</p><p>• Reprodução dos clássicos com base na cultura</p><p>Greco-Romana</p><p>• Eliminação da subjeti vidade, dos senti mentos</p><p>expressados com exagero</p><p>• Amor galante, a mulher passou a ser exaltada</p><p>e cortejada de forma muito elegante Além des-</p><p>ses pontos existem outros dois que são muito</p><p>fortes e são imprimidos nas característi cas do</p><p>Arcadismo. São eles o Bucolismo e o Pastora-</p><p>lismo. O primeiro, está relacionado à natureza</p><p>e tudo que está ligado a ela: moradia, passeios,</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>119</p><p>forma de escrever, além das artes em geral. É a</p><p>tradução do homem vivenciando a natureza.</p><p>Era muito comum também a exploração do lati m</p><p>nos poemas e no coti diano. Exemplos:</p><p> Fugere Urbem: fugir do urbano;</p><p> Inuti lia Truncat: abdicar do superfi cial da vida</p><p>e conviver com o essencial;</p><p> Carpe Diem: aproveitar o dia, viver com alergia,</p><p>gostar do simples como apreciar a natureza;</p><p> Pseudônimos pastoris: os poetas fi ngiam ou-</p><p>tra identi dade, se autointi tulados pastores e</p><p>assinavam suas obras como tal. As obras eram</p><p>marcadas ainda pela simulação de senti mentos</p><p>inexistentes.</p><p>O Arcadismo no Brasil</p><p>Como o Arcadismo surgiu com a proposta de con-</p><p>trapor o Barroco, a transição foi lenta por causa da</p><p>quebra de paradigmas, em especial no Brasil. Isso</p><p>porque a corrente foi trazida para o país através de</p><p>fi lhos de burgueses que viajavam para estudar em Lis-</p><p>boa, e depois retornavam, achando o cenário “brega”</p><p>e ultrapassado.</p><p>O Barroco estava em alta, e em Minas Gerais o</p><p>minério era a ati vidade econômica mais forte do país.</p><p>O Brasil passava por um forte período de colonização,</p><p>e paralelo a esse fator acontecia também a Inconfi -</p><p>dência</p><p>Mineira, que gerou os primeiros movimentos</p><p>de independência.</p><p>O arcadismo no Brasil ocorreu durante o ciclo do</p><p>ouro em nosso país. Foi em Vila Rica, atual Outro Preto</p><p>(MG), um dos principais centros comerciais brasilei-</p><p>ros na época, que se desenvolveu o maior volume de</p><p>obras árcades do país. Para além disso, alguns poetas</p><p>neoclássicos, como Tomás Antônio Gonzaga e Cláu-</p><p>dio Manuel da Costa, parti ciparam da Inconfi dência</p><p>Mineira ao lado de fi guras como Tiradentes. Após a</p><p>delação de Joaquim Silvério dos Reis, os poetas cita-</p><p>dos foram presos sob a acusação de conspiradores.</p><p>Tomás Antônio Gonzaga foi exilado em Moçambique,</p><p>e Cláudio Manuel da Costa, segundo fontes ofi ciais,</p><p>suicidou-se na prisão.</p><p>A Inconfi dência Mineira contribuiu diretamente</p><p>para as característi cas do Arcadismo, no que diz res-</p><p>peito à literatura.</p><p>O livro Obras Poéti cas, de Cláudio Manuel da Cos-</p><p>ta, publicado em 1768 iniciou o Arcadismo no Brasil.</p><p>Também no mesmo ano foi fundada da Arcádia Ul-</p><p>tramarina em Vila Rica, Minas Gerais.</p><p>Arcádia Ultramarina</p><p>Trata-se de uma sociedade literária fundada na</p><p>cidade de Vila Rica (MG), infl uenciada pela Arcádia</p><p>italiana (fundada em 1690) e cujos membros adota-</p><p>vam pseudônimos, isto é, nomes ar� sti cos, de pasto-</p><p>res cantados na poesia grega ou lati na. Por isso que</p><p>alguns dos principais nomes do Arcadismo brasileiro</p><p>publicavam suas obras com nomes inspirados na mi-</p><p>tologia grega e romana.</p><p>Principais Autores Brasileiros</p><p>O arcadismo no Brasil foi dividido em dois mo-</p><p>mentos de produção: épico e lírico.</p><p> O épico foi marcado por Basílio da Gama com</p><p>a famosa obra “O Uraguai” e Frei Santa Rita</p><p>Durão com a obra “Caramuru”.</p><p> O lírico foi marcado por autores como Cláudio</p><p>Manuel da Costa com seus sonetos e poemas e</p><p>Tomás Antônio Gonzaga com os poemas “Ma-</p><p>rília de Dirceu” e “Cartas Chilenas”.</p><p>Cláudio Manuel da Costa (1729-1789) era ad-</p><p>vogado e poeta, tendo destacado na poesia bem</p><p>elaborada. Morreu na prisão acusado de integrar a</p><p>Inconfi dência Mineira ao lado de Tiradentes. Além</p><p>de Obras Poéti cas, publicou também Vila Rica (1773).</p><p>José de Santa Rita Durão (1722-1784) foi grande</p><p>orador e exímio poeta, com destaque para o clássico</p><p>Caramuru (1781). Escreveu também> Pro Anmia Stu-</p><p>diorum Instaurati one Orati o (1778).</p><p>José Basílio da Gama (1741-1795) escreveu um</p><p>poema clássico inti tulado O Uraguai (1769). É um mar-</p><p>co da literatura no Brasil, posto que conta os confl itos</p><p>entre europeus, índios e jesuítas. Escreveu também</p><p>Epitalâmio às Núpcias da Senhora Dona Maria Amá-</p><p>lia (1769), A Declamação Trágica (1772) e Quitúbia</p><p>(1791).</p><p>Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810) foi advoga-</p><p>do, políti co e poeta luso-brasileiro. Ele escrevia com</p><p>o nome de Dirceu, tendo se destacado com o livro</p><p>Marília de Dirceu (1792). Também foi preso na In-</p><p>confi dência Mineira e deportado para a África, onde</p><p>morreu.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>120</p><p>Disponível em:</p><p>ATIVIDADES</p><p>POESIA BARROCA</p><p>TEXTO: Comuns às questões: 01, 02</p><p>Inconstâncias dos bens do mundo</p><p>Gregório de Matos</p><p>Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,</p><p>Depois da Luz se segue a noite escura,</p><p>Em tristes sombras morre a formosura,</p><p>Em con� nuas tristezas a alegria.</p><p>Porém, se acaba o Sol, por que nascia?</p><p>Se é tão formosa a Luz, por que não dura?</p><p>Como a beleza assim se transfi gura?</p><p>Como o gosto da pena assim se fi a?</p><p>Mas no Sol, e na Luz falte a fi rmeza,</p><p>Na formosura não se dê constância,</p><p>E na alegria sinta-se tristeza.</p><p>Começa o mundo enfi m pela ignorância,</p><p>E tem qualquer dos bens por natureza</p><p>A fi rmeza somente na inconstância.</p><p>Disponível em h� ps://ti nyurl.com/p� 3yga.</p><p>Acesso em: 25.10.18</p><p>Questão 01 - (ETEC SP)</p><p>Gregório de Matos, conhecido como o primeiro poeta</p><p>brasileiro, fez parte do período de produção ar� sti ca</p><p>brasileiro chamado Barroco. Uma característi ca muito</p><p>presente nesse período é a dualidade, transposta para</p><p>o poema do autor por meio da fi gura de linguagem</p><p>paradoxo.</p><p>Assinale a alternati va em que há o verso que corres-</p><p>ponde a essa fi gura de linguagem.</p><p>(A) “Como a beleza assim se transfi gura?”</p><p>(B) “Como o gosto da pena assim se fi a?</p><p>(C) “E, na alegria, sinta-se tristeza.”</p><p>(D) “enfi m pela ignorância”</p><p>(E) “E tem qualquer dos bens por natureza:”</p><p>Questão 02 - (ETEC SP)</p><p>No poema, a ideia que funciona como fi o condutor</p><p>no desenvolvimento dos versos é a inconstância dos</p><p>fatos e elementos da vida.</p><p>Tendo isso em vista, assinale a alternati va que contém</p><p>o verso que apresenta uma ideia oposta a essa assim</p><p>como sua explicação.</p><p>(A) segundo, pois trata de uma sequência da atos,</p><p>exemplifi cada pelo fi m do dia.</p><p>(B) terceiro, pois a ideia de sombra retrata a vida e</p><p>tudo o que nela acontece.</p><p>(C) sexto, pois o questi onamento feito pelo eu lírico</p><p>denota a dubiedade da realidade.</p><p>(D) décimo segundo, pois trata do surgimento do</p><p>mundo e com ele o início de sua incultura.</p><p>(E) décimo quarto, pois fala da única certeza do eu</p><p>lírico: a manutenção da mudança.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>121</p><p>Questão 03 - (UEL PR) TEXTO:</p><p>Descreve a vida escolásti ca</p><p>Mancebo sem dinheiro, bom barrete,</p><p>Medíocre o vesti do, bom sapato,</p><p>Meias velhas, calção de esfola-gato,</p><p>Cabelo penteado, bom topete.</p><p>Presumir de dançar, cantar falsete,</p><p>Jogo de fi dalguia, bom barato,</p><p>Tirar falsídia ao moço do seu trato,</p><p>Furtar a carne à ama, que promete;</p><p>A puti nha aldeã achada em feira,</p><p>Eterno murmurar de alheias famas,</p><p>Soneto infame, sáti ra elegante;</p><p>Carti nhas de trocado para a freira,</p><p>Comer boi, ser Quixote com as damas,</p><p>Pouco estudo: isto é ser estudante.</p><p>WISNIK, J. M. (Org.). Poemas escolhidos de Gregório de</p><p>Matos. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 173.</p><p>Sobre o poema, considere as afi rmati vas a seguir.</p><p>I. O poema estabelece uma diferenciação entre o es-</p><p>tudante rico, que tudo tem, e o estudante pobre, que</p><p>é obrigado a “furtar carne à ama”.</p><p>II. O poema tem início com uma disti nção entre o</p><p>bom e o mau estudante: “Mancebo sem dinheiro,</p><p>bom barrete, /Medíocre o vesti do, bom sapato [...]”.</p><p>III. O poema é construído a parti r de pequenos qua-</p><p>dros que denotam as várias práti cas do estudante,</p><p>sendo que quase nenhuma delas está associada ao</p><p>estudo.</p><p>IV. A repeti ção de formas verbais no infi niti vo indica</p><p>uma permanência das característi cas negati vas elen-</p><p>cadas a respeito do estudante.</p><p>Assinale a alternati va correta.</p><p>(A) Somente as afi rmati vas I e II são corretas.</p><p>(B) Somente as afi rmati vas I e IV são corretas.</p><p>(C) Somente as afi rmati vas III e IV são corretas.</p><p>(D) Somente as afi rmati vas I, II e III são corretas.</p><p>(E) Somente as afi rmati vas II, III e IV são corretas.</p><p>PROSA BARROCA</p><p>Questão 1 - (Mackenzie SP)</p><p>Assinale a afi rmação correta sobre Pe. Antônio Vieira.</p><p>(A) Representante do esti lo barroco em Portugal e no</p><p>Brasil, serviu-se da prosa sermonísti ca para ques-</p><p>ti onar aspectos sociais e políti cos de seu tempo.</p><p>(B) Devido a sua ideologia revolucionária, é considera-</p><p>do pela críti ca especializada a mais alta expressão</p><p>do Barroco culti sta em Portugal.</p><p>(C) Membro da Cia. De Jesus, atuou no Brasil no sé-</p><p>culo XVI, ao lado do Pe. José de Anchieta, como</p><p>um dos primeiros catequizadores que apoiaram</p><p>a escravidão dos silvícolas.</p><p>(D) O esti lo prolixo que adotava em seus sermões, � -</p><p>pico do gongorismo português, era estratégia para</p><p>insinuar críti cas contra o absoluti smo monárquico</p><p>do século XVII.</p><p>(E) Assim como Gregório de Matos, notabilizou-se</p><p>pelos versos sa� ricos e irreverentes, nas críti cas</p><p>explícitas feitas aos representantes da aristocracia.</p><p>Questão 2 (IFSP)</p><p>O texto a seguir consti tui um trecho do Sermão de</p><p>Quarta-Feira de Cinzas, escrito por padre Antônio</p><p>Vieira, e proferido em Roma no ano de 1672.</p><p>Duas coisas prega hoje a Igreja a todos os mortais: am-</p><p>bas grandes, ambas tristes, ambas temerosas, ambas</p><p>certas. Mas uma de tal maneira certa, e evidente, que</p><p>não é necessário entendimento para crer; outra de</p><p>tal maneira certa, e difi cultosa, que nenhum enten-</p><p>dos Descobrimentos reforçada ainda</p><p>mais pela consolidação do Liberalismo.</p><p>As sociedades africanas tradicionais (ou pré-co-</p><p>loniais) ti nham em suas ati vidades econômicas uma</p><p>das formas de sobrevivência, de acordo com o meio</p><p>ambiente em que viviam, de suas necessidades ma-</p><p>teriais e espirituais, e de toda uma tradição anterior</p><p>de várias técnicas e ti pos de produção. Havia muitos</p><p>povos nômades, que precisavam se deslocar periodi-</p><p>camente, e havia povos sedentários, que fundando</p><p>seus territórios, chegaram a consti tuir grandes reinos,</p><p>desenvolvendo ati vidades econômicas produti vas,</p><p>tanto de bens de consumo como de bens de pres� gio</p><p>(em que se destacam várias de suas artes de escultura</p><p>e metalurgia).</p><p>O que a história ofi cial procurou velar é que os afri-</p><p>canos desenvolveram várias formas de governo muito</p><p>complexas, baseando-se seja em uma ordem genea-</p><p>lógica (clãs e linhagens), seja em processos iniciáti cos</p><p>(classes de idade), seja, ainda, por chefi as (unidades</p><p>políti cas, sob várias formas). Algumas grandes chefi as,</p><p>consideradas Estados tradicionais, são conhecidas</p><p>desde o século IV (como a primeira dinasti a de Gana),</p><p>mesmo assim posteriores a grandes civilizações, cuja</p><p>existência pode ser testemunhada pela arte, como a</p><p>cerâmica de Nok (Nigéria), datada do século V a.C.</p><p>ao II século d.C. Aliás, ela é uma das produções mais</p><p>ati ngidas pelo tráfi co do mercado negro das artes na</p><p>África que coloca em risco toda uma história ainda</p><p>não completamente estudada.</p><p>Importante lembrar que a “ação civilizadora”</p><p>europeia era para ti rar suas elites da emergência de</p><p>sua própria falência econômica: os europeus preci-</p><p>savam se apropriar de novas terras e mercados para</p><p>alcançar hegemonia. E fi zeram isso na perspecti va da</p><p>exploração, sob pretexto de “descobrir” o que estava</p><p>“perdido”, tanto no globo terrestre (como se fosse</p><p>seu quintal) como na história (como se ela fosse um</p><p>produto acabado), sendo eles os sujeitos, no presente,</p><p>do tempo e do espaço - passado e futuro. Ignoraram</p><p>que os africanos já manti nham contatos seculares</p><p>(provavelmente milenares) com outras civilizações:</p><p>a egípcia, por exemplo, é africana, apesar das rela-</p><p>ções estabelecidas, e reconhecidas historicamente,</p><p>com o Mediterrâneo anti go. Os estados tradicionais</p><p>africanos não foram apenas instrumentos de governo</p><p>efi cazes e agentes da história, mas esti mularam a pro-</p><p>dução de grandes patrimônios materiais. É o caso das</p><p>artes de Ifé e Benin, bem como das artes luba e kuba.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>14</p><p>Terracota de Ifé</p><p>África: cultura material e arte africana</p><p>As artes plásti cas da África que vemos nos livros</p><p>e coleções são produtos desenvolvidos ao longo de</p><p>séculos. Sejam esculpidos, fundidos, modelados,</p><p>pintados, trançados ou tecidos, os objetos da África</p><p>nos mostram a diversidade de técnicas ar� sti cas que</p><p>eram usadas nesse conti nente imenso, e nos dão a</p><p>dimensão da quanti dade de esti los criados pelos po-</p><p>vos africanos.</p><p>Tais esti los são a marca da origem dos objetos, isto</p><p>é, cada esti lo ou grupo de esti los corresponde a um</p><p>produtor (sociedade, ateliê, arti sta) e localidade (re-</p><p>gião, reino, aldeia). Mesmo assim, devemos lembrar</p><p>que os grupos sociais não podem ser considerados no</p><p>seu isolamento, e, portanto, é natural que a estéti ca</p><p>de cada sociedade africana compreenda elementos</p><p>de contato. Além disso, cada objeto é apenas uma</p><p>parte da manifestação estéti ca a que pertence, cons-</p><p>ti tuída por um conjunto de ati tudes (gestos, palavras),</p><p>danças e músicas. Isso pode determinar as diferenças</p><p>entre a arte de um grupo e de outro, tendo-se em</p><p>vista também o lugar e a época ou período em que o</p><p>objeto estéti co-ar� sti co era visto ou usado, de acordo</p><p>com a sua função.</p><p>Portanto, a primeira coisa a reter é que, na Áfri-</p><p>ca, cada estátua, cada máscara, ti nha uma função</p><p>estabelecida, e não eram expostas em vitrines, nem</p><p>em conjunto, nem separadamente, como vemos</p><p>dos museus. Outra coisa deve ser lembrada: a arte</p><p>africana é um termo criado por estrangeiros na in-</p><p>terpretação da cultura material estéti ca dos povos</p><p>africanos tradicionais, diferente das artes plásti cas</p><p>da África contemporânea que se integram, como as</p><p>nossas, brasileiras e atuais, no circuito internacional</p><p>das exposições.</p><p>Se hoje ainda há uma produção similar aos ob-</p><p>jetos tradicionais, ela deve-se no maior das vezes às</p><p>demandas de um mercado turísti co, moti vado pela</p><p>curiosidade e exoti smo.</p><p>Com referência aos objetos muito semelhantes</p><p>aos tradicionais ainda em uso em rituais religiosos</p><p>ou festas populares há, assim como no Brasil, na Áfri-</p><p>ca atual, uma cultura material, que, apesar de sua</p><p>qualidade estéti ca, é considerada, também pelos afri-</p><p>canos de hoje, “religiosa” ou “popular” nos moldes</p><p>ocidentais, onde o anti go e moderno são historica-</p><p>mente discerníveis. Isso não quer dizer, no entanto,</p><p>que, através de conteúdos e símbolos, a arte africana</p><p>atual não esteja impregnada do tradicional, ainda que</p><p>se manifestando em novas formas. Ao contrário, as</p><p>especifi cidades da estéti ca tradicional africana são</p><p>visíveis também, nos dias atuais, nas produções ar-</p><p>� sti cas dos países de fora da África, principalmente</p><p>daqueles, como o Brasil, cuja população e cultura</p><p>foram formadas por grandes conti ngentes africanos.</p><p>Por enquanto, estamos tratando sempre des-</p><p>sas produções realizadas pelos africanos antes da</p><p>ruptura entre tradição e modernidade. Daqui para</p><p>frente, devemos relati vizar o uso do tempo verbal, e</p><p>lembrar que a expressão arte africana é, queiramos</p><p>ou não, um reducionismo inventado por estrangei-</p><p>ros, mas que está cristalizada entre nós, relati va a</p><p>toda produção material estéti ca da África produzida</p><p>antes e durante a colonização, até meados do século</p><p>XX, trazida à Europa por viajantes, missionários e</p><p>administradores coloniais.</p><p>Não seria di� cil encontrarmos nessa arte africana</p><p>alguns elementos de aproximação com os de corren-</p><p>tes da arte ocidental, do naturalismo ao abstracio-</p><p>nismo. Mas esse ti po de comparação não é capaz de</p><p>nos desvendar o verdadeiro senti do da arte africana</p><p>tradicional, porque esta não foi feita para ser realista</p><p>ou cubista, isto é, ela não era um exercício de refl exão</p><p>sobre a forma, ou sobre a matéria, como nas artes</p><p>plásti cas entre nós. Apesar disso, podemos identi fi -</p><p>car na arte africana os elementos que permiti ram a</p><p>arti stas, como Picasso, a revolucionar a arte ocidental.</p><p>O cubismo, portanto, é uma invenção intelectual</p><p>dos europeus, que nada tem a ver com a intenção dos</p><p>africanos: enquanto no cubismo a representação do</p><p>objeto se dá de diversos pontos de vista, em diver-</p><p>sas de suas dimensões formais ao mesmo tempo, a</p><p>estéti ca africana busca, ao contrário, uma síntese do</p><p>objeto ou do tema construído materialmente, plena</p><p>de objeti vo, inspiração e conteúdo.</p><p>Uma estátua não representa, normalmente, um</p><p>Homem, mas um Ser Humano integral, que tem uma</p><p>parte � sica e espiritual - do passado e do futuro.</p><p>Tem, por isso, um lado sagrado, ligado às forças da</p><p>Natureza e do Universo. Uma máscara ou uma es-</p><p>tátua concentram forças inerentes do próprio ma-</p><p>terial de que são consti tuídas, ou que comportam</p><p>em seu interior ou super� cie, além de sua própria</p><p>força estéti ca. Elas não têm, portanto, uma função</p><p>meramente formal.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>15</p><p>Os procedimentos técnicos e a matéria-prima</p><p>usados na produção material podem “falar” muito</p><p>sobre o esti lo, assim como sobre o meio ambiente em</p><p>que determinadas sociedades vivem. A madeira era</p><p>muito usada nas regiões de fl oresta. O uso do metal,</p><p>embora tenha sido corrente em todo o conti nente,</p><p>caracterizou as produções ar� sti cas da savana, onde</p><p>fl oresceram grandes reinos, tanto na África ocidental</p><p>quanto na central, onde a arte era fundamentalmente</p><p>ligada à organização social e políti ca, a serviço de man-</p><p>datários, através de ateliês ofi ciais - caso da chamada</p><p>“arte de côrte” de Ifé e Benin.</p><p>Junto a essas produções de metal devemos men-</p><p>cionar a escultura</p><p>dimento basta para a alcançar. Uma é presente, outra</p><p>futura: mas a futura veem-na os olhos, a presente não</p><p>a alcança o entendimento.</p><p>E que duas coisas enigmáti cas são estas? Pulvis es, et</p><p>in pulverem reverteris. Sois pó, e em pó vos haveis de</p><p>converter. Sois pó, é a presente; em pó vos haveis de</p><p>converter, é a futura. O pó futuro; o pó em que nos</p><p>havemos de converter, veem-no os olhos; o pó pre-</p><p>sente, o pó que somos, nem os olhos o veem, nem o</p><p>entendimento o alcança.</p><p>De vinte e quatro horas que tem o dia, por que se</p><p>não dará uma hora à triste alma? Esta é a melhor</p><p>devoção e a mais agradável a Deus que podeis fazer</p><p>nesta Quaresma. Tomar uma hora cada dia, em que</p><p>só por só com Deus e conosco, cuidemos na nossa</p><p>morte e na nossa vida.</p><p>E porque espero da vossa piedade e do vosso juízo</p><p>que aceitareis este bom conselho, quero acabar, dei-</p><p>xando-vos quatro pontos de consideração: Primeiro,</p><p>quanto tenho vivido? Segundo, como vivi? Terceiro,</p><p>quanto posso viver? Quarto, como é bem que viva?</p><p>(MENDES, João S. J. Padre Antônio Vieira. Editorial</p><p>Verbo, 1972. Adaptado)</p><p>Com base no texto selecionado, é correto afi rmar que,</p><p>ao redigir seus sermões, padre Antônio Vieira</p><p>(A) uti lizava-se de an� teses, ou seja, da apresentação</p><p>de ideias opostas.</p><p>(B) empregava vocabulário diversifi cado e não repeti a</p><p>palavras.</p><p>(C) centrava o discurso em seu ponto de vista e não</p><p>propunha questi onamentos aos ouvintes.</p><p>(D) optava por uma linguagem ininteligível, pois não</p><p>expunha as ideias de forma gradati va e sequencial.</p><p>(E) limitava a compreensão dos ouvintes ao citar fra-</p><p>ses em lati m, língua que poucos conheciam.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>122</p><p>Questão 3 - (UESPI)</p><p>Os Sermões do Padre Antonio Vieira, enquanto gênero</p><p>sacro, se caracterizam por usar a palavra de maneira</p><p>perspicaz e por dar a cada palavra a tensão necessária.</p><p>Para o críti co português Antônio José Saraiva, “não</p><p>há nele palavras átonas, indiferentes, languescentes.</p><p>Cada uma parece ocupar o lugar que lhe é próprio,</p><p>como um estado de alerta”. Ante o exposto, qual é,</p><p>dentro das opções elencadas abaixo, o processo retó-</p><p>rico que não caracteriza e, por sua vez, não compõe a</p><p>estrutura da extensa e erudita obra de Vieira?</p><p>(A) Cultor da oratória concepti sta, os Sermões partem</p><p>sempre de um fato real ou de algo observado.</p><p>(B) Construindo uma analogia entre o seu momento</p><p>presente e a “verdade” do texto bíblico, Vieira</p><p>seduz, por meio da palavra precisa, o ouvinte/</p><p>leitor a refl eti r e a reagir sobre os temas da sua</p><p>pregação.</p><p>(C) Seus Sermões, apesar da riqueza imagéti ca, se</p><p>caracterizam por um vocabulário pouco seleto e</p><p>uma sintaxe previsível e pobre.</p><p>(D) Orientado por objeti vos morais, políti cos ou reli-</p><p>giosos, Vieira busca sempre ati ngir seu alvo com</p><p>invulgar eloquência e força de persuasão.</p><p>(E) Os Sermões de Vieira seguem, em quase totali-</p><p>dade, a estrutura da retórica clássica triparti te:</p><p>introito (ou exórdio), desenvolvimento (ou argu-</p><p>mento) e peroração.</p><p>Questão 4 - (UESPI)</p><p>A parti r das duas fi guras proeminentes do barroco</p><p>brasileiro, identi fi que a que autor se refere cada uma</p><p>das afi rmações a seguir.</p><p>1) Gregório de Matos</p><p>2) Pe. Antônio Vieira</p><p>( ) Sati rizando a sociedade da época, este advogado/</p><p>poeta baiano do século XVII, abordou também em</p><p>sua poesia temas sacros e líricos.</p><p>( ) Orador sacro famoso, na Bahia do século XVII, foi</p><p>também conselheiro do rei de Portugal. Em seus ser-</p><p>mões, defendeu os índios e criti cou os costumes dos</p><p>colonos.</p><p>( ) Com retórica bem trabalhada, usava uma linguagem</p><p>rebuscada, com silogismos e fi guras de linguagem,</p><p>tendo sido predominantemente concepti sta, abor-</p><p>dando questões morais e políti cas.</p><p>( ) Foi denominado Boca do Inferno devido a seu hu-</p><p>mor cáusti co e contundente, expresso nos poemas</p><p>sa� ricos.</p><p>A sequência correta é:</p><p>(A) 1, 2, 2, 1</p><p>(B) 2, 2, 1, 1</p><p>(C) 1, 1, 2, 2</p><p>(D) 2, 1, 1, 2</p><p>(E) 1, 2, 1, 2</p><p>REVISÃO</p><p>QUESTÃO 1 (UMCP-SP) O culto do contraste, pessi-</p><p>mismo, acumulação de elementos, niilismo temáti co,</p><p>tendência para a descrição e preferência pelos aspec-</p><p>tos cruéis, dolorosos, sangrentos e repugnantes, são</p><p>característi cas do:</p><p>(A) Barroco.</p><p>(B) Realismo.</p><p>(C) Rococó.</p><p>(D) Naturalismo.</p><p>(E) Romanti smo.</p><p>QUESTÃO 2 (F.C. Chagas-BA) Assinale o texto que, pela</p><p>linguagem e pelas ideias, pode ser considerado como</p><p>representante da corrente barroca.</p><p>(A) “Brando e meigo sorriso se deslizava em seus lá-</p><p>bios; os negros caracóis de suas belas madeixas</p><p>brincavam, mercê do Zéfi ro, sobre suas faces... e</p><p>ela também suspirava.”</p><p>(B) “Esti adas amáveis iluminavam instantes de céus</p><p>sobre ruas molhadas de pipilos nos arbustos dos</p><p>squares. Mas a abóbada de garoa desabava os</p><p>quarteirões.”</p><p>(C) “Os sinos repicavam numa impaciência alegre. Pa-</p><p>dre Antônio conti nuou a caminhar lentamente,</p><p>pensando que cem vezes esti vera a cair, cedendo</p><p>à fatalidade da herança e à infl uência do meio que</p><p>o arrastavam para o pecado.”</p><p>(D) “De súbito, porém, as lancinantes incertezas, as</p><p>brumosas noites pesadas de tanta agonia, de tan-</p><p>to pavor de morte, desfaziam-se, desapareciam</p><p>completamente como os tênues vapores de um</p><p>letargo...”</p><p>(E) “Ah! Peixes, quantas invejas vos tenho a essa na-</p><p>tural irregularidade! A vossa bruteza é melhor que</p><p>o meu alvedrio. Eu falo, mas vós não ofendeis a</p><p>Deus com as palavras: eu lembro-me, mas vós não</p><p>ofendeis a Deus com a memória: eu discorro, mas</p><p>vós não ofendeis a Deus com o entendimento:</p><p>eu quero, mas vós não ofendeis a Deus com a</p><p>vontade.”</p><p>QUESTÃO 3 (FUVEST-SP)</p><p>“Nasce o Sol, e não dura mais que um dia. Depois da</p><p>luz, se segue a noite escura, Em tristes sombras morre</p><p>a formosura, Em con� nuas tristezas a alegria.”</p><p>Na estrofe acima, de um soneto de Gregório de Matos</p><p>Guerra, a principal característi ca do Barroco é:</p><p>(A) culto da Natureza.</p><p>(B) a uti lização de rimas alternadas.</p><p>(C) a forte presença de an� teses.</p><p>(D) culto do amor cortês.</p><p>(E) uso de aliterações.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>123</p><p>QUESTÃO 4 (FUVEST-SP) O bifronti smo do homem,</p><p>santo e pecador; o impulso pessoal prevalecendo so-</p><p>bre normas ditadas por modelos; o culto do contraste;</p><p>a riqueza de pormenores – são traços constantes da:</p><p>(A) composição poéti ca parnasiana</p><p>(B) poesia simbolista</p><p>(C) produção poéti ca arcádica de inspiração bucólica</p><p>(D) poesia barroca</p><p>(E) poesia condoreirista</p><p>QUESTÃO 5 (PUCC-SP)</p><p>“Que falta nesta cidade? Verdade.</p><p>Que mais por sua desonra? Honra.</p><p>Falta mais que se lhe ponha? Vergonha.</p><p>O demo a viver se exponha,</p><p>Por mais que a fama a exalta,</p><p>Numa cidade onde falta Verdade, honra, vergonha.”</p><p>Pode-se reconhecer nos versos acima, de Gregório</p><p>de Matos:</p><p>(A) caráter de jogo verbal próprio do esti lo barroco, a</p><p>serviço de uma críti ca, em tom de sáti ra, do perfi l</p><p>moral da cidade da Bahia.</p><p>(B) caráter de jogo verbal próprio da poesia religiosa</p><p>do século XVI, sustentando piedosa lamentação</p><p>pela falta de fé do genti o.</p><p>(C) esti lo pedagógico da poesia neoclássica, por meio</p><p>da qual o poeta se investe das funções de um</p><p>autênti co moralizador.</p><p>(D) caráter de jogo verbal próprio do esti lo barroco,</p><p>a serviço da expressão lírica do arrependimento</p><p>do poeta pecador.</p><p>(E) esti lo pedagógico da poesia neoclássica, susten-</p><p>tando em tom lírico as refl exões do poeta sobre</p><p>o perfi l moral da cidade da Bahia.</p><p>QUESTÃO 6 (FUVEST-SP)</p><p>“Entre os semeadores do Evangelho há uns que saem</p><p>a semear, há outros que semeiam sem sair. Os que</p><p>saem a semear são os que vão pregar à Índia, à China,</p><p>ao Japão; os que semeiam sem sair são os que se con-</p><p>tentam com pregar na pátria. Todos terão sua razão,</p><p>mas tudo tem sua conta. Aos que têm a seara em</p><p>casa, pagar-lhes-ão a semeadura; aos que vão buscar</p><p>a seara tão longe, hão-lhes de medir a semeadura, e</p><p>hão-lhes de contar os passos. Ah! dia do juízo! Ah!</p><p>pregadores! Os de cá, achar-vos-ei com mais paço;</p><p>os de lá, com mais passos...”</p><p>Essa passagem é representati va de uma das tendên-</p><p>cias estéti cas � picas da prosa seiscenti sta, a saber:</p><p>(A) Sebasti anismo, isto é, a celebração do mito da</p><p>volta de D.</p><p>em marfi m, renomada não apenas</p><p>entre povos do Golfo da Guiné e do Benin (como os</p><p>ioruba) mas também entre os da embocadura do Rio</p><p>Congo (como os Bakongo), que desde o século XV</p><p>era requerida pelos “gabinetes de curiosidade” da</p><p>Europa. Bruto ou trabalhado, o marfi m, assim como</p><p>o cobre, era considerado precioso em todas as socie-</p><p>dades africanas, desde muito antes do tráfi co (desde</p><p>a anti guidade, pelo Vale do Nilo e pelo Saara), mas é</p><p>certo que o contato com o mundo ocidental, desde</p><p>o Renascimento europeu, promoveu um desenvolvi-</p><p>mento de uma arte africana em marfi m já voltada para</p><p>o comércio e turismo como a da atualidade.</p><p>Outras artes, como a cerâmica, cestaria, adornos</p><p>corporais, eram feitas tradicionalmente por todas as</p><p>sociedades, respondendo às necessidades coti dianas</p><p>e rituais, sendo que podemos destacar algumas em</p><p>que essas técnicas eram mais usadas do que a escultu-</p><p>ra, de acordo com o modelo de organização social e as</p><p>formas de expressão estéti ca. Nesses casos, os recur-</p><p>sos gráfi cos eram mais aplicados do que os recursos</p><p>representati vos da escultura. Aqui podem ser compre-</p><p>endidos, parti cularmente, os produtos de sociedades</p><p>situadas em regiões semi-áridas, que, em busca perió-</p><p>dica de novos territórios, não podiam transportar com</p><p>facilidade bens móveis de grande porte. Mas às vezes</p><p>esses modelos de análise se mostram arbitrários, pois</p><p>a arte decorati va pode imperar também onde as fi -</p><p>gurati vas e realistas são muito destacadas, e onde a</p><p>produção estéti ca está voltada à legiti mação de um</p><p>poder monárquico e centralizado como dos Bakuba.</p><p>Assim, o material nem sempre era usado por sua</p><p>abundância ecológica e a escolha do material não era</p><p>arbitrária: como o objeto que iria ser produzido, o mate-</p><p>rial ti nha um valor simbólico em cada centro de produ-</p><p>ção. Algumas máscaras e estátuas deveriam ser esculpi-</p><p>das em madeira de árvores determinadas; a confecção</p><p>de adornos implicava no uso de determinadas fi bras e</p><p>sementes, e, em alguns casos, de ti pos diferentes de</p><p>contas, se não de um ti po de liga metálica, de marfi m</p><p>e outros materiais de origem inorgânica e animal.</p><p>Certos detalhes morfológicos dos objetos, como</p><p>a posição, o tamanho, a distribuição de cores, entre</p><p>outros, são característi cas diferenciais do esti lo com</p><p>que cada sociedade representa uma forma e um tema.</p><p>Mas existe uma série de característi cas culturais co-</p><p>muns entre os povos da África e diversas das de socie-</p><p>dades de outros conti nentes que permeiam suas artes</p><p>tradicionais de uma forma singular: seus sistemas de</p><p>pensamento e de crenças.</p><p>África: cultura material, fi losofi a e religião</p><p>A dissociação entre Religião e outras esferas da</p><p>Cultura existente no Ocidente, e na Modernidade, não</p><p>faz parte da natureza da Humanidade. As socieda-</p><p>des da África pertencem a complexos culturais muito</p><p>anti gos, reciclando valores arraigados pela Tradição,</p><p>caracterizando-se por uma maneira de produzir bens</p><p>espirituais e materiais de acordo com sua história e</p><p>com o meio ambiente onde se formaram.</p><p>Para compreendermos os sistemas de pensamen-</p><p>to e de crenças das sociedades africanas, devemos ter</p><p>sempre em mente a dinâmica tradição-modernidade</p><p>e relati vizar o que pertenceu ao passado e o que, e</p><p>sob que forma, permanece no presente.</p><p>Cada cultura africana ti nha, antes da ruptura so-</p><p>cial, sua forma de conceber o mundo, de explicar suas</p><p>origens e de formular o que lhes convêm, conforme</p><p>mostram os mitos e lendas, bem como o discurso das</p><p>pessoas mais anti gas, que viveram antes ou durante a</p><p>situação colonial. Isso demonstra a grande diversidade</p><p>cultural no conti nente, correspondente à diversidade</p><p>de formas e esti los na arte tradicional.</p><p>Apesar disso, no plano fi losófi co, podemos assi-</p><p>nalar um aspecto que dá unidade aos povos da Áfri-</p><p>ca tradicional: o indivíduo é considerado vivo porque</p><p>tem um ascendente (é fi lho, neto de alguém), e quem</p><p>vai lhe garanti r a fi nalidade e memória de sua vida e</p><p>existência é a perspecti va de seu descendente (seu</p><p>futuro fi lho e neto). Portanto a noção de morte está</p><p>concretamente ligada à de vida: morrer signifi ca não</p><p>procriar. Sem fi lhos, a linhagem familiar se exti ngue -</p><p>vida e morte não são apenas biológicas, mas sociais</p><p>principalmente. A existência do indivíduo se traduz</p><p>através do seu ser-estar (o que implica em tempo e</p><p>espaço ou lugar) no mundo, através do coti diano, no</p><p>trabalho ou no lazer, sempre conectado ao univer-</p><p>so social, cósmico, natural e sobrenatural ao mesmo</p><p>tempo, sendo impossível separar o que é concreto e</p><p>espiritual, ou determinar o que é sagrado ou profano,</p><p>na vida desses povos.</p><p>Nesse contexto, o exercício da existência volta-se</p><p>para questões que vão além do poder econômico,</p><p>o que não exclui a preocupação social e individual</p><p>com o status (disputado e atribuído a indivíduos de</p><p>pres� gio como sábios e dirigentes), já que ele é uma</p><p>das chaves para que o grupo tenha uma estrutura</p><p>para permanecer unido e forte visando ao advento</p><p>de futuras gerações.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>16</p><p>Daí, a profusão de imagens antropomórfi cas escul-</p><p>pidas a que se chama de “ancestrais”, já que normal-</p><p>mente, mas nem sempre como se divulga através de</p><p>publicações, eram relacionadas, e usadas, no culto de</p><p>antepassados. Os chamados “feti ches”, aí colocados</p><p>em oposição aos “ancestrais”, são objetos, esculpidos</p><p>ou não, consti tuídos de vários materiais agregados.</p><p>O conceito de feti che é discu� vel, pois, signifi cando</p><p>“coisa feita”, é relacionado sempre à magia e a feiti -</p><p>çaria num senti do distorcido.</p><p>Estatueta “buti ”, do ti po chamada de “feti che”, arte teke, República</p><p>Democráti ca do Congo, acervo MAE-USP.</p><p>Na verdade, os materiais dos “feti ches” entre os</p><p>quais são também classifi cadas estatuetas dos Bateke</p><p>simbolizam partes dos mundos animal, vegetal e mi-</p><p>neral, aludindo uma ideia de totalidade construída pe-</p><p>los africanos, baseada em seu conhecimento sobre as</p><p>forças da Natureza (muitas vezes relacionados à cura</p><p>medicinal) e do Cosmo. Isso explica porque muitas das</p><p>estatuetas chamadas de “feti ches”, em contraparti da,</p><p>ti nham relações diretas com o culto de antepassados,</p><p>fundado na ideia de acúmulo de forças através de</p><p>gerações sucessivas e da apropriação do território.</p><p>Outras duas característi cas nos sistemas fi losófi co</p><p>e de crenças das sociedades africanas tradicionais é</p><p>a consciência de periodicidade e infi nitude, isto é, a</p><p>ideia de que o descendente vem do ascendente e a</p><p>ideia, que vem em decorrência disso, de que o passa-</p><p>do está inti mamente ligado ao futuro, passando pelo</p><p>presente.</p><p>Há um provérbio de origem africana em que po-</p><p>demos constatar essa característi ca de infi nitude, de</p><p>que a vida é infi nita: “uma vez que é dia, depois noite,</p><p>qual será o fi m deles?”.</p><p>Esse ti po de pensamento comporta uma perspec-</p><p>ti va dinâmica que não corresponde à ideia de que</p><p>esses povos não teriam história antes dos europeus</p><p>chegarem, e que eles viviam sempre do mesmo modo</p><p>que seus avós e bisavós. Outro provérbio africano</p><p>nos permite constatar essa característi ca de perio-</p><p>dicidade, de que a vida é periódica - e histórica: “as</p><p>coisas de amanhã estão na conversação das pessoas</p><p>de amanhã”.</p><p>Vemos aqui uma preocupação em regrar o que</p><p>acontece no presente, o que é uma responsabilidade</p><p>dos que vivem para garanti r a existência do futuro, e</p><p>que não há nada de estáti co nisso, ao contrário, há</p><p>uma previsão de mudança, uma consciência de que</p><p>há um dinamismo na vida, na existência, não apenas</p><p>por modifi cações ambientais naturais, mas também</p><p>modifi cações técnicas e fi losófi cas determinadas pela</p><p>sucessão de gerações.</p><p>Desse modo, os africanos preservavam regras de</p><p>sua Cultura, modifi cando-as quando necessário, sem</p><p>precisar de outras normas vindas de fora, coisa que</p><p>os Europeus não podiam entender, pois eles se consi-</p><p>deravam superiores a todos os povos não-europeus.</p><p>Esse senti mento de superioridade vem da cons-</p><p>tatação da diferença. Na visão judaico-cristã, por</p><p>exemplo,</p><p>os africanos foram ti dos como povos ani-</p><p>mistas, isto é, aqueles que atribuem vida às coisas e</p><p>seres inanimados, e acreditando que plantas e ani-</p><p>mais são dotados de “alma”, sendo, portanto, capa-</p><p>zes de agir como seres humanos. Isso não é verda-</p><p>de e deturpa as formas autênti cas de concepção do</p><p>mundo dos africanos, colocando-os como inferiores,</p><p>ou “primiti vos”.</p><p>O que ocorre, na verdade, é que na África tradi-</p><p>cional a concepção de mundo é uma concepção de</p><p>relação de forças naturais, sobrenaturais, humanas</p><p>e cósmicas. Tudo que está presente para o Homem</p><p>tem uma força relati va à força humana, que é o</p><p>princípio da “força vital”, ou do axé - expressão</p><p>ioruba usada no Brasil. As árvores, as pedras, as</p><p>montanhas, os astros e planetas, exercem infl uên-</p><p>cia sobre a Terra e a vida dos humanos, e vice-versa.</p><p>Enquanto os europeus queriam dominar as coisas</p><p>indiscriminadamente, os africanos davam impor-</p><p>tância a elas, pois ti nham consciência de que elas</p><p>faziam parte de um ecossistema necessário à sua</p><p>própria sobrevivência. As preces e orações feitas</p><p>a uma árvore, antes dela ser derrubada, era uma</p><p>ati tude simbólica de respeito à existência daquela</p><p>árvore, e não a manifestação de uma crença de que</p><p>ela ti nha um espírito como dos humanos. Ainda que</p><p>se diga de um “espírito da árvore”, trata-se de uma</p><p>força da Natureza, própria dos vegetais, e mais es-</p><p>pecifi camente das árvores. Assim, os humanos e os</p><p>animais, os vegetais e os minerais enquadravam-se</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>17</p><p>dentro de uma hierarquia de forças, necessária à</p><p>Vida, passíveis de serem manipuladas apenas pelo</p><p>Homem. Isso, aliás, contrasta com a ideia de que</p><p>os povos africanos manti nham-se sujeitos às forças</p><p>naturais, e, portanto, sem cultura. Os povos da Áfri-</p><p>ca tradicional admitem a existência de forças desco-</p><p>nhecidas, que os europeus chamaram de mágicas,</p><p>num senti do pejorati vo. Mas a “mágica”, entre os</p><p>africanos, era, na verdade, uma forma inteligente</p><p>- de conhecimento - de se lidar com as forças da</p><p>Natureza e do Cosmo, integrando parte de suas</p><p>ciências e sobretudo sua Medicina.</p><p>Esses elementos fi losófi cos podem ser vistos ex-</p><p>pressados grafi camente nas decorações de super� -</p><p>cie de esculturas, na tecelagem e no trançado, e na</p><p>própria arquitetura, através de fi guras geométricas</p><p>(zigue-zagues, linhas onduladas, espirais - con� nuas</p><p>e infi nitas), de fi guras zoomorfas (cobras, lagartos,</p><p>tartarugas - que, além de sua forma, estão associadas</p><p>à ideia de vitalidade e longevidade).</p><p>Trata-se de uma linguagem gráfi ca simbólica,</p><p>equivalente à da fi gura antropomórfi ca em estátuas</p><p>e estatuetas, onde se ressaltam cabeça, mãos e pés,</p><p>seios, ventre, órgãos sexuais (todos considerados, de</p><p>um modo geral, centros de força vitais). Elas expres-</p><p>sam, do mesmo modo que os grafi smos, aspectos</p><p>relacionados ao tema da reprodução humana e à</p><p>capacidade de produção do conhecimento necessá-</p><p>rio à perpetuação da espécie humana, mesmo que</p><p>individualmente, venham a desempenhar funções e</p><p>a expressar signifi cados específi cos.</p><p>Estatueta “akua-ba”, arte ashanti , Gana, acervo MAE-USP</p><p>Temas como a ferti lidade da mulher e fecundidade</p><p>dos campos são frequentes e quase que indissociáveis</p><p>na expressão ar� sti ca, estabelecendo a relação entre</p><p>a abundância de alimento e a multi plicação da prole,</p><p>um fator concreto em sociedades agrárias. O tema do</p><p>duplo remete à relação de fatores complementares ou</p><p>antagônicos (dia-noite, homem-mulher). Todas essas</p><p>formas gráfi cas e representati vas são um recurso para</p><p>apresentar, sob forma material, um conjunto de ideias</p><p>sobre a existência concebida visando ao equilíbrio e</p><p>à perpetuação biológica e espiritual do grupo social.</p><p>Dizem que os africanos não ti nham Deus, ou que</p><p>ti nham vários deuses, o que não parece ser muito</p><p>preciso. Em quase todas as populações da África fo-</p><p>ram registrados depoimentos da criação do mundo,</p><p>em que existe apenas um único “Deus”. Trata-se de</p><p>uma força primordial, um Criador que criou o Mundo</p><p>e os Homens, colocou-os na Terra, e deixou-os ao seu</p><p>Desti no (FIG 10).</p><p>Essas histórias de origem podem ser chamadas</p><p>de mitos porque se trata de seres não conhecidos em</p><p>vida (que estão na memória coleti va), sendo por isso</p><p>míti cos, sem que se caia no erro de desconsiderá-los,</p><p>como fi zeram os ocidentais, como ideias sem valor</p><p>cien� fi co e histórico. Tais mitos de origem compor-</p><p>tam frequentemente o relato de pares primordiais,</p><p>de gêmeos ou duplas, que vieram para culti var e</p><p>povoar o mundo, e, muitas vezes, seres zoo-antro-</p><p>pomorfos que, dotados da tecnologia (instrumentos</p><p>agrários ou de caça), vieram para ensinar os Homens</p><p>a produzir e obter alimento, para se multi plicarem,</p><p>zelando, eles - os Homens -, pela sua própria per-</p><p>manência em vida.</p><p>Uma das diferenças dessas ideias com relação às</p><p>ideias de mundo cristãs é a consciência de que cada</p><p>ser que está presente no mundo tem seu papel, e</p><p>que a força dos Homens é humana, e não divina. Daí</p><p>a necessidade de uma relação constante com os an-</p><p>tepassados, visando às futuras gerações. Esse pode</p><p>ser apontado como um signifi cado substanti vo das</p><p>várias formas de culto de ancestrais.</p><p>É por isso que a vida dos povos africanos é ti da</p><p>como muito mais ritualizada que no mundo cristão.</p><p>O mundo material e o espiritual são concebidos jun-</p><p>tos, quase que inseparáveis, o que implica em mode-</p><p>los de culto e religião completamente diferentes do</p><p>que se adotou no Ocidente, que por sua vez serviu</p><p>de modelo para outros povos formados na moder-</p><p>nidade, como é o caso brasileiro.</p><p>Os Candomblés (são várias as formas como essa</p><p>religião brasileira de origem africana se apresenta)</p><p>conservam formas de culto muito próximas às de cul-</p><p>tos tradicionais da África ocidental (sobretudo dos Fon</p><p>e dos Ioruba), adotando emblemas, nomes e outras</p><p>característi cas de suas divindades (e, às vezes, das</p><p>divindades dos povos de línguas bantu, ou dos chama-</p><p>dos Bantos, da África central), bem como a hierarquia</p><p>de poder iniciáti co.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>18</p><p>Colar de babalaô, arte nagô, República Popular do Benim, acervo</p><p>MAE-USP</p><p>Estátua de Iemanjá, arte afro-brasileira, Salvador/Brasil, acervo</p><p>MAE-USP</p><p>Opaxorô, arte afro-brasileira, Salvador/Brasil, acervo MAE-USP</p><p>Mas, numa aproximação ainda que a grosso</p><p>modo, eles teriam uma estrutura de panteão, como</p><p>a das religiões grega e cristã. Isso quer dizer que existe</p><p>um Criador e uma porção de outras divindades arti cu-</p><p>ladas em camadas subalternas. Os cultos tradicionais</p><p>da África, por sua vez, voltavam-se, em linhas gerais,</p><p>aos antepassados ou a divindades da Natureza. Neste</p><p>últi mo caso, poderia ser enquadrado o Culto de Orixás</p><p>- apelação dada às divindades de origem ioruba ou</p><p>nagô (os voduns, inquices e caboclos são divindades</p><p>de povos africanos de outras origens) -, em que se</p><p>baseiam a maioria dos candomblés, muito embora</p><p>muitas dessas divindades celebram chefes políti cos</p><p>sacralizados, com uma qualidade divina, de uma loca-</p><p>lidade (ou reino) determinado, onde são considerados</p><p>como antepassados.</p><p>Para concluir, grande parte da escultura antro-</p><p>pomórfi ca seja da África ocidental, seja da central,</p><p>é uma “presenti fi cação” desses personagens míti cos</p><p>ou mesmo conhecidos em vida - antepassados fun-</p><p>dadores de territórios, chefes de linhagem ou chefes</p><p>eleitos renomados por feitos realizados durante seus</p><p>governos. Em peças desse ti po transparece a grande</p><p>relação entre políti ca e religião, moti vo pelo qual es-</p><p>tátuas, bustos e cabeças, tendo uma força acumulada</p><p>de vários níveis, não podiam ser vistas por todas as</p><p>pessoas, se não os altos iniciados nos cultos, ou seja,</p><p>aqueles que ti nham status social e religioso, sendo</p><p>que em muitas sociedades, o chefe políti co era tam-</p><p>bém o sacerdote supremo.</p><p>E, neste fi nal, resta a contradição: grande parte</p><p>da arte africana, que tanto nos mobiliza o olhar pelo</p><p>impacto estéti co, era feita, antes de ser ti rada de seu</p><p>contexto, para não ser vista, a menos que houves-</p><p>se uma ocasião</p><p>precisa para isso. Está aí está a de-</p><p>monstração da grandeza e do poder de uma cultura</p><p>material, depositária não de segredos, mas de fun-</p><p>damentos, a serviço da história e cultura dos povos</p><p>africanos, que dentro e fora de seu território original,</p><p>conti nuam sua existência, formando novos valores,</p><p>como acontece entre nós, no Brasil.</p><p>CULTURA OCIDENTAL – GRÉCIA ANTIGA</p><p>A busca pelo ideal de beleza, proporção e harmo-</p><p>nia. Desenvolvimento do chamado “esti lo clássico”,</p><p>responsável por determinar os padrões de perfeição</p><p>técnica.</p><p>Apontada como o berço da civilização ocidental, a</p><p>Grécia Anti ga marcou profundamente o modo como</p><p>encaramos e reproduzimos a arte, a cultura e as pró-</p><p>prias relações humanas, sociais e políti cas.</p><p>O seu legado é extremamente vasto e conti nua</p><p>presente no nosso coti diano, tratando-se de uma</p><p>infl uência riquíssima e intemporal que merece ser</p><p>explorada com atenção.</p><p>Os gregos trouxeram grandes contribuições para</p><p>o mundo ocidental, sobretudo, no que diz respeito</p><p>às artes. Não é à toa que suas esculturas, pinturas</p><p>e arquitetura impressionam, até os dias atuais, pela</p><p>beleza e perfeição de suas formas. Os arti stas gregos</p><p>buscavam representar, por meio das artes, cenas do</p><p>coti diano grego, acontecimentos históricos e, princi-</p><p>palmente, temas religiosos e mitológicos.</p><p>A arte grega liga-se à inteligência, pois os seus</p><p>reis não eram deuses, mas seres inteligentes e justos,</p><p>que se dedicavam ao bem-estar do povo. A arte grega</p><p>volta-se para o gozo da vida presente.</p><p>Os gregos (ou helenos, como eles preferiam-se</p><p>designar-se) eram, mais do que um povo homogêneo,</p><p>uma série de tribos que ti nham em comum a língua,</p><p>os principais deuses e a noção de que descendiam de</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>19</p><p>antepassados em comum.</p><p>Nessa civilização predomina o racionalismo, o</p><p>amor pela beleza entendida como suprema harmonia</p><p>das coisas, o interesse pelo homem, essa pequena</p><p>criatura que é “a medida de todas as coisas”. Ali nasce</p><p>a democracia, o governo do povo.</p><p>A mitologia cria um conceito religioso, pois os</p><p>gregos não possuem um conceito cien� fi co das suas</p><p>origens, então usam a sua criati vidade. Os deuses pos-</p><p>suem as qualidades e os defeitos humanos.</p><p>Contemplando a natureza, o arti sta se empolga</p><p>pela vida e tenta, através da arte, exprimir suas mani-</p><p>festações. Na sua constante busca da perfeição, o ar-</p><p>ti sta grego cria uma arte de elaboração intelectual em</p><p>que predominam o ritmo, o equilíbrio e a harmonia</p><p>ideal. Tudo isso provoca consequências fundamentais</p><p>na história da arte que determinam a sobrevivência</p><p>de muitos conceitos e formas desde então até hoje.</p><p>ARQUITETURA</p><p>Ainda que as suas cidades ti vessem necessidade</p><p>de muralhas, de casas e palácios, de praças, de ruas e</p><p>aquedutos, ainda que todas essas necessidades ti ves-</p><p>sem sido sati sfeitas a sua investi gação apontou para</p><p>um só ti po de edi� cio: o templo, a casa dos deuses.</p><p>ORDEM DÓRICA</p><p>A ordem dórica é austera e maciça. Nascida do</p><p>senti r do povo grego, nela se expressa o pensamento.</p><p>Sendo a mais anti ga das ordens arquitetônicas gregas,</p><p>a ordem dórica, por sua simplicidade e severidade,</p><p>empresta uma ideia de solidez e imponência.</p><p>O fuste da coluna da ordem dórica é monolíti co,</p><p>composto de uma série de tambores de pedra sobre-</p><p>postos, não é liso, possui em toda a sua longitude, com</p><p>uma série de caneluras verti cais, cujo número varia</p><p>de dezesseis a vinte e quatro, conforme o templo e</p><p>a época, mas que tende a fi xar-se em vinte na época</p><p>clássica, por volta do século V a.C. Outra caracterís-</p><p>ti ca é a suti leza com que trata a proporção do fuste,</p><p>o qual arranca do esti lóbata com um certo diâmetro,</p><p>que vai aumentando até ati ngir a máxima espessura</p><p>a um terço médio da sua altura, para se estreitar logo,</p><p>à medida que ascende até o capitel. A coluna adquire</p><p>assim perfi l bojudo, quase parece que se acachapa</p><p>elasti camente sob o peso do teto. Esse efeito era</p><p>chamado pelos gregos de êntasis, engrossamento.</p><p>A coluna termina com o capitel que se parece com</p><p>uma almofada de pedra. Ele compreende três partes:</p><p>um colarinho, canelado, mas separado do fuste por</p><p>um pequeno corte; um pequeno coxim de mármore</p><p>chamado equino; e um dado achatado, o ábaco. Essa</p><p>sucessão de diferentes elementos serve para evitar</p><p>as transições bruscas.</p><p>As partes do entablamento estão também gra-</p><p>duadas de maneira semelhante. Assim, os capitéis</p><p>sustentam uma arquitrave, isto é, um bloco de pedra</p><p>lisa. Sobre este, apoia-se uma parte muito mais deco-</p><p>rada, o friso, que se compõe de uma série de blocos</p><p>retangulares com tripla canelura verti cal, os tríglifos,</p><p>separados entre si pelas métopas, pequenas lousas</p><p>quase quadradas e que muitas vezes têm decoração</p><p>esculpida. Em cima do friso está colocada a cornija,</p><p>saliente, para desviar, quando chove, a queda da água.</p><p>Finalmente, a cobertura é em duas vertentes e forma</p><p>dois triângulos nos dois lados menores do templo:</p><p>os frontões.</p><p>ORDEM JÔNICA</p><p>A ordem jônica representa a graça e o feminino</p><p>em contraste com a austeridade e a masculinidade da</p><p>ordem dórica. A coluna apresenta fuste mais delgado</p><p>e não se fi rma diretamente sobre o esti lóbata, mas</p><p>sobre uma base decorada. O capitel torna-se muito</p><p>mais complicado. As suas faces não são todas iguais,</p><p>mas apenas de duas em duas. As paralelas à fachada</p><p>do templo, e por isso desti nadas a verem-se melhor,</p><p>apresentam duas volutas ou espirais unidas por linhas</p><p>curvas: exatamente como um rolo de papel que se</p><p>ti vesse estendido pelo meio, enquanto as extremida-</p><p>des se enrolavam. As fachadas secundárias expõem a</p><p>parte exterior do rolo, isto é, prati camente lisas. Na</p><p>época helenísti ca, apareceu a solução de colocar um</p><p>par de volutas de cada lado do capitel, tornando-o</p><p>simétrico. Mas na arte grega propriamente dita, não</p><p>se encontra um capitel assim.</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>20</p><p>A arquitrave é composta por três faixas, cada uma</p><p>um pouco mais saliente do que a inferior. O friso é</p><p>con� nuo à volta de todo o templo e costuma ser or-</p><p>namentado com decoração escultórica. Na fachada,</p><p>as colunas são mais esbeltas do que as dóricas, tem</p><p>uma êntase muito menor, e estão colocadas a maior</p><p>distância uma das outras.</p><p>ORDEM CORÍNTIA</p><p>A terceira ordem grega, depois da dórica e da jôni-</p><p>ca, é a corínti a, variante decorati va da jônica. De fato,</p><p>muitos pormenores são quase idênti cos, exceto as</p><p>proporções. Em contraparti da, são diferentes a base</p><p>da coluna, muito mais trabalhadas, e principalmente</p><p>o capitel, onde aparecem as volutas da ordem jônica,</p><p>aplicadas nas quatro faces, mas elas são agora um</p><p>elemento menor, em forma de sino inverti do, envol-</p><p>vido por duas fi las de folhas de acanto – uma planta</p><p>herbácea de folhas grandes e muito decorati vas. É</p><p>mais decorati va do que funcional, sugerindo luxo e</p><p>ostentação.</p><p>Um pouco antes ti nha aparecido, ainda um exem-</p><p>plo quase único, mas famosíssimo, uma variante ain-</p><p>da mais decorati va da ordem jônica: a substi tuição</p><p>da coluna por uma estátua, que se chamou cariáti de</p><p>como reminiscência de uma anti ga lenda alusiva às</p><p>mulheres de Cária, na Ásia Menor, que haviam sido</p><p>condenadas a trabalhos forçados por um sátrapa per-</p><p>sa, governador de província.</p><p>TEATRO</p><p>Se há um povo atento à análise de si próprio, à</p><p>sua própria representação, era o povo helênico cujas</p><p>tragédias e comédias foram as primeiras expressões</p><p>daquilo a que chamamos de teatro. Era necessário,</p><p>para isso, um lugar adequado que, coerentemente</p><p>à concepção grega, não foi um espaço fechado, mas</p><p>a encosta aberta de uma colina. Composto de três</p><p>partes: cena, skéne, em grego, para os atores; a or-</p><p>questra, konistra, em grego, desti nado às evoluções,</p><p>danças e cantos do coro; arquibancada, koilon, em</p><p>grego, para os espectadores.</p><p>Um exemplo � pico é o Teatro de Epidauro, cons-</p><p>truído, no séc. IV a.C., ao ar livre, composto por 55</p><p>degraus divididos em duas ordens e calculados de</p><p>acordo com uma inclinação perfeita. Chegava a aco-</p><p>modar cerca de 14.000 espectadores e tornou-se</p><p>fa-</p><p>moso por sua acústi ca perfeita.</p><p>Teatro de Epidauro, Grécia</p><p>GINÁSIO</p><p>São os edi� cios desti nados à cultura � sica.</p><p>PRAÇA</p><p>Chamado de Ágora, era um espaço de convivên-</p><p>cia onde os gregos se reuniam para discuti r os mais</p><p>variados assuntos, principalmente a fi losofi a.</p><p>Ágora de Atenas</p><p>PINTURA</p><p>A pintura grega encontra-se na arte cerâmica, por-</p><p>que, infelizmente, ti vemos quase o desaparecimento</p><p>total da pintura maior. Os vasos gregos são também</p><p>conhecidos não só pelo equilíbrio de sua forma, mas</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>21</p><p>também pela harmonia entre o desenho, as cores e</p><p>o espaço uti lizado para a ornamentação.</p><p>Além de servir para rituais religiosos, esses vasos</p><p>eram usados para armazenar, entre outras coisas,</p><p>água, vinho, azeite e manti mentos. Por isso, a sua</p><p>forma correspondia à função para que fossem desti -</p><p>nados. Como por exemplo, a ânfora, uma vasilha em</p><p>forma de coração, com o gargalo largo ornado com</p><p>duas asas; a hidra, que como o nome indica, (derivado</p><p>de ydor, água) era uti lizado para recolher água das fon-</p><p>tes e caracterizava-se por três asas, uma verti cal para</p><p>segurar enquanto corria a água e duas para levantar;</p><p>a cratera, com uma boca muito larga, com o corpo em</p><p>forma de um sino inverti do, servia para misturar água</p><p>com o vinho (os gregos nunca bebiam vinho puro); o</p><p>oinokoe (nome que provém de oinos, vinho e chêin,</p><p>verter), quer dizer, jarro para o vinho, o lekithos que</p><p>era um vaso para óleos ou perfumes, etc.</p><p>As primeiras pinturas ti nham caráter geométri-</p><p>co, séculos VIII e VII a.C., e as fi guras humanas e de</p><p>animais eram bem esti lizadas. As pinturas dos vasos</p><p>representavam pessoas em suas ati vidades diárias e</p><p>cenas da mitologia grega. O maior pintor de fi guras</p><p>negras foi Exéquias.</p><p>A pintura grega apresenta cerâmicas com fi guras</p><p>negras sobre o fundo vermelho, as fi guras eram dadas</p><p>pelas linhas de contorno cheia de cor, sem nenhuma</p><p>profundidade ou perspecti va. Por volta de 500 a.C., o</p><p>esquema decorati vo se inverte, agora o fundo do vaso</p><p>é negro e sobre este fundo homogêneo destaca-se,</p><p>em vermelho, a fi gura. Esta inversão não foi uma sim-</p><p>ples variante gráfi ca, porque realizar a fi gura reservan-</p><p>do uma parte do fundo vermelho, natural, que podia</p><p>ser enriquecido com traços negros, consti tui o ponto</p><p>de parti da para dar movimento à simples silhueta,</p><p>mediante linhas que sugerem volumes. Finalmente,</p><p>chegou-se à aplicação de novidades como o escorço</p><p>(a representação com simples linhas da profundida-</p><p>de espacial das três dimensões) e a perspecti va, são</p><p>as cerâmicas com fi guras vermelhas sobre o fundo</p><p>branco.</p><p>ESCULTURA</p><p>Das obras originais, muito pouco nos chegou, tal-</p><p>vez porque foram realizadas com materiais preciosos</p><p>(como por exemplo, a grande estátua da deusa Atena,</p><p>esculpida por Fídias para o interior do Paternon, toda</p><p>em ouro e marfi m) e, portanto, incitavam ao roubo;</p><p>ou porque desapareceram no decurso dos séculos,</p><p>devido às pequenas dimensões e maior fragilidade</p><p>em relação à arquitetura.</p><p>O que conservamos, sobretudo da época clássica,</p><p>são as cópias que os romanos ricos encomendaram</p><p>para o adorno das suas residências. Cópias que se</p><p>revelam, ao compará-las com os poucos originais</p><p>que sobreviveram, de qualidade decadente. Realiza-</p><p>das muitas vezes em mármore, quando o original era</p><p>em bronze, ou vice-versa, trazem consigo todas as</p><p>adaptações necessárias à mudança de material, sendo</p><p>brancas da cor do mármore, enquanto que os originais</p><p>gregos estavam vivamente decorados: negro para os</p><p>cabelos e para os olhos, vermelho para os lábios, vá-</p><p>rias cores para o vestuário, até em tons contrastados</p><p>de vermelho e azul nas inúmeras obras do período</p><p>mais anti go. Contudo, frequentemente sobressaem</p><p>nas cópias precisamente os detalhes formais mais</p><p>úteis para o nosso objeti vo: reconhecer o esti lo.</p><p>A estatuária grega nasceu para venerar os deu-</p><p>ses. Mas os deuses gregos são concebidos à imagem e</p><p>semelhança do homem, têm paixões e pensamentos</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>22</p><p>humanos. Na escultura, o antropomorfi smo – escul-</p><p>turas de formas humanas – foi insuperável. As está-</p><p>tuas adquiriram, além do equilíbrio e perfeição das</p><p>formas, o movimento.</p><p>As esculturas também ocupavam os � mpanos</p><p>dos templos. Nas métopas colocavam-se cenas míti -</p><p>cas com dois ou três personagens, com histórias de</p><p>heróis, gigantes e centauros. No friso jônico, o arti sta</p><p>ti nha maior liberdade criati va, desenvolvendo uma</p><p>ação sequenciada, numa secessão narrati va sem inter-</p><p>rupção. Os temas mais uti lizados eram as procissões,</p><p>os desfi les e as corridas de cavalos.</p><p>Dividimos a escultura grega em três períodos:</p><p>Período Arcaico - séculos VIII-VI a.C.</p><p>Os gregos começaram a esculpir, em mármores,</p><p>grandes fi guras de homens.</p><p>Primeiramente, aparecem esculturas simétricas,</p><p>em rigorosa posição frontal, braços e pernas colados</p><p>ao corpo, com o peso do corpo igualmente distribuí-</p><p>do sobre as duas pernas ou um dos pés ligeiramente</p><p>avançado, uma postura estáti ca e, sobretudo por uma</p><p>expressão facial conhecida como o sorriso grego. Essa</p><p>expressão, na verdade, era fruto de um domínio restri-</p><p>to na exploração das feições humanas, que fazia com</p><p>que o escultor arcasse as sobrancelhas, repuxasse os</p><p>lábios, mas não fi zesse com que as maxilas acompa-</p><p>nhassem o sorriso. Percebe-se a infl uência egípcia em</p><p>virtude da frontalidade e rigidez das formas.</p><p>Esse ti po de estátua é chamado Kouros, palavra</p><p>grega que signifi ca homem jovem, simboliza o deus</p><p>da juventude e da plenitude. A versão feminina é cha-</p><p>mada de Koré, representam jovens virgens, graciosas</p><p>e encantadoras, com longas túnicas pregueadas, que</p><p>eram pintadas cde cores vivas, luminosas e cinti lantes.</p><p>Kouros e Korés de Anavisos, 525 a.C., mármore de paros com</p><p>restos de policromia, altura 194 cm, Museu Arqueológico</p><p>Nacional, Atenas</p><p>Período Severo - 500-450 a.C.</p><p>É um período transitório entre os esti los Arcai-</p><p>co e o Clássico. Caracteriza-se pela severidade e so-</p><p>briedade no tratamento dos corpos e rostos, há um</p><p>congelamento da ação em movimento e, também</p><p>pelo abandono da rigidez e ati tude estáti ca do corpo,</p><p>aparece maior naturalismo e um estudo bem mais</p><p>detalhado da anatomia.</p><p>Período Clássico - século V a.C.</p><p>Passou-se a procurar movimento nas estátuas,</p><p>há maior uso do bronze, mais resistente do que o</p><p>mármore, podendo fi xar o movimento sem se que-</p><p>brar. Surge o nu feminino, pois no período arcaico, as</p><p>fi guras de mulher eram esculpidas sempre vesti das.</p><p>Mestre de Olímpia: Apolo, original. Museu Arqueológico de</p><p>Olímpia.</p><p>As principais característi cas desse período são o</p><p>realismo idealizado, o naturalismo, o equilíbrio e a</p><p>serenidade.</p><p>O Doríforo, de Policleto, paradigma do cânone clássico masculino.</p><p>Cópia no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles</p><p>Período Helenísti co - século IV-I a.C.</p><p>Podemos observar o crescente naturalismo: os</p><p>seres humanos não eram representados apenas de</p><p>acordo com a idade e a personalidade, mas também</p><p>segundo as emoções e o estado de espírito de um</p><p>momento. O desafi o e a grande conquista da escultura</p><p>do período helenísti co foi a representação não de uma</p><p>fi gura apenas, mas de grupos de fi guras que manti -</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>23</p><p>vessem a sugestão de mobilidade e fossem bonitos</p><p>de todos os ângulos que pudessem ser observados.</p><p>Além disso, aparece o pathos muito pronunciado, a</p><p>composição desequilibrada para valorizar o drama-</p><p>ti smo, a expressão da dor � sica através do rosto e na</p><p>tensão muscular e o abandono do realismo idealista</p><p>e da serenidade.</p><p>Agesandro, Atenodoro e Polidoro: Grupo de Laocoonte, século</p><p>I a.C.</p><p>Os principais mestres da escultura clássica grega</p><p>são:</p><p>• Fídias (c. 500-c-432 a.C.), talvez o mais famoso</p><p>de todos. Suas obras-primas foram a estátua de</p><p>Atena, no Paternon, e a de Zeus, no templo de</p><p>Zeus Olímpico. 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